Cp 15 Mayume

Soube que o casamento já está certo para daqui um mês..., achei que teria tempo de enrolar até descobrir o que está por trás desse acordo..., pensei muito se iria falar a Thomas, me afastei para pensar no que fazer..., mas não tinha outro jeito senão contar tudo de uma vez..., só não esperava ter que fazer isso hoje..., fiz o que ele pediu..., contei.

A resposta que tive?, fui deixada sozinha, sofrendo, e nem sei porque ta doendo tanto essa reação dele..., eu já tinha me preparado para isso..., sempre espero o óbvio ou o pior, para não me pegar desprevenida..., mas com ele, por mais que eu soubesse do pior..., vê-lo sair assim acabou comigo...

Sento em uma cadeira arrasada, encosto a cabeça na mesa e choro..., muito..., o que eu esperava?, sabia que ele não entenderia..., sabia que não devia ter me envolvido tanto..., como vou olhar para ele?..., e trabalhar juntos então?…, não vai dar certo..., não devia ter me apaixonado por ele.

Após chorar por mais um tempo, respiro fundo, limpo meu rosto e vou para meu apartamento, ficar aqui não vai adiantar...

Um banho e cama..., fico olhando pro nada, fazendo uma análise da minha vida..., tive poucas paqueras, troquei beijos com dois garotos em todo ensino médio e conheci um carinha na faculdade..., da pra contar no dedo a única experiência sexual que tive: 1..., namorei por quase um ano..., quando soube do acordo de casamento, perdi a virgindade achando que quando meu pai soubesse ficaria livre, claro que eu gostava do rapaz, mas logo depois fui traída pelo babaca..., amor definitivamente não é para mim.

Thomas é o primeiro homem por quem realmente senti algo diferente e forte em pouquíssimo tempo..., só queria ter conseguido resolver tudo, para poder me entregar ao que estávamos começando.

Sempre fui direta e decidida no que quero, detesto esse sentimento de coisas mal resolvidas..., penso em fazer uma última tentativa de conversarmos..., tento entender a reação dele..., se analisar pela minha reação, até que foi tranquila, apesar de está me fazendo sofrer..., se fosse eu, provavelmente teria tentado mata-lo...

Tento pegar no sono, mas sou acordada pelo porteiro batendo forte em minha porta, moro em um apartamento pequeno de três cômodos e um quarto, da pra ouvir os barulhos de fora.

Porteiro:_ Boa noite...

May:_ Oi..., já é quase meia noite, por acaso o prédio ta pegando fogo?

Porteiro:_ Não..., mas tem um homem na portaria que insiste em falar com você...

May:_ Como ele se chama?

Porteiro:_ Thomas..., disse que é seu amigo..., achei ele um pouco atordoado..., o deixo entrar?

May:_ Sim..., pode deixar...

Ele deve ter esfriado a cabeça, talvez entenda o minha situação ou deve está bêbado, perdeu o rumo de casa e veio acabar de vez com minha paz..., não vou criar expectativas, ele é totalmente imprevisível. Uns minutos depois ele surgi em minha porta...

May:_ Por que está aqui?...

Thomas:_ Me deve respostas...

May:_ Bebeu e perdeu o caminho de casa?

Thomas:_ Não bebi..., quero entender tudo isso..., você me deve explicações...

Ele entra de uma vez. Mas é mesmo um insuportável..., tentei explicar, e ele simplesmente saiu como um maluco daquela sala, se quer me deu ouvidos, me deixou largada, me sentindo horrível por não ter falado antes..., e agora entra na minha casa sem ser convidado e senta na primeira poltrona que encontra...

May:_ Thomas..., eu..., odeio você...

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