Mr. Salvatore
O dia de Nina começou como outro qualquer: tomou o seu banho, se vestiu, escovou os dentes e foi tomar o café.
Por volta das oito e meia deixou sua irmã na escola e seguiu para o trabalho que não era muito longe dali.
Nina trabalhava a três anos numa cafeteria muito famosa da cidade: Le Cofee, agradecia todos os dias por ter esse emprego que ajudava a não deixar faltar nada em casa para sua irmã.
Assim que chegou ao estabelecimento, colocou seu uniforme: Calça preta, camisa na cor preta com o nome da cafeteria e um avental cujo os bolsos colocava sempre seu caderno e uma caneta para anotar os pedidos.
O movimento como de costume estava tranquilo, o dia passou mais rápido do que ela esperava!
Atendera seu último cliente antes das uma da tarde, que era o horário do seu almoço.
Eram os trinta minutos que mais gostava, era o seu momento de paz!
Como de costume, Nina se dirigiu a sala dos funcionários retirou seu pote de comida da bolsa e o colocou no microondas para aquecer.
O prato de hoje era frango à parmegiana acompanhado de batatas fritas, arroz e salada que obviamente colocava num potinho separado da comida.
Enquanto esperava o tempo para que seu prato fosse preparado começou a lembrar dos eventos que ocorreram na noite anterior.
Uma lágrima escorreu dos seus olhos! Por que ele fazia uma coisa dessas?
Não falava de um garoto qualquer! E sim do próprio pai!
Um homem frio e agressivo que não suportava as filhas pelos seus próprios motivos!
Motivos quais Nina e Lorena descobriram no dia anterior, após a chegada de Calebe completamente bêbado e gritando palavrões dos quais Nina e Lorena estavam acostumadas a ouvir todos os dias.
E outros que ele mesmo inventava, se tudo tivesse ficado em palavras seria apenas mais uma noite comum como outra na casa dos Lawrence!
O que nem Lorena e Nina imaginavam é que o pai tentaria esfaquear uma delas.
Para proteger Lorena, Nina se colocou em sua frente e levou uma facada no braço.
Com muito esforço conseguiu desarmar o pai e gritou para Lorena que estava paralisada no meio da escada para que subisse para o quarto e se trancasse no quarto.
A irmã mesmo assustada a obedeceu. Por um descuido de Nina, seu pai recuperou a faca.
Calebe perseguiu a filha pela casa inteira com a faca na mão.
Depois de algum tempo, Nina conseguiu retirar a faca de suas mãos, despistou o pai e escondeu a faca debaixo do sofá.
Quando ela pensou que as coisas iam se acalmar Calebe a atacou pelas costas lhe dando alguns socos.
Apanhou a noite toda, quando o pai se cansou, Nina arrastou o seu corpo para o corredor da casa simples e não chorou.
Ao menos não colocou as lágrimas para fora, só ela sabia como seu coração estava naquele momento.
Respirou fundo e com muito esforço subiu as escadas, entrou no quarto e trancou a porta antes de se jogar na cama.
Bip.Bip.Bip.
O som do microondas indicava que seu prato estava aquecido, foi esse barulho que despertou Nina das tristes lembranças.
Com cuidado retirou o pote e degustou o almoço com calma.
Do outro lado da cidade, um homem muito importante e imponente lidava com um dos seus devedores.
Essa pessoa não era nada mais nada menos que Calebe Lawrence, um rato.
Mais um que caira no golpe da luxúria! E quantos não caem?
Thiago Salvatore o observava a algum tempo, o rato sempre perdia e ainda assim continuava.
Era bom para os negócios, não? Só que assim como tudo havia limite, tinha um limite para o jogadores ou melhor perdedores!
Pegar dinheiro emprestado com o mafioso mais perigoso da Itália, era uma jogada pra lá de ousada para um fracassado.
Mais ousado ainda era mentir para esse mafioso!
Dizer, ou melhor implorar de joelhos para dar o dinheiro para ajudar no tratamento da filha com cancêr e usar o dinheiro para apostar em um dos meus cassinos.
Tão pior foi ter a certeza de sua mentira! O acordo de pagamento foi assinado, o rato pagaria tudo dentro de doze meses.
A quantia? Um milhão de dólares, o acordo foi assinado e tudo estava certo!
Certo até os meses se passarem e Thiago não ver a cor do dinheiro.
Como Calebe ousara debochar dele? A pouco tempo, o mafioso desconfiava da história inventada pelo rato para conseguir a quantia e resolveu investigar por conta própria.
O seguiu durante uma semana e descobriu que havia sido enganado!
Certo dia avistou o homem, puxar duas meninas pelo braço com certa brutalidade.
Seria uma delas a tal filha supostamente doente?
Pelo visto não! As duas pareciam bem de saúde!
Desde aquele dia Thiago colocou os seus homens para ficar de olho no rato!
A gota d'água aconteceu na noite anterior, quando Calebe disse ao gerente do cassino para colocar todas as despesas financeiras, o pagamento das prostitutas e as bebidas na conta do dono justificando que pagaria no dia seguinte o que devia!
Uma certa ligação pegaria o rato de surpresa! O mafioso queria conversar com ele pessoalmente.
Aqui estão! O rato e o mafioso frente a frente, o que acontecerá a partir dali dependerá do resultado da reunião.
— Ora, ora o rato finalmente deu as caras!
O mafioso acendeu seu charuto enquanto encarava o homem a sua frente com confiança.
— Eu já ia pagar, senhor é que.. minha filha piorou e..
O rato tentou justificar, o mafioso soltou a fumaça e gargalhou debochadamente.
— Deixe de mentiras! Sei que não existe essa história de filha doente, ou acha que sou bobo?
O rato começou a se agitar.
— Senhor, estou num momento muito difícil! Não é fácil sustentar uma casa sozinho e..
O mafioso riu novamente.
— Realmente não deve ser fácil, já que o dinheiro pelo visto vai parar nos meus cassinos.
— Prometo que na semana que vem te pago!
O rato disse enquanto passava a mão no cabelo.
— Assim como prometeu que pagaria a cerca de um ano e não cumpriu?
O mafioso ficou em pé.
— Quero que me dê um motivo para que eu não lhe mate agora mesmo!
Sacou a arma e apontou na direção do rato.
— Por favor, não me mate! Minhas filhas são tudo o que tenho, ficarão desamparadas.
Implorou.
— Devido ter pensado nisso antes de ter me passado a perna.
— Faço o que quiser, posso trabalhar o tempo que for necessário para pagar essa dívida!
O mafioso o encarou com ar divertido.
— Nem se trabalhasse os anos que lhe resta conseguiria me pagar essa quantia!
— Te provarei o contrário, senhor Salvatore.
O rato respondeu confiante.
— Não acredito em você, terá de me pagar o dobro pela quebra do contrato.
— O dobro? Eu não tenho essa quantia.
— Me diga quanto tem nesse exato momento!
O mafioso perguntou tentando dar uma oportunidade ao rato.
— Tenho cinco dólares!
O mafioso gargalhou.
— Terei de matá-lo, tenho pena das suas filhas por terem um pai bosta como você.
— Já sei como irei pagá-lo!
Exclamou o rato com sorriso malicioso.
— Não curto, homens!
O mafioso o olhava seriamente.
— Não planejava me oferecer!
— E se o fizesse estaria nas mãos dos meus homens, alguns deles curtem.
O mafioso deu um sorriso diabólico que fez o rato arregalar os olhos de pânico.
— Seria a melhor opção, a dívida estaria paga.
— Jamais aceitaria nada desse tipo!
— O que acontece é que você não está na posição de aceitar ou não aceitar nada!
— Garanto que existe algo que eu possa oferecer que será do seu agrado!
O rato disse aquilo numa tentativa desesperada de sair dali vivo.
— O que poderia me oferecer?
O mafioso perguntou desconfiado. Não cairia no papo furado do rato novamente.
— Uma de minhas filhas.
O mafioso guardou sua arma no bolso e voltou ao seu lugar.
— Pai do ano você hein.
Debochou.
— Está difícil, são duas bocas para alimentar.
O rato tentou justificar a proposta que fez ao mafioso.
— Qual é o nome da moça?
O mafioso demonstrava interesse isso era bom, assim pensava o rato.
Agora só dependia dele fazer a escolha certa!
— O nome dela é Lorena, tem vinte e um anos.
O rato disse confiante precisava passar o máximo possível de credibilidade, o mafioso precisava cair no papo.
— Huum.. trato feito!
O mafioso disse sem hesitar. O rato assustou-se com a resposta rápida, não acreditava que seria tão fácil convencê-lo.
— Buscarei a moça em três dias.
O mafioso respondeu firme.
— Sim, senhor Salvatore.
— A sua oferta veio a calhar preciso casar-me rapidamente, pelos negócios!
— Entendo, senhor Salvatore.
O rato estava aliviado sua jogada deu certo, se livraria de vez do peso morto.
A culpada pela morte de sua amada Maryellen.
Lorena estará nas mãos do homem mais influente da cidade.
A única preocupação que pairava em sua mente era o simples fato de ter mentido a idade da jovem.
Desde que os papéis do casamento fossem assinados não seria um problema para agora.
— Já pode ir rato, e nem pense em tentar fugir!
— Não faria isso!
O rato garantiu.
— Se o fizer, não será apenas você que pagará o preço!
O mafioso o ameaçou.
— Tudo sairá como planejado!
O rato respondeu antes de se retirar do enorme escritório.
Thiago acabara de resolver dois problemas de uma só vez e isso o tranquilizava.
Abriu sua gaveta e retirou três fotos. Uma do rato e as outras duas eram das filhas dele.
Qual delas era Lorena? A jovem de casaco ou a jovem de camisa de alcinha?
De fato no fim não importava, conheceria as duas e apenas Lorena voltaria para a enorme mansão com ele.
Dessa vez, Thiago esperava que o rato cumprisse sua palavra.
Ele não seria louco de tentar enganá-lo uma segunda vez, o mafioso pensou.
Ou seria?
Nina Lawrence, 18 anos
Lorena Lawrence, 15 anos
Calebe Lawrence, 42 anos
Thiago Salvatore, 27 anos
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Atualizado até capítulo 95
Comments
M227
Vocês são incríveis, mal postei e já tem 14 favoritados💗
2022-10-14
66
Neusa Tumiero
q Salvatore lindo é d tirar o folego
2022-11-10
4
Adelita Alves
Já garanti o meu favoritismo, ansiosa pelo próximos capítulos dessa história 🤭✌️
2022-10-15
1