Sofia aproximou-se sem qualquer problema, ela era a esposa, o que teria a temer?
* Bem, eu não sabia que tínhamos visita – disse Sofia com indiferença enquanto Amaranta queria assassiná-la, mas não podia parecer agressiva na frente de Caim.
* Sofia, eu só queria ver o Caim e a Atena disse-me que ele estava na mansão – disse Amaranta com uma voz doce e quase envergonhada.
* Ah, ela deve ter dito na sua casa matrimonial, e não devias tratá-la por tu, quando casares com o Caim terás de lhe chamar mãe ou sogra, será estranho igualares-te à tua sogra – disse Sofia enquanto se servia de um mate para acalmar os nervos. Agora entendia, o Caim não iria embora sem a sua despedida, era isso que ele queria, tinha a certeza de que agora vinha o divórcio, como se na noite anterior não a tivesse comido viva.
* Sofia, não falemos sobre essas coisas, eu tenho o acordo de divórcio, sabes que o meu avô… – mas Sofia não tinha paciência para Caim, já sabia a história, por isso estava desesperada para ir embora de qualquer maneira.
* Calma, eu sei, “o meu avô obrigou-me”, “eu tinha uma namorada antes”, “agora nada nos impede de nos divorciarmos”, “blá, blá, blá”, agora passa-me o papel, não quero prolongar isto mais tempo – disse ela calmamente enquanto tomava outro gole do seu mate.
Caim tirou o documento com uma caneta e ela pegou, leu-o cuidadosamente e depois exigiu.
* Não, não quero esta mansão, não quero nada de ti, o tio Caleb já me deu o suficiente, eu não sou pobre e a empresa da minha família está em melhores condições, tenho um apartamento. Sabias que antes de casar contigo eu tinha uma vida? As ações aceito, elas pertencem-me, mas tira o resto, eu assino e só muda a primeira página, o resto está bem – disse ela profissionalmente.
Sofia assinou o documento enquanto Amaranta tinha um brilho excepcional nos olhos.
* Sofia, podes ficar o tempo que quiseres, podes mudar-te aos poucos – disse Caim olhando para ela sério, havia um brilho indecifrável nos seus olhos.
* Não, obrigada, é melhor trazeres a tua amada para aqui de uma vez, não quero ser empecilho, vou fazer as minhas malas e ir-me embora, o meu apartamento já está remodelado e mobilado, só estava à espera que a Amaranta voltasse para me mudar, senão ela diria que tenho medo dela e por isso fui embora mais cedo – disse ela com um sorriso sarcástico olhando para Amaranta, que estava prestes a dar-lhe uma bofetada.
Sofia levantou-se calmamente e dirigiu-se para o quarto para fazer as malas.
A ama Lola observava a situação com os punhos cerrados, estava tão chateada. Sofia era uma dama, uma menina inteligente e bem-comportada, enquanto Amaranta era uma santinha do pau oco, freira de dia e gatinha de noite, odiava-a ainda mais do que Sofia.
Sofia desceu algumas horas depois com a sua bagagem, sentiu-se aliviada por Caim e a sua rameira já não estarem lá. Celso, o motorista, esperava por ela, e mal a viu, ofereceu-se para a ajudar, o que Sofia agradeceu. Aquela pequena dor aguda tinha voltado.
No seu apartamento, Maya esperava-a com um ar furioso. A ama Lola tinha-lhe contado sobre o divórcio e que Amaranta tinha aparecido cedo pela manhã a invadir a casa matrimonial.
* Sofia, aquele teu irmão é um desgraçado, odeio-o tanto, juro que o odeio com todo o meu coração, aquela puta da Amaranta anda a dizer aos jornalistas de celebridades que em breve anunciará o seu casamento com o Caim, enquanto tu, que foste sua esposa durante três anos, nunca pudeste dizer que eras sua esposa – Maya estava indignada.
Celso, que ouvia a conversa, abanava a cabeça, tinha a certeza de que Caim se iria arrepender disto, encontrar uma boa mulher não era fácil, mantê-la ao seu lado era ainda mais difícil.
* Maya, não faças um drama, nós sabíamos que isto iria acontecer assim que o avô Caleb morresse, eu é que criei ilusões, pensei que podia conquistar o seu coração, mas como vês, nada é como queremos, agora só espero que não me tirem do meu lugar como diretora, embora tenha a empresa dos meus pais em melhores condições, ainda não está totalmente estabelecida – disse ela frustrada.
* Sofi, conta comigo para o que precisares, está bem? – disse Maya com doçura, enternecendo Sofia, que tinha o coração partido. Embora não o demonstrasse, Caim tinha sido o seu amor platónico durante anos antes de se casarem, mas ele nunca lhe tinha dado qualquer atenção, pelo menos tinha tido intimidade com o homem dos seus sonhos, mesmo que ele fosse um grande sacana.
Naquela noite, Neymar foi visitá-la, estava tão chateado com o divórcio, não entendia Caim, Amaranta era tão limitada em comparação com Sofia.
* Sofia, filha, lamento muito, este meu filho é indescritível, bastou aquela mocinha estúpida voltar para ele te pedir o divórcio, eu teria gostado que vocês me dessem netos, seria o avô mais feliz – disse ele com um sorriso.
* Tio, não te preocupes, foi só um acordo, nós sabíamos que isto iria acontecer, é melhor não tocarmos mais neste assunto. Queres jantar aqui? Se quiseres, eu preparo alguma coisa – disse ela com um sorriso, ela sempre foi muito próxima de Neymar.
Neymar olhou para ela atentamente, Sofia parecia um pouco pálida, por isso decidiu não lhe dar muito trabalho.
* Sofi, quero que vás ao médico, estás um pouco pálida, não é bom cozinhares, vou pedir comida, cozinhas muito bem, mas não quero que fiques doente por minha causa – disse Neymar enquanto pegava no telemóvel.
Sofia tocou no rosto, sabendo que era verdade. Naquela tarde, depois do banho, reparou que estava um pouco pálida, talvez fosse por causa daquela dor que a incomodava, o stress dos últimos dias.
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Atualizado até capítulo 20
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