Capítulo 11

...Adriel...

Esses dias eu tenho tido muito trabalho, estou quase me formando, já que por razões óbvias pude adiantar dois anos na minha carreira, mas tenho que ajudar meu pai na empresa, visto que em alguns dias embarcaremos em uma viagem ao Brasil.

John está chateado, de que adianta eu lamentar se já sofri muito na escola? então o que eu quero é começar a trabalhar na empresa e meu pai está feliz pois de repente ele escapa e tem mais tempo com a minha mãe.

Mesmo assim devemos adiantar o trabalho enquanto estivermos fora, decidimos que será nas férias de verão.

Esses meses sem meu pequeno foram eternos, já sinto saudades, quero falar com ele, mas entendo que isso não será possível tão cedo.

Seja como for, hoje finalmente estamos de férias e faremos aquela viagem ao Brasil, embora a mamãe tenha ficado um pouco chateada por não deixá-la vir, mas não podemos deixá-la saber para onde estamos indo.

Talvez seja isso que eu deveria ter feito desde o início com meu pequeno, tenho visto como o alfa Stefano trata seu companheiro, ele é ciumento, muito possessivo, mas da besta que é nos negócios com sua lua, ele é um gatinho, Don William sempre vence suas lutas e com meu pai é a mesma coisa, pois minha mãe sempre faz birra e ele sucumbe a ela, sempre pensei que isso era estupidez, que eu como alfa jamais me deixaria ser mandado por meu companheiro, quando o encontrei, tudo que eu queria era tê-lo para mim, se meus instintos de possessividade por ele sempre foram excessivos e sempre fiz o que queria com ele, por isso sei que errei.

Agora sinto falta do amor da minha vida e da minha família, tudo por não fazer as coisas direito.

Entramos no jato particular do meu pai com John, que era quem nos acompanharia, ao chegar vejo que ele tem pista particular perto do Amazonas, sim, planejei tudo.

Adriel: Pai, você poderia nos levar para nossa casa?

Mike: Talvez devêssemos verificar o que encontramos.

Quando descemos, tivemos que nos encontrar com um rastreador, pois meu pai não conseguia encontrar o local, então quando o fizemos, entramos.

E nossa.

Adriel: Você planejava ter uma vida longa, próspera e produtiva, não é?

Mike: O que posso dizer? Já tenho 4 filhos e pretendo rastrear mais bebês assim como seu sogro fez depois que eu me aposentar.

Adriel: Nossa, e eu pensei que você estava satisfeito conosco.

Mike: O que você está dizendo? Não, você acha? Mas isso será quando tudo isso acabar, então vamos, temos que procurar algo que nos sirva.

Começamos a procurar por algo que nos ajudasse, não havia corpos no local, mas dava para ver que havia ocorrido uma tragédia ali, meu pai parecia muito afetado, e como não se pela estupidez dele muitos guerreiros da matilha morreram, incluindo meu tio e pai de John, este último estava como se estivesse em piloto automático, doía saber que pelo egoísmo do meu pai muitas almas se foram, mas, por um lado, eu entendo, tudo o que ele mais queria era ser amado e ter uma família, assim como eu fiz, aproveitando-me do meu pequeno.

Enquanto procurávamos, entrei em um quarto, havia poções e outras coisas.

Adriel: Pai!!!

Mike: O que foi? Você encontrou algo?

Adriel: De quem era este quarto?

Mike: Era dela.

Estávamos verificando o local e, por algum motivo, o ambiente era tóxico, meu pai teve que sair e John, eu fiquei, tive que procurar algo que me levasse ao anel ou alguma pista de alguma coisa.

Procurando, encontrei um diário que tive que sair para ler lá fora porque estar lá dentro era muito tóxico.

Mike: O que você encontrou filho?

Adriel: Não sei ainda.

Ao começar a ler, percebi que era daquela bruxa, nossa, ela era perturbada e tinha motivos para matar a família.

Mike: E o que diz?

Adriel: As razões para odiar a família, também fala de um exército de bruxas negras e outras criaturas que se juntaram a ela e estão esperando.

Mike: Você acha que Ravena veio aqui quando eu fugi com o rei vampiro?

Adriel: Pai, a mãe de Ravena a deixou quando ela tinha apenas um ano de idade, é impossível que ela soubesse sobre sua mãe, a menos que tivesse encontrado este livro, temos que encontrar o anel daquela maldita.

Levamos três malditos dias para encontrar algo, as noites pareciam pesadas, era como ouvir os gritos dos guerreiros que haviam morrido ali, John estava um pouco atordoado com tudo que estava acontecendo até a noite do terceiro dia, verificamos o quarto onde aquela bruxa morreu pela quarta vez, o quarto estava destruído, mas não havia corpos, procurei embaixo de todos os escombros até que finalmente o encontrei.

Mike: Não toque nele com suas mãos.

Adriel: Por quê?

Mike: Não sabemos o quão perigoso pode ser, é melhor pegar uma roupa dessa mulher e colocar em uma mala.

Adriel: E o que vamos fazer com ela?

Mike: Vamos levá-la para a Itália, o Rei Bruxo deve saber o que encontramos e que tipo de anel é este, também temos que levar o diário.

Saímos de lá naquela mesma noite, era estranho porque a noite parecia mais densa e pesada do que o normal, era como se uma névoa negra tivesse caído sobre nós, custamos a sair de lá, estávamos desorientados e sempre voltávamos ao mesmo lugar.

Mike: Droga, o maldito anel daquela bruxa está fazendo tudo isso.

Adriel: E se esperarmos até de manhã, não podemos arriscar os guerreiros.

Mike: Pode ser, mas já está quase amanhecendo, andamos em círculos a noite toda em um caminho que só nos custou 2 horas para chegar aqui, nem o rastreador conseguiu encontrar o caminho.

John: Temos que continuar mais uma vez.

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