—E aquela história de que iria voltar antes de eu terminar meu banho? —Disse Isy quase de saída colocando ração para Âncora. —Emmy? —Franziu a testa ao perceber que ela estava chorando.
—Desculpa... —Ela tentou limpar as lágrimas.
—O que? Não... O que houve com você? —Ela foi até a irmã. —O que aconteceu? —A levou para o sofá onde juntas se sentaram.
—Foi um idiota! Imbecil! —Afirmou entre os dentes.
—Que idiota? Te machucou? Te feriu?
—Não vai acreditar...
—Ah que raios, Emmy! —Soltou irritada e preocupada. —Diga o nome!
—Henry!
—Henry o que?
—Henry Dickens!
—O quê? Dickens? Henry Dickens? O famoso? Dito... Aquele cantor? Digo... O cantor?
—É, Isy! O idiota! —Afirmou irritada.
—Eu estou confusa demais! —Disse Isy completamente confusa. —O que ele te fez? Como o encontrou?
—Quase passou com aquele carro por cima de mim! —Disse fazendo Isy arregalar os olhos. —Discutimos na rua e depois na padaria! Agora ele me odeia e eu o odeio!
—É... Mas você acaba saindo em desvantagem nesse rancor, já que ele daqui um tempo possivelmente não se lembrará de você e assim, não terá como te odiar. Enquanto ele está em site, televisão, internet e aí vendo a cara dele em todo lugar ficará difícil esquecer-se dele e de odiá-lo.
—... —Emmy olhava fixamente para Isy. —Ajudou muito em! —Afirmou levantando-se e enxugando as lágrimas. —Ele é um idiota de rostinho bonito! Um arrogante!
—É... Parece que a coisa não foi feia entre vocês, foi HORROSA! —Se colocou de pé.
—Foi horrível! —Afirmou.
—Olha, eu adoraria mesmo escutar cada detalhe dessa história, mas preciso ir antes que eu perca a minha carona. —Disse pegando a bolsa e dando um beijo na bochecha de Emmy. —Tente se alugar com algo para esquecer-se dessa confusão!
—Eu vou ir atrás de algumas vagas de emprego hoje.
—Ok! Faça isso! —Disse quase fechando a porta. —Fica bem! Te amo!
—Também te amo! —Disse Emmy sentando-se a mesa enquanto Isy batia a porta.
Após selecionar algumas vagas, Emily entrou no banho para ir em busca de algum lugar que esperançosamente a contratasse.
~
—Ah Jennete... —John balançava a cabeça em negativa. —Ele vai detestar isso!
—Conte-me uma novidade John! —Disse Jennete do outro lado da mesa. —Henry há muito tempo vem fazendo tudo o que bem entende, por isso anda com essa reputação que me faz dormir somente a base de remédios controlados.
—Isso é verdade! —Concordou. —Não há possibilidade de deixa-lo livre por enquanto. Anda enfiando os pés pelas mãos quase que o tempo todo!
—Mas dessa vez eu irei fazer do meu jeito novamente e “Henry Dickens” é uma marca que pertence a mim! Então se ele quer continuar nessa vida, que seja do meu jeito ou ele que esqueça a carreira dele.
—Mas você acha que essa ideia vai funcionar? Principalmente indo atrás de uma “namorada” que é completamente fora das “Preferências” dele.
—Ele não tem que ter preferências em relação ao tipo de garota com quem irá se relacionar puramente por contrato. —Afirmou Jennete. —E dessa vez eu não quero nenhuma Barbie de passarela. Eu quero um outro tipo!
—E que tipo seria esse?
—Um tipo... Ah... Não sei! Alguém como...
—Aquela menina? —John apontou despretensiosamente com o queixo para a jovem conversando com o gerente do café.
—Sim! SIM! Sim... —Jennete ergueu-se de uma vez sem tirar os olhos daquela menina.
—Jennete... —John engoliu seco e tentou chamá-la num sussurro, mas foi em vão.
—Menina! —Jennete chamou a atenção da garota que levou um pequeno susto em não esperar pelo chamado. —Desculpe-me pelo susto!
—Imagina! —Ergueu os cantos da boca.
—Como se chama? —Jennete perguntou, olhando-a nos olhos, estudando bem aquela garota.
—Emily! Emily Salgueiro!
—Sal... “Salguero” —Tentou repetir. —Espanha?
—Brasil! —Afirmou Emily fazendo com que Jennete espremesse os olhos e lançasse em nada sutil olhar de baixo para cima.
—Precisando de emprego? —Perguntou olhando-a fixamente.
—É aqui do café? —Perguntou franzindo um pouco o cenho.
—Não, não... —Jennete ergueu sutilmente os cantos da boca. —Eu sou a agente de marketing e publicidade de uma gravadora.
—E seria para o que exatamente a vaga se me permite perguntar...? —Emily não podia deixar de parecer desconfiada de uma proposta tão incomum.
—É uma vaga muito especifica e estou procurando por uma garota com basicamente todas as características que você tem fisicamente! —Explicou. —Mas se não quiser, não se preocupe que obviamente deve saber que não há muito de especial em você que eu não consiga encontrar na próxima garota que entrar por aquela porta!
*Entra uma garota quase com as mesmas características que Emily*
—Ok. Como devo proceder?
—Esse é o meu cartão. —Jennety disse entregando-lhe um cartão de visita branco com tiras douradas. —Aqui tem todos os meus contatos e irei te aguardar nesse endereço às duas horas. Se atrasar um minuto, não se dê ao trabalho de aparecer mais!
—Vamos? —John apareceu com as coisas de Jennete.
—Vamos! —Disse ela colocando a bolsa em seu braço e encaixando os óculos de sol em seu rosto finíssimo.
—... —Emily ainda continuou parada ali, observando o cartão com logotipo em dourado contendo as iniciais JF nas quais se referiam a Jennete Fox. Algumas batidinhas do cartão em sua palma da mão e Emmy tomava folego para esperar que essa fosse a oportunidade perfeita para ajudar nas contas de casa.
~
Dia seguinte.
Londres, 01:25 P.M.
—Eu realmente me sinto muito ofendido com essa ideia absurda!
—Isso não é hora para sentir que sua masculinidade abalada, Henry.
—E como não me sentir menos homem dessa forma? Isso não é uma questão de masculinidade e sim de invasão dentro do meu livre-arbítrio!
—Já te dei livre-arbítrio demais sendo que no seu contrato não tem essa opção e mesmo assim eu acabei sendo incrivelmente bondosa a respeito!
—Jennete... Eu posso muito bem cuidar da minha vida amorosa!
—Você anda acumulando tanta notícia negativa a respeito de sua vida amorosa que nem mesmo se o presidente dos Estados Unidos trair a esposa no topo da Estátua da Liberdade será suficiente para cobrir as suas burradas!
—Eu fiquei com uma mulher casada e daí?
—E daí que você ficou com uma mulher casada que traiu um diretor incrivelmente respeitado em Hollywood. —Exaltou-se, colocando de pé atrás de sua escrivaninha. —Deixe de ser um menino mimado e vá trabalhar de acordo com as regras ao menos uma vez!
—Aquele idiota... —Henry resmungou cruzando os braços indo de um lado para o outro na sala.
—Aquele “idiota” é um homem influente que está fazendo das tripas coração para te difamar ao mundo inteiro! A mulher dele terá má reputação até as décimas gerações dela, mas eu não posso deixar isso acontecer com você! Entendeu?
— ... —Com a cara emburrada e totalmente contra essa ideia, Dickens balançou a cabeça positivamente para Jennete.
~
—Não sei como te agradecer por ter vindo comigo! —Emily disse sentada no banco traseiro do carro ao lado de Isy.
—Agora que vai trabalhar com uma agente de marketing e publicidade de uma gravadora, poderia me agradecer me colocando no clipe de um cantor bem legal.
—Você viu que ela é agencia o Nathan, não é? —Emmy olhou maliciosamente para Isy.
—Eu quase enlouqueci! —Disse quase eufórica. —Já pensou se esbarramos com ele em alguma festa?
—Isy... —Emily começou a rir com uma pontada de nervosismo. —Eu nem sei para que finalidade estou indo a esse endereço!
—Ah, não sei mesmo, mas eu espero muito que seja algo bom para você! —Disse fazendo Emily sorrir feliz em tê-la ao lado.
—O endereço é esse aí! —Disse o motorista do carro de aplicativo.
—Tem certeza? —Eu perguntei ao homem, olhando várias vezes ao GPS dele e ao endereço no cartão de visita.
—Mais do que eu me chamo Paul.
—Ok, Paul! —Eu disse abrindo a porta do carro. —Muito obrigada!
—Não esqueçam da estrelinha em...
—Misericórdia! —Isy saia pelo outro lado, admirando o tamanho do lugar. —Isso é muito grande!
—Vamos... —Emily pegou Isy pela mão para caminharem juntas para dentro do prédio gigantesco.
—Cara, esse prédio parece ter sido tirado de Dubai e colocado em Londres! —Disse Isy entrando no elevador juntamente a Emily que apertou no número correspondente a cobertura. —Meu Deus! Imagina a cobertura desse lugar!
—Acalme-se Isy, ou eu vou começar a me comportar euforicamente que nem você!
—Eu estou me segurando! É sério!
—Nunca vi um elevador demorar tanto!
—Obviamente! —Disse. —Nunca subiu 55 andares!
—Já está me dando até uma pressão na cabeça...
—Acho que isso não é do elevador.
~
Jennete se encontrava a postos com um advogado de confiança em seu escritório no segundo andar da cobertura, esperando pela tal menina, até que sua secretária informa que a jovem já se encontra na recepção.
—Mande-a entrar por favor. —Jennete aguardou então a entrada de Emily Salgueiro. —Seja bem-vinda Emily! —Disse ao ver a jovem entrar pela porta. —Entre, sente-se aqui conosco!
—Olá! —Emily tentou não parecer nervosa.
—Você já me conhece, sou a Jennete Fox, agente de Marketing e publicidade da gravadora L.L.P. e esse é o advogado da minha agencia, Dr. Warek Creeker.
—Olá, Srta.! —Disse cumprimentando-a.
—Muito prazer! —Devolveu Emily educadamente.
—Sente-se por favor, Emily! —Disse Jennete sentando-se. —Vamos direto ao que interessa!
—Claro!
—Não poderia te dizer do que se tratava o assunto dentro daquela cafeteria no centro de Londres, pois esse trabalho que tenho pra você é algo que necessita de confidencialidade. —Explicou aumentando os batimentos de Emily. —Por isso, deixo claro que até mesmo essa conversa deverá ser assinada por você para garantir que essa história não saia daqui de forma alguma!
—Ok. —Emily respirou fundo.
—Este documento contém apenas o assunto de sua contratação e ao assinar, você se responsabiliza em manter essa conversa em confidencial.
—Eu posso ler um pouco? —Perguntou Emily fazendo Jennete rolar um pouco os olhos, mas ao mesmo tempo se sentir aliviada de não estar prestes a contratar uma desmiolada.
—Sem problemas!
Após ler o contrato e assinar perfeitamente as três folhas, Jennete pode contar então do que se tratava o tal “trabalho” confidencial.
—Namorada? —Emily estava um pouco boquiaberta com o trabalho proposto por Jennete. —Desculpem, mas eu não podia imaginar uma coisa dessas!
—É bem comum no meio artístico, mas essa é a primeira vez que utilizo dessa estratégia puramente em um momento de desespero!
—Mas porque uma namorada de aluguel seria bom para um artista famoso? Principalmente uma pessoa tão simples e anônima como eu?
—Vamos a lógica da situação! —Jennete se colocou de pé para explicar as razões desse trabalho. —O meu cliente é um jovem um tanto “irresponsável” digamos assim! Que acabou tendo alguns envolvimentos amorosos conturbados com mulheres que não deveria nem ao menos dizer “oi”! —Explicou Jennete tendo uma súbita vontade de agredir Henry ao recordar de sua estupidez. —O marido dessa mulher, cujo foi traído e humilhado publicamente pela mídia, é um homem de prestígio dentro de Hollywood e não está querendo deixar barato, descontando na imagem do meu cliente. Por isso, para amenizar esse envolvimento que não teve provas, você entra como a namorada dele!
—Acho que estou conseguindo compreender...
—Acho que você é inteligente o suficiente para pegar essa jogada de Marketing! —Disse Jennete sentando-se de volta atrás da mesa a frente de Emmy. —Você será a saída do meu cliente da reputação de “destruidor de lares” que esse senhor influente está querendo impor na mídia!
—E quem seria esse “destruidor de lares” que irei namorar? —Emily perguntou espremendo sutilmente os olhos.
—Bom, essa é uma outra questão... —Disse Jennete. —Eu não posso te dizer quem é até que você aceite esse trabalho e assine o contrato.
—Mas como eu poderia “namorar” alguém que eu nem sei quem é? —Emily abriu um sorriso sem humor, querendo parecer lógica para as pessoas na sala.
—Querida... —Jennete se inclinou para a frente, aproximando-se um pouco mais de Emily. —Você pode pegar ou largar, mas já te adianto que eu pago muito bem e adiantado!
—E de quanto estaríamos falando... Quero dizer! —Emily tentou redizer. —Sem querer ser indelicada, mas quanto seria esse pagamento?
— ... —Jennete escreveu em um de seus cartões de visita o valor que não era pouco e arrastou pela mesa até a frente de Emily.
—Isso parece bom pra você?
—O quê? —Emily pegou o cartão nas mãos e logo retornou os olhos enorme para Jennete. —Isso mesmo?
—Uhum!
—Mas espera um pouco... —Emily recuou rapidamente a euforia. —Eu terei que fazer alguma coisa com esse homem? Digo, beijo, sexo...? —Ergueu uma das sobrancelhas.
—Possivelmente acontecerá de precisarem ter momentos de carinho e afeto publicamente, mas isso só acontecerá quando estiverem em PÚBLICO. Caso estejam dentro de um cômodo seguro e sem câmeras, podem ficar há quilômetros de distância sem problema algum!
—Onde eu assino? —Perguntou Emily de imediato.
—Kreeky! —Jennety chamou o advogado.
~
Não tinha como ela deixar de aceitar aquilo! Quer dizer, Emily havia visto um número maior do que os dos depósitos de sua tia e aquele dinheiro seria exatamente a salvação para os próximos meses.
—Assine aqui, aqui, aqui, aqui e aqui. —Disse o advogado.
Ela teria aquela quantia gorda por três meses ou até mais, caso Jennete achasse que a situação de seu cliente precisasse de mais tempo para ser resolvida.
O único receio de Emily era realmente precisar ter algum tipo de relação sexual com o tal artista, mas como Jennete garantiu que isso não seria necessário tendo em vista que só era interessante a troca de afetos quando estivessem em público, Emmy não pensou duas vezes.
Depois de assinar, algumas neuroses começaram a passar pela sua cabeça como quem seria o tal homem. Se seria velho, gordo, bonito, careca, muito famoso, muito estranho, com bafo, cheiroso... E etc. Mas parecia que finalmente, estava na hora de conhecer quem seria o seu namorado pelos próximos três meses!
—Acompanhe-me por favor, Emily. —Disse Jennete levantando-se da cadeira e saindo porta a fora, sendo seguida por Emily que ao sair, encontrou-se com Isy que não perdeu a oportunidade de juntar a elas. —Seu “namorado” está aqui. —Disse Jennete abrindo a porta.
~
—Eu não consigo engolir essa história. —Disse Henry sentado em uma das poltronas, mantendo-se de costas para a porta da sala.
—Tente engolir após morder um pedaço de pizza! —Disse Nathan com uma fatia de pizza na mão.
—Você vai morrer se não parar de comer tanta porcaria!
—Você come rosca de açúcar todas às vezes que está em Londres!
—Aquilo é algo especial, não “pizza!” —Disse. —E outra, se sua personal te ver comendo pizza, adeus finais de semana livres!
—Não seja estraga prazeres! —Disse Nat.
—Você não deveria estar em uma reunião agora? —Henry perguntou a Nat.
—Jennete cancelou por causa desse seu negócio de namorada!
—Isso não é justo!
Mensagem:
Número desconhecido
—Eu estou com muitas saudades de você!
Henry olhou para Nat focado na pizza e na bela vista da janela ampla, e começou a digitar.
—Também estou com saudades de você e dos seus beijos!
.
—Eu posso sentir seu corpo daqui...
.
—Onde você está?
.
—Se eu disser você vem e nós não podemos de forma alguma dar essa brecha para o Tom.
.
—Está em Londres, não está? Onde?
.
—Não posso Henry... Mas estou com saudades! :/
.
—Onde você está?
.
—
.
—Responde! Eu te quero muito! Estou louco pra te ver, beijar você, beijar o seu corpo... Thea!
.
—
.
—Thea!
—Henry! —Jennete entrou na sala e Henry escondeu o celular como se ele fosse um pacote de cocaína prestes a passar pela fronteira.
—Olá Jennete! —Nat a cumprimentou serenamente.
—O que faz aqui Nathan? Nossa reunião foi cancelada!
—É bom te ver também, Jennete!
—Enfim... —Jennete balançou a cabeça e revirou os olhos no intuito de não se estressar com os deboches de mais um de seus clientes. —Henry, agora você está definitivamente em um relacionamento sério! —Disse Jennety abrindo espaço para as meninas entrarem.
—... —Ao entrar a menina de cabelo cacheado, Henry deu de ombros, ao contrário de Nat que ficou um tanto boquiaberto ao vê-la. Parecia o tipo perfeito dele, ao contrário de Emily que já ao tomar a visão de Henry, parecia ser o próprio diabo.
—Quando eu escutei Henry, torci para ser Harry ou qualquer Henry desse mundo que não fosse Dickens... —Emily enfiou as mãos no rosto.
—O quê? —Jennete fechou o sorriso orgulhoso no mesmo instante em que Emily terminou a frase. —Como?
—Não acredito que entre milhões de mulheres você foi capaz de escolher justamente ESSA! —Henry ergueu-se da cadeira e passou a mão no cabelo os jogando para trás. —Não! —Ele sorriu inquieto, fazendo sinal de negativo com o dedo indicador enquanto ia de um lado para o outro. —Escolha outra! Não vou namorar essa menina arrogante!
—Pela primeira vez eu concordo! —Disse Emily. —Sem chances de eu namorar três meses esse imbecil! —Afirmou balançando negativamente a cabeça. —Me ofereça milhões que não serão o suficiente para conviver com esse animal!
—Oh céus! —Jennete estava boquiaberta com o show de ofensas que aconteceu em menos de cinco minutos entre Henry e Emily ao se encontrarem.
—Eu sou o animal? —Henry apontou seu dedo para si. —Eu? Você que age o tempo todo como se viesse de uma safari e eu sou o animal? —Soltou uma risada irônica.
—Alguém me dê traga um remédio bem forte para dor de cabeça! —Disse Jennete indo para fora da sala.
—Isso não pode ser possível! —Disse Emily.
—Acalme-se Emily! Por favor!
—Eu tenho mil motivos para pular dessa janela! —Henry disse.
—Não seja dramático! —Emmy disse o deixando ainda mais irritado.
—Dramático? Eu vou ter que te namorar por TRÊS... —Ergueu três dedos. —Três meses! Você tem noção que vai ser uma tortura para mim?
—Como se eu achasse isso um sonho... —Emily revirou os olhos.
—Não revire os olhos para mim! —Henry bufou, cruzando os braços e amarrando ainda mais sua feição para Emily.
—Acostume-se a me ver fazer isso pra você pelos próximos três meses! —Afirmou Emily o olhando com desdém.
—Talvez acabe revirando seus olhos para mim de outra forma, “Emmy”! —Disse Henry soltando o apelido de Emily de forma irônica.
—Não pode me chamar de Emmy! —Bateu o pé de forma tão infantil quanto Henry. —Onde escutou isso?
—Brian! —Ele soltou um sorriso de lado e se sentou na poltrona novamente, mantendo os olhos em Emily. —Te chamar de “Emmy” te irrita? —Sorria de lado para ela.
—Não. Você me irrita! —Emily disse virando-se e se mantendo de costas para Henry.
—Esse circo acabou? —Jennete retornou com a mão na testa. —Não vejo a hora de me aposentar e viver sem estresse em Cancún!
—Jennete! Isso realmente não pode acontecer! —Henry se levantou mais uma vez da poltrona e disse se aproximando da agente. —Olhe bem para esse projeto de mulher! Realmente acha que a mídia vai engolir que eu, Henry Dickens, estou namorando essa criança?
—... —Jennete ergueu uma das sobrancelhas para Henry e o olhou fixamente, pronta para decapitá-lo.
—Sem querer te ofender, docinho... —Henry disse para Emily que mau podia acreditar nas idiotices que dizia. —Mas acredite, ela não é o tipo que conquista um cara como eu!
—Como se você fosse todo esse pacote de biscoito... —Emily disse mantendo seus olhos nas unhas, nitidamente desdenhando com classe.
—Ouça aqui...
—Ouçam aqui vocês! —Jennete interrompeu Henry. —Ambos têm um contrato comigo agora, e a partir de hoje, vocês são a porcaria do casal mais feliz que existe em Londres! —Disse sem a menor paciência, fazendo com que Henry e Emily, inclusive Nat e Isy prestassem bem a atenção em suas palavras. —Eu realmente não quero saber o porque vocês se detestam tanto, pois o que me interessa é que nós próximos meses o mundo acredite que vocês estão loucos de amor! Fervendo de paixão um pelo outro como se tudo fosse motivo de sexo!
— ... —Emily fez careta ao olhar para Henry. —Acho que será o maior desafio do mundo mostrar algum desejo sexual por esse homem! —Emmy soltou um suspiro, fazendo Henry manter-se calado e boquiaberto, com a língua apontada pela lateral interna de sua boca. Soltando um sorriso intrigante ao fim com um ar de quem acaba de aceitar a guerra.
—Eu não me importo! —Disse Jennete olhando bem para os dois. —Quando estiverem sozinhos, se matem, se mordam, se enforquem... Mas voltem vivos durante esses três meses quando eu mandar para aparecem publicamente felizes e apaixonados! Entenderam bem? —Ela tinha os olhos arregalados e afeição mais ameaçadora de todas.
—Sim... —Disse Henry.
— ... —Emmy engoliu seco e respondeu positivamente em seguida.
—Ótimo! Às três horas eu quero os dois nas ruas mais movimentadas de Londres, indo em um comércio público e comprando algo juntos! Quero engajamento dentro e fora do local! Muito carinho, muito afeto, muitas brincadeiras e sorrisos! Algo contrário disso não resultará em boas situações para os dois!
—Não sei como isso funcionará bem! —Disse Isy.
—Tem que funcionar meu bem! —Disse Jennete. —E vocês dois, venham até a minha sala comigo! —Disse Jennete para Nat e Isy. —Agora vocês precisam assinar o acordo de confidencialidade também e talvez, até venha a calhar!
—Ok. —Responderam mutuamente seguindo-a enquanto deixava aquela sala.
~
—Deus deve estar me castigando! —Disse Henry fazendo Emmy erguer uma das sobrancelhas para ele.
—Ah, com toda certeza! —Emmy disse indo a caminho da porta.
—Até sua voz é irritante! —Disse ele seguindo logo atrás em direção a porta.
—A cale-se Henry! —Disse ela abrindo a porta.
— ... —Ele bateu a porta a impedindo de sair.
—Eu nem sei porque Deus está me castigando assim, mas imagine se eu tivesse matado alguém, como ele poderia me dar um castigo maior do que esse? —Ela ergueu seu rosto farto para Henry.
—Vamos deixar claro que você é a insuportável aqui! —Disse Henry olhando bem para os olhos de Emily enquanto se encontravam presos na sala por ele.
—Acredite, você não é suportável puramente por ser famoso! —Ela sorriu com deboche.
—Você se acha muita coisa para me desdenhar tanto! Mas na verdade, eu acho que está blefando! —Disse ele bem perto de Emmy, olhando a bem nos olhos.
—Isso não é um jogo de cartas, Henry Dickens. —Ela disse o olhando ainda mais fixo que ele, já que Henry mantivera seu olhar divido entre o olhos e a boca de Emily.
—O que estamos jogando então Emily? —Ele perguntou e por um triz, aquilo não se tornava algo muito contraditório entre eles.
—Emily? —Isy girava a maçaneta, fazendo com que Henry tirasse o peso de seu braço que prendia a porta.
—Estou aqui Isy... —Emily lançou um último olhar repulsivo para Henry e abriu a porta, indo de encontro a sua irmã.
—Porque a porta estava fechada? —Perguntou Isy para Emily.
—Por pura babaquice de certas pessoas!
—Oi... —Nat apareceu e cumprimentou sorridentemente Isy como se não a visse desde ontem.
—Oi... —Isy tinha um sorriso bobo para Nat e Emmy não pode deixar de notar, o que a fez franzir o cenho e erguer os cantos da boca, percebendo que não só guerra aconteceria por ali.
—Eu vou ir descendo e... —Disse Emily indo em direção ao elevador.
—... —Quando alguém segura a porta e não poderia ser ninguém além do último homem que ela gostaria de ver na terra. —Oi “amor”!
—Que ódio! —Emily enfiou a mão no rosto, ação que repetia em todas as vezes que Henry a irritava maquiavelicamente.
—Então... Sinto muito em te dizer, mas preciso do seu número de telefone.
—O quê? —Emily fez careta ao parecer não entender bem. —Eu não vou te dar o meu número.
—Acredite, eu também não estou afim de te colocar na minha agenda telefônica! Mas Jennete disse que é “necessário”. —Enfatizou.
—Por um acaso alguém vai ver meu telefone?
—Ela disse que é por precaução! —Exclamou. —Toma! Coloca aí e salve como Emmy.
—Não vou salvar meu número no seu celular como Emmy! —Ela disse com o celular dele em mãos.
—Olha, você é bem chata, sábia? —Resmungou pegando o celular do bolso dela. —Será que tem alguma foto comprometedora aqui?
—Você parece ter treze anos! —Disse Emmy enquanto começava a digitar o número.
Mensagem para Henry:
Número desconhecido
—Eu não posso dizer onde estou, apenas que queria sentir o seu corpo no meu como aquele dia no México. Só eu e você é o que eu sonho todas as noites agora!
— Pronto! —Emmy devolveu o celular a Henry que ainda fuxicava o celular dela. —Pode me devolver o seu?
—Se você pode ler minhas mensagens eu posso ler as suas! —Disse quando quase chegavam ao térreo.
—Eu não li suas mensagens! —O elevador abriu e enfim chegaram ao térreo.
—O que estava fazendo agora? —Ele perguntou olhando-a com os cantos da boca levemente erguidos.
—A mensagem apareceu, não foi minha culpa!
—Também não tenho culpa se tira fotos só de lingerie! —Abriu um sorriso debochado no rosto, devolvendo o celular para Emmy.
—Eu não tenho fotos assim... —Emily alegou, mas o rosto estava completamente vermelho.
—Na sua lixeira tem! —Disse colocando os óculos escuros e se afastando.
—Arrg... —Emily bufou indo rapidamente até a lixeira e vendo que não havia foto alguma lá. —Idiota! —Revirou os olhos.
—Tchau amor! —Disse jogando um beijo, fazendo Emmy respirar fundo para não revirar os olhos.
—Emmy! —Poucos minutos, Isy apareceu no outro elevador. —O carro já está vindo?
—Acabei me distraindo! —Disse soltando um suspiro.
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Atualizado até capítulo 89
Comments
Maria
Tem fotos dos personagens?
2023-04-25
4
Carly
Esses dois são bem esquentadinhos🤣. Amando a estória 🥰
2023-04-15
2
Ana Karol Campos
kkkkkkk
2022-11-25
0