Capítulo 2

Resignada pelo que se avizinhava, Sofía foi para o seu escritório. Ela não tinha outra opção a não ser esperar o desfecho daquele imbróglio.

Enquanto Sofía trabalhava em seu relatório, Maya Meyer entrou como uma gata manhosa.

* Cunhadinha querida, me diga se não sentiu minha falta! Como pode não me ligar? Você é a irmã mais desconsiderada que já vi! _ disse ela fazendo um beicinho. Ambas tinham mais ou menos a mesma idade; Maya, a irmã mais nova de Caín, era a chefe de recursos humanos da empresa.

* Maya, pare de ser dramática, é por isso que os rapazes não te levam a sério, você é muito tóxica! _ disse Sofía rindo enquanto Maya acentuava o beicinho.

* Sofi, você sabia que aquela idiota da Amaranta voltou? Ontem fui ao clube hípico e lá estava ela, pendurada no meu pai como se fosse a nora amada da minha família, me deu vontade de vomitar! _ disse Maya indignada.

* Claro que eu sei, ela me ligou pessoalmente. Seu irmão quer falar comigo hoje à noite, sabemos o que ele quer. Agora que o papai Caleb não está mais aqui, ele deve querer correr para os braços do seu grande amor _ disse Sofía com indiferença, enquanto Maya se irritava cada vez mais.

* Eu não entendo o que está acontecendo com a minha mãe, ela é uma completa estranha para mim. Sério, essa obsessão que ela tem por você é muito estranha _ disse Maya enquanto Sofía apenas balançava a cabeça em negativa.

Sofía pegou sua bolsa enquanto sorria para a amiga.

* Vamos, Maya, eu te deixo em casa. Depois preciso ir preparar o jantar, seu irmão disse que vem jantar. Não quero ele na minha casa por muito tempo, espero que ele me entregue o acordo e pronto _ disse Sofía enquanto caminhava até a porta.

Maya apenas suspirou, na verdade ela gostaria que seu irmão tivesse se apaixonado por Sofía. Além de linda, Sofía era uma excelente pessoa, muito educada e inteligente, nada a ver com Amaranta, que era fútil, falsa e só pensava em seus próprios interesses.

Sofía havia chegado um pouco tarde por causa do trânsito, além de ter parado para comprar algumas coisas. A única coisa que ela reconhecia em Caín era que ele não era um marido mesquinho, havia lhe dado cartões de crédito sem limite e ela não precisava de nada. Mesmo assim, aqueles três anos haviam sido tão vazios que ela mesma não sabia como havia suportado tanto tempo sendo uma esposa oculta.

Enquanto Sofía terminava de cozinhar, Caín chegou e tirou o paletó e os sapatos. Abriu a camisa até o terceiro botão, arregaçou as mangas e sentiu o delicioso aroma da comida. Sofía cozinhava muito bem. Ele foi até a cozinha e olhou para ela com um brilho indecifrável nos olhos. Sua linda figura movia-se com diligência de um lado para o outro, era linda e tão doce.

Sofía se virou repentinamente para se deparar com o belo Caín olhando-a fixamente sem se mover. Ele não desviou o olhar e a examinou descaradamente.

Sofía ficou assustada no início e depois irritada.

* O que você está fazendo aí? Por que está me olhando assim? Tenho algo no rosto? _ disse ela irritada enquanto Caín sorria divertido.

* No seu rosto eu não sei, mas você tem um traseiro lindo _ disse ele sem nenhuma vergonha, enquanto Sofía corava. Era assim que ele falava com ela o tempo todo.

* Vá…, vá lavar as mãos, o jantar está pronto _ disse ela nervosa. Quando ele estava nesse plano, ela não sabia como lidar com ele.

Caín foi ao banheiro enquanto Sofía servia o jantar. Os dois se sentaram para comer em completo silêncio. Sofía esperava que ele dissesse algo sobre o assunto, mas parecia que Caín não tinha intenção de dizer nada, estava relaxado como se nada tivesse acontecido.

* Caín, você tinha algo para me dizer? _ perguntou Sofía, olhando-o expectante. Ela não entendia o que ele queria.

* Ah, isso... Amanhã conversamos, agora não é hora. Quando tomarmos café da manhã, eu te digo _ disse ele sem rodeios, enquanto a pobre Sofía ficava paralisada.

"Ele está pensando em dormir aqui? Quer passar a noite comigo?", pensou ela totalmente confusa. Ela não estava entendendo a situação, ele deveria estar desesperado para se divorciar.

Sofía se recuperou da surpresa e pigarreou um pouco. Aquilo a havia pegado de surpresa.

* Caín, você não me disse que queria dormir aqui, não preparei o quarto de hóspedes _ disse ela um pouco corada.

* Quando foi que eu já fiquei no quarto de hóspedes? _ disse ele, olhando-a solenemente, enquanto Sofía engolia em seco. Agora estava claro, Caín iria tomá-la em seus braços, e não era a primeira vez, isso vinha acontecendo desde a noite de núpcias, desde a primeira noite como marido e mulher.

Havia três anos, na noite de núpcias, Caín e Sofía chegaram à casa matrimonial que Caleb havia providenciado para eles. Era linda, mas Sofía nunca pensou que algo assim pudesse acontecer. O contrato matrimonial indicava que o casal teria apenas um acordo conjugal até que Sofía Montreal pudesse receber sua parte da empresa dos Montreal, que estava sob a custódia de Caín Meyer. Essa transação duraria três anos, já que o projeto que geraria os lucros tinha esse tempo de execução.

No entanto, Sofía se despediu educadamente de Caín e foi para um quarto onde deveriam estar suas coisas, e assim foi. O quarto era lindo.

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