Cruel: O Que Não Sabia Amar!
Era tarde da noite, a chuva caía sobre a cidade de Florença. Relâmpagos e trovões eram ensurdecedores, os pingos de chuvas caíam como pequenas lâminas. As árvores dançavam com o balançar do vento. A noite era escura como um breu. Nas ruas viam apenas as luzes dos postes.
Em um pequeno bar, o som de um piano ecoava pelo pequeno salão que ali havia. Homens e mulheres dançavam conforme o ritmo.
Longe dali, um carro percorria as estradas como uma bala, sem se quer prestar atenção no caminho percorrido, logo atrás um outro carro o perseguia.
Ao terminar o expediente, uma jovem que trabalhava naquela noite no pequeno bar, saiu porta a fora, colocou o capuz de seu moletom, fechou o zíper, pôs as mãos nos bolsos e andou debaixo da chuva. Ao olhar pro lado, sem poder se desviar, foi atingida com tudo pelo carro.
O carro deu ré e acelerou sem prestar socorro.
O outro carro que o perseguia, parou. Um rapaz saiu do carro, olhou pra jovem, agachou-se tocando em seu pulso pra vê se havia sinal de vida, fraco quase parando, mas ainda havia pulsação. No banco de passageiros um homem aparentemente calmo, mas estava irritado pelo ocorrido, olhava pra cena em sua frente sem qualquer demonstração de preocupação pela jovem, só queria sair dali o mais rápido possível.
- VAMOS LOGO. DEIXA ISSO AÍ.
Gritou o homem já sem paciência.
- Não podemos cara! Ela vai morrer se a deixarmos aqui.
Respondeu o rapaz.
- Arg. Traga-a, coloque-a no banco de trás. Deve haver algum hospital aqui por perto, a deixamos e vamos embora. Precisamos encontrar aquele monte de merda.
Disse esfregando sua pálpebra.
O rapaz pegou a jovem em seu colo.
- Dá pra abrir a porta? Se não for incomodo vossa alteza.
Falou com deboche.
O homem serrou seus olhos e abriu a porta.
Depois de coloca-la no assento, o rapaz fechou a porta, entrou no lugar do motorista, ligou o carro e saiu em procura de algum hospital.
Pelo retrovisor, o homem olhava a jovem.
A pele branca estava manchada pelo sangue dos ferimentos. O cabelo longo e ondulado estava molhado e estava encharcando o banco do carro. Nos lábios carnudos havia um pequeno corte.
Ao analisar aquela pequena silhueta, notou que uma pequena medalha estava brilhando em seu pescoço. Em sua mão, havia uma pequena aliança no dedo anelar esquerdo. Não era algo chamativo, mas delicado e que combinava perfeitamente naquela mão pequena.
Deve ser casada. Pensou ele.
- Chegamos. Vou deixar ela e logo vamos embora.
Falou o rapaz. Mas notou que o homem ao seu lado não o ouviu falar.
- Cara? Tô falando com você. Oque houve?
- Hãn. Nada. Leve logo ela. Parece grave e ela tá molhando todo o carro.
Apenas com um aceno positivo, saiu pegando a mulher e saiu com rapidez em direção a entrada do hospital.
- Socorro!
Gritou ele.
Uns enfermeiros vieram empurrando a maca pelo corredor.
- Oque houve senhor?
Perguntou um enfermeiro já colocando a jovem na maca.
-Um carro a atropelou e saiu sem prestar socorro.
-O senhor conhece a vítima?
Com uma laterna o enfermeiro avaliava os sinais vitais.
- Não, não. Eu vinha logo atrás e vi o ocorrido. Preciso ir, tenho assuntos ainda pra resolver. Aqui meu cartão, quando ela acordar, entre em contato que irei vim assim que possível .
Disse já saindo da recepção e indo em direção a saída.
- Demorou. Era só deixar lá e voltar.
Disse o homem sem paciência.
- Eles estavam fazendo perguntas. Deixei meu contato pra ligarei quando ela acordar.
- Tá tá. Vamos logo.
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Atualizado até capítulo 12
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