Capítulo - 08

Paciência e manter a calma era o que eu clamava a deus, encarei a tal garota cujo o nome esqueci no mesmo instante e forcei um sorriso.

— Legal. — Falei indiferente. — Sou Stiles.

A garota fez uma careta ao saber o meu nome.

— Estranho. — Disse ela segurando o riso. — O que levou a sua mãe a te dar esse nome?

Arquei a sobrancelha e reprimi a louca vontade de a esganar até a morte.

— Putiane. — Ditei em aviso. — Eu não me lembro de ter pedido a sua opinião, muito menos o que acha ou deixa de achar. — A olho de cima do modo Derek Hale. —  E eu não sei o que acha, que vai conseguir vindo com essa cara de cadela no cio para o meu lado. — Inclinei o corpo para frente e falei no seu ouvido. — E eu sou gay, e menos se não fosse eu nunca me envolveria com uma qualquer interesseira como você.

Dei um passo atrás olhando com divertimento a sua expressão chocada e incrédula  a me olhar com a boca aberta.

— Você...— Gaguejou em choque. — Não, não pode. — Exclamou contrariada. 

Revirei os olhos, já cansado de todo aquele show.

— Não pode o quê garota? — Pergunto mesmo já sabendo a resposta. 

— Você NÃO PODE GOSTAR DE HOMENS. — Gritou transtornada. — NÃO PÔDE!

Dei um outro passo atrás surpreendido com o seu rompante, a onde que essa criatura quer chegar?

— E quem você pensa que é para decidir algo por mim? — Soltei ácido. — Quem é você para saber dos meus gostos? 

— Eu... — Não terminou a sua fala, sem saber o que dizer.

Me aproximei e encarei dentro dos seus olhos de uma maneira mais mortal que existe, Derek é um ótimo exemplo para ter quando é para botar medo em alguém.

— Você não é ninguém. — Falei pausadamente a fazendo se escolher. — Uma zera a esquerda que se acha o centro do universo, uma garota mimada e fútil. — Os seus olhos começaram a lacrimejar. —  Você é uma puta interesseira sem caráter, não vale nada, até um lixo vale mais que você Lauren.

— Você não tem o direito de falar isso sobre mim. — Chorou cobrindo o seu rosto. —

Gostei de você no instante que te vi

— Pare de chorar! — Brandei perdendo a paciência. — Garota, aprende a mentir melhor.

Lauren pulou com a minha explosão, destampou a sua face límpida sem qualquer evidência de  ter chorado.

— Como? — Perguntou-me surpresa por ter  descoberto o seu jogo. — Era para você ter caído.

— Primeiro: Não é da sua conta como eu sei Vadia. — Sorri em descaso. — Segundo: Esse truque e mais velho que os próprios Originais e terceiro você não convenceria ninguém com esse seu teatro a sua cara já entrega a puta interesseira quê é.

— Q... — Tentou inventar uma desculpa coerente e depois suspirou. — Desculpe.

— Sabe que esse pedido de desculpa não cola né? — Pergunto retoricamente. — E boa sorte para conseguir outro trouxa, tente com o Mike, talvez consiga.

— Apesar de tudo, gostei de você, mas aposto que você não quer a minha amizade.

—Sorriu verdadeiramente pela primeira vez desde que começamos com essa lenga-lenga. — Obrigada. — Disse e fez uma careta de nojo. — Até eu sei os meus limites e Mike está fora de questão, que repulsa só de pensar.

Sorri de lado, surpreendido com a mudança radical que tivermos.

— Você está certa, não quero a sua amizade. — Falei sincero. — É melhor você ir.

— Claro...— Disse ela. — Tchau Stiles.

— Até nunca mais!

A mesma riu e se afastou indo de volta a palestra, fiz uma careta.

— Eu em. — Murmuro com tédio. — Cada um com as suas loucuras.

Olhei a floresta sentindo aquela energia o chamar, e com suspiro começou a caminhar em sua direção. Subi uma pequena subida me afastando do estacionamento até me adentrar, seguindo uma pequena trilha entre as árvores, com as suas copas altas e abastada de folhas tampando um pouco a luz e deixando mais úmido do que habitual devido a chuva. O sons dos meus passos era ouvido em meio ao silêncio da mata, com as mãos nos bolsos percorri um caminho lento e quieto, grilos e cigarras calaram a sua cantoria, e eu sabia por experiência própria que os sinais de perigo são mais óbvio do aparenta.

"Quando a floresta canta,  a paz reina"

"Quando a floresta silencia, há perigo espreita"

Não parei, continuei a seguir a trilha sem diminuir os passos. Respirei fundo deixando a floresta falar. O Vento soprava numa linda melodia chocando - se contra o meu rosto, barulhos de pássaros a bater as suas asas, sapos a grunhir e inflando as suas barrigas, por fim a energia da natureza se tornou mais energizante a minha volta, parei e escutei o que ela queria me dizer.

Fechei os olhos, e ouvi. Barulhos de pegadas a minha direita, em forma lenta e cuidadosa, na intenção de não fazer sons, eu podia imaginar o quer que seja se agachar pelas quatro patas, dando um passo que de cada vez, sua boca aberta exibindo as fileiras de dentes pontiagudos e o seu tamanho calculando o tamanho de uma passada da pata de trás até a pata da frente, supondo - se que seria da minha altura ou mais em pé, Me preparei. 

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Desviei do seu agarre, movendo o corpo rapidamente para o lado ao escutar o pressionar de terra molhada, preparando para pular forçando a suas patas de trás num impulso, abri os olhos surpresos por ter dado certo, Hales e seus malditos treinos de sentidos. Engoli em seco ao notar um tigre incrivelmente grande na minha frente. 

Como fui ensinado nos treinamentos com a pack, dei um passo atrás com lentidão e fiquei em posição defensiva. Se eu conseguir lidar com o Derek numa luta na sua forma de lobo completa, acho que consigo lidar com um tigre. Encarei a fera nos olhos não demonstrando medo, o animal rosnava ameaçador mas algo no tigre não era normal, bem aparentemente ele era felino como outro qualquer, mas o que emanava dele, era algo que eu não sabia.

O felino se preparou, deu um alguns passos na minha direção e pulou alto vindo para cima de mim e lembrando das lutas com o lobo ranzinza, usei o fato de ser mais leve e mais pequeno que o dito animal e esperei quando o seu corpo grande ficou bem perto de se chocar com o meu e o seus dentes a pegar no meu ombro.

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Foi uma ação rápida, coisa de nem meio minuto, passei os braços pelo o corpo do tigre em um aperto firme, segurando o pulso da minha mão esquerda para ter firmeza e firmei os pés no solo e com um esforço direcionei todas as minhas forças no tronco e nos braços. Inclinei o corpo para trás o curvando e com isso levantando o tigre pelos meus braços numa inclinação de 180°, caí no chão de costas e a fera de quatro patas fora jogada um pouco atrás de mim ao ter a soltando no ar.

Respirando ofegante tratei a levantar e me afastei do felino ficando em posição defensiva. O tigre que ainda estava deitado um pouco confuso voltou a ficar em pé e rosnou

— Incrível. — Falei surpreso, não conseguindo segurar a língua. — Derek sabe ser mais pesado em sua forma de lobo que você amigo.

Sabia que tinha que ficar com a boca fechada nessas situações, mas quem disse que eu conseguia. O tigre parou de ameaçar e cheirou o ar, olhou para os lados e não viu nada e começou a rosnar dando passos na minha direção. Mais o que tanto o animal quando o Stiles não notaram era que seis pessoas a dois galhos acima de suas cabeças olhavam tudo mais que chocados, não acreditando que um simples humano frágil conseguiu de alguma forma levantar um tigre que tem o dobro do seu tamanho e peso e o jogar longe.

— Valeu Sourwolf por ter ferrado com a minha vida nos treinos de combate corpo a corpo. — Debochei cinicamente para mim mesmo. — Prestam para alguma coisa pelo menos.

Encarei o tigre me posicionando para o próximo confronto, mas o felino fez algo que me deixou surpreso. Ele relaxou a sua postura e passou a me olhar curiosamente, andou alguns passos até ficar a minha frente e se sentou, curvando a sua cabeça para baixo. Engulo em seco e ergui a mão trêmula e toquei o topo da sua cabeça e um explosão de sensações aconteceu, eu me conectei ao tigre.

— Você é protetor das florestas. — Arfei surpreso ao ter o conhecimento do ser celestial. — Mas por que me escolheu?

Olhei mesmo sabendo que não teria resposta, o corpo do tigre começou a brilhar e flocos de luzes saírem dele e voaram à minha volta se grudando a mim, em segundos comecei a brilhar. Era uma sensação quente e acolhedora quando os feixes de luzes se impregnam nos meus poros, eu vi a imagem do tigre na minha mente em um espaço mental depois dele desaparecer entre os meus dedos. Toda aquela euforia de ligação terminou e fui ao chão fraco.

— Agora que vou para o colégio militar. — Choramingo ao pensar no meu pai e no sermão que ele provavelmente vai dar. — Não quero ter que comandar aquele lugar em semanas só para sair do tédio.

Suspirei e me ergui limpando a minha nunca com as mãos, deixaria para pensar nisso depois.

— O que diabos aconteceu aqui?

Paralisei e olho para cima, em direção do som, nos galhos das árvores o grandalhão juntos dos seus irmãos me olhavam sem acreditar no que viram.

— Então acreditaram se eu eu falasse que não sei? — Perguntei sorrindo, porque mentir, já viram tudo. — Podem descer por favor?

No mesmo instante saltaram dos galhos e pousaram no solo perfeitamente bem, fiquei em choque com isso. O grandalhão veio até mim assim que pisou na terra preocupado e começou a me examinar de cima a baixo

— Eu tô bem. — Falei quando suas mãos viajaram pelo o meu corpo procurando machucados. — Não se preocupe.

A muralha não se convenceu e continuou a procurar ferimentos.

— Meu nome é Emmett. 

Juntei as suas mãos geladas e sorri carinhosamente.

— Grandão. — Chamei a sua atenção e o mesmo sorriu abertamente com o apelido. — Eu tô bem. — Levei minha mão até o seu rosto e fiz uma leve carícia. — Não estou machucado, nem nada Emmett.

Nós olhares se fixaram um no outro, o alívio finalmente surgiu nos seus lindos olhos dourados.

— Casal, desculpa destruir a bolha fofa dos dois aí. — Disse a loira sorrindo. — Temos que voltar.

— Rosali tem razão. — Disse o ex crush de Bella. — Vão desconfiar, conversamos depois sobre isso.

— Então Stiles. — Disse um loiro com cara de quem sentisse dor. — Como assim você pegaria o comando de colégio militar em uma semana?

O ruivo e a mini fada o olhou incrédulos.

— Sério de tudo o que aconteceu, você prestou atenção nisso? — O ruivo perguntou. — Maravilha.

— Amor conversamos disto depois. — A Fadinha disse pagando a mão do seu namorado.

— Vamos?

— Certo.

E sumiram em piscar de olhos deixando só eu e Emmett alí.

— Okay, essa não e a coisa mais estranha que vi nesse tempo que estou envolvido com o sobrenatural. — Falei com a boca aberta. 

— Vamos conversar sobre isso Baby. — Emmett disse no meu ouvido, eu me arrepiei todo. — Teremos muito o que explicar. — Suas mãos foram na minha cintura num aperto possessivo. — Não gostei nada de o ver em perigo e muito menos daquela Lauren se engraçando com você.

Um gemido escapou dos meus lábios quando seus dentes morderam o meu pescoço mais sem furar, as minhas pernas falharam e se não fosse pelas mãos de Emmet a me segurar iria despencar no chão.

— Emmett. — Clamei perdendo os sentidos com os seus lábios, língua e dentes a dançarem na minha pele. — Por...

— Shiii. — Me silêncio com o polegar e o retirou, para aproximar o seu rosto do meu e o seus dentes puxaram o meu lábios inferior devido a minha boca entreaberta, o puxou e o manteve preso, a ponta de sua língua gelada deslizou pelo meu lábio e o soltou logo depois. — Depois Baby.

Permaneci com os olhos fechados, não era um beijo mais o gosto viciante e marcante de Emmett ficará cravado na minha mente e eu desejava por mais, eu queria que o meu primeiro beijo fosse com ele.

— Daddy. — Reclamei abrindo os olhos. — Não vale.

Ele riu e me pôs em seu colo no estilo noiva, e com isso corei. Mas havia um fato, eu estava começando a amar esse lance de Daddy e Baby.

— Não faz isso. — Rosnou e os seus lábios voltarem a roçar nos meus sem nunca me beijar. — Prometo te recompensar depois Bebe.

— Vou cobrar. — Reclamei com um lindo beicinho. — Melhor irmos.

— Meu amor não faz isso. — Grunhiu excitado. — Tenho vontade de te morder todo, te marcar, te preencher, quero ouvir os seus gemidos e gritos implorando por mais. —

Explicou malicioso e o meu corpo esquentou todo ao imaginar.

— Vo..u me controlar. — Gaguejei incerto do que falar já que não conseguia pensar. — Vamos meu grandão?

— Sim, e prepare-se para as perguntas.

Não sei se consigo explicar o sentimento de adrenalina e apavoramento que senti ao ter Emmett, nos movimentos numa velocidade absurda até o estacionamento, precisamente ao lado do meu carro onde se encostou na lataria. Só sei que foi emocionante. 

— Está bem? — Perguntou preocupado, mantendo-se com os braços à minha volta, não que me importo. — Desculpe, deveria ter te falado.

— Foi divertido Emm. — Falei apoiando a cabeça no seu peitoral firme. — Não se desculpe, eu gostei.

— Vamos fazer isso mais vezes se você gostou, sweet love. — Disse sorrindo fazendo carinho nas minhas costas. 

Não o respondi mas como resposta pressionei um beijo demorado no seu pescoço, já que era o único lugar que eu conseguia alcançar, maldição de ser baixinho, senti o seu corpo vibrar,  sorri com o efeito provocado nele.

O som do sinal nos tirou da nossa bolha, mentalmente me preparei para os olhares que receberia....

A partir de hoje as fofocas rolavam  solta por aí...mas quero que todos vão para o inferno.

Continuaaaaa

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