5

Quebrando o silêncio, Diego anunciou:

— Chegamos.

Ele desceu do carro, abriu a porta para mim e, ao sair, deparei-me com uma casa simples. Não no sentido de feia, mas definitivamente menor e menos imponente do que a mansão anterior. Ainda assim, achei-a perfeita.

— Finalmente vamos ficar à vontade — comentei, tirando os sapatos.

— Assim você pode machucar seus pés. — Antes que eu pudesse reagir, ele me pegou nos braços e me levou para dentro.

Por fora, a casa era discreta, mas por dentro era incrivelmente aconchegante e decorada com bom gosto.

— Nosso quarto fica lá em cima. Vou tomar um banho aqui embaixo para te deixar à vontade. — Ele me conduziu até o quarto antes de descer novamente.

O quarto era confortável, com um toque acolhedor que contrastava com o luxo frio da casa anterior. Mas só de pensar que dividiríamos aquele espaço, senti uma onda de vergonha me invadir. Corri para o banheiro, tentando organizar os pensamentos. Será que ele queria algo comigo? Ele já havia me visto sem roupas antes, mas eu estava inconsciente.

Depois de um banho quente, sentia-me renovada. Procurando algo para hidratar a pele, encontrei um creme qualquer. "Vai servir", pensei. Coloquei uma perna sobre a banheira e comecei a passar o hidratante, distraída, até perceber um par de olhos me observando.

— Meu Deus, Diego! Por que você não bateu?

Ele se virou de costas, mas não conseguiu conter o riso.

— Olha, não sou nenhum deus para resistir...

Não acredito que ele tirou o que eu disse de contexto.

— Eu ia bater, mas você se virou antes.

— Sei, sei... Sem problemas. Pode me dar a toalha?

Ele pegou a toalha e veio até mim.

— Se vira.

Obedeci, e ele cuidadosamente me enrolou na toalha. Antes que eu percebesse, senti seus lábios no meu pescoço, provocando um arrepio. A toalha escorregou e caiu ao chão.

— Olha, eu nunca fiz isso... — confessei, a voz trêmula.

— Eu já sabia. Mas não vou fazer nada. Quero que você venha até mim por vontade própria, e não por medo.

Sem dizer mais nada, ele saiu, deixando-me sozinha no banheiro. Após vestir um baby-doll, fui até o quarto, mas ele não estava lá. Descendo as escadas, o encontrei na sala, bebendo e fumando um cigarro.

— Pensei que já estivesse dormindo — disse ele, com aquele olhar frio.

— Você não vai dormir comigo?

Ele deu um sorriso forçado.

— Ada, se eu for dormir com você, vou querer arrancar toda a sua roupa e te fazer implorar para eu não parar. Depois, vou te penetrar até você não aguentar mais. — Fiquei sem reação diante de suas palavras. — Então, não. Não vou dormir com você.

— Então por que não faz?

Ele parou, incrédulo, apagou o cigarro e colocou a taça de vinho na mesa.

— Repete o que você falou.

— Por que não faz?

Em um movimento rápido, ele me pegou nos braços. Seus olhos estavam frios, mas sua respiração era pesada. Sem dizer nada, ele me levou até o quarto, me colocou na cama e tirou minhas roupas.

Fiquei assustada, mas tentei relaxar. Quando ele começou a explorar meu corpo com a boca, senti sensações que nunca imaginei. Quando atingi o limite, ele parou, foi até o banheiro e me deixou sozinha.

Quando voltou, deitou-se ao meu lado.

— Vamos dormir juntos, mas por hoje é só. Aconselho que não me provoque novamente, princesa.

"Princesa?". Senti-me desapontada. Achei que aquela seria minha primeira vez.

— Tudo bem. Boa noite.

No dia seguinte, acordei com seus lábios nos meus. Suas mãos deslizaram pelo meu corpo, me levando ao mesmo êxtase da noite anterior. Mas, mais uma vez, ele se afastou, foi ao banheiro e não voltou para a cama.

Curiosa, fui atrás dele. Ao abrir a porta, entendi o motivo de sua constante fuga.

— Então é por isso que você foge de mim? — perguntei, segurando o riso.

— Até você estar pronta, vou precisar lidar com isso sozinho.

— Não adianta eu te querer se você sempre acha que não quero.

— Saberei a hora certa de te fazer minha mulher. Ainda não é o momento. Você continua com raiva de mim e está tentando usar isso para esquecer o que aconteceu.

— Eu escolho como superar o que aconteceu. Você não tem direito de se intrometer.

Deixei-o sozinho no banheiro, irritada. Alguns minutos depois, ele me encontrou e me abraçou por trás.

— Só não pode me usar para esquecer o que eu fiz. Eu matei sua família, Ada. Matei sua mãe e seu pai. Não esqueça disso. Só assim você saberá lidar com minha família.

Continua...

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