Na sala de aula entra o professor Washington de Matemática, e já chega passando conteúdo na lousa.
— Copiem o conteúdo no caderno de vocês e depois na segunda aula vou explicar a matéria.
E para variar Carlos Eduardo não parava de falar e causar na sala de aula.
O professor de matemática interna de toda aquela situação criada pelo garoto vira para a sala e diz para ele:
— Carlos Eduardo copia mais e fala menos, todo dia você causa em todas as aulas. Se essa situação persistir vou te mandar para a diretoria.
— Não professor diretoria não, eu vou ficar quieto, pode dar sua aula, fica de boa.
— Assim espero.
O professor continua a passar o conteúdo de sua matéria na lousa e a sala do nono A está em um silêncio mortal, que incomoda até mesmo o próprio professor que com ressalvas permite que seus alunos conversam enquanto copiam a matéria da lousa.
— Vocês podem conversar mais em um tom de voz baixo, se excederem os decibéis e o professor da sala ao lado vir aqui reclamar toda a sala terá ponto negativo e isso vocês não querem não é?
— Sim, professor, responde à sala em um tom baixo.
— Que bom que entenderam, vou continuar a dar a minha aula.
Enquanto passava a matéria na lousa, vez ou outra Marcela notava que Henrique olhava para ela, e a cada olhar dele, a garota sentia um friozinho na barriga.
“ Só me faltava essa agora eu me sentir atraída por esse menino que mal chegou aqui na escola”.
“ Vou virar para a matéria da lousa e fingir que esse menino não existe, que nunca foi transferido, meu foco são meus estudos, sou assim desde que ingressei no primeiro ano do ensino fundamental I.”
E assim durante toda a primeira aula ela copiou a matéria sem parar e sem olhar para os lados, até Isadora, sua amiga, notou que não é do costume de Marcela ficar tão centrada na Lousa.
Focada em copiar, ela termina a primeira parte da lição passada com o professor que vira para a sala e pergunta:
— Posso apagar a parte um da lousa?
— Sim professor!
— Ótimo, vou continuar a passar a matéria, diz o professor de matemática cheio de energia naquele dia.
Para Marcela o dia estava estranho ela nunca viu o professor de matemática tão animado assim, normalmente ele já passava a matéria e já explicava e logo em seguida passava os exercícios, mais naquele dia ele parece que quer passar toda a matéria e até mesmos os exercícios antes de explicar.
“ Bem, de repente ele quis mudar o jeito de dar aulas para a mesma não se tornar tediosa, bom vai saber deixa eu continuar copiando”.
E assim transcorreu a aula do professor Washington, passou a matéria e os exercícios na lousa e deu início a explicação.
A sala prestou atenção nas palavras do professor que apresentava exemplos práticos e em certo momento perguntou se a turma havia entendido a matéria:
— Entenderam a matéria?
— Sim, Professor Washington!
— Falta dois minutos para acabar a minha aula, realizem os exercícios em casa e se houver dúvidas na próxima aula eu esclareço.
O sinal para a troca de aulas soou, a última aula do dia seria mais duas aulas de inglês.
Isadora se aproxima na carteira de sua amiga é questiona:
— O que houve? Marcela eu nunca vi você tão focada em copiar a matéria de nenhum professor, mais hoje tive a impressão que você mal piscavam.
— Isadora, para ser sincera, nem eu mesmo sei, disse a garota para fugir das especulações da amiga.
— Bom, eu vou beber água antes que a professora de inglês chegue aqui na sala! Quer ir comigo?
— Sim, vou, sim, Isadora, eu preciso muito beber água, minha garganta está seca.
As meninas deixam a sala e encontram a professora de inglês no corredor:
— Aonde vocês vão meninas?
— Vamos beber água, professora, podemos?
— Podem, mas voltem para a sala em cinco minutos.
— Obrigada, professora Luci.
As meninas descem até o bebedouro e tomam sua água e aproveitam para ir ao banheiro já que a professora lhes deu cinco minutos para retornar a sala de aula.
Saindo do banheiro após lavarem suas mãos, a professora dá início a chamada.
Em menos de dez minutos apos a chamada, a professora de inglês passa um texto para a sala e pede para os alunos traduzirem:
— Usem o dicionário se necessário, essa tradução é um desafio para vocês e vale nota de 0 a 10, espero que façam esse dever em silêncio e atenção.
Marcela recebe o texto da professora, pega seu dicionário é inicia sua tradução, muito focada procura as palavras, com dúvida no dicionário é contínua a traduzir o seu texto no caderno.
Alguns alunos da sala ficam conversando baixinho, o que faz a professora de inglês indagar.
— Turma do fundo, parem de zunir igual, abelhas e façam o exercício em silêncio, se esse zoom, zoom, continuar vou dar ponto negativo para vocês.
O aviso da professora foi o suficiente para a sala ficar em silêncio e para Marcela dava até para ouvir alguém apontado o lápis ou mesmo uma caneta caindo no chão.
Faltava cinco linhas para ela terminar de traduzir o seu texto, quando ela escuta:
— Marcela, por favor empresta o dicionário. Ela se volta para o lado de quem a chamou e nota que quem lhe pede o dicionário é o menino novo Henrique.
Como é uma aluna simpática, Marcela empresta para ele e volta para sei texto e continua traduzindo, até que ela traduz a última linha, fecha o caderno e cruza seus braços na mesa e em cima dos mesmos ela deita sua cabeça.
— Como estão indo nas tradições turmas, muito difícil?
— Mais ou menos respondeu Isadora o texto até que é instrutivo ainda estou traduzindo professora.
— Muito bem, Isadora.
— Alguém tem alguma dúvida sobre o dever?
— Não, professora responde parte da sala.
— Prestem atenção, pois esse dever vale nota e eu quero que me entreguem as traduções.
Faltando cinco minutos para a hora do último sinal, Marcela arranca a tradução de seu caderno, escreve seu nome e número e entrega para a professora de inglês.
— Muito bem, Marcela sempre dedicada, sente-se e espere dar o sinal.
— Obrigada pelo dicionário linda, diz Henrique ao devolvê-lo para Marcela.
— Sempre que precisar pode me pedir.
— Obrigada.
O sinal da saída toca e os alunos saem da sala para o portão da saída. Por íntimo saem da sala Isadora e Marcela, e conversando vão em direção ao portão de saída.
— Você mudou a sua impressão do aluno Novo?
— Bom Isadora, ele parece ser um menino legal, mas vou observá-lo bem antes de pegar amizade.
— Marcela sempre observadora.
Marcela e sua amiga seguem juntas para casa e com são vizinhas seguiram pelo mesmo caminho.
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Atualizado até capítulo 79
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