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Cruel: O Que Não Sabia Amar!

Capítulo 01

Era tarde da noite, a chuva caía sobre a cidade de Florença. Relâmpagos e trovões eram ensurdecedores, os pingos de chuvas caíam como pequenas lâminas. As árvores dançavam com o balançar do vento. A noite era escura como um breu. Nas ruas viam apenas as luzes dos postes.

Em um pequeno bar, o som de um piano ecoava pelo pequeno salão que ali havia. Homens e mulheres dançavam conforme o ritmo.

Longe dali, um carro percorria as estradas como uma bala, sem se quer prestar atenção no caminho percorrido, logo atrás um outro carro o perseguia.

Ao terminar o expediente, uma jovem que trabalhava naquela noite no pequeno bar, saiu porta a fora, colocou o capuz de seu moletom, fechou o zíper, pôs as mãos nos bolsos e andou debaixo da chuva. Ao olhar pro lado, sem poder se desviar, foi atingida com tudo pelo carro.

O carro deu ré e acelerou sem prestar socorro.

O outro carro que o perseguia, parou. Um rapaz saiu do carro, olhou pra jovem, agachou-se tocando em seu pulso pra vê se havia sinal de vida, fraco quase parando, mas ainda havia pulsação. No banco de passageiros um homem aparentemente calmo, mas estava irritado pelo ocorrido, olhava pra cena em sua frente sem qualquer demonstração de preocupação pela jovem, só queria sair dali o mais rápido possível.

- VAMOS LOGO. DEIXA ISSO AÍ.

Gritou o homem já sem paciência.

- Não podemos cara! Ela vai morrer se a deixarmos aqui.

Respondeu o rapaz.

- Arg. Traga-a, coloque-a no banco de trás. Deve haver algum hospital aqui por perto, a deixamos e vamos embora. Precisamos encontrar aquele monte de merda.

Disse esfregando sua pálpebra.

O rapaz pegou a jovem em seu colo.

- Dá pra abrir a porta? Se não for incomodo vossa alteza.

Falou com deboche.

O homem serrou seus olhos e abriu a porta.

Depois de coloca-la no assento, o rapaz fechou a porta, entrou no lugar do motorista, ligou o carro e saiu em procura de algum hospital.

Pelo retrovisor, o homem olhava a jovem.

A pele branca estava manchada pelo sangue dos ferimentos. O cabelo longo e ondulado estava molhado e estava encharcando o banco do carro. Nos lábios carnudos havia um pequeno corte.

Ao analisar aquela pequena silhueta, notou que uma pequena medalha estava brilhando em seu pescoço. Em sua mão, havia uma pequena aliança no dedo anelar esquerdo. Não era algo chamativo, mas delicado e que combinava perfeitamente naquela mão pequena.

Deve ser casada. Pensou ele.

- Chegamos. Vou deixar ela e logo vamos embora.

Falou o rapaz. Mas notou que o homem ao seu lado não o ouviu falar.

- Cara? Tô falando com você. Oque houve?

- Hãn. Nada. Leve logo ela. Parece grave e ela tá molhando todo o carro.

Apenas com um aceno positivo, saiu pegando a mulher e saiu com rapidez em direção a entrada do hospital.

- Socorro!

Gritou ele.

Uns enfermeiros vieram empurrando a maca pelo corredor.

- Oque houve senhor?

Perguntou um enfermeiro já colocando a jovem na maca.

-Um carro a atropelou e saiu sem prestar socorro.

-O senhor conhece a vítima?

Com uma laterna o enfermeiro avaliava os sinais vitais.

- Não, não. Eu vinha logo atrás e vi o ocorrido. Preciso ir, tenho assuntos ainda pra resolver. Aqui meu cartão, quando ela acordar, entre em contato que irei vim assim que possível .

Disse já saindo da recepção e indo em direção a saída.

- Demorou. Era só deixar lá e voltar.

Disse o homem sem paciência.

- Eles estavam fazendo perguntas. Deixei meu contato pra ligarei quando ela acordar.

- Tá tá. Vamos logo.

Capítulo 02

Por horas procuraram o paradeiro do carro que deixaram escapar, mas sem sorte não o encontraram. Já cansados e estressados, resolveram voltar pra casa.

- Chega, vamos voltar. O infeliz conseguiu escapar. Se não tivéssemos parado pra prestar socorro aquela mulher, estaríamos agora torturando aquele merdinha.

Esbravejou o homem com raiva.

- Eu não iria carregar a culpa pela morte de uma pessoa inocente. Mas relaxa irmão, vamos encontrar o infeliz. Ele não conseguirá se esconder por muito tempo.

Falou o rapaz.

Enquanto isso no hospital, a equipe médica dava o seu melhor para salvar a vida da mulher.

Depois de horas na sala de cirurgia, já estava amanhecendo quando os médicos e enfermeiros puderam dar o suspiro de alívio e gratidão pela cirurgia bem sucedida.

- Ligue para aquele rapaz que a trouxe. Precisamos notificá-lo sobre a jovem.

Disse o médico responsável pela equipe para a recepcionista.

- Sim Doutor. Irei fazer isso agora.

Do outro lado da cidade...

Ligação On...

- Alô?

- Gostaria de falar com o senhor Leone Caccini.

- Pois não? É com ele que está falando.

- Aqui é da recepção do hospital *****. Liguei pra dar notícias sobre a moça que o senhor trouxe noite passada.

- Como ela está?

- Ela saiu da sala de cirurgia agora pela manhã e está agora na sala de UTI. O doutor que está representando o caso dela gostaria de falar com o senhor pessoalmente.

- Ok. Logo chego aí.

Ligação Off...

Leone Caccini

Acordei com o toque do meu celular. Era do hospital, dizendo que a moça que eu deixei lá, já havia saído da cirurgia. Sei que não a conheço, mas pelo fato de prestar socorro a ela, meio que eu seja responsável por receber as notícias.

Estou cansado. Eu e meu irmão viramos a madrugada atrás de um traidor sem escrúpulos. Mas irei assim mesmo.

Levanto, faço minha higiene pessoal, tomo banho e me arrumo.

Saio do quarto, paro em frente a porta do quarto do meu irmão. Sei que ele odeia que o acordem, mas ele vai ter que ir comigo. Odeio ter que resolver esses tipos de coisas, ele é o mais velho, então terá que ir comigo.

Dou três batidas na porta e o chamo.

...Toc! Toc! Toc! ...

- Lohan? Tá acordado?

Mal termino de falar e a porta já se abre e na minha frente uma figura aterrorizante. É meus caros, se não morri antes naquelas batalhas entre inimigos, certeza irei morrer agora nas mãos do meu irmão. Tô ferrado!

Lohan Caccini

Mal dormi, se fechei os olhos para descansa-los creio que foi muito.

Estou agora pensando na moça do acidente.

Não sou a pessoa mais sentimental do mundo, essas coisas de sentimentos pra mim não existe. Dignos desse tal de carinho, são somente minha família. Mas ao vê-la ali naquele estado, tão invulnerável, mexeu com a minha cabeça.

Tava concentrado pensando quando ouço o Leone me chamando. Se eu estivesse dormindo, esse cara era um homem morto agora.

Abro a porta e já vejo a cara de espanto do pirralho

- Leone! Leone! Leone! Se eu já não estivesse acordado, certamente nossos pais iriam ficar sem o filho favorito deles.

- Desculpa irmão. Mas precisamos ir pro hospital.

- Hospital? Tá machucado?

Falo o analisando.

- Não, não cara. É sobre aquela menina. Ligaram e querem que eu vá lá. Mas como você tava comigo na hora, seria certo você ir junto.

Garoto esperto. Não gosta de resolver as coisas e quer que eu resolva.

- Tá. Espera lá embaixo, já desço.

- Foi mais fácil doque imaginava.

Falou já descendo as escada.

- Eu ouvi isso.

Gritei.

Capítulo 03

Lohan Caccini

Depois de um tempinho na estrada, enfim chegamos no nosso destino.

Saímos do carro e entramos no hospital. Um de nossos seguranças entrou junto.

- Leone, vá lá e peça informações.

- Por que eu?

- Porque ligaram pra você, pediram pra você vim, você a ajudou. Quer mais algum motivo?

- Tá! Eu vou lá. Cara chato!

- Por favor, sem reclamações!

Leone saiu indignado, mas foi lá pedir informações.

Leone Caccini

Trago ele pra resolver as coisas e eu inda tenho que pedir informações. As vezes ele abusa sobre o poder de ser o irmão mais velho. Aargg!!!

- Olá? Bom dia!

- Bom dia! O senhor precisa ser atendido?

- Não. Ligaram para mim hoje pela manhã pra falar sobre a jovem que chegou noite passada aqui.

- Assim! Senhor Leone Caccini, correto?

- Sim.

- O Dr. Torres está lhe aguardando na sala dele para conversarem.

- Ok. Mas você poderia ir adiantando um pouco sobre oque ele irá falar?

- Bom, não sei muito sobre o assunto. No momento ela está na sala de UTI, em observação e pelo oque eu entendi, ela entrou em coma pelo fato de ter sofrido um baque forte na cabeça. Junto com ela havia somente um celular, mas estava quebrado, uma aliança e um colar. Então não sabemos o nome, de onde é e nem se tem parentes. O Doutor irá explicar o quadro dela ao senhor. Só seguir o corredor e virar para a direita, a segunda porta é o consultório dele.

- Obrigado.

- De nada senhor! Tenha um bom dia.

Saio da recepção e vou até meu irmão.

- Então Leone? Oque falaram?

Perguntou ele já impaciente.

- Eles não tem nenhuma informação dela, só tinha um celular mas quebrado, uma aliança e um colar. E também ela entrou em coma.

- Então significa que nós iremos ser responsáveis por uma desconhecida?

- Cara, eu não sei. Precisamos conversar com o médico. Ele está esperando. Vamos lá e logo saberemos.

Lohan Caccini

Saímos andando pelo corredor e a cada passo que dávamos era como se algo estivesse pesando sobre meu corpo. Seria culpa? Mas culpa em quê? Essas perguntas se repetiam por inúmeras vezes na minha cabeça.

Passamos por várias portas, Leone saiu guiando nossos passos, pois ele sabia onde era o consultório.

Por cada porta que passávamos era como se o tempo não passasse, o corredor se tornou longo, o silêncio dominou o ambiente e escutávamos somente o som de nossos sapatos tocando no piso daquele ambiente.

Leone parou em frente a uma porta, ameaçou tocar na maçaneta e olhou pra mim.

- Irmão? Não sei o motivo, mas não tô preparado pra ouvir oque ele tem a dizer.

Acredite pirralho, eu também não. Pensei.

- Eu vou lá conversar com ele. Vocês dois, me esperem aqui.

Falei me referindo á ele e ao segurança.

Dei leves batidas na porta e logo sou autorizado a entrar.

- Bom dia. Doutor. Sou o Lohan Caccini. Eu estava com meu irmão quando ele trouxe a moça do acidente na noite passada.

Falei estendendo minhão mão.

- Bom dia. Então foram os Caccini que a socorreram? Vocês são bastante conhecidos pelas redondezas. Se não fosse por vocês terem agido rápidos, nesse momento não estaríamos aqui tendo essa conversa sobre o quadro dela.

Falou apertando minha mão em um comprimento.

Senti um desconforto quando ele terminou de falar.

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