Ao abrir a porta se deparou com uma pessoa de sobretudo, óculos e chapéu. Parecia uma caçadora de vampiros, mas na realidade era Thea e ele a reconheceria há quilômetros de distância por conta de seu perfume tão único.
— Espero que eu não atrapalhe sua noite! — Disse retirando os óculos e deixando a vista os belos olhos claros que faziam contraste com sua pele dourada.
— Vem... — Ele abriu espaço para ela e deu uma rápida conferida com os olhos antes de fechar a porta. — Meu bem... — Henry agarrou Thea sem qualquer cerimônia e a beijou intensamente, nitidamente matando o desejo de tê-la nos braços. — Que saudade! — Disse dentre os milhares de beijo que despejara nos lábios dela.
— Eu também estava morrendo de saudades! — Disse a mesma assim que eles apenas se mantinham abraçados e se olhando cara-a-cara.
— Estou feliz que esteja aqui! — Disse ele.
— Eu não aguentei te ver beijando outra mulher, Henry! — Confessou ainda em seus braços. — Enquanto ela pode te beijar, eu fico a minguas... — Disse se distanciando.
— Meu bem, eu sinto muito que precise passar por tudo isso! — Disse ele. —Mas espero que quando a poeira abaixar, possamos nos ver com mais frequência!
— Eu queria mais Henry! — Disse ela com o tom de voz sofrido. — Eu quero que possamos ser reconhecidos como um casal, quero minha carreira de volta, quero notícias boas...
— Eu sei, eu sei... Você merece tudo certo! — Disse ele.
— E agora ao invés de mim, você tem que ficar beijando outra por aí! — Virou-se de costas, cruzando os braços completamente enciumada.
— Quando a ela você não precisa se preocupar de forma alguma, meu bem... — Disse Henry encostando-se as costas de Thea. — Aquela garota não tem nada que possa roubar o seu lugar! — Disse virando-a sutilmente para ele. — Ela não tem esses olhos bonitos, muito menos esse cabelo impecável... —Ele disse soltando o coque dela, fazendo as mexas onduladas e loiras caírem sobre os ombros.
— ... — Ela sutilmente desatou o nó de seu sobretudo e se afastou um pouco para abri-lo. — Esse corpo é melhor que o dela? — Disse Thea retirando de uma vez o sobretudo, revelando de fato a sua lingerie bem sensual.
— ... — Henry sentou-se no sofá boquiaberto para admirá-la.
— Ela tem a mesma pele macia que a minha? — Perguntou Thea se sentando por cima de Henry.
— Thea... — Henry soltou o seu nome quase num suspiro. — Eu não sei o que há por baixo das roupas daquela garota e realmente não me interessa descobrir, quando tudo o que tenho já é mais do que eu poderia desejar! — Disse com as mãos percorrendo o tronco de Thea, até chegar em suas nádegas bem harmônicas de um corpo bem cuidado.
Thea tinha seios empinados, pele brilhosa, corpo seco e firme, um traseiro pequeno e redondo... Não havia nada que pudesse ser julgado como imperfeição naquela mulher. Pelo contrário, tudo parecia muito perfeito.
Ela tirou a camisa de Henry botão por botão, até deixar a mostra o peitoral alto de Henry e suas poucas tatuagens naquele local. Ela descia pelo seu abdômen e beijara cada gomo sutil que ele tinha até chegar em sua calça. Abriu mais aquele botão que fez Henry arfar sem tirar os olhos do que Thea viria a fazer.
Aqueles olhos claros e penetrantes, seduziam Henry de tal forma que ele jamais poderia explicar. Logo o que ela fazia com as mãos e logo com a boca, lhe deixariam em êxtase ainda mais!
Henry não suportou a vontade de tê-la e ali na sala, só eles dois, com a luz amarelada, a chama da lareira, ele a teve. E lá eles fizeram mais vezes, mas somente na última, ele chegou ao ápice. Thea não deixou de perceber que ele havia demorado demais para alguém com tamanha saudade e desejo, mas relevou a situação sabendo que Henry sempre foi um parceiro incansável na cama.
— Vou terminar de preparar um risoto de peixe que estava fazendo e trago para comermos! — Disse Henry selando os lábios de Thea enquanto ela estava deitada no sofá.
Ao ir para a cozinha, Henry reorganizou o que fazia antes de Thea aparecer. Avistou então o seu celular e ao procurar responder uma mensagem, acidentalmente tocou em uma notificação que o levou para uma matéria que noticiava o seu beijo com Emmy.
Ele não havia procurado pela notícia até o momento. Não queria ver de forma alguma aquilo, mesmo que no momento havia tido um súbito enxame de emoções. Mas ao abrir o site, desceu até as fotos sem o mínimo interesse pelas palavras escritas ali e então as olhou.
Lá estava ele conversando com ela e na foto seguinte, suas mãos já estavam presas aos quadris de Emmy. Recordou da sensação que teve ao apertar o corpo dela contra o seu enquanto a beijava deliciosamente. Sim! Henry sentiu-se deliciado ao beijar Emily e aquilo o atormentava.
E ver aquelas fotos o fez recordar da textura macia dos lábios fartos dela. Daquela sincronia perfeita e do quão excitante havia sido apenas beijá-la. Na sua memória o corpo dele estava quente, mas não tanto quanto as bochechas dela. Tão quentes que quando a olhou ao fim do beijo, as maças estavam rosadas como alguém febril!
Como ele poderia estar pensando nela quando havia tido há alguns minutos uma longa jornada de sexo com Thea? Como pensar em alguém que odeia quando se está com alguém que gosta? Gosta? Ama? Henry estava reflexivo. Porque eu ainda não disse a Thea que a amo?
— Amor? — Thea apareceu na cozinha usando a camisa dele.
— Oi meu bem! — Henry disse bloqueando o celular e o deixando de lado para tê-la em seus braços em um abraço.
Apenas abraçados, permaneceram em silêncio. Mas a cabeça de Henry parecia agora pensar em um milhão de coisas.
~
Quarta-feira – 03:13 P.M.
— Eu estou definitivamente feliz hoje! — Disse Jennete ao ver Emily entrar em sua sala. — Vocês fizeram um excelente trabalho!
— ... — Henry se encontrava sentado a frente da mesa de Jennete.
— Realmente estou muito surpresa já que depois de ver o encontro desastroso de vocês, eu achei que de fato eu havia enfiado os meus pés pelas mãos! — Falou. —Mas vocês me surpreenderam! Melhor, foram muito mais além das minhas expectativas!
— ... — Emmy sentou-se na cadeira ao lado de Henry e uma troca de olhar sem jeito foi inevitável para os dois.
— Obviamente já leram alguma matéria, mas escutem a minha preferida! —Disse ela pegando o celular e se preparando para ler. — “Parece que a reputação de destruidor de lares está acabada para Henry Dickens. Após tanto ser denominado o pivô da separação de Thea e Tom Hampton, ou devemos dizer, motivo da traição, Henry apareceu nos tabloides de fofoca aos beijos com uma garota desconhecida. Ao que tudo indica, eles demonstram estarem apaixonados como um casal de adolescente, incluindo o testemunho de quem os viu juntos pelo mercado central de Londres. Como não acreditar no público? Mas de fato não há como negar que realmente se beijam como um casal muito apaixonado!”
— ... — Henry respirou tão fundo e tinha os olhos parados em nada, como se sua alma houvesse partido de seu corpo.
— Vocês têm noção do tamanho da minha felicidade?
— Não! — Henry enfim respondeu. — Na verdade eu não estou nada contente com tudo isso!
— É o que mais deveria estar contente! — Retrucou Jennete.
— ... — Curiosamente Emmy continuava a não se pronunciar. Parecia pensativa, talvez sem jeito, mas com toda certeza desconfortável.
— Jennete, isso é desconfortável! — Henry se colocou de pé.
— Você diz para você ou para sua namorada? — Jennete fechou o sorriso que antes tinha no rosto e cruzou os braços, encarando Henry com tamanho desgosto. — Ou acha que sou tola o suficiente para não saber que ontem vocês estavam juntos?
— ... — Henry engoliu seco e respirou fundo, curiosamente lançando o olhar rápido para Emmy que se mantinha em silêncio absoluto. — Espero sinceramente que ninguém os tenha visto, pois nesse momento você poderia reverter as notícias atuais para outras bem piores do que as anteriores!
— Eu queria vê-la, ok? — Henry encarou Jennete. — Eu gosto dela e sinto saudades de tê-la comigo! Será que você nunca se sentiu assim por alguém?
— Não. — Jennete disse automaticamente sem nem pestanejar.
— Impossível! — Henry retrucou desafiando-a.
— Olha... — Emmy enfiou resolveu dizer algo. — Eu não quero me intrometer nisso, mas já estando no meio da situação...
— Ah pronto! — Henry soltou a respiração de uma só vez acreditando que não viria algo bom de Emmy.
— ... — Emmy engoliu seco a rispidez de Henry. — Continuando... Acho que deveria tentar ser um pouco mais maleável com a situação deles!
— O que? — Jennete e Henry a olharam após fazerem um coro ao perguntar.
— Eu sei que não é das melhores situações, mas Henry nitidamente a ama e provavelmente é algo recíproco, então não adianta impedi-los muito de se verem! — Defendeu Emmy, deixando Henry não só boquiaberto, mas também pensativo. — Desculpe me intrometer Jennete. Sei que é importante que a imagem de Henry seja reestabelecida, tanto que estou aqui em função disso! Mas acho que se ele vive um amor real, que seja respeitado ao menos isso. — Engoliu seco e evitou olhá-lo de qualquer maneira.
— Você a ama Henry? — Jennete perguntou friamente a Henry ainda perplexo com a defesa de Emmy.
— Bom... Digo! — Ele engoliu seco, buscando um meio de falar que sim.
— Mais do que a sua carreira e sua reputação? — Perguntou ela antes que eu pudesse responder à pergunta anterior.
— ... — Henry colou seus lábios um no outro, pensando bem no que poderia responder, mas nada lhe parecia suficiente para aquela pergunta a não ser um “sim”, mas Henry não se sentia verdadeiro em responder aquilo como achou que poderia se sentir.
— Assunto encerrado. — Disse Jennete batendo definitivamente o martelo e sentando-se de volta a sua cadeira. — Emily, devo lhe lembrar que agora começa uma fase muito conturbada!
— Conturbada de que tipo?
— Do tipo de “fama”. —Afirmou. — Será questão de tempo para descobrirem quem você é! Aliás, possivelmente já sabem!
— E isso vai impactar no que em minha vida exatamente? — Emmy espremeu seus olhos ao perguntar com receio do que ela responderia.
— “Haters”, fãs, tumulto, câmeras, gritos...
— E você fala tudo isso com muita tranquilidade... — Emmy estava um pouco aflita.
— Vamos sempre estar cuidando de tudo, mas a sua imagem é responsabilidade sua! Então, sabe que não pode levar nenhum namoradinho pra sua casa durante o período de contrato!
— É, eu vi no contrato.
— Pois bem! Espero que cuide de sua imagem bem melhor do que Henry diz cuidar da dele.
— O ataque estava demorando... — Henry respirou fundo.
— Não se preocupe. Farei o possível para honrar cada cláusula do contrato!
— É esse tipo de coisa que eu gostaria de ouvir todos os dias! — Afirmou. — Enfim! Marquei uma entrevista no programa da Haley Will para quinta! Vai ver os detalhes na sua agenda depois!
— Hum... — Henry desdenhava.
— Com toda certeza ela irá perguntar sobre seus rumores passados e presentes, então, terá que ser convincente em dizer que está com a Emily.
— E se perguntarem da Thea? —Henry perguntou preocupado.
— Obviamente vai dizer são apenas amigos e que os rumores fizeram parecer mais do que era!
— Ela não vai ficar feliz com isso... — Henry disse preocupado.
— O importante aqui é a minha felicidade! — Retrucou Jennete. — Além disso, vão fazer presença no evento de caridade do London Bright.
— Nós dois? — Perguntou Emmy. — Juntos no London Bright?
— Isso realmente não é um exagero? — Henry questionou. — Quero dizer... Emily provavelmente nunca esteve em um evento tão importante assim e...
— Está bem! — Disse Emily para Jennete interrompendo Henry. — Estarei presente.
— Isso é loucura! — Henry disse obviamente com grande aversão a ideia.
— Não se preocupe com suas roupas! — Disse Jennete. — Envie suas medidas corretamente a minha secretária e resolverei isso.
— Ok.
— Não posso lhe pedir que desfaça essa cara feia aqui, mas ao lado dela, quero você como um homem feliz! — Disse Jennete para Henry. — Preciso que a busque em casa para o evento.
— Entendi, entendi e entendi! — Disse Henry farto. — Posso ir?
— Estão liberados.
— Ótimo! — Disse ele se levantando de uma só vez.
Quando Henry saiu daquela sala, Emily não pode deixar de pensar que era como ele estivesse deixando uma prisão.
Ela deixou a sala em seguida, indo em direção ao elevador para deixar aquele lugar o quanto antes. A energia de Henry estava realmente caótica e aquilo estava a deixando muito mal.
Ao chegar no térreo, ficou na recepção a espera de um carro para lhe enviar de volta para casa. Infelizmente o tempo foi longo demais a ponto de precisar se deparar com Henry mais uma vez enquanto o mesmo deixava o elevador.
— Ótimo! — O carro havia enfim chegado ao prédio.
— Espera Emily. — Emily retorceu o rosto ao ouvir sua voz lhe chamar.
— ... — Soltou a respiração e se virou para ele que vinha em sua direção. — O quê? — Não o olhou diretamente assim que chegou mais perto.
— Eu queria te agradecer! — Ela o olhou, franzindo o cenho no mesmo instante, procurando motivos pelo agradecimento. — Defendeu a minha situação para Jennete e eu realmente não esperava aquilo. Então, queria te agradecer pelo que fez, mesmo que tenha sido em vão! — Apertou o maxilar.
— ... — Engoliu seco então, desviando o olhar para qualquer lugar antes de lhe dirigir a palavra novamente. — Não precisa me agradecer por aquilo. — Disse. — Se eu estivesse apaixonada por alguém, certamente gostaria de estar ao lado dessa pessoa! Então, posso entender que é uma situação difícil para você a Thea! É Thea, certo?
— ... — Balançou a cabeça confirmando o nome dela. — Agradeço por sua empatia!
— ... — Emmy ergueu os cantos da boca sutilmente, balançando a cabeça uma única vez aceitando sua gratidão.
— Eu poderia te levar até em casa?
— ... — Ela respirou fundo ao olhar para o celular. — Acho que sim já que o motorista acabou de cancelar a minha viagem provavelmente pela minha demora!
— ... — Henry passou a mão na nuca e manteve-se em silêncio por alguns instantes sabendo que era culpa dele. — Então... Então vamos?
— Uhum... — Ela balançou a cabeça positivamente o acompanhando então.
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Atualizado até capítulo 89
Comments
Silvia Barbosa
Deve ser tudo silicone kkk.
2024-07-26
1
Rosineli Barbosa
gastando da Emilly sendo mais responsável que ele 😃😃😃
2023-11-03
2
lucivania oliveira
então por que simplesmente não fica com essa aí seu idiota, mentiroso de uma figa .
2023-09-23
1