Capítulo 8

Giorgia dessa vez não saiu correndo, e Tommaso se surpreendeu.

Tommaso – Quem bom que não fugiu dessa vez ... rsrsrsrsrs

Ela se levanta e o olha no fundo dos olhos.

Giorgia – Não posso negar que me sinto atraída por você, mas é só isso Tom, sexo ...

Ele parecia saber exatamente o que ela ia dizer, lógico que ele queria está errado, mas ele já esperava que Giorgia não sentisse o mesmo por ele.

Tommaso – Está tudo bem, já é alguma coisa. Rsrsrsrs

Giorgia – Você parece nãos e importar, para você é só isso também?

Ele poderia ter falado a verdade, ter dito que estava apaixonado por ela, mas preferiu guardar aquilo só para ele. Ele não queria que ela se sentisse culpada, no pouco tempo que eles estavam convivendo juntos, ele sabia que era exatamente assim que ela se sentiria.

Tommaso – Sim, é só sexo. Eu gosto da sua amizade Giorgia, e também gosto do seu corpo, do sexo que fazemos, e você parece se sentir da mesma forma.

Ela balança a cabeça afirmando a constatação dele.

Tommaso – Nós poderíamos ter uma amizade colorida, o que acha? Sem pressão, sem sentimento, além da nossa amizade e desse sexo gostoso que a gente faz.

Giorgia – E se não der certo?

Tommaso – E se der? Vai Giorgia, uma loucura de vez em quando é bom, lembra? Rsrsrsrs

Ele sorri, e com aquele sorriso que ela tem cada dia mais certeza de já ter visto antes, ele a amolece.

Giorgia – Ok, então vamos ver se esse negócio de amizade colorida dar certo mesmo. Eu topo!

O coração de Tommaso dispara. Era meio caminho andado, ele teria Giorgia em seus braços, ele poderia beijá-la, tocá-la, e assim quem sabe, ela não começaria a gostar dele da mesma maneira que ele gostava dela.

Máfia Ricci ...

Fazia mais de dois meses que Giorgia havia fugido da boate , e nenhum rastro seu tinha sido encontrado ainda.

Mattia – Como isso é possível? Ela não pode ter simplesmente evaporado desse jeito. Vocês são uns incompetentes mesmo. Já foram até a casa dela?

Lorenzo – Foi o primeiro lugar que fomos senhor, demos uma surra no velhote, ameaçamos as outras garotas, mas para lá ela não voltou e eles não sabem para onde ela possa ter ido. Eles não têm família em outro lugar.

Mattia estava com a corda no pescoço. Desde o acontecido, seu pai o rei da máfia Ricci o desprezava e ameaçava o deserdar. Para um integrante da máfia, ser deserdado pela família era a pior coisa que poderia acontecer, para um príncipe da máfia como Mattia, ser deserdado era quase que uma sentença de morte.

Mattia – Encontre-a Lorenzo, ou sua cabeça será a primeira a rolar.

Lorenzo sai da sala disposto a colocar a Itália de cabeça para baixo se fosse preciso, mas ele encontraria Giorgia e a levaria de volta para aquela boate de qualquer jeito, viva ou morta.

Uma semana depois ...

Lorenzo estava em mais uma de suas buscas intermináveis pelo paradeiro de Giorgia. Ele passava por uma rua de um bairro nobre da cidade, casa enormes, terrenos gigantescos, ele estava distraído olhando pela janela quando a viu.

Lorenzo – Pare o carro!

O motorista para e ele olha no celular a foto que Mattia havia lhe mandado. Giorgia estava molhando umas plantas no jardim e não percebeu estar sendo observada.

Lorenzo – É ela, encontrei essa vadia! Vamos, preciso voltar para a boate.

Lorenzo volta vitorioso, ele havia encontrado Giorgia. No caminho até a boate, ele pesquisa de quem seria aquela casa onde ela estava, e descobre que era a casa de Tommaso Mancine, o herdeiro das concessionárias Mancine. Mattia com certeza ia gostar muito de saber daquilo.

Ele chega até a boate e sobe para a sala de Mattia, conta onde encontrou Giorgia e vê seus olhos brilharem.

Mattia – Na casa dos Mancine, olha que a fuga dessa garota pode me render bons frutos... Lorenzo, eu quero que descubra o que ela faz lá, qual a sua função na casa, tudo.

Lorenzo - Sim senhor, agora mesmo.

Com aquelas informações nas mãos, Lorenzo conseguiria investigar o que Mattia havia pedido. Agora estava mais fácil, ele já sabia onde procurar e o que procurar.

Alheios aquela descoberta de Mattia, e sobre o fato de que estavam sendo vigiados. Giorgia e Tommaso aproveitavam aquela amizade colorida com tudo que tinha direito. Tommaso não conseguia ficar muito tempo longe de Giorgia e cada dia que passava, ele ficava ainda mais apaixonado. Já ela, não se sentia da mesma maneira que ele, ela gostava dele sim, mas não era paixão, era só sexo, muito desejo, mesmo naquela cadeira de rodas, ele a satisfazia como seu primeiro namorado jamais havia conseguido satisfazer. Ele a levava ao céu de tanto prazer, e ela não conseguia negar, quando ele a procurava.

Giorgia – Tom, estamos expostos aqui, alguém pode nos ver ...

Tommaso – Não tem ninguém aqui ...

Eles estavam lendo no jardim, quando ele a puxou e a fez sentar em seu colo na cadeira de rodas. Com a mão por baixo de seu vestido, ele a beijo e a fez chegar ao extremo ali mesmo. Eles só não imaginavam estar sendo vigiados por Lorenzo, que vinha montando guarda nos arredores da casa pra conseguir as informações que Mattia queria.

Lorenzo – Olha só, então a ragazza fisgou o bilionário.

Lorenzo tira fotos e as leva até Mattia que vibra com a descoberta.

Mattia – A primeira oportunidade que você tiver, capture-a e traga atém mim. Nenhum arranhão Lorenzo, tenho planos para ela, e preciso que ela esteja intacta.

Lorenzo – Como queira senhor.

Lorenzo sai deixando Mattia em sua sala, virando um copo de whisky.

Mattia - Giorgia Rizzo, você está me saindo melhor que encomenda ragazza. Sua escapada airá bem caro.

Ele pega o celular e liga para alguém.

Mattia – Traga o pai e a irmãs de Giorgia Rizzo para cá, imediatamente. Não os machuque, pelo menos, ainda não.

Ele desliga o telefone sorrindo vitorioso, seu olhar ficou ainda mais escuro que o habitual, ele exalava maldade.

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