A MELODIA DO ESCRITOR
Capítulo 4
Ao acordar cedo pela manhã, Rio apenas deixou uma carta agradecendo pela ajuda, ele sentiu que não era o momento de conversar com Kira sobre o que ocorreu na noite anterior, então saiu o mais breve possível, estava querendo chegar logo em casa, estava incomodado em saber se Judy era ou não da organização.
Se aproximando de casa vê Judy na portaria e de maneira inconsciente acelera o passo para chegar mais rápido. Ao chegar, rapidamente vai em direção a ela.
— Bom dia pequeno Rio, se divertiu ontem à noite!?
— Cala a boca e venha comigo até minha casa.
— Ah, você está sendo muito direto, não deveria me levar para jantar primeiro!?
— Sem piadinhas.
“Preciso ser muito cuidadoso, tenho que descobrir primeiro se ela é da organização e fazer ela revelar que planejou o ataque de ontem. Se ela for tudo que estou pensando, então talvez ela seja uma grande ameaça.”
O caminho até a casa de Rio pareceu ser longo e o silencio se encontrava presente, era um clima pesado e tenso que qualquer um notaria só de olhar, Judy ficou encarando pelas costas de Rio o tempo todo, Rio não baixou a guarda em nenhum momento, conseguia observar cada um de seus movimentos pelo canto do olho.
— Sente-se.
— Nossa, sua casa é bem organizada.
— Você ficou sabendo que fui atacado ontem à noite!?
— Sério!? Quem faria tal barbaridade!?
— Um cara chamado Killer. Conhece!?
— Claro que não e inclusive que nome tosco viu.
Rio respira fundo ao ver a cara de pau daquela mulher.
— Ele me disse uma coisa bem curiosa, ele me disse para tomar cuidado porque tem muitos assaltos acontecendo ultimamente e sabe quem disse as mesmas palavras á alguns dias atrás. Imagina!? Você mesma. Vai me contar o que está rolando ou vou ter que te forçar!?
— Ah, pequeno Rio não seja tão apressado, eu mandei o recado porque queria que você viesse falar comigo depois. E aquela vadia!? Está morta!?
— Para sua sorte, não, se tivesse não teríamos só um enterro hoje. Por que queria falar comigo!? Por que enviou um assassino!? E por que quer matar a garota!?
— Calma irei explicar, eu queria te passar o recado que seu pai pediu “Rio volte agora, já te dei muito tempo para brincar de humano normal”
— Então você também está envolvida com a organização e meu pai pediu para você trabalhar aqui para me vigiar.
“Aquele velhote do inferno, não posso viver tranquilamente com ele por perto.”
— Não meu querido, eu pedi ao seu pai pessoalmente que me desse a missão de te proteger.
— E por que você queria fazer isso!?
— Porque eu te amo, você nunca me notou, mas eu sempre te observava treinando, apesar de ser notável que não gostava de ser um assassino, quando você cortou e matou aquelas pessoas, o sangue em seu rosto e aquele seu olha-
— Já chega, pare de falar desse jeito esquisito. Por que mandou Killer nos atacar!?
— Inicialmente não planejava agir contra você, mas quando fiquei sabendo que tinha outra mulher envolvida eu pedi para que Killer a matasse, você não ficou bravo por isso né!?
— Escuta aqui, não irei fazer nada com você, mas a partir de agora você servirá a mim e me fornecerá informações sobre cada passo da organização.
— Você até pode ficar próxima de mim, mas se ousar me trai-
Judy segura a mão de Rio e olha em seus olhos.
— Desde que possa ficar ao seu lado, se quiser minha vida eu te darei.
— Isso é bom de ouvir, porque se você tentar ferir a Kira novamente. Com certeza cobrarei essa promessa.
Rio tira sua mão após falar o que queria e se afasta de Judy
— Rio, você na organização sempre pareceu ser frio com todo mundo, porque quer proteger essa garota!?
— Na organização nunca tive espaço para expressar emoções, como poderia expressar algo tendo que treinar e sofrer tortura para tornar meu corpo mais forte.
Judy abaixa a cabeça e esboça uma expressão triste.
— Eu sinto muito Rio, eu não sabia.
— Não importa agora, você já pode ir, se ficar sabendo de algo me avise.
— Tudo bem, se cuida pequeno Rio e caso não queira pode deixar que cuido.
— Vai embora logo.
“Ela com certeza é louca, mas não parece ser uma pessoa ruim, vou continuar a observar por enquanto, melhor não baixar a guarda muito cedo.”
— Melhor ir trabalhar já são 07:30.
Rio se arruma e logo parte para o trabalho.
— Rio!! seu pirralho de merda você está quase 1 hora atrasado, você não tem nenhum senso de responsabilidade.
— Desculpa gerente, eu tive alguns problemas pessoais.
— Pessoais!? Seu rosto está machucado, você se envolveu em uma briga!? Você é um vândalo por acaso.
Rio pega pela gola de seu gerente baixinho e gordo e olha no fundo dos seus olhos.
— Escute aqui seu gordo de merda, hoje não estou de bom humor, se ficar torrando a porra da minha paciência. Eu te mato.
Rio o solta e sai andando com um sorriso no rosto.
— Estou indo para o meu posto, tenha um bom dia gerente.
“Pensei que fosse apenas um garoto idiota, mas ele é um demônio, um demônio. Melhor ficar quieto e não mexer com ele, será que ele estava falando sério sobre me matar?”
— Olá seja bem vind-
— Judy, por que você está aqui!?
— Eu não tenho seu número como ia te falar alguma coisa, consegui uma nova informação.
— Vamos conversar no estacionamento.
— Gerente vou no estacionamento por um momento.
— Claro Rio, fique à vontade.
Rio saí do mercado e acompanha Judy até o estacionamento.
— Certo, o que conseguiu!?
— Eu fui retirada da minha missão de te proteger e seu pai enviou o esquadrão vermelho.
— Está falando de um daqueles 4 esquadrões!?
— Esse mesmo.
Há hierarquia da organização é bem complexa, os 4 esquadrões são a 3° maior força e existe os ranks dentro desses 4. Sendo eles Preto, Azul, Amarelo e Vermelho. O preto é o esquadrão mais forte e o vermelho o mais fraco.
Mesmo estando em último dos 4 o esquadrão possui 10 assassinos sendo 2 de rank A, 6 de rank B e 2 de rank C.
“Droga, isso é um grande problema, não tenho força para vencer todos eles sozinho”
— Sozinho é impossível eu vencer.
— Pequeno Rio, se quiser eu posso te ajudar.
— Você não parece muito forte, que rank na organização você é!?
— Eles me classificam como rank SS.
— Mesmo eu, nunca ouvi falar desse rank.
— Mas é claro que não ouviu, esse é um rank oculto que só pessoas de alta patente conhece.
— Qual é sua verdadeira identidade!?
— Isso você ainda não está preparado para saber, quando você ficar mais forte eu te conto.
Rio olhou um pouco insatisfeito com a resposta, mas decidiu deixar passar.
— O que você recomenda fazer!?
— Deixe-me mudar para a sua casa e poss-
— Nem pensar.
— Vamos lá pequeno Rio a gente vai dormir abraçadinhos.
— Cala a boca mulher.
Judy rir de como Rio ficou incomodado
— Mas Rio, eu só posso te proteger se estiver perto de você, se eles vierem a noite, vai ser impossível para eu saber, essa é a melhor solução.
Rio respira fundo
— Vou fazer isso só porque não quero voltar pra lá.
— Isso – diz comemorando
— E você não vai dormir comigo, você vai dormir no chão ao lado da minha cama.
— Você é tão mal Rio.
— Certo, certo. Aqui está a chave, esse é meu número vá e prepare as suas coisas, tenho que voltar ao trabalho.
As horas se passam e Rio concluí o trabalho, ao chegar em casa se depara com algo inesperado.
— Ah querido, já chegou!?
— O que está fazendo!? - diz com uma expressão séria.
— Estou fazendo o jantar, hoje vou fazer panqueca ao forno.
— Isso é realmente ótimo, estou ansioso por isso.
Rio para pôr um momento e fica encarando Judy
— Por que você está usando o meu moletom!?
— Hã!?
— Tire meu moletom ele é meu.
— Para com isso, é só um moletom, deixa de ser chorão.
— Esse é meu favorito, tira logo.
Rio a derruba no sofá e fica por cima dela.
— Tudo bem, pode tirar eu não vou mais resistir – diz ficando com o rosto vermelho.
— Pode parar de fazer essa cara, sua pervertida.
— Fique com o moletom depois compro outro. Vamos comer e dormir.
O jantar foi marcado com um silencio total, a única coisa que chamava a atenção era que Judy passou durante o jantar todo com uma expressão feliz. Após o jantar ambos foram para quarto, Rio ficou na cama e Judy estava deitada no chão.
— Ei Rio, está tão frio, ficar aqui é muito solitário, vamos dormir de conchinha!?
— Você quer que eu te expulse daqui!?
— É brincadeira.
Em um breve momento de reflexão.
— Rio, obrigado.
— Pelo o que!?
— Senão fosse por você, eu teria jantando sozinha na minha casa de novo.
— Não foi nada.
Para Rio aquilo não foi nada demais, mas para Judy uma garota que foi abandonada em um orfanato e cresceu na vida que cresceu, poder dividir o tempo com quem ela realmente gosta foi tudo. E era algo que ela faria de tudo para proteger, oferecendo até mesmo a vida, para que momentos como esse ainda se repetisse muitas vezes.
O valor de algo só vem a ser reconhecido quando você nunca teve ou quando você perde.
“Não se preocupe meu pequeno Rio, não vou deixar ninguém te machucar. Nunca.”
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Atualizado até capítulo 40
Comments
Iara Drimel
Essa Judy deve ser uma doida kkkkk. aceitar tudo isso só para ficar ao lado do Rio? E esse Rio deve ser muito bom mesmo? Bom em tudo kkkkkk
2023-03-15
2
Paty Barros
eita! Rio cadê o cavalheirismo deixando a mulher dormir no chão.francamente, pensei que chegando em casa vc mudaria de ideia
2023-03-11
1
Diego
o Rio é perfeito🤌🏻❤
2023-01-04
2