A Voz Do Coração

A Voz Do Coração

Capitulo 1

Antes de começar a fic, queria dizer que ela foi inspirada em um filme que eu assisti a muito tempo, e tive a vontade de fazer uma fanfic baseada nela. No caso só o romance entre os personagens principais, e o show que vai aparecer aqui.

Mas enfim, é isso. Espero que gostem e que deixem o apoio. 💗(⁠.⁠ ⁠❛⁠ ⁠ᴗ⁠ ⁠❛⁠.⁠)

Queria que vocês tivessem uma ideia dos personagens também, vou colocar em dois tipos para vocês verem.

    Não demorou para Katniss despertar graças ao despertador.

O barulho irritante a fazia querer chorar, estava tendo um sonho tão maravilhoso.

Estava em um palco enorme com milhões de pessoas na platéia, ela vestia um vestido de galar espetacular. Os músicos começaram a tocar animadamente, mas quando fora abrir a boca para cantar, acordou. Tudo havia sumido, estava sozinha em seu pequeno quarto.

— As vezes queria que não fosse apenas um sonho — Resmungou com a voz rouca olhando seu gatinho em cima da cama. Bem, pelo menos alguém podia dormir mais um pouco. Que gato sortudo.

    Katniss desligou o despertador ainda pensando se podia joga-lo contra a parede ou não.

Mas quando afastou o pensamento da cabeça, logo entrou no banheiro, fez suas necessidades e tomou um banho gelado que a ajudava a despertar.

Ao colocar uma roupa confortável, ficou parada olhando para a maçaneta da porta do quarto.

Todos os dias fazia isso, não sabia muito bem o porque fazia isso ao certo.

Ou, então sabia e só queria fingir que não?

     Gregory. Ela não queria encontra-lo, o detestava de todas as formas possíveis. Tentar evita-lo tornou-se um hábito matinal para Katniss.

Era um velho com o coração amargurado, e um homem insuportável.

     Então fez o que sempre fazia depois de encarar a porta. Pegou suas coisas e pulou a janela. Oque eram dois metros de altura para ela? Absolutamente nada.

Mas antes de ir, tinha que dá um beijinho em seu gato, ele ficaria mau humorado se não o fizesse.

— Até daqui a pouco Lasanha — Abaixa e o beija — Se comporta tá bom?

      Em resposta o gato a deu um miado preguiçoso e se aconchegou mais nos lençóis da cama.

Katniss riu e saltou da janela como uma verdadeira acrobata maluca. Isso tirando o fato de ter quase caído na moita do lado.

Ela pegou a bicicleta cor pêra com uma cestinha trançada a mão, e logo foi para a rua, pedalando sentindo a brisa fresca no rosto.

As manhãs na cidade eram sempre silenciosas e calmas, isso até os comércios serem abertos.

Enquanto pedalava pelas ruas dava para ver o mar de longe, o brilho do sol refletindo sobre ele, a fazia pensar que valia a pena estar viva.

Katniss abriu um sorriso satisfeito e mentalmente deu um bom dia para o vasto mar ao seu lado.

    O sol já estava alto no céu, as pessoas já estavam abrindo suas lojas, padarias, farmácias.

— Bom dia Kat! — Gritou uma velhinha com chapel colorido e um sorriso no rosto.

— Bom dia dona Julie! — Respondeu acenando para a senhora que abria sua floricultura.

      A cada comércio aberto era alguém a cumprimentando. Até mesmo o dono do açougue que afirmava não gostar dela por certa vez Lasanha ter-lhe roubado um pedaço de linguiça enquanto conversava com um cliente.

Era engraçado o fato de todos ali serem pessoas maravilhosas e gentis. Parecia um conto de fadas, não significava que tudo era perfeito,

mas davam seu melhor para chegar perto de ser.

Sitka era uma cidadezinha pequena e pacata, nada de diferente acontecia, os dias iam se repetindo todos iguais. E talvez no fundo, no fundo, Katniss queria algo mais do que isso. Estava esperando uma boa oportunidade, mesmo sabendo que nunca teria uma. Certo?

— Pode me dizer o por que precisa ir para essa cidadezinha de ninguém? O Alasca é horrível cara. 

— Tenho que visitar minha tia, vou lá uma vez no ano. Já expliquei isso a você Daniel. — Repondeu pegando a mala da mão de seu amigo.

— Damian temos muito oque fazer, tenta não demorar lá cara. Fora que suas namoradas vão ficar loucas por você ter cancelado todos seus encontros — Pôs a mão no rosto bufando — Vai sobrar pra mim apanhar de todas elas.

— Não seja dramático, não é como se você nunca tivesse apanhado de várias mulheres diferentes — Responde indiferente. Daniel fingiu ri com puro sarcasmo.

— Olha quem fala, o maior mulherengo de todos os tempos, você é mais pegador do que eu, o sujo falando do mal lavado.

— Mas diferente de você eu nunca apanhei de uma mulher.

     Damian sorriu para ele com um olhar que parecia dizer: " eu sou melhor que você seu idiota "

— Seu filho da...

— Meu vôo vai sair agora. — O corta guardando o celular e agarrando bem a mala — Cuide de tudo. Voltarei em três semanas.

— Tá, tá, vai logo. Vê se volta com uma boa garrafa de whisky pra mim.

     Ele sabia que Damian não iria trazer nada para ele. Só pediu por pedir.

Damian entrou no avião na primeira classe, como sempre preferiu. Se deitou na poltrona mais  confortável que o dinheiro podia pagar, e pegou o celular que estava vibrando em seu bolso. Assim que o ligou, foi inundado por várias mensagens, umas de pessoas conhecidas, outras anônimas que provavelmente eram de repórteres desesperados.

      Só fazia um dia que anunciara sua aposentadoria no ramo de produtor musical, e todos já estavam ficando loucos. Para ele, aquilo não era nada, estava cansado de criar músicas e produzir grandes cantoras com elas, estava entediado, a vida se tornara monótona.

A pergunta que sempre se fazia era: desde quando? Desde quando perdeu o prazer em marcar a história com as cantoras maravilhosas que criara?

      A mesma coisa aconteceu no ramo de filmes.

Estava no auge de sua carreira quando resolveu jogar a toalha. Ganhou sua marca na calçada da fama, se tornou um dos melhores atores de Hollywood da história do cinema, ganhou diversos prêmios todos os anos.

Seus filmes de romance eram os mais vistos, sucessos de bilheteria, todas as mulheres iam a loucura com o galã Damian Raynold em todos os papéis que fazia. Seja herói ou vilão, todos eram sucessos na certa apenas por ter seu rosto no elenco.

    Mas por algum motivo estava tudo uma chatice, a única coisa que ele estava aturando no momento era a vida de empresário. Sua empresa cresceu bastante, fazendo grandes parcerias, abrindo filias novas por toda a América. Estava tudo correndo bem, embora ele sentisse que logo perderia o interesse também.

Por agora só iria relaxar um pouco.

— Essa porcaria não para de vibrar! — Ele pegou o celular e o desligou depois o jogo na outra poltrona vazia.

     Bem, ele iria tentar relaxar.

     Jogou a bicicleta de qualquer maneira no estacionamento pequeno do bar. Logo que entrou sentiu o cheiro inebriante de ovos e bacon sendo fritos na hora junto com o café fresquinho, seu estômago pediu socorro na mesma hora.

— Bem vinda senhorita, oque vai querer hoje?

— Tiff, suas brincadeiras estão cada vez mais sem graça.

— Aff, você não sabe atuar não é mesmo? Que coisa chata.

      As duas dão risada como duas bobas. Tiffany era a melhor amiga que Katniss poderia pedir. Foram criadas juntas, o pai de Tiffany era o dono do bar em que estavam, então foi fácil aceitar Katniss como garçonete junto com a amiga. Ela se sentia mais em casa ali, do que na própria onde infelizmente morava.

— Bem, creio que está com fome. Vou pedir pro Larry preparar o de sempre. — Disse saindo de trás do balcão.

Tiffany era um menina linda e muito mais carismática do que se possa imaginar. Os cabelos loiros estavam sempre trançados, e o avental sempre sujo de ketchup.

     Tanto ela quanto o bar eram meio doidos. A dinâmica do bar era o seguinte, de manhã tinha um café da manhã excelente como uma cafeteria, mas ainda era um bar. A tarde o almoço também era servido, como um restaurante, mas ainda era um bar. E a noite, a noite era uma loucura, todos se reuniam depois de seus trabalhos cansativos, para beber, rir, contar histórias que todos já estavam carecas de ouvir, dançavam e cantavam músicas nativas da região.

    Ou seja, a noite o bar se transformava em um bar.

   Não tinha nada melhor do que o café da manhã que Larry preparava. Mesmo tendo a aparência de um urso fedorento prestes a hibernar, ninguém fazia um sanduíche de ovos e bacon como ele fazia, nem panquecas de morango tão espetacularmente deliciosas.

Katniss comeria tão bem todos os dias, que não sabia se conseguiria sobreviver sem a comida que Larry preparava. Parecia que seus dentes iam cair de vez.

Ela riu com o pensamento bobo que teve, mas definitivamente era verdadeiro.

— Então Kat, pensou no que lhe disse esses dias? — Indagou Tiff se aproximando enquanto varria o chão.

— Eu não sei se me fazer cantar na frente de todos vai me tirar o medo do palco. — Respondeu com um pequeno sorriso.

— Pode ser que não perca, ou pode ser que sim. De qualquer forma, só saberá se tentar.

— É eu sei. Quando eu tiver uma oportunidade, eu penso melhor.

— Amanhã é aniversário do papai. Por que não canta aquela música que ele sempre tá ouvindo?

      Katniss deixou o pano que limpava a mesa cair, depois de ouvir oque Tiff a propôs. Ela amava o tio Edy, mas não podia cantar na frente de todos.

Uma coisa era o dar um presente, agora outra diferente era lhe dedicar uma música.

— Não seja boba Kat, você tem uma voz linda. E seria o presente perfeito para o papai, era a música que a mamãe cantava sempre.

Os olhos de Tiff demonstraram saudade e tristeza. Uma mistura dolorosa e Katniss sentia isso. Ela amava muito aquele bar e as pessoas ali, todas pessoas de bem e que certamente fariam uma festa repleta de bebedeira para o amigo Edy.

— Eu...vou tentar — Disse depois de um longo suspiro. Os olhos de Tiff brilharam como duas pedras preciosas.

— Oba! Valeu amiga! — Abraçou a amiga dando pulinhos de felicidade — Você vai arrasar.

— Lembra que eu disse que ia tentar! Não crie muitas expectativas — pequeno sorriso.

— Eu conheço muito bem essa sua linda voz, pode deixar que eu sei que você vai alcançar minhas expectativas.

   Katniss deu um leve soco no ombro de Tiff que riu.

Ficou a manhã toda trabalhando bem no bar, mas logo deu a hora do almoço.

— Ei! Larry as marmitas estão prontas? — Perguntou Katniss enfiando a cabeça dentro da janelinha onde passavam os pedidos.

— Estão prontas Kat, coloquei molho de pimenta extra na sua em! — Gritou ele colocando duas marmitas em cima da bancada.

— Aí você arrasa sempre Larry! Daqui a pouco estou de volta.

   Ela pegou as marmitas antes de ouvir um tchau de Larry. Depois colocou as duas dentro da cestinha trançada da bicicleta e partiu para casa. Odiava essa hora do dia, na verdade, odiava todas as horas que devia ir para casa.

Engraçado que, devíamos nos sentir acolhidos em nossa casa, devia ser nosso lar, nosso lugar seguro de conforto.

Mas era completamente o contrário. Qualquer lugar era melhor do que em casa, qualquer um.

     Quando chegou em casa, girou a maçaneta e entrou. O cheio horrível de cigarro invadiu suas narinas fazendo os olhos de Katniss marejarem.

Tirou umas garrafas vazias de cerveja de cima da bancada e colocou as duas marmitas ali.

— Demorou, na próxima venha mais rápido. Estava morrendo de fome. — Disse o homem sem camisa jogado na poltrona velha com um cigarro entre os dedos. 

— É que, o bar hoje estava muito cheio. Muitas crianças forma tomar café e...

— Dani-se. Não quero saber das suas desculpas. Traz logo a minha comida. — Mandou com a voz rouca.

Katniss respirou fundo com o intuito de manter-se calma. Foi até a bancada, pegou a marmita depois um talher e o entregou a comida.

Ouviu barulho de passos quando se virou, havia uma mulher entrando na cozinha com os cabelos enrolados em uma toalha. Provavelmente tinha uns 46 anos, era muito bonita por sinal. Mas quem era ela?

— Com licença — A mulher a olhou — Quem é você?

— Sou namorada desse velho babão — Respondeu como se estivesse cuspindo as palavras. Por que não estava surpresa? Toda semana ele estava com uma mulher diferente, todas eram drogadas, alcoólatras, e sempre estavam roubando as roupas de Katniss. Exatamente como essa nova, estava usando um dos vestidos preferidos de Katniss.

— Esse vestido...

— Eu achei lá em cima jogado. Só peguei e coloquei. — Disse abrindo a geladeira.

Oque ela quis dizer realmente com jogado foi: " Invadi seu quarto, abri seu armário e peguei sua roupa "

    Katniss olhou para o homem com intuito de fazer ele dizer alguma coisa para sua...namorada. Mas ele continuou a devorar a comida olhando pra tv e bebendo uma lata de cerveja.

Katniss suspirou e começou a catar as latinhas vazias que estavam no chão, emporcalhando mais a sala.

Quando se virou a mulher estava comendo a marmita de Katniss.

— Ei! Espera, essa é minha comida. — disse se aproximando da bancada.

— O pirralha deixa de ser egoísta, aprende a dividir, que droga em. — Interveio ele da sala.

— Mas essa é minha comida, o Larry preparou para mim, por que eu tenho que dividir? Ela é sua namorada, dívida a sua comida com ela! — Gritou ficando irritada.

— Para de gritar garota! Essa é minha casa eu mando e você obedece, agora cala a merda da boca.

Katniss não podia acreditar naquele absurdo. Olhou para a mulher que tinha um sorriso vitorioso no rosto.

— Está apimentado demais. Quem fez essa porcaria, um cozinheiro de quinta? — Ela fez uma careta e se virou para o lixo.

— Não! — Katniss correu para tentar impedir, mas a mulher já havia jogado tudo no lixo. Ela saiu da cozinha e se sentou no sofá do lado de Gregory. Katniss ficou lá, fitando a comida que Larry lhe preparou com todo o cuidado e dedicação, no lixo. Como se não fosse nada. Ficou irritada e chateada.

Não era só por causa da comida, ela podia ficar sem almoço,isso não faria diferença, mas foi pela falta de consideração, falta de respeito. Aquela mulher agia como se fosse dona da casa, sendo que em poucos dias seria só mais uma mulher jogada fora comi lixo.

— Me desculpa Larry — Resmungou para si mesma.

  Katniss correu para seu quarto e se trancou lá dentro. Deitou na cama com um baita nó na garganta.

Lasanha se aproximou e deitou ao lado dela.

— Poxa Lasanha, por que tem que ser assim em? — Carinhando perguntou ao gatinho sem esperar  respostas.

Só teve um momento pequeno para poder se acalmar, ela não queria ficar em casa, decidiu voltar mais cedo para o bar, seria melhor assim.

— Vou pegar a bicicleta.

     Assim que pousou no Alasca  Sitka, Damian foi buscar o carro que alugara durante sua estadia ali, e foi em busca da loja da tia dele.

Ver a tia era apenas uma desculpa muito boa para se afastar da mídia e da loucura que a cidade estava causando nele.

O celular começou a tocar, Damian o pegou no bolso e atendeu, já sabia que era. Isso enquanto tentava prestar atenção na rua.

— Já chegou cara? — Ele ligou em chamada de vídeo. Damian odiava chamadas de vídeo.

— Já estou aqui. — Respondeu — Por que ligou? Está com algum problema na empresa?

Tendo ou não problemas ele não voltaria para a empresa de qualquer forma.

— Não, não precisa de preocupar com a empresa.

— Então devo me preocupar com oque?

Daniel bufou.

— Cristiny está aqui na empresa, está fazendo o maior show por você ter cancelado os encontros com ela.

— Coitada. — Foi tudo que disse com um pequeno sorriso no rosto.

— Coitada? Coitado de mim! essa louca me bateu, e eu espero que isso não seja um sorriso Damian. — A expressão carrancuda de Daniel era mais engraçada do que ele podia imaginar.

— É difícil não sorrir com essa história cômica que tá me contando — Respondeu olhando a tela do celular.

Quando voltou a olhar para a rua uma garota de bicicleta atravessou bem na frente do carro.

— Merda! — Damian freio bem em cima da garota. Com o susto ela caiu no chão junto com a bicicleta.

— Damian? Oque aconteceu cara? Ei!

— Droga, depois falo com você. — Ele desligou o celular e saiu do carro.

Continua.

Já revisei pessoal, coloquem fé na história em! Peço para que deixar o apoio ai 💗😩

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