Preparação

A MELODIA DO ESCRITOR

Capítulo 5

A vida é feita de escolhas e deixar de fazer as coisas que você tem vontade, por medo de dar errado, ser criticado ou julgado de maneira negativa é um dos maiores erros que você pode cometer. Melhor viver uma vida sabendo que você fez o seu melhor, do que pensando como seria se tivesse feito.

Ao amanhecer Rio aos poucos vai despertando.

“Finalmente consegui descansar, tem acontecido tanta coisa nos últimos dias que mal dormi direito. Onde está a Judy!?”

— Rio o café da manhã está pronto.

— Estou indo.

“É um pouco estranho ter alguém fazendo meu café da manhã depois de tanto tempo.”

Rio caminha até a cozinha e encontra Judy.

— Não vai trabalhar hoje!?

— Do que está falando!? Hoje é feriado.

— Mesmo!? Que bom então.

— Acho que vou sair para comprar umas roupas, meu guarda roupa está péssimo. Quer me acompanhar!?

— Aí Rio, você está me chamando para um encontro, vai com calma que sou tímida.

— Fique em casa, eu vou sozinho.

— Oh não seja mal vai, prometo que vou me comportar.

— Certo, certo.

Rio muda para uma expressão um pouco mais séria.

— Judy, você sabe quando o esquadrão vermelho vai chegar!?

— Bom, eles ainda não saíram da organização, provavelmente ainda estão se preparando, dizem que o líder deles é bem rígido. Mas diria que estarão por aqui nos próximos 3 dias.

— Entendo, quem é esse líder deles!?

— Não o conheço muito bem, mas sei que se autodenomina de Evil.

— Hm entendo, preciso voltar a treinar, meu corpo está fora de forma e mal consigo lidar com um assassino de rank C no momento, pode fazer isso por mim!? Me ajude no meu treino.

— Claro, conheço um bom lugar para treinar você, iremos a noite depois do passeio.

— Certo.

“Preciso recuperar minhas habilidades o mais rápido possível, o Killer era apenas um assassino de rank C e quase acabei morrendo, se eu tivesse pelo menos 20% das minhas habilidades, desviar de balas não seria impossível.”

Ao terminar de tomar o café da manhã Rio e Judy saíram em direção ao shopping para comprar roupas. E alguns minutos depois chegaram ao local.

— Onde irei primeiro!?

— Rio, vamos naquela loja ali, parece ter roupas bem legais.

— Mas aquilo é uma loja de fantasias e não de roupas.

— Eu quero comprar uma roupa de enfermeira, para cuidar de você.

Rio pega na mão de Judy e a arrasta para longe daquela loja.

— Ei espera, deixa eu comprar.

— Nem pensar e pare com esses fetiches estranhos.

Judy fica contente em segurar a mão de Rio

— Rio se você queria andar de mãos dadas comigo era só pedir, não precisava fazer isso.

— Não seja idiota, se fossemos aquela loja você ficaria falando um monte de coisas estranhas para mim, eu estava apenas me salvando.

Rio solta a mão de Judy e se aproxima de uma outra loja.

— Essa parece boa, vamos entrar.

Alguns minutos depois.

— Já escolhi todas as roupas que quero provar.

— Mas Rio, você escolheu todas as roupas na cor preta é quase tudo igual.

— Não importa, o preto é minha cor favorita.

— Pelo menos é melhor do que as roupas que você tem.

— Certo, mas não precisa esculachar.

Então Rio entra no provador e começa a experimentar as roupas.

— O que acha!?

— Você é lindo.

— Estou falando da roupa.

— Ah, a roupa é legal.

Rio mostrou todas as roupas que havia escolhido, mas a opinião de Judy não ajudou muito já que para ela, Rio era mais bonito que qualquer roupa.

— Digna de sua beleza.

— Você merece algo melhor.

— Bom, de qualquer forma eu gostei das roupas que provei, então vou levar todas.

Rio vai até o caixa.

— Deu 2.650, qual a forma de pagamento!?

— Deixe que eu pago.

— Nem pensar, as roupas são minhas.

— Considere que estou fazendo um investimento a longo prazo, mas eu quero uma recompensa.

Ao sair da loja.

— O que você quer!?

— Quero que me leve para tomar sorvete de baunilha, eu amo.

— Só isso!?

— Por que!? Achou que eu ia pedir um beijo!? Não se preocupe, não vou pedir algo assim. O que eu quero, eu conquisto.

Rio apenas fica em silencio e solta um leve sorriso.

— Certo, sorvete de baunilha por minha conta.

— Isso!

Então Rio e Judy sai do Shopping e vai a um parque próximo que vende sorvete de baunilha. Eles se sentam no banco e descansam um pouco, ao observar Judy, Rio nota que ela está aparentemente feliz de poder estar ali.

— Não sabia que você tinha esse lado fofo.

— Hm, por que está falando isso!?

— É que antes da gente se aproximar, confesso que me sentia incomodado com você me olhando. Mas agora parece que você não é tão assustadora quanto eu pensava.

— Então era isso, eu pensava que você me achava feia e por isso sempre me evitava, eu ficava tentando se aproximar de você o tempo todo, mas não sabia como fazer isso. Nunca tive ninguém que pudesse me ensinar a melhorar meu relacionamento com as pessoas.

Rio apenas observava

— Acho que só sirvo para ser uma assassina fria e solitária.

— Eu não acho isso, confesso que você me irrita algumas vezes e que também pode ser bem assustadora, mas é isso que faz você ser única e faz com que eu queira estar cada vez mais próximo de você.

— Se ninguém está disposto a te fazer companhia, eu vou, que tal!?

O coração de Judy acelerou naquele momento, ela sentia uma grande felicidade e virou o rosto para derramar algumas poucas lagrimas de alegria.

“Garota boba, deveria ser um pouco mais sincera com o que realmente sente, eu também me esforçarei para proteger esse sorriso que vi em seu rosto hoje.”

— Seu idiota, não pense que vou pegar leve no seu treinamento, só porque você disse umas palavras bonitinhas.

— Certo, certo – respira fundo.

— Vamos para casa, após o jantar vou te levar para treinar.

— Sim, capitã.

Mais Tarde...

— Certo Rio, aqui é onde costumo treinar, desenhei uma pista para correr, tem pesos de até 500kg ali no canto e tem uma máquina de alta potência que atira bolas de tênis. Aqui tem tudo que precisa para treinar velocidade, força e agilidade.

— Como conseguiu esse galpão grande!?

— Eu comprei.

— Você por acaso é rica!?

— Mas é claro que sim, afinal sou uma assassina de rank SS – sorriso pretensioso.

— Você não precisa jogar na cara.

— Certo, sem mais enrolações, comece dando 50 voltas, você vai treinar aqui pelos próximos 2 dias.

— Você sabe que eu tenho que trabalhar né!? Ao contrário de você não sou rico.

— Como disse antes, considere isso um investimento a longo prazo, deixe que eu cuide das contas, você só precisa focar em ficar mais forte. E por ficar enrolando demais quero 100 voltas, vai logo.

— Certo, Certo.

Durante 2 dias Rio, correu, levantou pesos, desviou de bolas de tênis e a cada hora que passava Judy aumentava ainda mais a dificuldade. Ele não desistiu e ela também em nenhum momento pego leve com ele, mesmo após Judy oferecer a oportunidade de Rio descansar ele dispensou e continuou focado em seu treinamento.

— Rio porque não descansa um pouco!? Você já está treinando á 8 horas diretas sem descansar.

— Ainda não, posso aguentar por um tempo mais. Não precisa se preocupar, só vou até onde for possível. Quero ter certeza de estar minimamente preparado, quando eles chegarem.

Judy mesmo assim esboçava uma certa preocupação, já que Rio treinou incessantemente por quase dois dias diretos com pouco intervalo para descanso. Mas não queria interromper e interferir em sua determinação.

— Certo, terminei!

— Como se sente!?

— Exausto, mas acho que consegui recuperar pelo menos 7% da minha força total, acho que consigo derrotar um rank C com facilidade agora.

— Isso é bom é melhor você descansar por hoje, eles provavelmente chegaram amanhã à noite.

— Rio, por que você perdeu de forma tão rápida suas habilidades!? Você era pelo menos um assassino de rank A quase S.

— Pouco antes de ir embora, aquele velhote me aplicou uma injeção estranha que as reduziu a quase 0%, após treinar hoje percebi que as posso recuperar se continuar treinando. Mas não vamos falar mais sobre isso.

— Vamos para casa, preciso de um banho e da minha cama.

Apoiado com os braços nos ombros de Judy, Rio foi para casa. E descansou pelo resto do tempo que ainda tinha.

O esquadrão vermelho estava chegando e Rio estava preparado esperando apenas o movimento deles para agir. Uma situação de perigo se aproximava, era impossível prever o que aconteceria logo a seguir.

— Rio, eles já estão aqui, melhor a gente sair para fora, lutar aqui dentro só nos traria problemas.

— Certo, vamos dar a eles uma ótima boas-vindas.

Rio pegou seu casaco preto e seguiu para fora onde era possível ver 10 pessoas em cima do telhado.

— Rio, seu pai nos mandou levá-lo de volta, nos acompanhe e ninguém terá que se ferir.

— Você deve ser o cara chamado Evil. Então Evil só irei dizer uma coisa.

— Me leve!! Se você tiver a habilidade necessária para isso.

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