Você pode dizer isso

Acordo e me arrumo. Sair desse quarto hoje é uma prova de fogo. Depois de relutar muito eu abro a porta e dou de cara com Breno. Ele ja estava todo arrumado. abaixo os olhos.

Luna: Bom dia senhor Breno. Ja estou pronta.

Breno: Bom dia senhorita Taylor? Dormiu bem? - ele diz.

Luna: Sim... obrigada. E o senhor?

Breno: Foi difícil dormir... - sua voz era carregada de sarcasmo.

Luna: É... Vamos, não podemos nos atrasar para a audiência.

Passo por ele que faz questão de encostar em mim, fazendo o meu corpo ficar tensionado.

Nós descemos e ele passa no restaurante do hotel e pega dois cafés.

Luna: Obrigada. O meu dia só começa depois de um bom café.

Breno: Eu gosto de começar o dia de outro jeito. - diz ele me olhando.

Eu fico em silêncio.

Depois de um audiencia de mais de cinco exaustivas horas, nós ainda tinhamos um almoço marcado. Eu ja estava com dor de cabeça e cansada. Mas tento me manter ativa e fazer tudo que precisava fazer.

Aquele mesmo cliente que me entregou um cartão estava no restaurante. Soube disso depois que recebi um drink dele.

Depois do almoço ele vem até mim e me cumprimenta.

Marcus: Luna não é? - ele diz com um sorriso. - Olha estarei em nova iorque na próxima semana, esperava que pudéssemos nos encontrar.

Breno: Podemos ir Luna? - diz ele se aproximando com cara de poucos amigos. - Marcus. - ele aperta a mão o cumprimentando.

Luna: Ah... é... eu tenho seu número. - Nesse momento Breno olha para mim com uma cara engraçada de reprovação.

Marcus: Espero sua ligação Luna.

Ele se despede e vai embora. Breno entra no carro, eu entro logo em seguida. Ele vai o caminho em silêncio. Hoje tínhamos apenas mais um compromisso a noite. Para então retornarmos de manhã.

Chego no hotel e vou até a farmácia. A minha cabeça ainda estava doendo.

Quando entro no quarto vejo a porta do quarto do Breno aberta, ele estava tirando a roupa. Aquelas costas torneadas. Uh! cueca box branca. Que tentação!

Até esqueci que a porta estava aberta ainda. Quando me viro novamente ele estava encostado na porta me olhando.

Breno: Esta tudo bem? - ele diz apontando para a sacola da farmácia.

Luna: Ah... sim... só uma dor de cabeça.

Breno: Eu sei um método que pode melhorar isso muito rápido.

Luna: Pelo tom da sua voz ja imagino qual método seja. Obrigada sr. Breno, mas espero que as aspirinas resolvam.

Breno: Se não resolver... sabe aonde me encontrar.

Viro de costas e vou para o meu quarto. Tínhamos algum tempo até o compromisso da noite.

O meu celular apita. Quando vejo é uma mensagem do Marcus, * Para o caso de você não me ligar, agora eu tenho o seu número*

Como ele conseguiu? Coloco o celular na cabeceira da cama e durmo.

Quando o celular desperta, eu me levanto e tomo um banho. A dor de cabeça havia passado. Me arrumo rapidamente.

Pego a bolsa e o Ipad e saio do quarto. Breno estava sentado na poltrona com um copo de uisque na mão.

Luna: Estou pronta Sr. Breno.

Breno: Você está melhor? Se não estiver se sentindo bem...

Luna: Esta tudo bem - eu falo o interrompendo.

Breno: Sendo assim, vamos.

Vamos até o restaurante aonde os clientes do Breno ja o esperavam. A reunião acontece tranquilamente. Breno estava avrindo uma filial da contabilidade aqui, então essas reuniões eram para acertar todos os detalhes.

Sinceramente penso que nesses dois dias aqui a única coisa decente que comi foi os petiscos do bar. Digamos que esses restaurantes não enchiam os meus olhos. Talvez seja por isso que tenha ficado com dor de cabeça.

Quando finalmente a reunião encerra já são quase onze horas da noite. Os clientes e sócios de Breno vão se despendindo e saindo um a um. Ficamos apenas nós dois.

Breno: Foi puxado hoje Senhorita Taylor, vamos embora?

Luna: Foi sim... Vamos.

Entramos no carro e vamos em direção ao hotel. Estava me sentindo estranha.

Ao entrarmos no elevador vejo tudo girar. Acabo me segurando no Breno.

Breno: Luna, ei! O que está acontecendo?

Luna: Desculpe sr. me senti tonta.

Breno: Você não jantou. E tambem não almoçou bem.- ele diz mostrando preocupação.

Quando o elevador para ele me pega no colo.

Luna: Ei o que esta fazendo?! Me solta!

Breno: Baixe a guarda Luna Taylor. Você mal esta conseguindo ficar de pé. - ele diz.

Ao entrarmos no quarto ele me leva até a minha cama.

Breno: Espere aqui. - Ouço a porta do quarto se fechando.

Algum tempo depois ele retorna com algumas sacolas de delivery.

Ele tepize frango à passarinha, batatas fritas e outros peticos.

Breno: Coma. - ele disse praticamente mandando.

Luna: Tem muita comida aqui. - eu falo. - Coma comigo.

Ficamos alo conversando e rindo. Por um momento esqueci que Breno era Breno. Ele estava senfo diferente. Mas não sabia se isso era confiável.

Depois de comer comida de verdade ja estava me sentindo melhor.

Luna: E então? Me diz se tudo isso não é melhor que lagosta?

Breno: É... preciso admitir. Fazia tempo que não comia assim.

Luna: Igual gente normal? - eu dou risada. Por um segundo nossos olhos se encontram. Aquele segundo que dura mais fo que deveria. E por um segundo nos aproximamos. Estávamos mais perto, mais perto...

Até que meu celular toca. E eu saio daquele transe.

Era Clara. Eu atendo.

Clara: Luna! Como você esta? Sobrevivendo ao chefe detestável?

Luna: Esta tudo bem Clara...

Clara: Que voz é essa?

Luna: Clara... Nos falamos depois... Eu estou cansada.

Clara: Ok! até depois! - ela desliga.

Luna: Sr. Breno o sr. já está satisfeito?

Breno: Não... ainda estou com fome... Mas não é dessa comida que estou falando. - ele diz se aproximando. Mas eu me afasto.

Luna: Eu vou... Eu vou organizar minhas coisas. Nos vamos sair cedo amanha. Eu agradeço pelo que fez agora. - eu me levanto da cama. E ele segura na minha mão.

Breno: Luna.

Luna: Sim senhor... - eu respondo tensa pelo toque dele na minha pele. No momento seguinte ele me puxa me fazendo cair pelos seus braços e me beija. Nos beijamos ardentemente. Quando suas mãos descem pela minha coxa eu me assusto. E saio do beijo dele. - Sr. Breno... isso... isso não deveria ter acontecido. - eu falo ofegante.

Breno: Você pode dizer isso... Mas seu corpo reage ao meu - ele diz ficando em pé. Eu preciso erguer a cabeça para olhar para ele. Sentia como se meu coração fosse pular fora do peito. Meu corpo até poderia querer. Mas minha mente me diz que é errado.

Luna: O sr. pode me dar licença?

Ele passa o polegar em meus lábios e sai em seguida.

Eu me sento na cama perplexa com o que tinha acontecido ali.

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