...*** Grego narrando ***...
Grego Milano
PAI
Volto para casa muito tarde , depois de mandar que meus soldados resolvam a merda que eu fiz. Começarei uma obra secreta naquela empresa antes que a policia resolva fazer alguma perícia de merd@ no local.
Sinto um tapa forte em meu rosto assim que fecho a porta. – O que pensa que está fazendo? Eu disse para se controlar! – Meu pai diz, enquanto exibe sua grande mão cheia de aneis nos dedos.
Enrijeço a mandíbula, mas permaneço firme em minha postura seria e calma. Não costumo perder o controle, especialmente em relação a um senhor idoso como ele. Meu pai sempre foi um bom processor e me ensinou tudo que sei. Já me torturou muitas vezes, me treinou para ser o monstro que sou hoje, para matar, mas nunca havia me dado um tapa na cara em toda a vida. Ele sabe que isso seria algo humilhante para homens em nossa posição.
– Eu fiz o que precisava ser feito.
– Não, você não escuta. O que eu fiz para merecer um filho que não segue o que eu ensinei? Eu falhei como don?
– Você fez bem, até demais. Me transformou em um monstro, e agora reclama por eu fazer exatamente o que me treinou para ser.
– Um Imbecil?
– Um assassino. Acaso tem sangue de barata? Ele matou a minha mulher, ele torturou a sua filha. A minha irmã. – Digo de forma exaltada, embora não costume fazer isso.
– Eu sei... – Ele se acalma. – Acha que eu não sinto remorso? Eu deveria tê-las protegido melhor. Isso tudo foi culpa minha, não sua. Eu deveria pagar por isso. Eu deveria estar resolvendo essa merda.
– Ela era a minha mulher. Eu jurei protege-la no altar.
– Grego, é verdade o estão dizendo? Você matou eles? Diz, parada perto da escada, distante de nós, como sempre.
– Um deles. Infelizmente. – Respondo para a minha irmã.
Ela para um instante como se estivesse olhando o vazio, mas logo sorri. – Papai, viu só... Só falta um deles...
– É, talvez tenha sido melhor assim. – Meu pai diz depois de ver sua filha sorri após tanto tempo.
– Fabrizio, o que faz aqui? Pensei que fosse viajar.
– Eu soube o que você fez. Eu quero dizer que...
– Não comece com sermões a essa hora. Não estou com cabeça para isso.
– Muito pelo contrário. Eu quero felicita-lo. Mas eu espero que isso não resvale em nós. Sabe que aquele homem tem muita influência. E agora, o procurador vai aumentar a guarda para o seu filho miserável. Aquele desgraçado...
– Nós vamos esperar a melhor hora. Eu sou um homem paciente.
– Nem sempre!
– Mas ainda tenho um problema.
– O que poderia haver de errado? Não há como provar que foi você. Mandei que arrancasse cada camada de terra onde o matei. Farão uma fonte ali. Uma bem grande. Não há com o que se preocupar.
– Uma garota viu.
– E você só diz isso agora?
– Eu a segui, tentei matá-la, mas ela conseguiu fugir.
– Uma garota fugiu de você? Fala mesmo sério? Ninguém consegue essa proeza. Tem algo que não esta contando?
Meu irmão sempre foi um homem inteligente que aprendeu desde cedo a ler nas entrelinhas. O meu pai o escolheu para ser seu consigliere por este motivo.
A verdade é que eu a tive na mira, mas não pude atirar. O jeito como ela me olhou. Ela viu o monstro em mim, e ainda assim, não sentiu medo. Na verdade ela não demonstrou emoção alguma além de generosidade e carinho. O tipo de coisas que para mim é estranho, dada a situação. Eu fui arrogante desde o início, e ela continuou mantendo aquele sorriso encantador. Eu soube, assim que a vi que a queria. Eu queria destruir aquela pureza, aqueles lábios trêmulos e os olhos assustados.
– Vamos conversar lá em cima. – Não quero que a minha irmã escute.
– Muito bem. Vai na frente.
Subo escadas. Meu consigliere me segue. Abro a porta do escritório e caminho em direção a minha poltrona, enquanto ele fica parado na minha frente.
– Eu não consegui matá-la. Aquela fedelha correu muito rápido e depois desapareceu. Eu não sei como ela fez isso, foi como se tivesse experiência naquilo.
– Acha que ela é da polícia?
– Não sei, creio que não. Sabe que tenho faro para essas merdas. Ela me pareceu inocente demais.
– Não podemos mais matá-la a essa altura. Sabe bem que a polícia já deve estar na cola dessa a essa altura. Se é que ela já não procurou. As suspeitas cairão sobre nós se a matar.
– Eu sei disso. Porque acha que eu já não fui atrás dela a essa altura... Coloquei um homem na porta do muquifo que ela chama de casa. O promotor foi até lá.
– Merda... Você precisa manter aquela mulher de boca fechada. Ou você pode...
– O que? – Pergunto. Confuso. Odeio quando ele faz esse suspense.
– Sejamos claros. Eu sou seu irmão e o conheço a muito tempo. Nunca teve pudores quanto a matar qualquer um que fosse, mas essa moça... Então você deveria se casar com ela. Está viúvo a um tempo, e precisa de herdeiros.
– Sabe que eu não pretendo me casar novamente tão cedo. Com a minha antiga esposa foi... Intenso. – Engulo em seco. – Intenso...
– Eu sei. Mas você precisa de um herdeiro. Pode ficar com ela, e assim, tudo que ela disser, não poderá ser usado contra você. Não terão outra prova. Terão que arquivar essa droga.
Penso um pouco. – Bom, não preciso que essa droga de casamento seja real. Só preciso de um herdeiro e que pensem que é. Depois disso, me livro dela.
– E ainda pode ter todas as amantes que quiser.
– Eu as tenho de qualquer maneira. Sabe disso.
Fabrizio ri. – Como quer que eu faça? Você vai até ela... Eu organizo o casamento?
– Algo pequeno. E eu quero que a data seja para antes da droga do assassinato, sabe como é...
– E como a mocinha é?
– Não é da sua conta.
– Ah, qual é. Só quero saber quanta diversão você vai ter.
– Digamos que o suficiente.– Respondo, satisfeito.
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Atualizado até capítulo 94
Comments
Barbara Dias
eita
2024-02-09
2
Lucia Moura
vixi vc vai é se apaixonar por ela kkkkk tu tá é lascado kkkkkkk
2023-10-14
4
Jônatas Henrique
tá ficando interessante essa história,estou seguindo um comentário de quem leu e disse que essa história é boa e vai sair da plataforma,isso é injusto 😕
2023-09-26
0