Capítulo 7

...Kevin...

Ela se aproxima deles e abraça um por um até chegar ao Mateo, abraça-o como se fossem um casal, ela sussurra algo que não dá para ouvir, depois dá-lhe um beijo na bochecha e se afasta, despede-se de todos e vai embora.

Vejo a cara do meu irmão e do Fred se entreolharem com um sorriso de cumplicidade e malícia.

O que acabei de ver foi como mil agulhas cravadas no meu coração, meu lobo se sente ferido e com ciúmes e sabe por quê?

Ele nunca nos deu um sorriso como os que dá para ela, sempre se mostra inexpressivo e sério, mesmo no carro, ele nunca sorriu para mim como sorri para ela o tempo todo.

Não é um sorriso amigável, é um sorriso carinhoso como o que você dá ao seu parceiro. Antes isso não importava para mim, mas agora importa, pois sei que ele é meu destinado e me dói que ele seja assim comigo.

Meus pensamentos são interrompidos quando meu pai me diz:

Stefano: Vamos filho, temos que treinar.

Eu apenas concordo em silêncio e o sigo, mas antes de sair completamente da sala ouço algo que me dói ainda mais.

Beta: Vamos lá amigo, quando você vai chamá-la para sair?

Mateo: Não sei do que você está falando.

Leonardo: Vamos irmão, vocês estão sempre juntos, parecem um casal apaixonado.

Beta: Sim, que pena que não são companheiros.

Mateo: Vamos nos apressar.

Leonardo, Fred: Ha, ha, ha

Beta: É a verdade.

Mateo: Temos que nos apressar, tenho coisas para fazer.

Beta: Como sair com a minha irmã? Ha, ha, ha

Já não ouço nenhuma resposta da parte dele.

Continuei andando e meu pai estava falando, mas eu estava distraído pensando na conversa deles, pois tudo que disseram é verdade, e eu em nenhum momento ouvi uma negativa da parte dele, apenas disse vamos trabalhar e isso me doeu.

Não sei se são coisas minhas porque ele não me cobrou ou se mostrou um pouco mais gentil comigo, mas eu tenho que treinar e estar no nível dele, talvez assim ele me note.

Já se passou uma semana e a convivência com ele é muito pouca, pensei que quando encontrasse meu companheiro destinado seria diferente, mas nada mudou e ele até agora nunca me procura, as vezes que o vi foi quando vou ao campo de treinamento, com meu pai, mas nada mais.

E ele está sempre conversando com minha prima, não sei porquê, embora outro dia os vi discutindo, até Edgar os viu e ficou um pouco desconcertado, pois naquele dia ele estava comigo no treinamento.

Lembrança:

Eu estava descansando depois do treino, Edgar estava ao meu lado.

Edgar: Ei irmão, e quem é seu companheiro?

Kevin: Aquele ali.

Faço sinais discretamente na direção do Delta de 2 metros de altura que está parado a uns 200 metros de nós.

Edgar: Aquele que está rindo com a minha cunhada.

Vejo surpresa em seu rosto.

Kevin: Por que a surpresa?

Edgar: Pensei que aquele cara nunca sorria.

Kevin: Bem, ele sorri, mas acho que não é por mim, eu não sou o motivo disso.

Ele se aproximou de mim e me abraçou pelos ombros, vi Mateo desviar o olhar para mim e seu rosto sério como sempre, embora houvesse algo mais em seus olhos, ciúmes e fúria.

Isso me animou um pouco, pois pela primeira vez vi atenção da parte dele, isso me dá uma pequena esperança.

Link

Edgar: Viu, eu te disse, o vínculo é muito forte.

Kevin: Sim amigo, obrigado.

Edgar: Sim, dar ciúmes ao grande Alfa não me mata, talvez sua prima Sabrina sim, olhe lá vem ela.

Fecha o link.

Porque sim senhores, ele também compartilha esse dom como nós.

Me virei e lá vem Sabrina, como uma fera.

Sabrina: Ei primo, eu sei que vocês são melhores amigos, mas eu não gosto desse abraço, não gosto que meu namorado cheire a outra pessoa que não seja eu.

Edgar: Calma meu amor, não é nada, somos apenas amigos.

Ele se aproxima e a segura pela cintura.

Edgar: Eu amo só você ok, além disso...

Ele se aproxima do ouvido dela sussurrando algo e depois se afasta, revelando o lindo rosto corado da minha prima. Já posso imaginar o que ele disse, porque sim senhores, a fera da minha prima é uma gatinha perto do namorado, eu gostaria de ser eles, e que Mateo estivesse aqui comigo.

Sabrina: O-ok amor, te vejo mais tarde, sim, eu te amo.

Ela lhe dá um beijo profundo e vai embora.

Kevin: Nossa, a fera foi domesticada.

Edgar: O que posso dizer irmão, eu tenho meus encantos.

Nós rimos e começamos a caminhar em direção aos chuveiros, voltei a procurar Mateo com o olhar, mas não o vejo em lugar nenhum, talvez esteja no treinamento dos guerreiros adultos.

Kevin: E sua mãe, o que ela diz?

Edgar: Bem, ela diz que devo respeitar minha namorada sempre, ainda mais porque ela está sempre visitando e traz comida e nós três comemos juntos, ou ela traz um presente para ela.

Kevin: Isso fala bem da minha prima.

Edgar: Claro, por isso a amo tanto, ela é incrível e minha mãe a adora, além de que minha sogra também a visita, minha mãe diz que devo me esforçar por ela, pois sabe que ela é de família rica.

Kevin: E da sua marca.

Edgar: Eu disse a ela que fizemos tatuagens de casal.

Kevin e Edgar: Ha, ha, ha

Nós rimos e ao chegar aos chuveiros, vejo minha prima Estefânia e ele discutindo, mas não consigo ouvir porque, eles sentiram minha presença e Mateo imediatamente se vira para nós com seu rosto sério como sempre, se vira e vai embora.

Ela o vê indo embora e também sai do local, mas deu para ver lágrimas em seus olhos e seu nariz vermelho, sinal de que o que vimos foi uma briga, embora eu não saiba por que ela está chorando.

Edgar vê meu desconcerto e diz:

Edgar: Vamos amigo, talvez eles estivessem apenas discutindo para saber quem faz o melhor trabalho treinando os guerreiros, vamos tomar banho e me convide para jantar, que estou morrendo de fome.

Ele me diz com um sorriso caloroso no rosto.

Kevin: Obrigado, amigo.

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