Por Marina
Ele retorna, se abaixa e tira minhas sandálias, senta-se no sofá e leva meu pé até seu colo e coloca o gelo no meu tornozelo. Eu fico um pouco envergonhada, pois estou com m vestido curto e isso lhe dá uma boa visão de minhas pernas, mas ele desvia o olhar delas e fica olhando nos meus olhos.
- Aí.
- O gelo deve ajudar a aliviar a dor – ele me olha preocupado. – Quer que eu chame um médico?
- Não é necessário, deve ter sido só uma torsão e uns aranhões. Você já pode ir também, não há necessidade de ficar aqui e não quero estragar sua noite.
- Eu vou ficar, não vou deixar você sozinha desse jeito. E você não está estragando nada.
- Mas sua namorada vai ficar te esperando.
- Eu não tenho namorada.
- Eu vi você com aquela mulher morena. – digo e em seguida me corrijo. - Mas não é da minha conta, não interessa.
- É minha antiga chefe.
Depois de ele ter confessado que não tinha namorada tento me animar, mas saber que ele jantou com sua antiga chefe me deixa meio desconfortável, será que eles têm um caso?
Ele percebe minhas caretas:
- Você está com dor, quer um remédio?
- Eu aceito, pode pegar um analgésico no armário da cozinha?
- Sim, já volto.
Ele repousa meu pé no sofá e sai e não posso deixar de notar o quanto está lindo com aquela roupa, como tem um corpo másculo e sexy. Em seguida ele retorna para a sala com o remédio e um copo de água e me alcança.
- Obrigada. – digo tomando o remédio.
- De nada. – ele me dá um sorriso meigo.
Ficamos calados por um tempo, até que decido tentar andar até o quarto, mas assim que tento por meu pé no chão fracasso e ele se levanta rapidamente para me apoiar.
- O que está fazendo?
- Gostaria de ir para meu quarto, e pensei que...
Ele me pega no colo de repente me dando um susto.
- Eu levo você. Onde é?
- Lá em cima, na porta no final do corredor.
Ele me deva até o quarto, me coloca deitada na cama e me cobre com um cobertor. Essa proximidade me deixa meio ruborizada, sinto seu perfume e seu rosto tão próximo do meu, fecho meus olhos, mas ele logo se afasta.
- Precisa de mais alguma coisa?
- Não, estou melhor. Você já pode ir para casa para descansar também. – digo meio sem jeito.
- Eu já disse, não vou te deixar sozinha. – ele diz sério.
- Mas não é necessário, não vou sai daqui e amanhã cedo dona Zenaide deve chegar.
- Ela trabalha no domingo?
- Ah, não. Mas posso pedir para ela vir ou alguma amiga minha.
- Então quando elas chegarem eu vou embora, por hora não sairei daqui.
Ele pega uma manta e se senta em uma poltrona ali perto.
- Se precisar de algo é só pedir.
- Você realmente é muito teimoso, não tem necessidade.
- Que bom que você percebeu isso, porque não vou mudar de ideia.
- Está bem. – lhe dou um sorriso torto. – Boa noite então.
- Boa noite, Marina. – ele sorri de volta.
Tento dormir, mas não posso deixar de me sentir um pouco feliz por ele estar ali, tão perto e sendo tão cuidadoso e atencioso comigo.
Acordo pelas 7:00 com uma vontade enorme de ir ao banheiro, como Stevan não está no quarto tento me levantar e andar até o banheiro mas ainda sinto muita dor e não consigo firmar meu pé no chão, então paro e me agarro a escrivaninha ao meu lado, nisso percebo uma bandeja com café da manhã na mesinha e vejo que ele está ao telefone na sacada, ele deveria estar avisando alguém pelo que ouvi, mas quem? Tento ir pulando com uma perna só até o banheiro, mas ele entra e vai correndo me ajudar.
- Aonde você pensa que vai desse jeito?
- Bom dia para você também, eu só queria ir ao banheiro.
- Bom dia, eu te ajudo.
Ele me ajuda a ir até o banheiro e em seguida sai me deixando sozinha. Faço minha higiene, tomo banho e saio do banheiro enrolada em uma toalha, ele me ajuda a me apoiar pego algumas roupas e ele sai para que eu possa me trocar, em seguida ligo para Amanda, que não atende, depois para Fernanda, mas nada, o que significa que nem acordaram ainda, então ligo para dona Zenaide.
- Bom dia.
- Bom dia.
- Queria saber se a senhora poderia vir trabalhar hoje?
- Ah minha menina, eu não estou na cidade, vim passar o final de semana na casa do meu filho aqui em Santo André. Quer que eu volte? Aconteceu algo?
- Eu acho que torci o pé, mas não é necessário que a senhora volte por minha causa, aproveite o final de semana com seu filho.
- Está bem, amanhã estarei aí, se cuida.
- Tchau.
-Tchau.
Desligo e vejo que Stevan já está de volta ao quarto. Ele me traz a bandeja com o café da manhã.
- Eu preparei para você, acho que deve estar com fome.
- Muito obrigada, eu realmente estou faminta. – dou um meio sorriso.
- De nada. – ele me lança mais um daqueles seus sorrisos meigos que me deixam maravilhada.
- Bem acho que você também deve estar com fome então sente-se aqui e coma também. - Ele se senta próximo a mim na cama. Nós comemos em silencio, até que digo:
- Você pode ir para casa quando quiser, deve estar exausto.
- Então você conseguiu alguém para ficar com você?
- Ah. – faço uma careta e apenas digo. – Eu vou ficar bem, não se preocupe.
- Isso significa que não. Então terá que aceitar o que lhe restou, eu. Pois não sairei daqui.
- Você realmente é muito teimoso sabia?! – falo sorrindo.
- Acho que essa é minha maior qualidade. – diz ele sorrindo de volta.
- Acho que você tem qualidade melhores. – digo e logo me arrependo.
Ele me analisa por um momento, então fala:
- Então você tem me observado? – ele pergunta sorrindo e me encarando.
Eu fico pensando por um momento e aquela encarada desperta um desejo tão grande em mim de agarra-lo e beijá-lo, mas então desvio o olhar e apenas digo:
- Claro, você é meu motorista. – droga, porque falei isso.
- Ah, claro. – diz ele visivelmente desapontado.
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Atualizado até capítulo 22
Comments
Fabiana Maria Martins Toscan
tá começando animada
2022-10-23
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