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Os dois chegam na aldeia ainda eufóricos, olhando para trás só pra ter certeza, de que os seguranças de Khalil, não conseguiram alcança-los.
Os olhos de Tomás percorrem por todos os lados, admirando o lugar aonde os mesmo pararam, seus olhos azuis avistam, uma bela morena e automaticamente, seu lado paquerador é ativado!
Ele deixa Khalil sozinho com a moto, e vai na direção da moça a seguindo até se afastar por completo de Khalil.
_ Tomás... Tomás... Hou, vai me deixar aqui sozinho? Khalil fica a lhe chamar.
Acontecia um pequeno evento anual na aldeia, o que eles chamam de Dia da amizade. É tradição da Aldeia! Além de trocas de presentes que acontecem nas casas, todos reúnem a família para uma pequena festa ao cair da noite.
_ Beleza... Que belo amigo eu fui arrumar, o imbecil foi só vê um rostinho bonito, pra me largar aqui sozinho. E agora o que vou fazer? Pra onde eu vou se eu não conheço nada aqui? Ou em lugar algum graças a minha querida mãe.
Khalil chega no centro da Aldeia e vê a agitação, crianças correndo por toda parte, pessoas conversando sorrindo e colocando enfeites por toda parte.
Barracas eram armadas, dava para perceber que um tipo de show ia acontecer.
Khalil sobe na moto e gira a chave, tentando lembrar da rápida aula que Tomás lhe deu enquanto pilotava.
_ Era só o que me faltava, agora essa coisa decide parar de vez.
***
Em seu quarto Elih se arrumava para sair. Ela traja uma causa jeans preta, com uma blusinha de alça branca, um sobre tudo vermelho, botas de cano longos preta e saltos finos. Elih sempre usava seus cabelos soltos!!
_ Filha, tá fazendo o que?
Pergunta Dana a mãe de Elih ao entrar no quarto. Uma mulher de 57 anos de idade, cabelos pretos, olhos pretos e pele branca.
_ Mãe, eu tenho que ir em Toscana ainda hoje. Preciso comprar umas coisas que só encontro por lá.
Diz Elih jogando dinheiro em sua bolsa e pegando o celular.
_ Filha só não demora por favor. Sabe que eu não gosto quando você vai para a cidade! Tudo lá cheira a Samantha Gibran.
_ Eu não vou demorar mãe não se preocupe.
Ela diz saindo depois de dar um beijo no rosto de sua mãe! Antes mesmo de chegar na porta, ela solta a maçaneta olha para trás e pergunta:
_ Eu não entendo porque tanto medo daquela mulher. Não é só porque ela pretende destruir a Aldeia, tem algo mais! Mãe não acha que eu já tenho idade suficiente para saber lhe lidar com qualquer Realidade?
_ Você é a única que sabe lhe lidar com a realidade nessa Aldeia minha filha. Quem não está pronta para falar sobre isso sou eu!
_ Tudo bem saberei esperar. Eu te amo.
_ Eu te amo filha.
Elih se mete no meio de toda aquela gente que arrumava a Aldeia. Por ser alguém muito querida e conhecida por todos, ela houve várias vozes de todos os tipos de sons, crianças, jovens e adultos que chamavam por seu nome, e acenam para ela.
Elih pega o seu celular na bolsa e caminha com os olhos fixos nele, quando ela esbarra em alguém que dava em cima de uma morena.
_ Hou... Você não deveria digitar enquanto anda.
Diz o rapaz loiro e de olhos azuis.
_ E você deveria atualizar as suas cantadas.
Diz Elih sem tirar os olhos da tela do celular.
_ Elih, com um rostinho desses e um par de olhos Azuis, ele nem precisa falar.
Diz a morena que como todos da aldeia, também a conhece.
_ Miranda, você não deveria perder seu tempo com gente como ele.
Diz Elih sem tirar os olhos do aparelho.
_ Ah, você tá aí!!
Diz Khalil se aproximando deles. A voz de Kha chama atenção de Elih.
_ Cara aonde você se meteu?
Pergunta Tomás
_ Aonde eu me meti? Foi você quem sumiu e me deixou com a sua "moto". Você sabe que... Khalil para de falar percebendo que a sua voz, conseguiu tirar os olhos de Elih da tela de seu Smartphone.
_ Vocês quem são? Eu nunca os vi por aqui? Pergunta Elih curiosa.
_ Tom...
Tomás ia se apresentar, quando Khalil o interrompe.
_ Eu sou Tomás!
Diz Khalil mentindo fazendo o seu amigo o encarar!
_ E você não tem nome por acaso?
Pergunta Elih olhando o amigo de Khalil.
_ Ah, se ele é o Tomás eu sou... Khalil?
Diz Tomás confuso.
_ Você por acaso está me perguntando o seu nome? Espera... Você é o Khalil Gibran?
_ É!! Eu acho, mas porque?
Ele perguntou.
A garota serra os punhos e coloca toda a sua força no mesmo. Levando seu punho serrado até o belo rosto de Tomás, e lhe dar um soco certeiro que faz sua boca sangrar na hora.
_ Por isso imbecil!
Tomás coloca a mão na boca e percebe o sangue que sai. Khalil arregala os olhos e tenta entender o que aconteceu.
_ Porque você fez isso garota?
Pergunta Tomás.
_ Aqui as 2:00hrs da tarde, eu e você, teremos um encontro.
_ Um encontro?
_ Acerto de contas! E quando chegar em sua casa, diga a sua mãe e ao seu pai, que eu mandei um recado.
_ Qual?
_ Esse aí na sua boca. E quer saber? Você não é isso tudo!
Elih diz saindo.
_ O que? Tomás passa a mão na boca sem tirar os olhos de Elih. E Khalil cai na gargalhada soltando todo riso que estava preso.
_ Ela é... Doida!! Vai rindo vai... Porque você mentiu Khalil? Eu levei um soco bem na cara por sua causa.
_ Desculpas Tomás mas... Porque você disse que se chamava Khalil? Era só mentir também! O meu pai já tinha me dito que as pessoas não vão muito com a minha cara, por causa das maldades da senhora minha mãe.
_ Ah, obrigado por avisar!!
_ Deixa de ser mole e para de chorar feito Maricá. Agora fica aí, eu vou atrás da moça que te bateu.
_ Tá doido? Aquela menina não é normal não, o murro dela tirou sangue de mim. E, tá doendo pra caramba você não faz ideia!
_ É só uma mulher Tomás. Eu aposto que nem foi tão forte assim!! Fica aí que já volto.
_ Porque não foi em você e era pra ter sido!
Au... Ele geme ao tocar novamente no machucado da boca.
Khalil, foi atrás de Elih que ainda digitava em seu celular. Ele consegue vê a garota andar totalmente distraída, e a segue.
Percebendo que Elih entrou em uma rua deserta, ele vê dois homens estranhos seguir a garota. Que não percebeu está sendo seguida!
Khalil, corre pela rua de baixo e passa por ela. Que permanecia com os olhos enfiados na tela até sentir o cheiro dele.
_ Já percebeu aonde entrou?
Khalil diz baixinho parando ao seu lado.
Automaticamente a garota para e com os pés fincados no chão, ela parece um robô atenta a qualquer movimento. Khalil para bem enfrente a garota vendo como ela ficou séria. Elih ainda com o celular na mão fixa os olhos nos de Khalil.
_Você tá me seguindo?
Elih Pergunta ao rapaz.
Os dois homens se aproximam deles e dizem:
_ Você não deveria ter se metido Mauricinho. E você, deveria prestar mais atenção por aonde anda mocinha. O homem cheio de tatuagens fala perto deles!
Khalil faz uma cara feia.
_ E você deveria ter ouvido a sua mãe, quando ela te mandava escovar os dentes.
Diz Elih completamente sem paciência, ao homem cheio de tatuagens.
_Para trás, eu não vou permitir que machuquem a moça. Antes terão de passar por mim!
Diz Khalil apontando para os homens, e tentando proteger Elih atrás de si.
Os dois homens eram fortes cada um dava dois de Khalil. Cheios de tatuagens e piercings! Eles Começam a rir de Khalil olhando um para outro. Elih toca o, ombro de Khalil com o dedo e diz:
_ Eu agradeço a preocupação, mais neste caso quem precisa de proteção aqui, é você.
Ela diz sorrindo de lado e dando de ombros.
_ Tá achando que pode conosco garotinha? Perguntam os dois assaltantes.
_ Protesto ela é só uma garota não se bate em mulher.
Diz Khalil.
_ Pró... Pró... O que?
Perguntam os dois homens.
_ Protesto, não sabem o que é?
_ Olha, eu tenho coisas para fazer antes da festa, então vão embora. Vocês não respeitam o dia da amizade não é?
_ Quem liga pra essa tradição ridícula. Agora eu quero saber você vai responder ou não mocinha? Acha que pode conosco?.
Elih, revira os olhos e guarda o celular no bolso da sua calça jeans. E em posição de ataque ela os chamam com as mãos.
_ Vem descobrir.
_ Nós vamos morrer!! Khalil sussurra! Tá fazendo o que sua doida? Uma coisa é você dar um soco num rapaz, que você sabe que não vai reagir, outra coisa bem diferente é você chamar dois brutamontes para brigar.
_ O seu amigo mereceu, além de ser o Khalil Gibran, você ouviu as cantadas dele? Agora chega de conversa, no meu sinal você abaixa.
Ela ordena a Khalil que estava de costas para ela.
Os dois homens se aproximam deles, com as mãos fechadas para soca-los bem no rosto. No sinal de Elih eles se abaixam, fazendo os dois homens se socar e baterem contra a parede.
Khalil se afasta enquanto Elih aproveita a situação para dar uma bela surra nos dois homens. Com um golpe Elih chuta o saco de um deles com seu joelho, e chuta o saco do outro com o salto de sua bota. Vulneráveis pela dor, ela empurra a cabeça de um contra outro. Os fazendo ficarem tontos, e assim que eles se recompõe logo saem correndo.
Arrumando os seus cabelos, Elih diz:
Isso é para que aprendam como tratar uma dama. E respeitarem o dia da amizade!
Khalil perplexo observa Elih, surpreso por achar que ela precisava de ajuda, e no entanto ela foi quem pôs os dois brutamontes para correr. Ele aponta com o dedo para os dois homens que corriam ladeira a baixo e olha a moça se perguntando como?
_ Você... Não vai fazer isso aí com o pobre do Khalil não, vai? Pergunta o próprio com a voz fina, andando atrás dela.
_ Não... Com ele eu farei pior!!
Ela afirma saindo.
_ Espera...
_ O que é?
_ Porque você odeia tanto o filho do prefeito?
_ Porque? Você é amiguinho dele não é?
_ Eu? É... Eu posso ser amigo dele.
Kha, diz em pausas.
_ Os Gibran não são confiáveis! Eu odeio qualquer um que tenha contato com eles.
_ Mas porque?
_ É sério que você está me perguntando isso? Por acaso você não sabe o que a primeira dama fez em Ercor?
_ Aquele bairro novo que batizaram de Ercor, por causa do imenso arco na entrada?
_ Não existe mais nem o arco pra contar a história. A primeira Dama, destruiu tudo e ela nem se quer recompensou aquela gente, ela os deixou na rua.
_ Ela não fez isso! A minha... A primeira dama disse que deu casas muito melhores que aquelas. Ela também disse que tirou as pessoas de, lá porque o local era de risco pra sobrevivência deles!
_ Ela disse isso a quem? Ao filho dela? Ah, me poupe vai me dizer que ele não sabia disso?
_ Não... Ele realmente não sabia.
_ Khalil Gibran é farinha do mesmo saco que a mãe dele. Eu odeio todos eles, e se eu pudesse colocaria uma bomba bem de baixo do travesseiro dela.
_ Nossa... Quanto ódio. Khalil não é assim!!
_ Por acaso o sangue de Samantha e Ernesto Gibran, não correm em suas veias?
A garota pergunta se aproximando dele.
_ Bom... Sim más...
_ Então ele é assim!! E diga ao seu amigo pra ele desistir de derrubar a nossa Aldeia, ou então eu darei um jeito de acabar com ele e com toda a sua raça.
_ O que? Tá dizendo que a Samantha, tá pensando em derrubar a Aldeia também?
_ Quer parar com esse teatrinho? Só avisa ao seu amigo que se a mãe dele ousar a tocar neste lugar eu...
_ Não... Isso tá errado. Quem disse que foi o Khalil que pediu para derrubar a, Aldeia?
_ Eu não sei e não me importo!! Você quer saber o que foi que a primeira Dama construiu no terreno de Ercor?
_ O que?
_ Lojas de grifes com a sua logomarca. É bom você aconselhar o seu amiguinho a não aparecer aqui as duas da tarde, já viu do que eu sou capaz.
_ Eu não conhecia o bairro de Ercor mas... O Kha descrevia o lugar para mim! As pessoas de, lá eram felizes com o pouco que tinha.
_ Pois é, a primeira dama transformou aquela alegria em dor. Deixou famílias desabrigadas!!
Elih poderia perceber lágrimas nos olhos de Khalil, que ela pensa ser Tomás. Mais porque ele se importaria?
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Khalil POV
Pensar que toda a minha vida tem sido uma verdadeira mentira.
A minha mãe mentiu para mim todos esses anos, ela disse que Ercor estava interditada e que as pessoas que viviam lá corriam risco de vida. Era tudo mentira!
Agora ela inventa um noivado com a Sheila Smith, a filha de um poderoso cirurgião.
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