Viagem

Hoje é o dia mais tenso da minha vida. Primeiro por que viajarei de avião, coisa que só fiz uma única vez e em foi terrível. E segundo por que viajarei com Breno Clark.

Qual as probabilidades disso dar certo?

A viagem duraria dois dias, por sinal muito intensos. Ja que precisarei acompanhar ele em todos os compromissos.

Depois de arrumar uma pequena mala eu chamo um taxi para ir até a empresa. Mas ao sair do prédio aonde moro dou de cara com Breno Clark em um terno preto, com um óculos de sol olhando no relógio a minha frente.

Luna: Sr. Breno? O que faz aqui?

Breno: Não é obvio? Vim te buscar para irmos para o aeroporto.

Luna: Eu ia chamar um táxi...

Breno: Não precisa mais. Vamos?

Luna: Sim senhor. - ele pega a mala da minha mão e coloca no porta malas. Em seguida abre a porta para mim e eu entro.

Me irritava esse jeito prepotente dele. Decidi ir o trajeto todo em silêncio.

Entretanto sou uma pessoa ansiosa, com manias ansiosas. Minha perna balançava em um ritmo frenético.

Ele no entanto estava calmo, com as duas mãos no volante.

Breno: Não me diga que esta tendo outro ataque claustrofóbico. - ele quebra o silêncio.

Luna: Na verdade estou apreensiva... Com medo de viajar.

Breno: Nunca andou de...

Luna: Já... - Interrompo ele - Mas não foi nada agradável.

Breno: Fique tranquila, vai dar tudo certo.

Ao chegarmos no aeroporto fazemos o check-in e embarcamos. Bom, eu só havia andado na econômica. Quando somos direcionados a cabine executiva fico de queixo caído.

Breno se senta ao meu lado. Fecho os olhos quando o avião decola, e fico o trajeto todo tensa.

Ao desembarcar um carro ja nos esperava e nos leva até o hotel.

E é ai que tudo começa a desandar.

Ao chegarmos no hotel para fazer o chek-in tenho a total certeza que meu pensamento de manhã estava querendo me preparar para isso.

Recepcionista: Desculpe-nos... Só pode ter sido uma falha no sistema.

Luna: Sr. Breno, eu fiz como Amy disse. - falei tentando mostrar que o erro ali não era meu.

Breno: Tem outros quartos disponiveis? - ele diz rudemente.

Recepcionista: A casa esta cheia... Assim como todos os hotéis na cidade, ja que esta tendo um evento na cidade.

Breno: Maravilha. - diz ele irritado.

Recepcionista: Bom... O único quarto disponível que temos é uma suíte dupla.

Eu disse, quais as possibilidades disso dar certo?

Luna: Duplo? - pergunto incrédula.

Breno: Vamos ficar com esse. - ele toma a frente. - Não posso me atrasar para a audiência no fórum.

A recepcionista faz o nosso check-in. Breno pega as chaves e nós subimos até o quarto.

Não há palavras para descrever o fiasco que esta sendo tudo isso.

Ao entrar no quarto até suspiro mais aliviada. Eram dois ambientes, com duas camas 'king size', haviam dois banheiros. Breno vai para a direita e eu vou na direção oposta. Fecho a porta que separava os quartos e me sento na cama.

Olho no relógio a minha frente. Tinha meia hora para me arrumar. Levanto rapidamente antes que a cama me prendesse ali, naqueles cinco minutos que rendem uma cara inchada e a sensação que você saiu de órbita.

Escolho um conjuntinho vestido e blazer. Espero ter acertado. Prendo os cabelos em um coque, mas ao olhar no espelho penso que facilmente poderiam me confundir com a advogada. Desfaço o coque e prendo os cabelos em um "rabo de cavalo" e faço uma maquiagem leve. Coloco um scarpin nude e coloco o IPad na bolsa.

Abro a porta e me deparo com o Sr. Breno com a camisa aberta, com todo aquele peitoral musculoso a mostra, e com aquele abdômen com aqueles gominhos bem definidos. O que ele tem de gostoso tem de arrogante.

Olhei demais droga.

Luna: Me desculpe sr. Breno, eu... eu estou pronta. - falo desviando o olhar dele, que faz questão de virar para mim.

Breno: Ja estou quase pronto. - Droga, droga droga. - Pode olhar senhorita Taylor, eu não mordo. Só se pedir, claro.

Idiota convencido. Ele fecha a camisa e coloca o terno, a sua colônia tinha um cheiro maravilhoso. Depois que ele termina nós saímos.

A reputação dele lhe fazia jus. Durante a audiência ele dava corda até o momento de fazer a pessoa se enforcar. Deixava os argumentos incontestáveis para o final, que culminava sempre em um parecer positivo para ele. Causa ganha.

Depois da audiência nós seguimos para um café com alguns dos clientes dele.

Fico em silêncio, tomando notas. Um dos clientes dele me entrega um cartão. Vejo que Breno se sentiu incomodado.

Por hoje era só.

Retorno para o Hotel exausta. Depois de um banho eu deito na cama. Eu tinha visto um barzinho próximo ao hotel. pretendida ir lá a noite.

Acordo ja era por volta das oito da noite. Me arrumo rapidinho, coloco um vestidinho jeans e um tênis. Solto o cabelo e faço uma maquiagem leve. Respondo as mensagens da Clara, e pego a minha bolsa.

Saio na ponta dos pés. Pelo barulho Breno estava no banho. Eu saio e desço. Vou andando até o barzinho que vi mais cedo.

Pego uma mesa e peço alguns aperitivos e uma Heineken, tiro uma foto e mando para Clara.

Algum tempo depois um drink chega na minha mesa.

Luna: Não pedi esse drink.

Garçom: Foi daquele cavalheiro.

Olho e um cara alto e loiro acena para mim. E vem na minha direção.

Luna: Obrigada pelo drink, mas não posso aceitar.

Luke: Meu nome é Luke, - ele estende a mão para mim. - Posso me sentar? - Ele pergunta.

Luna: Olha... eu não quero ser grossa, mas gostaria de ficar só.

Luke: Você não é daqui não é?

Luna: Não. - Respondo monossílaba para que ele entenda que quero ficar só.

Luke: Não me disse seu nome linda...

Luna: É Luna. - falo e volto a tomar minha cerveja.

Luke: Eu gostei de você Luna... Se quiser...

Luna: Não, não quero. Eu só quero estar sentada aqui, sozinha comendo e tomando minha bebida tranquilamente.

Luke: Nossa que ferinha. - diz ele movendo os braços como se quisesse se defender e da um sorriso saindo em seguida.

Reviro os olhos. Tem certos tipos de homens que não podem ver uma mulher sozinha que julgam que elas desejam companhia.

Meu celular toca. Achei que era Clara. Mas na verdade é Breno.

Luna: Oi senhor Breno. - ele disse que tinha batido na porta, e como não respondi se preocupou, ele ia jantar e me chamar. - Eu estou voltando já. Vim jantar num barzinho aqui perto do Hotel.

Desligo.

Depois de terminar o meu jantar nada saudável de petiscos do bar, eu peço a conta.

Me levanto e começo a caminhar de volta para o Hotel.

Até que sinto minha bolsa sendo puxada para trás, me fazendo perder o equilibrio. Quando olho era o tal do Luke.

Ele puxa o meu braço.

Luna: Me solta ou eu vou gritar.

Luke: Prefiro que grite de outra forma.

Luna: Qual é cara. Não consegue arrumar uma mulher e se acha no direito de forçar?

Luke: Tenho uma queda por gatinhas selvagens.

Quando ele se aproxima mais eu dou um chute nele, que aperta ainda mais o meu braço.

Até que ouço numa voz conhecida e grossa.

Breno: Solte ela filho da put@.