Capítulo 4

Por Stevan

A segunda-feira começa e estou ansioso pelo meu primeiro dia de trabalho, penso que fiz bem em não ter aceitado a proposta da Tânia em voltar a trabalhar para ela na sua empresa, até porque embora o salário oferecido por ela fosse maior do que o de motorista, viria com um grave inconveniente de que ela certamente ficaria em cima de mim com suas insinuações e eu não pretendia me envolver com ela, primeiro porque não costumo me envolver com qualquer uma e segundo porque jamais aceitaria as condições dela, em ser seu amante.

Me arrumo e saio para o trabalho, chegando adiantado fico aguardando dona Marina, logo ela aparece vestida maravilhosamente com um vestido nude justo até o joelho que ressalta seus seios e quadris avantajados, eu percorro meu olhar por seu corpo, mas fixo nos olhos e a cumprimento. Ela me explica a rotina de trabalho a ser seguida e entra no carro, parecendo mais fria que o normal. O dia de trabalho passa rápido. Quando vou busca-la para leva-la para casa vejo que ela está conversando com um homem e embora eu não goste da forma como ele a olha, recordo de já ter visto ele pela empresa e aguardo próximo ao carro. Ela vem em direção ao carro e o homem a segue e puxa seu braço, eu rapidamente vou até eles afastando o homem.

- Está tudo bem aqui, dona Marina?

- Está sim Stevan – ela me olha com um olhar de reprovação e depois olha para o homem – Como eu disse Enzo, em outro momento falamos sobre os assuntos da empresa, meu horário de trabalho já terminou.

Ela diz isso e dá o assunto por encerrado entrando no carro. Eu encaro o homem que não gostou nada de minha intromissão e em seguida vou para o banco do motorista.

- Quem você pensa que é para se meter dessa forma? – pergunta ela ríspida.

- Eu pensei que o homem a estava importunando, dona Marina. – respondo tranquilamente.

- Então me faça um favor, não se meta em meus assuntos! – ela fala irritada e completa. – Ele estava sendo inoportuno, mas eu sei lidar sozinha com meus problemas.

- Desculpe, não se repetirá, dona Marina.

- E não me chame mais de dona Marina isso me irrita, apenas Marina, ok?

- Certo.

- Certo, me leve para casa.

Então dirijo até sua casa e fico pensando que não concordo com o posicionamento dela, porque visivelmente o homem a estava incomodando e precisava ser parado. Talvez ela até fosse capaz de controlar a situação, sendo a mulher forte que era, mas admito que uma fúria cresceu em mim por ver aquele homem tão perto dela e sendo tão inconveniente.

As semanas passam sem mais problemas, já estava fazendo um mês que eu estava trabalhando como motorista e me sinto um pouco desapontado por Marina como prefere ser chamada estar me tratando tão friamente, acho que me enganei em relação a ela sentir o mesmo que sinto por ela, um desejo intenso e ardente.

Ela tem trabalhado muito e isso faz com que volta tarde da noite todos os dias e eu também, o que dificulta um pouco minha vida, pois minha mãe está cada vez mais fraca e embora eu a tenha levado para fazer inúmeros exames nos horários que Marina está na empresa e não precisa de meus serviços, ainda assim, deveria passar mais tempo com minha mãe para que ela se alimente corretamente e tome os remédios recomendados. E essa rotina de cuidar de minha mãe e trabalhar até tarde está me deixando exausto e com olheiras enormes, devo admitir.

No final de semana Marina me dispensa, dizendo que não precisará de meus serviços e aproveito para cuidar de minha mãe e procurar novos médicos que possam diagnosticar sua doença.

Mas no domingo de madrugada meu telefone toca, é uma mensagem de Marina me pendido para busca-la em uma festa.

 

Por Marina

As semanas que se passaram foram de tanto estresse e tensão, primeiro porque surgiram muitos problemas no trabalho e devido a isso eu estava voltando cada dia mais tarde para casa o que fazia com que Stevan tivesse que trabalhar até tarde também. E o segundo problema, bem ele era meu segundo problema, porque eu havia notado que ele parecia exausto e com olheiras enormes o que significava que devia estar tendo noites intensas com sua morena e isso me deixava com raiva, então por esse lado eu gostava de pensar que ele teria que trabalhar até tarde assim passaria menos tempo com sua morena misteriosa.

E ainda tinha o ocorrido da empresa, quando Stevan tentou me proteger de Enzo, tudo bem que Enzo realmente estava sendo invasivo, mas eu tinha o controle e sei como lidar com esse tipo de cara, afinal já passei muito por isso e o fato de ele achar que não sou capaz acaba me deixando irritada na hora, mas depois fico pensando que ele estava fazendo aquilo porque talvez se importasse comigo e talvez sentisse algo em relação a mim, mas então descido afastar esses pensamentos afinal ele deve ser comprometido e é meu funcionário.

Por isso descido que vou sair um pouco para relaxar com minhas amigas, Amanda e Fernanda. Me arrumo junto com Amada que está ali em casa, coloco um vestido curto dourado e uma sandália transparente, deixo meu cabelo solto em ondas e coloco brincos longos, faço uma maquiagem marcante para a noite e logo estou pronta, então Fernanda nos busca e vamos para uma festa no centro.

Ao chegar lá vamos para uma mesa e pedimos algumas bebidas. Vamos para a pista, dançamos e nos divertimos e alguns homens se aproximam para conversar conosco, eles se apresentam como Henrique, Julio e Theo. Nós conversamos por um tempo e Fernanda e Theo visivelmente estão muito interessados um no outro. A festa vai correndo e Fernanda nos avisa que vai levar Theo para casa e eu e Amanda decidimos não atrapalhar.

Henrique havia conversado e se insinuado comigo durante a festa toda, mas simplesmente não retribuo, não consigo me atrair por ele, já Amanda estava muito empolgada em uma conversa com o Julio. Convido Amanda para irmos ao banheiro e ela me diz que gostaria de ir com Julio para casa, já que ele havia oferecido uma carona e me pergunta se quero ir com eles.

- Acho que vou chamar um carro por aplicativo – digo indo para a cabine do banheiro e deixando meu celular e minha bolsa com ela.

- Por que você não vai com o Henrique então?

- Acho melhor não, ele pode entender errado.

- Está bom você que sabe, mas então porque não chama seu motorista gato?

- Ah, já é tarde e talvez ele esteja acompanhado de alguém.

- Como assim? Ele é casado?

- Não sei, mas lembra quando estávamos no restaurante e entrou um homem acompanhado de uma mulher?

- Lembro sim, era ele?

- Sim.

- Nossa realmente o seu motorista é lindo, que homem em...

- Para com isso. – digo enciumada.

- Mas pode ser qualquer uma que estava com ele.

- Talvez sim, mas e se for namorada?

- Acho que você precisa descobrir. – ela diz e me olha com um olhar travesso de quem fez arte.

Saímos do banheiro e voltamos para nossa mesa, pouco tempo depois sinto um olhar poderoso sobre mim, me viro e dou de cara com Stevan, dessa vez ele não estava com o terno de trabalho, e sim com calça jeans e uma camisa branca justa e o cabelo meio bagunçado, ele vem até mim.

- Gostaria de ir agora?

- Como assim?

- Você me mandou mensagem pedindo para busca-la aqui.

- Eu não...- então olho para meu celular e para Amada, que está com aquela cara de culpada.

- Eu posso te levar para casa Marina, vai ser um prazer. – diz Henrique.

- Na verdade é meu trabalho deixa-la em casa em segurança. – diz Stevan com firmeza.

- Eu posso assegurar que ela estará mais que segura comigo. – diz Henrique sorrindo.

- Disso eu não sei. – diz Stevan sério. – Mas vim aqui para isso, para garantir sua segurança.

Quando Henrique iria insistir eu me meto.

- Eu vou com Stevan, obrigada Henrique. – digo irritada.

Vamos para o carro e seguimos para casa. Quando vou descer do carro estou tão irritada com a cena da festa de Henrique e Stevan e também devido ao afeito do álcool e acabo descendo rápido tropeçando em minhas próprias pernas e caindo no chão.

Stevan rapidamente me pega em seus braços fortes e me leva para dentro de casa me colocando no sofá da sala.

- Está sentido dor?

- Estou com dor no meu pé e joelho direito.

- Vou procurar gelo.

Ele sai e vai em direção a cozinha e eu fico ali, mesmo sentido uma forte dor no tornozelo, ainda sinto a eletricidade percorrer meu corpo causada pela proximidade de nossos corpos no momento em que ele me pegou nos braços.

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