Nova vida

Chegando a ilha de Exóryxi David observa alguns soldados do império andando na ilha, uma tropa com aproximadamente 8 soldados sem armaduras e com espadas simples, diferente dos soldados que estavam em Solaria, ele vê alguns seguindo para a casa de Frederic e outros, indo para a clínica onde foi tratado algumas horas atrás

Ele desce o navio perto dos soldados que estavam no meio da ilha indo atacar a clínica médica na qual ele havia ficado. Assim que David sai do navio mostrando seu rosto em meio a noite, os 3 soldados logo sabem quem é ele.

— David Arcádia, se entregue ao império — grita o soldado, mostrando sua espada para David.

— Vá a merda vocês com esse seu maldito império — responde David retirando sua espada de sua bainha.

— Nós tentamos — exclama o soldado, olhando para seus companheiros.

Os três sacam suas espadas e correm em direção a David.

“Pobres idiotas” pensa, David.

Em um instante David aparece no meio dos três soldados e depois ele já havia passado eles, ele estava em pé de costas para os soldados. Os soldados olham para trás e ali estava David, eles se viram apontando suas espadas para David.

— Se renda David — grita um soldado, olhando para o lado e vendo a cabeça de seu companheiro cair no chão.

— Sabem, eu não queria chegar a isso — diz David, com uma voz grave mostrando seus dentes que estavam maiores.

— Seu monstro, você é um vampiro — fala um soldado. — Sua raça deveria ter sido extinta a mil anos.

— Que engraçado, não é mesmo, vocês atacam pessoas inocentes, e eu sou o monstro.

David ataca o outro soldado, dessa vez mordendo seu pescoço e sugando todo seu sangue rapidamente.

— Só sobrou você agora, quais são suas últimas palavras — pergunta David, segurando o pescoço do soldado restante.

— Tenha piedade de mim, eu tenho dois filhos para cuidar, só estou seguindo ordens.

— Muitas pessoas aqui também tinham famílias, não se preocupe, seus filhos serão bem cuidados pelo império que você só está apenas seguindo ordens.

Davi mata o último soldado perfurando sua barriga com sua espada. Ele corre rumo a casa de Frederic que fica no topo de uma montanha, mas com sua transformação ele chega em poucos segundos.

David chegou na entrada da casa e ouviu os gritos de Ana lá dentro, ele arrebenta a porta com chute e entra. Lá dentro, Frederic havia sido apunhalado no peito por um soldado e outros quatro estavam segurando Ana tentado a violentar. David grita com raiva vendo a cena e ataca o soldado que estava apunhalando Frederic. Ele o mata com sua lâmina, o decapitando. Depois ele para e olha para os outros 4 soldados com um olhar sanguinário e com suas presas à mostra.

— David Arcádia, um maldito vampiro, jamais iriamos imaginar que o império te quer por isso — disse o capitão dos soldados.

— Eu não falo com homens mortos — responde David.

O capitão fica sem entender por um momento até que começa a sentir uma grande dor na barriga, quando ele olha a um corte se abrindo nela e pouco tempo depois seu corpo cai cortado ao meio, os outros soldados sentem a mesma dor e seguem com a mesma morte do seu capitão.

David vai até Frederic e o segura com uma das suas mãos.

— Frederic, temos que sair daqui — exclama David, voltando a sua forma humana.

— Eu sempre soube que você era incrível, mas sendo um vampiro eu jamais sonharia — fala Frederic, com uma voz rouca e fraca. — Eu estou morrendo David, cuide da Ana por mim, me prometa isso.

— Eu irei, até o fim da minha vida.

— Fico grato e obrigado por tudo, companheiro minerador.

Frederic morre no braço de David. Ana estava em choque com toda a situação, ela nem mesmo conseguia falar ou se mexer, David pega ela nos braços e a leva até o navio, onde a coloca no assento de trás e sai da ilha, sem rumo, em busca de um local seguro para viverem.

***

Um dia se passou e David e Ana pararam em uma pequena ilha que tinha um pequeno oásis com árvores frutíferas e água. Ana havia dormido no banco de trás, e ele a acorda para eles saírem do navio e irem explorar a ilha.

— Ana, Ana, acorda.

Ana acorda um pouco assustada com tudo o que aconteceu, mas David a  tranquiliza.

— David?

— Sim… Vamos colher algumas frutas, eu parei em uma pequena ilha.

— Tudo bem, vamos.

Os dois saem da embarcação e vão colher algumas frutas nas árvores que ficam ao redor de um pequeno lago, eles acham maçãs, peras e uvas. Ana durante todo o percurso evita ficar perto de David, ele a olha e não entende esse comportamento.

— Ei, eu não mordo — exclama David, dando uma pequena risada.

— Por que você é um vampiro? Por que vocês ainda existem? — diz Ana, olhando com desconfiança.

— Assim como elfos, humanos, e outras raças, nós também estávamos nesse mundo e merecemos viver.

— Não merecem, sua raça tentou escravizar todas as outras centenas de anos atrás e foram os tiranos do mundo por 500 anos.

— É incrível como o preconceito está presente nesse mundo, você mesma viu o que os humanos realizaram em Solaria e na sua casa, e mesmo assim, nós somos os demônios? — pergunta David largando suas frutas no chão.

— Você tem razão, você me salvou e serei eternamente grata.

— Gratidão não vai bastar, eu preciso de você.

Ana fica corada após essa frase pensando que David estava cortejando ela.

— Irei chegar ao final do mundo pelos meus amigos, e acabarei com a Névoa eterna de vez. E prometi te proteger até o fim dos meus dias — falou David com um olhar esperançoso. — Logo te considero minha filha agora.

— Filha? Tenho a mesma idade que você.

— Pode ser verdade, mas de qualquer forma, agora sou seu guardião.

— Você é meu guardinha, então — responde Ana, rindo com deboche.

— Você continua irritante…

Eles pegam mais algumas frutas e voltam ao navio e se sentam encostando suas costas na lateral do navio enquanto observam a pequena floresta a sua frente.

— Ana, é agora, o que faremos? — pergunta David.

— Ué, chegaremos ao final do mundo, como você quer — responde Ana.

— Mas para isso precisamos atravessar o império, e como você deve ter notado, sou o procurado número um deles.

— Existe uma forma — diz Ana apontando para o céu.

— Me diga qual então.

David olha para onde Ana está apontando e percebe um navio pirata passando nos céus.

— Então vamos recorrer à pirataria, quem diria, o grande cientista David Arcádia se torna um bandido — confirma David, com um grande desânimo.

— Ou é isso, ou podemos ser capturados pelo império — responde Ana, rindo de David.

— Está bem, vamos abordar aqueles piratas e tomar o navio deles.

Os dois seguem no seu pequeno navio rumo ao navio gigante dos piratas que possui 6 canhões de cada lado, uma grande vela branca no seu centro e um enorme balão de ar que o fazia flutuar.

Eles se aproximam do navio pela lateral, David puxa sua espada e pula até cair bem no meio do navio pirata e diz.

— Bom dia, senhores, passem o navio ou morram aqui.

A cena é tensa e emocionante, mostrando a coragem e habilidade de David e sua determinação em obter o navio.

Os piratas ficam surpresos com a entrada inesperada de David, eles ficam hesitando por um momento, mas logo se recuperam e sacam as armas, prontos para lutar. David está cercado por dezenas de piratas, mas ele mantém a sua postura de combate, pronto para enfrentar todos eles.

Ana, que acompanhava David, também salta do pequeno navio para o navio pirata, ela está preparada para lutar junto com David. Os piratas olham para ela com surpresa, pois eles não esperavam que houvesse alguém mais com David.

A batalha a bordo do navio pirata é intensa e sangrenta. David e Ana lutam lado a lado, suas espadas brilhando ao sol enquanto golpeiam e bloqueiam os ataques dos piratas. O cenário é caótico, com homens gritando e correndo por toda parte, o som das espadas se chocando ecoando pelo navio.

— Vamos acabar com eles! — berra David enquanto desvia de um golpe e contra-ataca com sua espada.

Ana está ao lado dele, usando sua magia para criar barreiras protetoras e lançando feitiços para distrair os piratas.

— Fogo! — grita ela enquanto lança uma bola de fogo em um grupo de piratas.

David e Ana trabalham juntos, usando suas habilidades e estratégias para enfrentar os piratas. Eles se movem com precisão, sempre se mantendo lado a lado e cobrindo as costas um do outro.

— Eles estão ficando cansados! Vamos acabar com eles agora! — grita David enquanto golpeia um pirata e segue para o próximo.

A tensão é alta, com cada movimento podendo ser a diferença entre a vida e a morte. David e Ana lutam com determinação, sabendo que precisam vencer a batalha se quiserem escapar com vida e com o navio.

— Estamos ganhando! — grita Ana enquanto lança mais um feitiço.

Mas de repente, o capitão dos piratas aparece, usando magia ele faz uma parede de fogo se erguer, impedindo David e Ana de continuarem a lutar. Ele é um homem alto e musculoso, com uma longa barba negra e olhos frios. Ele segura uma espada comprida e uma varinha mágica.

— Vocês são bons, mas não são bons o suficiente para vencer o Capitão Blackbeard — diz ele com um sorriso malicioso.

David e Ana se preparam para lutar contra ele, mas Blackbeard é um adversário formidável, usando sua magia para criar rajadas de vento e raio para atacá-los. A luta é intensa, com David e Ana lutando com todas as suas forças, mas Blackbeard é muito forte e hábil com sua magia.

David é derrubado pelo Capitão Blackbeard com uma magia que o deixa fraco e sem forças, ele está prestes a ser morto com a espada de Blackbeard, mas Ana age rápido. Ela joga uma magia de vento no Capitão Blackbeard, derrubando-o do navio.

— David! — grita Ana enquanto corre até ele.

David está fraco, mas ainda consciente. Ele segura a mão de Ana e se levanta.

— Obrigado — diz ele com dificuldade.

David se levanta, com raiva e determinação, ele olha para os outros piratas que ainda estão no navio e grita:

— Se vocês se renderem agora, eu os poupo, mas se continuarem lutando, morrerão!

Os piratas hesitam por um momento, mas logo observam a determinação em David e decidem se render. Eles jogam suas armas no chão e erguem as mãos em sinal de rendição

David e Ana pegam o controle do navio, prendem os piratas restantes e os deixam na pequena ilha com o oásis onde eles estavam. Eles usam a magia para iluminar e encontrar sua embarcação pequena, guardando-a no porão do navio grande.

Enquanto isso, eles começam a inspecionar o navio, encontrando tesouros e mapas que os ajudarão em sua jornada para voltar para casa. David e Ana dividem o tesouro e planejam sua próxima jogada, decidindo para onde irão e como usarão o navio para sua vantagem.

Eles se sentam no convés, olhando para o horizonte, sabendo que a jornada será longa e cheia de perigos.

Enquanto o sol se põe, eles começam a estudar os mapas que encontraram.

— Olha isso aqui — David aponta para um mapa mostrando uma ilha desconhecida. — Diz aqui que há um tesouro escondido nesta ilha.

— Interessante — Ana diz, olhando para o mapa. — E também diz que essa ilha fica no caminho para o final do mundo.

— Sim, e isso significa que podemos aproveitar essa oportunidade para nos prepararmos melhor para enfrentar qualquer coisa que possa vir pela frente.

O ambiente a bordo do navio é tranquilo, com o som soprando nas velas. O céu está estrelado e a lua brilha, iluminando o caminho para o oeste.

Ana continua lendo o mapa.

— Diz aqui que essa ilha se chama Ilha das Águas, é uma ilha de pescadores, onde as pessoas vivem da pesca, mas também diz haver uma cidade gigante no meio da ilha, chamada Cidade das Águas.

— Ilha das Águas e Cidade das Águas, esses nomes soam bem — diz David.

— E diz aqui também que essa ilha é neutra em relação ao império, o que significa que não devemos esperar encontrar tropas do império lá.

— Isso é ótimo, então podemos nos preparar para encontrar esse tesouro sem sermos perseguidos.

Os dois continuam estudando o mapa e planejando sua jornada para Ilha das Águas, sabendo que essa será uma parte importante de sua jornada para chegar ao final do mundo.

Eles se levantam e caminham até o leme do navio. David pega os comandos e aponta para a frente.

— Rumo a Ilha das Águas! — grita ele, com determinação.

Ana se posiciona ao lado dele, olhando para o horizonte. Ela ergue sua mão, cria uma luz mágica que ilumina o caminho à frente.

— Vamos lá, encontraremos esse tesouro e vamos nos preparar para enfrentar qualquer coisa que venha pela frente.

Os dois se preparam para uma nova jornada, com o vento soprando nas velas e em seus rostos.

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