Capítulo 2

    Augusto quis ir atrás de sua irmã, queria conversar com ela, tentar acalmar aquele coração, mas seu pai o impediu.

     — Não adianta você ir lá agora, ela não vai querer te escutar, deixe ela digerir essa informação primeiro, depois vocês conversam — já estava meio emotivo.

     Seu pai se sentou no sofá, colocando as mãos em seu rosto, começando a chorar.

     — Se eu tivesse outra alternativa eu usaria, só para não ver minha filha naquele estado e ainda tendo que se casar com aquele homem, eu seria capaz de morrer se fosse preciso, só para não ver ela passar por isso — tentava segurar seu choro.

     — Eu vou encontrar uma solução pai, eu prometo, vou subir e tomar um banho, vou me encontrar com o Mark, vamos pensar em alguma coisa.

     — Leve a caixa que ele mandou para você — ela pediu ao filho.

     Ele pegou aquele caixa ainda contrariado, mas era melhor não contrariar Pietro ou ele poderia criar problemas, somente pelo fato dele não usar aquilo. Ao chegar no quarto, jogou o pacote em cima da cama e foi para o banho, tomou uma ducha rápida e saiu para se vestir, ele olhou para caixa em cima da cama, decidindo abri-la.

     Dentro, havia um esmoquem branco, muito bonito e elegante, ele ficou sem entender, por que Pietro havia mandado na cor branca, mas ao menos ele tinha bom gosto, era realmente impecável, ele o jogou de volta na caixa, indo se vestir, precisava ir logo ver seu amigo, pegou uma cópia do contrato e saiu.

     Quando desceu, ainda encontrou seus pais na sala, que conversavam, ele se aproximou, avisando para onde estava indo.

     — Vou sair para tentar achar uma solução, fiquem de olho na Alice, não deixe que ela faça nenhuma bobagem — estava preocupado.

     Ele saiu, indo para o apartamento do Mark, chegou rápido, pois moravam perto um do outro, quando chegou, seu amigo o atendeu já um pouco sério, mas ele não estranhou, já que a situação era bem complicada. 

Mark

     

— Aceita uma bebida?  — seu amigo ofereceu.

     — Aceito, vou precisar — tirou sua jaqueta, colocando no sofá.

     Mark fez um drink para seu amigo, e foram para seu escritório, pegou a cópia que já tinha ali e ambos começaram a revisar novamente, depois de um tempo que estavam em silêncio e lendo aquele papel, ele quebrou o silêncio.

     — E então, matamos ele? — deu de ombro ao falar.

     — Estou tentando salvar minha irmã e não me suicidar — sorriu ao falar.

     Augusto considerava aquela ideia realmente um suicídio, já que outras pessoas tentaram aquela façanha, mas acabaram mortas.

     — Bem que ele merece — falou tomando de vez sua bebida.

     Aquela fala de Mark, ele achou um pouco estranha, que ele não gostava de Pietro, já sabia, mas a forma com que ele falou, fez parecer que seu amigo tinha um ressentimento pessoal contra o líder, aquilo não era somente por causa de Alice.

     Mark levantou, pegou outra bebida e foi para perto da janela, respirou fundo e falou.

     — Ou vocês poderiam dar uma tia, uma prima ou até você, já que aí não cita o nome da Alice, só diz que é um membro da família Castro — bebeu novamente um gole do seu Bourbon.

     Augusto sorriu e já estava prestes a repreender seu amigo, mas pensou por um instante no que ele disse, olhou novamente para aquele contrato e teve uma ideia bem maluca.

     Mark voltou e se sentou novamente do seu lado, mas já notando que tinha um certo sorriso nos lábios de Augusto, era para ele estar feliz, mas naquele momento se sentia triste.

     Augusto se virou para ele, segurando seu rosto e beijando sua bochecha, Mark ficou um pouco sem jeito por causa daquela proximidade, mas teve que fingir que aquilo não tinha nenhum significado para ele.

     — Ei, eu sei que sou gostoso, mas não exagera — deu um sorriso forçado para Augusto.

     — Você é um gênio! — estava eufórico.

     — Eu sei, eu sei, mas o que foi que eu descobri mesmo?

     — Você não entende que me fez ver algo, que até agora não sei como tinha passado despercebido? Realmente aqui só se diz que quando o integrante da família Castro tiver a maior idade, deve ser entregue em matrimônio ao Pietro Albertini, ou seja, não especifica quem é, então pode ser qualquer um da família Castro, que seja maior de idade.

     Mark o olhava de um jeito, que Augusto não sabia decifrar, seu amigo desviou o olhar, olhando para frente e ele se perguntou o que poderia estar acontecendo com ele.

     — O que pretende fazer? — perguntou ainda sem olhar.

     — Primeiro preciso falar com um advogado da máfia, mas se for como penso, vou fazer o Pietro anular esse contrato.

     Augusto se levantou pegando outra bebida, antes de continuar a explicar.

     — O Pietro é um tremendo mulherengo, então eu vou me oferecer no lugar da minha irmã, alegando que a cláusula não é clara, ele sendo orgulhoso da sua masculinidade como é, não vai aceitar isso, nem mesmo seu pai vai permitir que seu filho se case com um homem — bebeu de uma vez, estava animado e com esperanças.

     — Augusto, já pensou na hipótese de isso dar errado e ele aceitar? — daquela vez, falou olhando para ele.

     — Não tem a possibilidade de ele aceitar isso, mas se eu tiver o azar de que isso de fato aconteça, então terei que conviver com essa escolha que fiz, mas o que me servirá de consolo, é que salvei minha irmã.

     Depois que Mark levantou aquela possibilidade, acabou deixando seu amigo um pouco nervoso em pensar no que ele disse, afinal, se tratava de Pietro, um homem frio e cruel, ele poderia aceitar, somente com a intenção de humilhá-lo ou de torturá-lo, por estragar aquela união dele com sua irmã e tentou tirar aquela ideia da cabeça, ou ficaria angustiado ainda mais.

     — Mark, pode marcar um horário com seu tio para mim? Quero falar com ele sobre o contrato.

     O outro assentiu e pegou o celular, ligando para seu tio, prontamente ele atendeu e quando seu sobrinho disse que Augusto queria falar com ele, respondeu que poderia ir imediatamente.

     Augusto ficou feliz que não precisaria esperar, queria logo tirar aquela dúvida.

     — Então, vai comigo ver o seu tio? — perguntou pegando sua jaqueta.

     — Não vai dar, tenho um assunto para resolver, não posso ir com você — arrumou uma desculpa.

     Augusto não sabia se era coisa da sua cabeça, mas parecia que Mark tinha mudado de repente, depois que ele teve a ideia de se entregar no lugar de sua irmã.

     — Então mando notícias, assim que falar com seu tio, espero que estejamos certo e eu possa fazer isso.

     Ele saiu rápido em direção ao seu carro, Mark ficou observando ele ir embora, abaixou a cabeça e se desculpou, mesmo que o outro não pudesse o ouvir.

     — Me desculpe, eu não posso te defender e me desculpe por eu ter sido tão covarde durante todos esses anos, em não dizer como realmente me sinto.

     Mark pegou seu celular, limpou uma lágrima que tinha no rosto e discou um número, sua expressão era de raiva, enquanto esperava a pessoa do outro lado atender.

     — Ele já sabe sobre a cláusula, já fiz a minha parte.

     Ele encerrou a ligação, voltando para dentro da sua casa, foi novamente para seu escritório, colocou mais bebida e pegou uma fotografia que tinha sobre a mesa, que era dele e de Augusto juntos, passou a mão por aquela foto e não conseguiu mais se segurar, começando a chorar.

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Comments

(⁠≧⁠▽⁠≦⁠)

(⁠≧⁠▽⁠≦⁠)

eu tentando achar um soluçao pra vida

2025-04-01

1

Josilda Maria

Josilda Maria

Ele tá ajudando o outro a se casar com o amigo esse sim é amigo da onça

2025-01-10

1

(⁠≧⁠▽⁠≦⁠)

(⁠≧⁠▽⁠≦⁠)

E o filho ninguém lembra,depois falam que não tem preferido

2025-04-01

0

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