A CEO Empoderada

A CEO Empoderada

Capítulo 1

Por Marina

Meu despertador toca no horário de sempre 6:00, já estou preparada para mais um dia de trabalho árduo onde eu terei de tomar muitas decisões, as quais serão de grande impacto na vida de muitas pessoas.

Sempre fui muito determinada em tudo que me proponho a fazer, e por isso é que cheguei tão longe ainda jovem, com apenas 28 anos sou CEO de uma grande empresa do ramo da tecnologia a EMBRITEC em São Paulo.

Mas nos últimos dias venho me distraindo com muita frequência, não gosto de admitir sentimentos românticos para mim mesma e associei a isso o fato de me sair tão bem na minha vida profissional, mesmo no fundo sabendo que um belo romance não me atrapalharia, pelo contrário talvez até me impulsionasse a ser uma pessoa e profissional melhor, não que eu seja uma tirana mas preciso me impor e ser firme em minhas deliberações com grande frequência para que a minha voz seja ouvida e desde sempre tem sido assim.

Quando criança meu pai costumava ser dominador com todos da casa e só aprendeu a me respeitar depois de perceber que eu não baixaria minha guarda, que não era impulsionada pelo medo. a faculdade de administração e posteriormente na especialização e na empresa não foi diferente, precisei impor minha voz para que fosse ouvida e para que todos soubessem o quanto minha opinião era importante e o quanto eu poderia contribuir com minhas ideias e tudo isso só me fez perceber o quanto é preciso ser forte quando se nasce mulher, parece que preciso mostrar o dobro de força e eficiência para ter o mesmo respeito que a sociedade dirige naturalmente a um homem.

Me arrumo como sempre, mostrando através de minha aparência que não estou para brincadeira, inspirando poder e que sei como usá-lo para conseguir o que quero.

Desço para tomar meu café que já está na mesa, repleto de frutas e guloseimas pois dona Zenaide empregada da casa a muitos anos faz questão de colocar uma mesa repleta de comida, dos mais variados tipos.

As 07:15 chego a sede da empresa, mas já estou atrasada pois como estou sem motorista e costumo dirigir de vagar, ultimamente venho me atrasado e isso me deixa nervosa. Eu sei que tenho uma manhã repleta de reuniões, o que por um lado é bom, já que preciso ocupar minha cabeça e me concentrar mais no trabalho para evitar certos pensamentos. Assim que chego no último andar do prédio onde fica a sede da empresa, passo pela recepção e vou em direção a minha sala e sou avisada que um homem está a minha espera.

Assim que entro, já apressada por saber que tenho muitas coisas a resolver, me deparo com nada mais nada menos que o motivo da minha distração dos últimos dias.

- Bom dia, senhorita Marina! Desculpe incomoda-la está hora, mas precisava lhe devolver isso, acredito que seja seu. – diz o homem.

Eu fico sem reação por alguns segundos, por que embora no meu intimo estivesse torcendo para encontra-lo novamente, não achei que isso fosse acontecer, afinal eu havia trompado com ele na calçada em quanto me diria para meu carro ao sair da empresa, foi algo acidental e inesperado, mas havia despertado algo dentro de mim que não sabia explicar. O homem certamente tinha uma aparência incrível que me atraía de uma forma que eu nunca senti antes, era alto, com um corpo visivelmente definido, braços fortes e coxas musculosas marcando o jeans desbotado.

Quando volto a prestar atenção, percebo que ele está ali esperando que eu diga algo, ao me estender uma agenda preta:

- Ah, Bom dia! Muito obrigada, realmente a agenda é minha.

- Bom, quando perguntei pelo nome escrito na agenda me pediram para esperar nesta sala, então você deve ser Marina, prazer Stevan!

Stevan estende a mão para me cumprimentar. Eu o comprimento e uma onda de eletricidade percorre meu corpo quando nos tocamos, eu rapidamente solto sua mão como se tivesse levado um choque e o analiso por um momento, tem olhos gentis de um azul opaco quase cinza, boca carnuda, o cabelo escuro meio desengrenado e um sorriso levemente torno nos lábios. Limpo minha mente e percebo que novamente estou sem reação parecendo uma idiota e isso me deixa irritada.

- Que bom que você encontrou minha agenda, realmente preciso muito dela. Eu estou atrasada agora, se me dá licença....

- Claro, não quero atrapalhar.

- Espera, eu preciso saber se você leu as informações contidas na agenda?

- Não, eu não me meteria em algo que não é da minha conta. Apenas li o nome para poder devolver ao dono.

- Claro, muito obrigada. Tem algo que eu possa fazer por você para recompensa-lo?

- Não, eu não cobraria por um simples favor. – ele pensa por um breve momento e faz uma leve careta, então complementa. - Mas tem algo que pode fazer por mim, sim.

- O que seria? – pergunto com cautela.

- Eu vi o anúncio de que vocês estão precisando de motorista, gostaria de uma entrevista.

Ah pronto. Agora eu teria motivos de sobra para me distrair todos os dias, com ele por perto, se bem que talvez ele não fosse o mais qualificado para o cargo e além do mais eu não podia negar-lhe uma entrevista, já que ele havia se dado ao trabalho de devolver minha agenda e segundo ele sem ler o que nela havia.

- Certo, esteja aqui na sexta as 07:00 da manhã. – digo firme.

- Estarei e obrigado pela oportunidade, tchau! – ele me lança um sorriso meigo, mas os olhos revelam uma intensidade que mexe com meu íntimo e então vai embora.

A semana passa rápido entre reuniões e tantos problemas e decisões que preciso tomar, mas tudo transcorre bem, até na quinta-feira. Na quinta-feira quando vou para minha última reunião para tratar da conta de um novo cliente, dirijo a reunião com a firmeza e a destreza de costume, apresento o projeto ao cliente e assim que dou a reunião por encerrada saio da sala de reuniões, mas Enzo um dos acionistas da empresa me segue até a minha sala.

- Ótima apresentação, Marina, como sempre. – diz ele me encarando e se aproximando. – Bom, como você sabe vou acompanhar mais as decisões aqui da empresa, em função das ações que pertencem a mim e também as de meu pai e meu tio, espero que não tenha problema.

- De modo algum, não temos nada a esconder, assim inclusive o senhor poderá ver que estamos fazendo um ótimo trabalho. – digo rígida.

- Disso eu não tenho dúvidas, sei o quanto você é boa no que faz. – ele me olha com um olhar predador e continua se aproximando. – Só gostaria de saber o que mais você faz bem!

- Minha vida particular não é da sua conta. Se era só isso que tinha para me falar pode sair, tenho muita coisa para fazer. - digo me dirigindo para de trás da mesa e impondo minha decisão de encerrar o assunto.

- Calma, eu só queria te conhecer melhor.

- Como eu disse, tenho muita coisa para resolver aqui, pode me dar licença?

- Claro, mas esse assunto ainda não está encerrado, até porque eu adoro mulheres difíceis. – diz ele me lançando mais um daqueles olhares invasivos cheios de volúpia e sai da sala.

Encerro meu dia e vou para casa e meu pensamento está novamente no homem que mexeu comigo, desde a primeira vez que o vi quando trompei com ele na saída da empresa e que depois aparecerá para me devolver a agenda, Stevan, e amanhã nos veríamos novamente e de certa forma anseio em vê-lo de novo, embora tivesse um certo receio do que mais ele despertaria em mim.

Mas um fato estava claro, em pouquíssimo tempo ele havia despertado desejo e uma inquietação dentro de mim que nem um homem havia conseguido, nem mesmo aqueles que insistiam constantemente em se aproximar, como pelo visto seria o caso de Enzo. Mas isso não me abalava, não mais, pois eu já havia enfrentado muitas situações assim, principalmente por trabalhar em um meio predominantemente masculino e muitos homens não saberem respeitar com profissionalismo uma mulher. Mas com o passar do tempo mostrei a eles quem eu era, minha competência, firmeza e determinação e os coloquei em seus devidos lugares, de profissionais e nada mais.

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