Capítulo 16

...Adriel:...

Beta: Hahahaha, está falando sério? Você está brincando!

O idiota do meu beta começa a rir como se eu estivesse contando uma piada. Eu franzo a testa e Dark me diz:

Link

Dark: Se você não o calar, não importa que seja nosso beta, vou lhe ensinar uma lição por zombar de nós e da nossa lua.

Adriel: Calma, velho, eu cuido disso.

Fim do link

Meus olhos refletem fúria, ele para de rir e engole em seco.

Beta: Está falando sério? Ele é nossa lua?

Eu assinto.

Beta: Mas ele é um garoto e, além disso, é um ômega.

Adriel: E daí?

Faço uma pausa ao me lembrar de seu rosto lindo e seu aroma tão excitante. Dark até geme ao se lembrar daquela bunda linda que ele tem e daquela pele branca e macia.

Adriel: Ele é nosso e é perfeito.

Beta: Ei, amigo, para de ficar excitado, ok?

Adriel: Cala a boca.

Ele ri do que aconteceu e então faz uma pausa e fica sério.

Beta: Você sabe de que matilha ele vem? Algo deve ter acontecido para ele fugir no meio da noite como se sua vida dependesse disso. Além disso, você viu que ele destruiu mais de 8 vampiros sozinho, amigo, ele não é um ômega qualquer.

Eu fico lembrando da cena de ontem à noite e como ele lutou contra todos aqueles vampiros, cada ataque e cada movimento eram precisos, ele havia destruído metade do grupo antes de ficar inconsciente.

Adriel: Sim, isso eu preciso descobrir, ele ainda não acordou, mas não vai demorar, então já pode ir, quero ir vê-lo.

Ele sai do meu escritório, mas ouço ele rindo enquanto sai.

Saio e vou direto para o quarto.

****************...

...Kevin:...

Acordei em um quarto que não era o meu, o cheiro que estava nele era de um lobo, um alfa, mas não era meu irmão. Levantei-me de repente sentindo dor por todo o meu corpo.

Desconhecido: Olá, você finalmente acordou.

Disse uma voz grossa, muito masculina e sexy de se ouvir. Virei-me e lá estava ele, um homem bonito, alto, de pele branca e olhos verdes, intimidador, eu diria.

Kevin: Ah, oi, me desculpe, mas onde eu estou?

Desconhecido: Você está na minha matilha. Deixe-me apresentar, meu nome é Adriel Smith Alves, e sou o alfa da matilha Lua Azul.

Ele estendeu a mão em saudação e eu não conseguia dizer uma palavra.

Meus pais e os dele tinham uma história não muito boa, eu diria, mas eu ouvi dizer que ele era um bom amigo do meu irmão, Leonardo.

Kevin: E... meu nome é Kevin Evans Santino, sou irmão do alfa da matilha Lua de Sangue.

Retribuo a saudação e pude ver um pequeno brilho em seus olhos.

Adriel: Muito prazer em finalmente conhecer o irmão mais novo do meu amigo, você é famoso, sabia? Seu irmão sempre fala de você.

Kevin: Sério?

Adriel: Sim, você deve estar com fome, vamos tomar café da manhã, não quero ser um mau anfitrião e depois você sair daqui dizendo que eu não te ofereci nem um copo d'água, vamos.

Eu ri do que ele disse e ele para e me olha.

Kevin: O que foi?

Adriel: Nada, é que você tem um sorriso encantador.

Eu coro com o que ele diz.

Ele pega minha mão e eu sinto uma corrente elétrica percorrer todo o meu corpo que eu nunca tinha sentido antes, nem mesmo com meu companheiro. Sem poder resistir, ele já estava me arrastando para a sala de jantar.

Kevin: Eu não quero ser um fardo, não se preocupe.

Adriel: Não tem problema, meus pais não estão, nem meus irmãos, então vamos, sente-se, mandei preparar algo especial para você.

Ao me sentar à mesa, posso ver que tem tudo o que eu gosto.

Kevin: Como você sabe desses pratos?

Desconhecido: Por que? Você não gosta? Desculpe, são meus pratos favoritos, se quiser, peço que façam outra coisa, espere um minuto...

Kevin: Não, espere, tudo bem, é que fiquei impressionado que eu também gosto desses pratos, na verdade, são meus favoritos.

Desconhecido: Sério? Os meus também! Então, vamos tomar café da manhã.

Ele me diz com um sorriso radiante que até me contagia.

Ele puxa a cadeira à direita para eu me sentar, e isso não me fez sentir estranho.

Na matilha do meu irmão, meu pai sentava-se à cabeceira da mesa e à direita meu pai Will e depois meus irmãos.

Agora, só meu irmão se senta e o lado direito permanece vazio, pois ele não encontrou sua lua. Supõe-se que esse seja o lugar da lua da matilha porque ele me ofereceu.

Ele parece entender o que estou pensando e então me diz:

Adriel: Por que você não se senta...

Ele faz uma pausa, fica sério.

Isso me deixa um pouco nervoso, ainda mais porque ele parece estar falando com seu lobo, então ele faz uma careta, mas se recompõe e sorri novamente.

Adriel: Desculpe, sente-se ao meu lado para que possamos conversar melhor e nos conhecermos.

Eu assinto e depois vou me sentar onde ele disse, o lugar está vazio, então chega uma jovem garçonete e me vê sentado na cadeira da direita, ela arregala os olhos assustada e diz nervosamente:

Empregada: Desculpe, alfa, eu realmente não sabia que você já havia encontrado nossa lua. Vou pegar seu prato agora mesmo, desculpe novamente.

Ela tenta ir embora, mas eu a interrompo.

Kevin: Espere, eu não sou...

Adriel: Sim, rápido, vá buscar os pratos.

Ele parece sério e a encara, e ela sai correndo assustada.

Viu? É por isso que digo que esse assento leva a interpretações erradas.

Adriel: Desculpe por isso, sim, sente-se, já já trazem um prato para você, sim?

Kevin: Ok, obrigado.

Ficamos em um silêncio confortável, sinto um cheiro estranho, delicioso, tabaco com toques de baunilha, cacau e um toque de alcaçuz. Delicioso, se meu companheiro cheirasse assim, eu enlouqueceria.

Começamos a comer.

Adriel: E me diga, pequeno Kevin, o que você fez ou do que estava fugindo para sair no meio da noite, cruzar a fronteira e ser perseguido por um grupo de vampiros?

Eu sabia que ele perguntaria e agora o que eu digo? É estranho, mas mesmo sendo um estranho para mim, ele me passa confiança.

Eu respiro fundo e decido contar a ele.

Kevin: O que acontece é que...

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