... Estefanía: ...
Cheguei à alcateia e fui ao campo de treinamento onde estava o meu homem.
Ele fica sexy com a camisa toda suada, mordo os lábios ao lembrar do rosto dele quando chega ao clímax, fico molhada só de pensar, então só para provocá-lo um pouquinho, eu digo:
Estefanía: Meu amor, acabei de comprar um conjunto de lingerie lindo só para você.
Mateo: Sério? Estou morrendo de vontade de ver.
Ele diz se aproximando um pouco de mim, sei que está excitado. Como eu queria beijá-lo na frente de todos e que todos soubessem que ele é meu!
De repente, vi como ele franziu a testa e seus olhos mostraram fúria, o ar ficou pesado. Estar perto dele... a guarda dele estava baixa, eu sabia que ele estava conversando com seu lobo em sua mente, e eu vi o que ele estava pensando. Virei na direção para onde ele estava olhando e então percebi o que estava acontecendo.
Meu primo era seu companheiro destinado, por isso ele estava tão estranho e tudo começou no dia de sua transformação. Isso e muitas coisas faziam sentido.
Não disse nada, sabia que essas coisas não podiam ser ditas em público, então comecei a andar até que ele me alcançou nos banheiros. Não havia ninguém que pudesse nos interromper.
Mateo: Amor, espere por favor, vamos conversar.
Estefanía: Agora você quer falar? Faz uma semana desde a sua transformação, por que você não disse nada antes?
Começamos a discutir, eu disse algumas coisas que não queria, mas estava alterada e ele, com sua negação, não ajudava.
Estefanía: É isso que ele é, uma aberração! Imagina só você com um ômega maldito, e ainda por cima virgem? Que ridículo isso soa depois de compartilhar a cama com uma mulher como eu.
Vi como sua expressão mudou. Eu sabia que ele o queria.
Mateo: AO MEU ÔMEGA VOCÊ RESPEITA!
Dez malditos anos da minha vida jogados no lixo. Ele não me quer. Senti a presença de mais pessoas, ele se virou e foi embora.
Seu silêncio e comportamento eram claros. Caminhei até a saída, vi meu primo me olhando como se soubesse o que estava acontecendo. Eu queria gritar para ele que Mateo era meu!
Que ele soubesse que não é nada na vida dele.
Mas para quê me defender se Mateo não estava disposto a confessar a verdade? Então eu apenas segui em frente.
Cheguei em casa e lá estava a pessoa que eu menos queria ver: MINHA IRMÃ.
Sabrina: O que foi, irmã?
Estefanía: Estou cansada, por favor, saia do meu quarto, quero dormir.
Sabrina: E desde quando você dorme aqui?
Estefanía: Por favor, quero ficar sozinha.
Sabrina: Você já o encontrou, não é?
Era tão óbvio assim para ela perceber o que estava acontecendo?
Sabrina: Não me olhe assim, ok? É melhor me dizer o que aconteceu.
Estefanía: Ele está em dúvida.
Sabrina: E por que você não viaja uns dias? Relaxa a mente. Quem sabe ele não sinta sua falta e, quando você voltar, ele já tenha se decidido por você.
Estefanía: E se eu voltar e ele já estiver com ele?
Sabrina: Isso vai significar que o amor dele não era tão intenso como ele diz.
Estefanía: Você tem razão. Vou fazer aquela viagem de negócios que meu irmão ia fazer.
Sabrina: Espera, você disse "ele"?
Estefanía: É o Kevin.
Sabrina: Espera, nosso primo?
Estefanía: Ele mesmo. Vou descansar um pouco para sair de madrugada.
Ela sai e então começo a fazer minha mala. Acho que minha irmã está certa, preciso deixar que ele pense melhor nas coisas. Se daqui até a minha volta eles já estiverem juntos, é sinal de que ele realmente não me ama.
Acordei muito cedo, tive uma noite ruim. Não estou acostumada a dormir sozinha, mas acho que ele não pensa o mesmo, pois não recebi nenhuma ligação dele.
Me arrumo e saio, já com a mala na mão, subo no jato e só mando uma mensagem para ele. Esta viagem será longa e muito cansativa.
Chego à Rússia e começo a resolver os problemas que havia aqui. Já se passaram nove dias e ele não me mandou nenhuma mensagem sequer. Saio da empresa e me dá vontade de ir a um bar, então vou até lá e peço um gim. Queria pensar nas possibilidades que existiriam se ele escolhesse meu primo.
Meu primo liga dizendo para nos encontrarmos na Itália, então, como é meu último dia aqui, decido continuar bebendo. Estava tão perdida em meus pensamentos quando um homem chega e se senta ao meu lado.
Desconhecido: Por que tão sozinha?
Estefanía: Amigo, você sabe como eu sou.
Desconhecido: E seu cachorro, onde está?
Estefanía: Lucas? O que você está fazendo aqui? Você não deveria estar no aniversário do seu pai amanhã?
Lucas: Sim, mas eu tinha que resolver uns assuntos de trabalho que não se resolvem sozinhos.
Estefanía: E o rei anda sozinho?
Lucas: Você me conhece bem, até encontrar minha alma gêmea, posso fazer o que quiser.
Estefanía: Aham, todos iguais.
Lucas: Não me diga que seu cara já encontrou sua companheira?
Contei tudo o que estava acontecendo e ele me disse:
Lucas: Olha, prima, não sei o que é estar apaixonado e nem como é ter um laço com alguém, mas eu sugiro que, se você o ama, lute por ele.
Estefanía: Você acha mesmo?
Lucas: Claro! Mas faça-o sofrer, ok? Ei, você não vai para a Itália?
Estefanía: Sim, vou amanhã.
Lucas: Vamos juntos então.
No dia seguinte, já estávamos chegando na Itália. Fomos direto para seu território, toda a família estava presente, mas havia um problema: faltava alguém. E esse alguém era o KEVIN.
Perguntei à minha família e eles disseram que ele tinha ficado. Comecei a fazer as contas e percebi algo que havia esquecido completamente:
O cio do Mateo.
Eu sabia que, com meu primo longe, Mateo procuraria seu companheiro agora, durante seu cio. E eu não podia permitir isso! Se Kevin não veio, é porque sabia que Mateo o procuraria.
Eu não podia permitir que eles se unissem! De jeito nenhum.
Voltei a tempo. Ele já estava começando a sofrer com a névoa do cio e procurava uma forma de acalmá-la, então eu tinha que aproveitar e não permitir que Kevin o tomasse de mim. De jeito nenhum.
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Atualizado até capítulo 78
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