Capítulo 5

Tereza entra no closet e pega uma roupa de dormir provocante. Ela cora ao se imaginar usando isso, Tereza não se vê vestindo roupas que revelem seu corpo, por conta de seu tipo físico. Tereza sai do closet e entra no banheiro, ela tira sua roupa e se olha no espelho.

— Eu tenho vergonha até de me olhar e ver essas banhas...— Pensa Tereza com as sobrancelhas franzidas.

Tereza vai até à banheira que já a esperava cheia. Tereza entra e se cobre com as espumas, sim ela está tocando em seus seios que são grandes demais por conta do seu peso. Tereza se entristece ao tocar em suas gordurinhas, ela mergulha e volta a superfície com os cabelos molhados. No andar de baixo, Chevalier chega e é recebido pela mesma empregada que cochichou sobre Tereza.

—Senhor, bem vindo! Chegou cedo, quer que eu mande o cozinheiro colocar no jantar? —

Chevalier tira o casaco e entrega para ela.

— Não há necessidade, Lina. Onde está Tereza?—

Lina morde os lábios.

— A gord---- digo, a mulher que veio com Alexandre? Ela subiu para o quarto que o senhor mandou arrumarmos. —

Chevalier olha para a escada e a sobe deixando Lina sozinha. Lina escurece o rosto e Chevalier bate na porta do quarto, ele entra guiado por sua bengala e ouve uma canção.

— One kiss is all it takes. Fallin' in love with me. Possibilities

I look like all you need…—

Tereza está cantarolando sua música preferida. Chevalier sorri levemente ao ouvir a bela voz de Tereza e ele segue o som até a porta do banheiro que estava destrancada. Chevalier bate na porta mas Tereza não responde. Ele a abre silenciosamente sente a fumaça da água quente. Tereza está de costas para a porta, ela está lavando seu cabelo. Chevalier se aproxima e sua sombra assusta Tereza que olha rapidamente para trás. Tereza afunda na água na intenção de esconder seus seios.

— Atrapalho? —

Chevalier pergunta mesmo sabendo que Tereza estava tomando banho. Tereza está muito corada enquanto ouve ele falar.

— *Pensamento* Calma, Tereza. Ele não pode te ver, ele não te enxerga. — Pensa Tereza.

Chevalier sorri e começa a falar.

— Ah, não estou atrapalhando? — Pergunta Chevalier.

Tereza levanta uma sobrancelha ao notar o sorriso perverso de Chevalier.

Ele fecha a porta e tira a gravata, Tereza cora ao perceber ele tirando suas roupas.

— O-o que você está fazendo, Fernando?!—

Chevalier responde enquanto tira sua camisa revelando um tanquinho e belos bustos.

— Eu vou me juntar a você no banho.—

Tereza se desespera ao ouvir. Ela recua e acaba falando sem pensar.

— M-mas você não pode me ver! Como...—

Chevalier sorri e se aproxima da banheira.

— Eu não posso te ver, mas você pode me ver. Além disso, eu adoraria sentir cada parte do seu corpo, mesmo sem enxergá-lo. —

Tereza cora e pega um sabonete e o joga em Chevalier.

— Seu tarado! Saia! —

Chevalier é expulso do banheiro por jatos de água vindos de Tereza. Chevalier sorri quando é expulso, Tereza tranca a porta do banheiro deixando Chevalier no quarto. Chevalier coloca a camisa de volta e tira os sapatos encharcados.

— *Cochicho* ela é fofa~—

Ele vai até a cama de Tereza e se senta. Ele franze a testa e escurece o rosto.

— Pela primeira vez eu quis enxergar. — Pensa Chevalier.

Chevalier se deita e depois de um tempo Tereza sai do banheiro enrolada em uma toalha. Ela vê Chevalier na cama e vai para o closet, Chevalier ouve passos e percebe que alguém entrou no closet. Ele logo deduz que era Tereza e se levanta e fica em frente a porta do closet.

— Qual roupa você vestirá?—

Tereza pula de susto ao ouvir Chevalier.

— Não sei ainda...—

Chevalier coça a garganta e cora um pouco.

— Vista algo para dormir...—

Chevalier sai do quarto e deixa Tereza no closet. Tereza ia vestir um vestido, mas escolheu um pijama. Tereza sai do closet e olha em volta e não vê Chevalier. Tereza vai até o corredor e vê uma empregada.

— Boa noite, Senhora. Quer que eu sirva o seu jantar? —

— Boa noite... não obrigada. Onde está o Fernando?— Fala Tereza.

— O Sr.Fernando? Ele acabou de entrar em seu quarto

Aquele no final do corredor a esquerda. —

Tereza agradece e vai até lá. Tereza bate na porta e ninguém responde, ela junta forças e entra. O quarto dele era tingido à cores escuras e os móveis eram de madeira escura. Tereza vai até uma estante e vê uma moldura de fotografia virado para baixo. Tereza o pega e vê uma mulher ao lado de um homem e uma criança no meio deles. Tereza olha bem para a criança e ela se parece com Chevalier. Tereza deduz que são os pais dele. Tereza se assusta e coloca a moldura no lugar ao ver Chevalier saindo do banheiro. Tereza cora ao ver o corpo de Chevalier escondido apenas por uma toalha. Chevalier percebe a presença de alguém e escurece o rosto e pergunta em um tom hostil.

— Quem está aí?—

Tereza responde enquanto tenta não encarar o corpo de Chevalier.

— Sou eu...—

Chevalier sorri.

— Ah, Tereza. O que está fazendo aqui?—

— O jantar está pronto...—

Chevalier solta um sorriso perverso e se aproxima de Tereza.

—Você está com fome?—

Tereza recua..

— E-estou... —

Chevalier para.

— Fome de comida? —

Ao ouvir isso Tereza fica vermelha. Chevalier sorri ao perceber o desespero de Tereza.

— O que você quer dizer com isso...? —

Chevalier pega na toalha a ameaça puxá-la.

— O que você acha? —

Tereza cora terrivelmente e olha desesperadamente para a porta. Tereza corre para a porta e sai correndo do quarto. Chevalier ri ao ouvir os passos de Tereza e a batida da porta.

— Ela é tão fofa.—

Chevalier começa a se vestir e Tereza vai até à sala de jantar. Ela olha em volta da mesa e não vê nada. Deduz ela que estão esperando o Chevalier. Depois de alguns minutos ele chega e se senta, as empregadas começam a servir o jantar. Supostamente, Lina estava servindo Tereza e coloca em seu prato várias folhas e verduras. Tereza franze a testa ao notar alface.

— Eu...—

Antes que Tereza pudesse terminar a frase, Lina a interrompe.

— Você não quer? Lamento em te dizer, mas para perder peso é obrigatório comer folhas. —

Tereza fica desconfortável com o comentário de Lina. Lina não prestou atenção, mas Chevalier estava ouvindo o que ela dizia. Chevalier franze as sobrancelhas e escurece o rosto.

— Quem te disse que ela precisa perder peso? —

Chevalier fala em um tom hostil fazendo Lina gaguejar.

— E-eu apenas pensei que...—

Chevalier coloca a taça de vinho na mesa bruscamente.

— Você não é paga para palpitar sobre a vida de seus senhores. E ela é superior a vocês, como ousa tratá-la como igual? Ela é sua senhora. —

Lina está segurando o choro enquanto está com o rosto vermelho.

— Perdão...—

— Levem ela. Não quero ouvir sua voz. E eu não quero ouvir vocês falarem desse assunto, estão ouvindo?!—

Todas as empregada se retiram apressadamente e Tereza está chocada. Por causa dela Lina foi repreendida. Chevalier sorri para Tereza.

— Pode comer o que quiser. Venha, coloque o que você não gosta do seu prato no meu. —

Tereza obedece e coloca o alface e algumas verduras no prato de Chevalier. Ela está um tanto desconfiada, ele é um amor com ela, mas com os outros ele é um demônio. A sobremesa chega e é colocado um sorvete de morando para Tereza e um de chocolate para Chevalier. As empregadas se retiram. Tereza experimenta o dela e olha de fininho para o de Chevalier. Como num passo de mágica, Chevalier oferece um pouco de seu sorvete intacto para Tereza.

—Você quer um pouco do meu? Eu não experimentei ainda, não tem saliva nem nada.—

Tereza concorda e ele pega uma colher e a enche com sorvete e direciona para Tereza, ela se aproxima e a morde.

— Amo chocolate!— Fala Tereza com o sorvete na boca.

Chevalier sorri as sobrancelhas.

— Quer trocar? — Propôs Chevalier.

Tereza olha para o seu e vê que ele estava acabando, já era o restinho.

—Ah, não. O meu já está acabando....—

Chevalier pega o sorvete de Tereza e coloca o dele no lugar.

— Eu não ligo. —

Chevalier come o resto de Tereza o que a faz corar, ela começa a tomar o sorvete de chocolate e percebe que Chevalier estava observando ela mesmo que não enxergasse. Tereza fica constrangida e acaba falando com a boca cheia de sorvete.

—O que foi...? —

Chevalier pega impulso na cadeira e se aproxima de Tereza.

— Está sujo.—

Chevalier toca no rosto de Tereza e aproxima o seu rosto do de Tereza. Ele usa o pretesto de 'está sujo' para beijar Tereza. Ele a beija e o sorvete da boca de Tereza foi um pouco para a dele. Tereza se arrepia e se afasta rapidamente dele e fica desesperada ao notar Chevalier engolindo o sorvete.

— V-você não acha isso nojento....?—

Chevalier lambe os lábios.

— Acho. Mas tudo fica mais gostoso quando você prova. —

Tereza faz bico e se senta afastada de Chevalier. Uma empregada estava bisbilhotando Chevalier e Tereza, ela está pasma.

— *Pensamento* O Senhor nunca permitiria que alguém comesse o que é seu. E muito menos comeria as sobras de alguém..... — Pensa a empregada.

Depois do jantar Tereza sobe as escadas para o seu quarto. Quando Tereza estava a ponto de fechar sua porta, uma bengala trava a porta. Tereza se choca ao ver Chevalier entristecido. Chevalier está com as sobrancelhas franzidas e um bico.

— P-posso dormir com você..?— Pergunta Chevalier num tom baixinho..

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