O primeiro confronto

Cheguei na entrada da aldeia e o que eu vi foi uma verdadeira cena de filme de terror. Algo que parecia uma nuvem negra, estava se aproximando, mas se olhassem bem para a escuridão que estava vindo, veria que não era uma nuvem, e sim centenas de devoradores raivosos, em busca de algo para devastar. Logo acima, era possível ver bruxas em suas vassouras, havia também alguns trolls em mini vassouras.

Leonor: Meu Deus do céu! Onde raios eu fui me meter! - disse levando as mãos a cabeça e entrando em desespero.- Okay, calma, vai dar tudo certo, o máximo que vai acontecer é você morrer...EU NÃO QUERO MORRER! - Comecei a chorar.

"Pelo amor de mim! Você esqueceu que eu disse que te tornaria capaz de fazer as coisas?! Por que tem tão pouca fé em mim?", ouvi Nir falar.

Leonor: Não é que eu não tenha fé em você, eu não tenho fé em mim...

"Mas você só precisa acreditar em mim...vamos lá, estende sua mão"

Fiz o que Ele pediu.

"Agora tente conjurar luz".

Leonor: Ahem! Okay, vamos lá...Kame Rame rá! - Nada aconteceu.

"Hahaha! Você é muito engraçada criança hahaha. Acha mesmo que vou deixar você conjurar a luz em meu nome desse jeito?"

Leonor: Não custava tentar...Vamos tentar outra coisa então. Canhão de luz! - Uma rajada de luz saiu da minha mão, cortando os devoradores ao longe. - Caraca! Que maneiro!

"Viu? Você não precisa se preocupar tanto, eu estou com você."

As bruxas que até então estavam vindo no ritmo dos devoradores, apertaram o passo e estavam vindo cada vez mais rápido. Eu havia me denunciado.

Leonor: Me descobriram!

Valen: Leonor! - Valen e Íris estavam vindo correndo em minha direção.

"Espere as bruxas chegarem mais perto para você atacar, por agora se concentre em eliminar os devoradores."

Leonor: Tem certeza? - Eu não estava muito afim de ter uma luta cara a cara com aquelas bruxas.

"Sim."

Me concentrei em tacar rajadas de luz para decepar os devoradores.

"Quando as bruxas estiverem perto, você irá direcionar seu poder para seus amigos"

Leonor: Oi? Mas isso não irá machucá-los?

"Não, a luz só machuca aqueles que estão nas trevas. A quem não está nas trevas, ela fortalece."

Valen: Leonor! Ficou maluca? - Ele finalmente havia me alcançado, estava ofegante e muito bravo.

Leonor: Me xinga depois, agora vamos nos concentrar em derrotar esses monstros.

As bruxas já bem perto, logo elas conseguiriam nos atacar, então precisávamos agir rápido.

Leonor: E agora Nir? - Valen e Íris olharam para mim como se eu fosse uma maluca.

"Fala para sua amiga Íris invocar raízes da terra para prender as bruxas, seu amigo Valen irá logo em seguida queimá-las".

Leonor: Pode parecer loucura, mas Nir mandou eu direcionar meu poder para vocês, aparentemente isso vai fortalecer vocês. E Íris, você tem que invocar raízes da terra para pegar as bruxas e Valen vai vim com o fogo dele fazendo churrasquinho delas.

Íris: Você consegue ouvir Nir?! - Ela estava com a boca aberta.

Leonor: Sim, mas depois conversamos sobre isso, precisamos agir rápido!

Nesse momento uma chama negra vôo para perto do meu pé, depois uma atrás da outra.

Leonor: Misericórdia! - Eu parecia até que estava sapateando, mas na verdade só estava tentando não ter meu pé queimado.

As bruxas começaram a atacar. Logo em seguida os trolls que vinham com elas, começaram a tacar uma bomba de gás fedorento que deixava a gente desorientado por uns segundos. Valen levantou um muro de fogo para nos proteger dos ataques.

Valen: Eu espero que o que você disse seja verdade, se não morreremos aqui.

Uma das bruxas começou a gritar em uma língua estranha, seus olhos ficaram negros e uma luz negra saía de suas mãos, então um tanto de besouros, vespas e outros insetos, começaram a sair da terra. Esses insetos começaram a subir pela minha perna e a de Valen, que não podia usar seus poderes, se não iria queimar a todos nós. Consegui nos livrar usando meu poder, no entanto esses insetos não paravam de brotar.

Valen: Deixa eles Leonor, vamos nos concentrar em seguir a ordem de Nir!

Ele disse isso, mas assim que parei de usar meu poder para deter os insetos, o muro de fogo que nos protegia começou a falhar por conta dos insetos que subiam pelo seu corpo.

Valen: Vai íris!

Íris: Eu não consigo invocar raízes grandes o suficiente para pegar aquelas coisas, sou uma fada, meu poder é pequeno, até hoje só consegui fazer crescer pequenas mudas! - disse desesperada.

Leonor: Confie em Nir! - Invoquei uma onda de luz e direcionei para Valen e Íris.

Assim que a onda de luz atingiu Valen, os insetos que cobriam seu corpo evaporaram como fumaça, no entanto os insetos ainda subiam pelo meu corpo. Para não sair correndo ou desmaiar por causa do meu corpo coberto daquelas coisas repugnantes, que agora cobriam até meu cabelo, me concentrei em ajudar meus amigos e não focar na minha condição atual.

Íris conseguiu invocar não uma, mas dezenas de raízes de árvores gigantes, elas eram como chicote permeando o céu e tudo o que tivesse na frente. Foi questão de tempo até que as bruxas foram pegas, uma de cada vez. Algumas estavam presas pelo pé, outras estavam sendo estranguladas, outras estavam totalmente amarradas pelas raízes, suas vassouras haviam sido partidas ao meio violentamente. Íris parecia não acreditar que aquilo havia sido feito por ela.

Íris: V-vocês viram i-isso? - perguntou em choque.

Leonor: Valen, acaba com isso logo! - Eu não conseguiria sustentar meu poder por muito tempo nas condições que estava. Os ferimentos que eu havia conseguido cedo e que haviam tido uma melhora significativa devido a saliva de sua alteza, agora voltaram a sangrar por causa dos insetos, que estavam comendo a minha carne na região dos ferimentos.

Valen prontamente incêndio tudo, as bruxas, as raízes, os trolls e outras criaturas que havia chegado para ajudar suas senhoras. Mesmo os devoradores que eu não havia exterminado, quando chegaram a entrada foram completamente aniquilados.

Íris: Conseguimos! - Disse comemorando.

Valen: Ainda faltam os monstros que estão na aldeia. - Falou olhando ao redor.

De fato, nem todos os monstros vieram ajudar suas senhoras, muitos continuaram atacando a aldeia.

Leonor: Eu não consigo mais Valen, estou no limite.

Eu estava esgotada. Assim que nos livramos das bruxas, eu usei o poder em mim mesma para tirar aqueles insetos do meu corpo. Depois que a bruxa morreu, aquelas coisas pararam de brotar do chão. Após tudo isso, eu sentia que não tinha forças nem mais para erguer os braços, quanto mais para continuar lutando.

Íris: Meu Deus, Leonor! Seus ferimentos! - Disse com horror.

Valen: Você vai voltar para a casa da Amarïe.- Disse sério.- Íris, você consegue achar a Amarïe e falar para ela cuidar da Leonor?

Leonor: Ela não tá lá na casa?

Valen: Não, encontrei com ela no caminho, estava cuidando dos feridos.

Leonor: Então não fala para vim cuidar de mim não Íris!

Íris: O que é para eu fazer então? - perguntou confusa.

Valen: Leonor, olha o seu estado! - Falou zangado.

Leonor: A outros feridos Valen, posso esperar para receber tratamento, não é certo eu monopolizar a Amarïe para mim só porque estou assim.

Valen sabia disso também, mas ele não conseguiu não se sentir inquieto vendo o estado do pescoço de Leonor, afinal de contas, "como ele poderia deixar a filha da profecia naquele estado?", pensou.

Valen: Vou dar os primeiros socor...- Antes que ele pudesse terminar, eu o interrompi.

Leonor: Você não vai dar primeiros socorros coisa nenhuma! Tolerei aquilo na sua forma de gato, mas nessa aí não!

Valen: Mulher teimosa, você quer que eu te deixe nesse estado então e vá lutar?!

Leonor: Sim, quero que faça exatamente isso.- Não havia muitas alternativas, a situação era crítica, os aldeões precisavam de ajuda mais do que eu precisava.

Íris: Eu cuido dela Valen, fico com ela na casa, limpo seus ferimentos, aplico os remédios que a Amarïe deixou ao lado da cama, não precisa se preocupar.

Valen pareceu exitar, mas depois concordou.

Valen: Okay, mas vou com vocês até a casa, para garantir que nada vai acontecer.

Ele me pegou no colo e isso me assustou.

Leonor: O que está fazendo?! - Eu podia sentir minha cara queimando de vergonha.

Valen: Você não está em condições de reclamar senhorita, sinto que a qualquer momento você vai ter um piripaque!

Eu realmente não entendo esse gato.

Continua...

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