Capítulo 9

Graziela

Após a entrada dos gringos aqui no hotel, não vi mais aquele homem lindo... O Adrian!

Confesso que o nome dele, ficou gravado nos meus pensamentos, de vez em quando me pego lembrando daquele rosto tão lindo.

Gostei muito de conhecer a Beatriz, ela é muito divertida... sinto que seremos grandes amigas. Letícia e Fernanda, ficaram curiosas para conhecê-la. Hoje ela nos convidou, para irmos numa boate. Estamos muito animadas, afinal é uma boate bem badalada aqui do Rio de Janeiro. Nunca tivemos a oportunidade de frequentar, por ser bem cara as entradas, imagina as bebidas. Só para quem tem dinheiro mesmo.

Acordei, fiz as minhas higienes pessoais, me arrumei, arrumei uma mochila com as roupas que Beatriz me deu, e fui preparar o café, logo as meninas foram chegando. Após o café, terminamos de nos arrumar e fomos para o trabalho.

(imagem retirada da internet)

Perto do hotel, me despedi de Nicole e fui para o hotel. Chegando na porta, alguém saiu rápido da porta giratória, no susto dei um passo para trás, o chão estava molhado e acabei-me desequilibrando. Estava quase sentindo a dor da queda, quando senti mãos quentes envolvendo a minha cintura, num contato direto com a minha pele. Imediatamente senti uma descarga elétrica, percorrer todo o meu corpo, com aquele simples toque. Ao olhar para a pessoa, era ele... O Adrian. Nossos olhares, se encontraram, nossos rostos estavam tão próximos, que pude sentir a respiração dele descompassada, assim como a minha.

Adrian: Está bem? -disse desviando o olhar e me ajudou a ficar de pé.

Graziela: Sim! Obrigado! -disse tentando me recompor.

Ele estava usando um terno, que meu pai, fez eu perder o fôlego... E o cheiro desse homem, nem se fala.

Adrian: Me desculpe, foi minha culpa saí apressado e não te vi!

Graziela: Tudo bem, estou acostumada a não me verem mesmo! — disse, e foi aí que notei haver falado demais.

Adrian: Duvido muito! Uma garota tão linda como você! — disse e o meu rosto queimou. — Tenho que ir, e mais uma vez me desculpe! Tenha, um bom dia! — disse e foi em direção a um carro que o aguardava do outro lado da rua.

Antes de entrar, olhou-me fixamente. Fiquei paralisada o olhando.

💭💭... Mais que merda, ainda estou fazendo aqui! — pensei.💭💭

Rapidamente entrei no hotel, fui me trocar e fui para o meu posto. O dono do hotel estava conversando com o gerente, não sei porque, mas esse homem me traz uma sensação diferente.

Estava distraída presa em meus devaneios, quando senti alguém cobrir os meus olhos com as mãos.

Beatriz: Adivinha, quem é?

Graziela: Deixa eu pensar! -disse tocando em suas mãos, fingindo não saber. -Pelas mãos ásperas suponho que seja...

Beatriz: Eí! -disse afastando-se. -Minhas mãos são macias como pluma! -disse divertida.

Me abraçou desejando bom dia, todos ficaram olhando inclusive o dono do hotel e Caroline.

Beatriz: Nosso programa para hoje a noite está de pé?!

Graziela: Sim! Minhas outras amigas querem muito te conhecer!

Beatriz: Você trabalha amanhã?

Graziela: Sim! Por quê?

Beatriz: Amanhã é sábado, e não quero ficar aqui sozinha! Meu irmão vai trabalhar!

Graziela: Geralmente a Nicole e a Fernanda não trabalham, se quiser elas podem te fazer companhia!

Beatriz: Posso passar o fim de semana na sua casa?

Graziela: Be, não acho boa ideia! Esqueceu onde eu moro?!

Caroline: Se quiser companhia posso sair com você, amanhã não trabalho! Melhor do que passar o seu final de semana numa favela, com traficantes e favelados!

Beatriz a fitou com o olhar e respondeu.

Beatriz: Desculpe, mas quem é você? E quem te perguntou alguma coisa?

Caroline, ficou sem graça, pediu desculpas e voltou a fazer o seu trabalho.

Beatriz: Por favor, Grazi!

Graziela: Vamos fazer o seguinte! Vou conversar com as meninas, amanhã trabalho até a hora do almoço, se quiser vamos pra lá juntas!

Beatriz: Ótimo! Por mim tudo bem! Agora vou tomar café.

Nos despedimos e ela foi em direção ao restaurante, cumprimentou o dono e foi para o restaurante.

Caroline: Fazendo amizade com os hóspedes, o chefe não vai gostar nada, nada! — disse com sarcasmo.

Revirei os olhos e voltei ao trabalho..., na verdade, estava na frente do computador, mas hora ou outra vinha Adrian nos meus pensamentos.

💭... O que está pensando Graziela?! Esse homem nunca olharia para você! — pensei.💭

Sai dos meus devaneios com o dono do hotel, me cumprimentando.

Carter: Bom dia, senhoritas!

Graziela/ Caroline: Bom dia!

Caroline: Precisa de algo, senhor?

Carter: Senhorita Graziela, aqui está o seu contrato! -disse a entregar-me umas folhas e ignorando completamente a presença de Caroline. — Pode ler com tranquilidade, assim que assinar leve até a minha sala.

Graziela: Obrigada, senhor!

Assim que ele saiu, li todo o contrato e assinei feliz da vida. Levei até a sua sala e voltei ao trabalho.

Caroline: Pelo visto o dono do hotel, gostou de você! Ele nunca fala com ninguém e...

Graziela: Vê se me erra, Caroline! Tem um veneninho, escorrendo aí da sua boca! — disse e voltei ao trabalho.

...ΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩΩ...

Adrian

Ontem o dia foi exaustivo, no final das entrevistas, já estávamos desanimados, de que não conseguiríamos encontrar pessoas de caráter e confiáveis. Mas fomos surpreendidos, por duas garotas muito bonitas, que com toda certeza, conquistaram o lugar delas com louvor.

Desde que chegamos aqui, estou focado no trabalho, para não ter que ficar pensando naquela recepcionista gata..., mas confesso que foi sem sucesso. Não entendo, como que ver uma pessoa uma vez só, pode estar me afetando tanto. Ontem eu não a vi, saímos bem cedo e voltamos bem tarde, mas como eu desejei muito ver ela... aquele olhar, aquele sorriso tímido. Só de pensar, meu coração acelera.

Como estávamos exaustos, fomos trabalhar um pouco mais tarde, hoje. Gael me esperava no carro com o motorista, pois precisei voltar para pegar alguns documentos. Saí apressado e não vi que a bela recepcionista estava para entrar, preocupado em que ela pudesse se machucar, num só movimento, segurei a sua cintura para que não caísse. No exato momento, que a minha mão tocou a sua cintura, e senti o calor da sua pele... fiquei em êxtase, com a descarga elétrica, que percorreu o meu corpo. Não consegui, desviar o meu olhar do dela, tive uma vontade surreal de beijar aquela boca carnuda.

O mais estranho, é a vontade que surgiu dentro de mim de cuidar dela, protegê-la..., notei que no seu olhar, ela carrega uma tristeza e com toda a certeza, queria ser o motivo de sua alegria.

Rapidamente me afastei dela. Fui para o carro, mas acredito que ela tenha sentido o mesmo que eu... antes de entrar no carro, fiquei um tempo a olhando. Não entendo, o que esta acontecendo.

Fomos para a empresa, no caminho Gael percebeu o meu silêncio.

Gael: Fala de uma vez o que está acontecendo, Adrian! -disse impaciente.

Adrian: Não está acontecendo nada!

Gael: Cara, qual é?! Somos amigos... irmãos! Confia em mim!

Adrian: Não posso te falar algo, que nem eu sei!

Gael: Essa garota da recepção... está mexendo com o coração do grande CEO, Adrian Smith?!

Adrian: Sempre fui completamente apaixonado, pela Jennifer! E agora essa garota aparece, e mexe comigo, de um jeito surreal! Agora mesmo tive uma vontade surreal de beija-lá... quase não me controlei!

Gael: Por que não tenta ficar com ela... pelo menos vai conseguir entender o que está sentindo!

Adrian: Não posso trair a Jennifer! Seria muita sacanagem!

Gael: Pede um tempo... só não pode ir embora, e deixar o que está sentindo de lado! Cara, já te falei isso e vou falar de novo a Jennifer te mete o maior chifre... ela já deu em cima de mim e do Jacob, mas está tão cego pela beleza dela, que acredita que ela é perfeita!

Adrian: Preciso pensar, Gael! Preciso sair... refrescar um pouco a cabeça e beber!

Gael: Ótimo, vamos a uma balada muito badalada aqui do Rio de Janeiro, Beatriz quer muito ir lá!

Adrian: Fechado!

Fomos para a empresa, o dia será exaustivo. Vamos contratar mais alguns funcionários, e sei que essa confusão na minha cabeça, só vai deixar o dia ainda mais tenso.

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