Capítulo 8

Narradora...

Elas arrumaram-se...

(imagem retirada da internet)

Estavam indo para um barzinho fora da comunidade, quando encontraram com Alemão e Leke no início do morro.

Leke: Estão indo onde, gatas? Desse jeito matam o papai aqui!

Letícia: Estamos indo num barzinho, comemorar o nosso novo emprego!

Alemão: E por qual razão, não podem comemorar aqui? -perguntou visivelmente irritado, olhando Fernanda de cima a baixo.

Graziela: Porque, queremos ir num lugar diferente!

Fernanda: Vamos meninas, não devemos satisfação da nossa vida para ninguém! -disse saindo, mas Alemão a puxou pelo braço com força. — Me solta!

Ele a levou para longe das garotas, entrando numa rua escura e a encostou na parede.

Alemão: É minha entendeu, olhos de mel! Só minha, e me deve satisfação sim! — sussurrou perto de sua boca, a fazendo temer muito.

Fernanda: Desde quando eu passei a ser sua?

Alemão: Quer que eu te relembre daquela noite?

Fernanda: Eu tenho nojo de você! Nojo entendeu?! Destrui a minha vida, acabou com todos os meus sonhos naquela noite!

Alemão: A culpa foi sua! Sabia que eu te queria muito, queria que fosse a minha primeira dama, mas, você rejeitou-me perto de todos... eu acabei bebendo demais, e fiz besteira!

Fernanda: Fica longe de mim!

Alemão: Nunca! Eu nunca ficarei longe, será minha uma hora ou outra... logo vai perceber, que sou o melhor para você!

Fernanda: Eu te odeio!

Alemão: Escuta bem o que vou te falar, se eu souber que ficou com qualquer outro homem, que não seja eu, mato o filho da puta! Tá ligada?! -disse apontando o dedo para a cara dela.

Fernanda: Nunca vou ficar com nenhum outro homem... por sua culpa! Porque destruiu qualquer tipo de confiança que eu pudesse ter!

Alemão: Tá avisada! -disse e saiu.

Fernanda desferiu um chute na parede, para aliviar um pouco da tensão que estava sentindo. Foi com as suas amigas.

Letícia: Está tudo bem, Fer?

Fernanda: Está sim! Vamos logo!

Pegaram um táxi e foram para um barzinho. Ao chegarem estava lotado, tocando samba. Elas foram direto para a pista. Dançaram muito... Letícia, sentiu que alguém a observava, olhou para os lados, mas não reconheceu ninguém.

Fernanda: Estou com sede, vamos beber algo?

Letícia: Vamos, também estou!

Elas sentaram-se numa mesa, e o garçon veio anotar os seus pedidos.

Graziela: Quero um suco de laranja natural!

Fernanda: Eu também!

Nicole: Quero uma cerveja!

Letícia: Quero uma caipirinha e traz duas porções de frios!

Ficaram conversando, e dançando sentadas mesmo, até o garçon trazer as suas bebidas. Assim que chegou as serviu, deixando Letícia por último. Ao entregar o seu copo, não era o que ela havia pedido.

Letícia: Desculpe, mas eu não pedi isso!

Garçon: É martini! Aqui! -disse a entregar um bilhete a ela.

"Essa é a minha bebida preferida, espero que goste... é o meu pedido de desculpas, por derrubar café numa garota tão linda... Ah! E por sinal, está ainda mais linda do que eu me lembrava"

Letícia sorriu de canto, e olhou a procura dele, olhou para o bar e o viu.

Henry, estava no bar com alguns colegas de trabalho, assim que viu Letícia e suas amigas chegarem, não tirou os olhos dela. Enquanto ela dançava, analisou cada movimento que o seu corpo fazia. Não conseguia desviar o olhar dela. Assim que o olhar dos dois se encontraram, ele assentiu com a cabeça e ela sorriu.

Graziela: Está de olho no policial, Lê?

Fernanda: Está mais que de olho! Já falei para ela sair dessa que é fria, mas não me escuta!

Nicole: Então aquela camiseta é dele?

Letícia: Aí meninas! Por favor, logo vamos embora do Brasil, deixa eu curtir um pouco.

Fernanda: A questão é que sabe muito bem, que se ele investigar a garota que está de olho... pode descobrir que...

Graziela: Meninas! Vamos esquecer isso, deixa a Letícia! Se formos ficar a vida toda, presa, no passado, nunca vamos ter ninguém!

Nicole: Tem razão, e somos irmãs! Devemos apoiar umas as outras! A Grazi, tem razão! Precisamos voltar a viver! Vai!

Letícia: Oi? — perguntou curiosa.

Nicole: Vai lá falar com o policial, gato! — disse divertida.

Letícia: Não! Deixa quieto!

Fernanda: Acredito que não vai precisar ir até lá!

Letícia: Por que?

Graziela: Ele está vindo aqui!

Hanry, se aproximou delas e as cumprimentou.

Henry: Boa noite, garotas!

Todas: Boa noite!

Henry: Posso sentar-me com vocês?

Nicole: Claro! -disse apontando para a cadeira.

Ele sentou-se com elas, ao lado de Letícia.

Graziela: Vamos dançar, meninas! Deixa a Lê com o seu amigo! -disse e Letícia a fitou com o olhar.

Elas levantaram-se rindo e foram para a pista.

Henry: Acredito que ainda não nos apresentamos... sou Henry! -disse a estender a mão.

Letícia: Letícia! — respondeu a dar-lhe um aperto de mão. — Não é brasileiro, né?

Ambos sentiram um arrepio, assim que as suas peles tocaram-se.

Henry: Sou americano! Falo tão mal assim?

Letícia: Fala muito bem, mas seu nome não é comum, e em alguns momentos, posso sentir a sua dificuldade em algumas palavras!

Henry: Dou o meu máximo, mas tem horas que esqueço que não estou no meu país.

Letícia: De onde você é?

Henry: Nova York! -mentiu. -Gostou do Martini? -perguntou mudando de assunto.

Letícia: Gostei!

Ficaram conversando assuntos aleatórios, e riam de uma coisa ou outra que falavam. Ele falou um pouco de sua profissão, ela falou sobre seu trabalho e o curso que faz.

Letícia: Quer dançar?

Henry: Não sei dançar, mas adoraria te ver dançar!

Ela sorriu e foi para a pista com as garotas. Henry, viu alguns caras de olho nela, enciumado foi para a pista, e a puxou pela cintura para perto dele. Ela sorriu, entrelaçou os seus braços, no seu pescoço. Sem perder tempo, colou os seus lábios nos dela, iniciou um beijo calmo, pediu passagem com a língua e ela permitiu... explorou toda a sua boca, sentindo o doce de seus lábios.

(imagem retirada da internet)

Afastaram-se por falta de fôlego.

Henry: Vamos para um lugar mais tranquilo? -perguntou e ela assentiu com a cabeça.

Saíram de mãos dadas, e foram para o carro dele.

...****************...

Letícia

Assim que vi o gatinho do Henry, senti borboletas no estômago. Eu não queria me envolver com ninguém agora, mas como em breve vamos sair do Brasil, quero aproveitar essa química que agente tem e curtir um pouco, ainda mais agora que as meninas me apoiaram.

Após um papo bem legal, fui para a pista dançar. Ele não quis ir, porém logo ele se aproximou e puxou-me para um beijo de tirar o fôlego, e que beijo maravilhoso era aquele, meu pai... perdi o fôlego e o chão. Parecia que estava flutuando. Ao chegarmos em seu carro, ele sentou-me no capô, ficou entre as minhas pernas e beijou-me novamente. Dessa vez ele aprofundou o beijo, me fazendo sentir sensações novas, como molhar toda a minha roupa íntima. Desceu os seus beijos, para o meu pescoço, fazendo com que meu corpo todo arrepiasse. Segurou firmemente as minhas coxas.

Henry: Que cheirosa! -disse dando leves beijos.

💭💭... Cheiroso é você, gato! — pensei, pois, estava, até sem palavras com os seus toques.💭

Letícia: Henry é melhor pararmos por aqui! -disse num momento de lucidez.

Henry: Desculpe, eu não quis forçar a barra, mas é tão maravilhosa e o seu beijo é tão bom... estou viciado loira!

Letícia: Não está forçando a barra, porém não sou de ir para a cama com qualquer um! Ainda mais no primeiro beijo! Não é porque moro...

Henry: Nem termina loira! Não me importa onde você mora, estou aqui contigo, porque temos uma química muito legal e eu gostei de você! Não vou mentir que te ter na minha cama seria ótimo, mas também quero te conhecer melhor!

O beijei novamente, mas agora foi diferente, foi intenso e lento. Senti o meu coração bater mais forte. Ficamos ali nos beijando, quando as coisas começavam a esquentar, ele se afastava e depositava apenas selinhos.

Fernanda: ...-pigarreou nos afastando do beijo.— Desculpe atrapalhar! Está na nossa hora, acordamos cedo amanhã! -disse a segurar o sorriso. -Estamos te esperando na porta!

Letícia: Já vou! -disse e ela saiu.

Henry: Mais já? -perguntou, afagando seu rosto no meu pescoço.

Letícia: Sim! Amanhã temos trabalho!

Henry: Vou levar vocês!

Letícia: Não é uma boa ideia, nos verem com um policial.

Henry: Não vão saber que é um policial... fico no carro!

Letícia: Isso parece perigoso, para você, Henry!

Henry: Deixo vocês mais perto, pode ser? Não vou desistir de te levar para casa! -disse a depositar, beijos no meu pescoço.

Letícia: Está bem!

Ele me desceu, entramos no carro e ele parou na porta do bar, para que as meninas entrassem... Elas olharam-me assustadas.

Henry: Podem entrar, vou deixar vocês mais próximos do local!

Elas entraram, e Henry foi o caminho todo conversando com elas, as deixando mais a vontade. Perto do morro, subimos os vidros, para ninguém o reconhecer.

Letícia: Está bom aqui! -disse, mas ele continuou.

Parou bem no início do morro. Elas desceram, nos deixando a sós, trocamos números de telefone e nos beijamos.

Henry: Boa noite! Sonhe com os anjos! — disse perto dos meus lábios.

Letícia: Boa noite! Sonhe comigo!

Henry: Pode ter certeza que eu vou! -sorrimos.

Despedimo-nos, com um selinho demorado. Ele foi embora, e nós subimos conversando, como a noite foi boa. Estava muito feliz, nunca havia sentido-me, tão bem.

Já fiquei uma vez, com um colega de trabalho do supermercado. Ele era bem gatinho, por curiosidade, acabei transando com ele, foi só uma vez mesmo, depois não quis mais saber, foi muito ruim e doeu muito. Contudo, nunca senti metade das coisas que senti com Henry nessa noite, apenas nos beijando.

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