NovelToon NovelToon

Mr. Salvatore

Capítulo 1 - O Início De Tudo

O dia de Nina começou como outro qualquer: tomou o seu banho, se vestiu, escovou os dentes e foi tomar o café.

Por volta das oito e meia deixou sua irmã na escola e seguiu para o trabalho que não era muito longe dali.

Nina trabalhava a três anos numa cafeteria muito famosa da cidade: Le Cofee, agradecia todos os dias por ter esse emprego que ajudava a não deixar faltar nada em casa para sua irmã.

Assim que chegou ao estabelecimento, colocou seu uniforme: Calça preta, camisa na cor preta com o nome da cafeteria e um avental cujo os bolsos colocava sempre seu caderno e uma caneta para anotar os pedidos.

O movimento como de costume estava tranquilo, o dia passou mais rápido do que ela esperava!

Atendera seu último cliente antes das uma da tarde, que era o horário do seu almoço.

Eram os trinta minutos que mais gostava, era o seu momento de paz!

Como de costume, Nina se dirigiu a sala dos funcionários retirou seu pote de comida da bolsa e o colocou no microondas para aquecer.

O prato de hoje era frango à parmegiana acompanhado de batatas fritas, arroz e salada que obviamente colocava num potinho separado da comida.

Enquanto esperava o tempo para que seu prato fosse preparado começou a lembrar dos eventos que ocorreram na noite anterior.

Uma lágrima escorreu dos seus olhos! Por que ele fazia uma coisa dessas?

Não falava de um garoto qualquer! E sim do próprio pai!

Um homem frio e agressivo que não suportava as filhas pelos seus próprios motivos!

Motivos quais Nina e Lorena descobriram no dia anterior, após a chegada de Calebe completamente bêbado e gritando palavrões dos quais Nina e Lorena estavam acostumadas a ouvir todos os dias.

E outros que ele mesmo inventava, se tudo tivesse ficado em palavras seria apenas mais uma noite comum como outra na casa dos Lawrence!

O que nem Lorena e Nina imaginavam é que o pai tentaria esfaquear uma delas.

Para proteger Lorena, Nina se colocou em sua frente e levou uma facada no braço.

Com muito esforço conseguiu desarmar o pai e gritou para Lorena que estava paralisada no meio da escada para que subisse para o quarto e se trancasse no quarto.

A irmã mesmo assustada a obedeceu. Por um descuido de Nina, seu pai recuperou a faca.

Calebe perseguiu a filha pela casa inteira com a faca na mão.

Depois de algum tempo, Nina conseguiu retirar a faca de suas mãos, despistou o pai e escondeu a faca debaixo do sofá.

Quando ela pensou que as coisas iam se acalmar Calebe a atacou pelas costas lhe dando alguns socos.

Apanhou a noite toda, quando o pai se cansou, Nina arrastou o seu corpo para o corredor da casa simples e não chorou.

Ao menos não colocou as lágrimas para fora, só ela sabia como seu coração estava naquele momento.

Respirou fundo e com muito esforço subiu as escadas, entrou no quarto e trancou a porta antes de se jogar na cama.

Bip.Bip.Bip.

O som do microondas indicava que seu prato estava aquecido, foi esse barulho que despertou Nina das tristes lembranças.

Com cuidado retirou o pote e degustou o almoço com calma.

Do outro lado da cidade, um homem muito importante e imponente lidava com um dos seus devedores.

Essa pessoa não era nada mais nada menos que Calebe Lawrence, um rato.

Mais um que caira no golpe da luxúria! E quantos não caem?

Thiago Salvatore o observava a algum tempo, o rato sempre perdia e ainda assim continuava.

Era bom para os negócios, não? Só que assim como tudo havia limite, tinha um limite para o jogadores ou melhor perdedores!

Pegar dinheiro emprestado com o mafioso mais perigoso da Itália, era uma jogada pra lá de ousada para um fracassado.

Mais ousado ainda era mentir para esse mafioso!

Dizer, ou melhor implorar de joelhos para dar o dinheiro para ajudar no tratamento da filha com cancêr e usar o dinheiro para apostar em um dos meus cassinos.

Tão pior foi ter a certeza de sua mentira! O acordo de pagamento foi assinado, o rato pagaria tudo dentro de doze meses.

A quantia? Um milhão de dólares, o acordo foi assinado e tudo estava certo!

Certo até os meses se passarem e Thiago não ver a cor do dinheiro.

Como Calebe ousara debochar dele? A pouco tempo, o mafioso desconfiava da história inventada pelo rato para conseguir a quantia e resolveu investigar por conta própria.

O seguiu durante uma semana e descobriu que havia sido enganado!

Certo dia avistou o homem, puxar duas meninas pelo braço com certa brutalidade.

Seria uma delas a tal filha supostamente doente?

Pelo visto não! As duas pareciam bem de saúde!

Desde aquele dia Thiago colocou os seus homens para ficar de olho no rato!

A gota d'água aconteceu na noite anterior, quando Calebe disse ao gerente do cassino para colocar todas as despesas financeiras, o pagamento das prostitutas e as bebidas na conta do dono justificando que pagaria no dia seguinte o que devia!

Uma certa ligação pegaria o rato de surpresa! O mafioso queria conversar com ele pessoalmente.

Aqui estão! O rato e o mafioso frente a frente, o que acontecerá a partir dali dependerá do resultado da reunião.

— Ora, ora o rato finalmente deu as caras!

O mafioso acendeu seu charuto enquanto encarava o homem a sua frente com confiança.

— Eu já ia pagar, senhor é que.. minha filha piorou e..

O rato tentou justificar, o mafioso soltou a fumaça e gargalhou debochadamente.

— Deixe de mentiras! Sei que não existe essa história de filha doente, ou acha que sou bobo?

O rato começou a se agitar.

— Senhor, estou num momento muito difícil! Não é fácil sustentar uma casa sozinho e..

O mafioso riu novamente.

— Realmente não deve ser fácil, já que o dinheiro pelo visto vai parar nos meus cassinos.

— Prometo que na semana que vem te pago!

O rato disse enquanto passava a mão no cabelo.

— Assim como prometeu que pagaria a cerca de um ano e não cumpriu?

O mafioso ficou em pé.

— Quero que me dê um motivo para que eu não lhe mate agora mesmo!

Sacou a arma e apontou na direção do rato.

— Por favor, não me mate! Minhas filhas são tudo o que tenho, ficarão desamparadas.

Implorou.

— Devido ter pensado nisso antes de ter me passado a perna.

— Faço o que quiser, posso trabalhar o tempo que for necessário para pagar essa dívida!

O mafioso o encarou com ar divertido.

— Nem se trabalhasse os anos que lhe resta conseguiria me pagar essa quantia!

— Te provarei o contrário, senhor Salvatore.

O rato respondeu confiante.

— Não acredito em você, terá de me pagar o dobro pela quebra do contrato.

— O dobro? Eu não tenho essa quantia.

— Me diga quanto tem nesse exato momento!

O mafioso perguntou tentando dar uma oportunidade ao rato.

— Tenho cinco dólares!

O mafioso gargalhou.

— Terei de matá-lo, tenho pena das suas filhas por terem um pai bosta como você.

— Já sei como irei pagá-lo!

Exclamou o rato com sorriso malicioso.

— Não curto, homens!

O mafioso o olhava seriamente.

— Não planejava me oferecer!

— E se o fizesse estaria nas mãos dos meus homens, alguns deles curtem.

O mafioso deu um sorriso diabólico que fez o rato arregalar os olhos de pânico.

— Seria a melhor opção, a dívida estaria paga.

— Jamais aceitaria nada desse tipo!

— O que acontece é que você não está na posição de aceitar ou não aceitar nada!

— Garanto que existe algo que eu possa oferecer que será do seu agrado!

O rato disse aquilo numa tentativa desesperada de sair dali vivo.

— O que poderia me oferecer?

O mafioso perguntou desconfiado. Não cairia no papo furado do rato novamente.

— Uma de minhas filhas.

O mafioso guardou sua arma no bolso e voltou ao seu lugar.

— Pai do ano você hein.

Debochou.

— Está difícil, são duas bocas para alimentar.

O rato tentou justificar a proposta que fez ao mafioso.

— Qual é o nome da moça?

O mafioso demonstrava interesse isso era bom, assim pensava o rato.

Agora só dependia dele fazer a escolha certa!

— O nome dela é Lorena, tem vinte e um anos.

O rato disse confiante precisava passar o máximo possível de credibilidade, o mafioso precisava cair no papo.

— Huum.. trato feito!

O mafioso disse sem hesitar. O rato assustou-se com a resposta rápida, não acreditava que seria tão fácil convencê-lo.

— Buscarei a moça em três dias.

O mafioso respondeu firme.

— Sim, senhor Salvatore.

— A sua oferta veio a calhar preciso casar-me rapidamente, pelos negócios!

— Entendo, senhor Salvatore.

O rato estava aliviado sua jogada deu certo, se livraria de vez do peso morto.

A culpada pela morte de sua amada Maryellen.

Lorena estará nas mãos do homem mais influente da cidade.

A única preocupação que pairava em sua mente era o simples fato de ter mentido a idade da jovem.

Desde que os papéis do casamento fossem assinados não seria um problema para agora.

— Já pode ir rato, e nem pense em tentar fugir!

— Não faria isso!

O rato garantiu.

— Se o fizer, não será apenas você que pagará o preço!

O mafioso o ameaçou.

— Tudo sairá como planejado!

O rato respondeu antes de se retirar do enorme escritório.

Thiago acabara de resolver dois problemas de uma só vez e isso o tranquilizava.

Abriu sua gaveta e retirou três fotos. Uma do rato e as outras duas eram das filhas dele.

Qual delas era Lorena? A jovem de casaco ou a jovem de camisa de alcinha?

De fato no fim não importava, conheceria as duas e apenas Lorena voltaria para a enorme mansão com ele.

Dessa vez, Thiago esperava que o rato cumprisse sua palavra.

Ele não seria louco de tentar enganá-lo uma segunda vez, o mafioso pensou.

Ou seria?

Nina Lawrence, 18 anos

Lorena Lawrence, 15 anos

Calebe Lawrence, 42 anos

Thiago Salvatore, 27 anos

Capítulo 2 - Comportamento Estranho

Dois dias depois...

Tanto Nina quanto Lorena se surpreenderam ao chegar em casa no fim daquela tarde.

O pai estava sóbrio e feliz. As recebeu com um abraço, Lorena reparou na limpeza e organização da casa.

Nina não recordava qual fora a vez que viu o pai fazer algo dentro de casa.

Lorena foi a cozinha e viu que a geladeira completamente cheia, mal tinha espaço de tão cheia.

Havia tudo do bom e do melhor. Desde carnes e frangos, à besteiras como iogurte, leite condensado e frios.

Até vinho, suco e refrigerante. Nina olhava para o pai desconfiada, de onde ele tirara dinheiro para tudo aquilo.

Ela se perguntava. Decidiu não falar nada.. por hora!

O dia havia sido extremamente cansativo! A noite anterior para sua surpresa foi tranquila, sem agressões ou palavrões.

Seja lá o que havia acontecido para Calebe mudar de comportamento fazia com que as jovens desejassem que acontecesse mais vezes!

A tempos que não viam o pai sorrir! Algo totalmente normal, mas que para as irmãs Lawrence era raro.

A morte da mãe fez com que o pai ficasse desse jeito, ele disse várias vezes que a culpa era delas.

Totalmente delas! E que Maryellen era o único motivo pelo qual não havia jogado tudo para o alto e ido para bem longe.

Com a morte dela, Calebe tinha obrigação de cuidar das meninas.

Isso era algo que o aborrecia profundamente!

Ao menos o acordo com Thiago Salvatore o livraria de uma delas.

Como de costume as jovens subiram as escadas e cada uma foi para o seu respectivo quarto para tomar banho e colocar uma roupa limpa.

Enquanto Lorena fazia o trabalho de casa, Nina foi à cozinha para preparar o jantar, como sempre o jantar saia às sete horas da noite.

Em ponto! Nem a mais e nem a menos! Eram as exigências do pai, e como o mesmo estava de bom humor a jovem preferiu começar as preparações.

Nina optou por fazer uma carne de panela com legumes, um arroz soltinho e um feijão bem temperado.

Assim que Lorena terminou suas lições auxiliou Nina cortando os legumes e os colocando para cozinhar.

Do sofá, Calebe assistia aquela cena e por um instante sentiu pena das filhas.

Teriam de aproveitar as poucas horas de convívio até a partida de Lorena.

E por que não vendeu a Nina? Ora bolas! O motivo era mais que óbvio!

Alguém tinha de sustentar a casa! O dinheiro do mafioso não duraria para sempre.

Por mais que Calebe fôsse tapado ainda tinha lábia!

Convenceu o mafioso a lhe dar algum dinheiro para comprar mantimentos para que a filha tivesse uma despedida do lar decente.

Apesar de achar estranho o mafioso atendeu ao pedido!

E deixou com Calebe o dobro da quantia que precisava.

O mafioso disse a Calebe que sua noiva deveria estar apresentável para que ele pudesse avaliá-la.

Cerca de quarenta minutos o jantar estava pronto, e pontualmente às 19:00 os três sentaram a mesa para degustar a refeição.

— Preciso ter uma conversa séria com vocês!

Cruzou os talheres dentro do prato. As duas jovens olharam para ele com preocupação.

— Amanhã receberei a visita de um homem importante e quero que as duas estejam apresentáveis!

O pai disse objetivamente.

— Sem problemas, pai.

Lorena respondeu timidamente.

— Esse homem importante é alguém que conhecemos?

Nina perguntou curiosa enquanto garfava os legumes.

— Sim, ele me ofereceu um trabalho. A visita dele é para oficializar!

O pai mentiu, pois achou que era a melhor forma das coisas darem certo.

— Sério? Fico feliz pelo senhor.

Nina sorriu. O resto do jantar seguiu tranquilamente.

Calebe se ofereceu para lavar a louça e guardar as panelas na geladeira, quando retornou a mesa entregou picolé para as filhas.

Um de morango e outro de flocos. Nina observava sua irmã se alegrar com o pequeno gesto, apesar de estar feliz com a mudança de atitude do pai alguma coisa lhe dizia para ficar em alerta!

Degustou seu picolé de flocos ainda receosa, o que aconteceria em seguida?

Antes de dormir, Calebe entregou 200$ para cada uma das filhas justificando mais uma vez que a visita era importante é precisava causar boa impressão!

Mesmo desconfiada, Nina quis acreditar que esse novo trabalho melhoraria as coisas para Lorena e para ela.

E que todo o histórico de agressões e palavrões havia chegado ao fim!

Seriam a família de antes do acidente!

Sorriu ao lembrar das épocas felizes. Dos passeios ao parque aquático e das viagens em família.

Uma lágrima escorreu pelo seu rosto.

Lorena achava tudo aquilo o máximo! O papai voltou, assim ela pensava.

O que elas não sabiam era que tudo se tratava de um plano de Calebe para que elas agissem da forma natural.

O mafioso sob hipótese alguma poderia desconfiar que estava sendo passado para trás ou tudo iria por água a baixo!

Se tudo desse certo quem sabe o mafioso não o recompensasse financeiramente?

Afinal se tornariam parentes, nada mais justo!

Por hora, Calebe se contentava em ver todo o seu plano dar certo!

Do outro lado da cidade o mafioso curtia a noite ao lado de sua amante Safira.

As coisas estavam cada vez mais quentes, ambos estavam nus.

O mafioso só tinha uma coisa em mente: despedir-se da vida de solteiro da melhor forma possível.

Infelizmente uma segunda coisa invadiu seus pensamentos!

E essa seria a situação mais complexa que teria de lidar!

Safira era uma mulher muito bonita trabalhava num dos cassinos Salvatore, e foi lá que o destino cruzou o seu caminho com Thiago.

O homem da sua vida! O homem que um dia lhe tornaria dona de todo império.

O sonho, a ideia eram simplesmente perfeitos!

Infelizmente as coisas só ficaram perfeitas na sua mente!

Thiago não era como os outros homens que caiam na sua lábia, faziam tudo por ela e imploravam por mais uma noite.

Thiago era muito carnal. O sexo com ele era dos deuses.

Mordeu o lábio de excitação! Safira tinha uma expectativa grande para a noite em questão, dividiam a cama à seis meses.

Tempo suficiente para conhecer alguém, tempo suficiente para propor a esse alguém algo importante.

Algo duradouro e eterno: A chave do seu coração!

O compromisso eterno de pertencer um ao outro!

Thiago como sempre lhe chamou para um hotel chique regado a boa comida e um vinho maravilhoso!

Safira sabia quais eram.suas intenções mas esperava algo diferente naquela noite.

Quando já estavam nus, Thiago deixou que Safira fizesse todo o trabalho e como ela gostava disso.

Ficar no comando! Em determinado momento, Thiago jogou Safira na cama e a fo*eu com força e bem rápido.

Exatamente como ela gostava, não demorou muito para que os dois chegassem ao ápice do prazer.

Como de costume tomaram um senhor banho de banheira e retornaram ao quarto nus.

Ao observar o comportamento de Thiago aquela noite, Safira percebeu que ele se completara estranho.

— Thiago, me conte o que está acontecendo.

A amante disse calmamente. Depois de alguns meses ao lado de Thiago percebeu que só o afastaria se criasse uma briga à toa.

— Esperava te dar a notícia a dois dias mas você estava viajando.

— Isso não importa mais! Quero saber o que estava acontecendo.

A amante encontrava-se enfurecida e queria explicações não sairia de lá sem uma.

— Veja como fala ou esqueceu quem eu sou?

Apertou com força o braço dela.

— Sabe que eu gosto quando me pega com força e..

Ela balançou a cabeça e voltou sua atenção ao assunto.

— Não tente me distrair. Diz o que aconteceu para estar tão diferente!

— Serei direto. Safira, irei me casar no próximo mês.

Aquelas palavras atravessaram o coração da amante de tal forma que a mesma ficou sem reação.

— Não entendi.

— Irei me casar, Safira.

A amante começou a se vestir e sentou na cama.

— Assim do nada?

Estranhou.

- Como assim 'do nada'? Esse sempre foi o plano!

Safira revirou os olhos. A amante sabia que era apenas um caso.

— Não se faça de inocente, sabe que nunca a levei a sério!

O mafioso reforçou sua ideia principal.

— Sempre acreditei que lhe faria mudar de ideia.

Sorriu fraco enquanto tomava uma taça de champanhe.

— Eu não sou esse tipo de homem!

A amante gargalhou.

— E olha o que está fazendo agora!

O mafioso andou até ela e a levantou pelo pescoço.

— JÁ FALEI PARA FALAR COMIGO DIRETO, PO**A!

Apertou um pouco mais forte e só parou quando a amante se debateu.

— Assim está melhor!

Sorriu enquanto a amante tossia.

— Seu... seu...

O mafioso a interrompeu.

— Você me usou. Pense que..

O mafioso calçou os sapatos.

— Pensou que seria minha dona, pensou que seria a Mr. Salvatore! Você é patética!

Debochou. A amante foi forte e não cedeu as provocações.

— De qualquer forma já estou de saída, já pedi para enviarem suas coisas para sua casa.

Mas a que casa ele se referia?

— Isso é alguma brincadeira?

Perguntou incrédula.

— Voltará ao cassino, seu antigo lar.

A amante espumava de raiva.

— Agradeça por ainda ter um emprego! Você sabe muito bem o que aconteceu com as anteriores!

O mafioso respondeu com firmeza. Safira sabia exatamente o que acontecera com suas antecessoras.

A maioria morreu por ameaçar o mafioso, duas por traição e a última foi por roubo.

A amante engoliu em seco era o seu maior medo.

— Aproveite o tempo que resta na suíte, irei para casa.

O mafioso saiu do quarto com um sorriso diabólico nos lábios.

Esse fora o erro da maior parte das suas amantes: Achar que um dia seria a senhora da casa.

A dona do Mafioso mais temido e cobiçado da região.

Ao entrar no carro, Thiago riu. Um bando de mulheres tolas e sem personalidade!

Uma igual a outra. O mafioso fez o que fora preciso, amanhã conheceria sua noiva.

Como será que ela o receberá? De pernas abertas... seria perfeito!

O mafioso deu a partida no carro e se divertiu com os pensamentos:

Safira.. pobre Safira tão iludida!

Uma coisa ela poderia ficar despreocupada: Não faltaram p*us para ela sentar.

Assim que adentrou a mansão deitou-se na cama e por um momento pensou se estaria cometendo uma loucura.

Por propor casamento ao alguém que mal conhece!

Safira Nolles, 25 anos

Capítulo 3 - Engano

Nina e Lorena passaram a maior parte do dia fora de casa, o pai lhes disse que deveriam estar impecáveis.

Assim o fizeram. Cabelo, unhas e é claro compraram roupas para a ocasião especial.

Nina escolheu um vestido rosa claro com um decote que realçava o formato dos seus seios, o vestido deixava a cintura marcada e tinha uma fenda no meio da perna.

Escolheu uma salto alto nude e fino.

Lorena comprou uma sandália plataforma e um vestido preto com detalhes prateados na cintura, o comprimento era até o meio das pernas.

As jovens fizeram as unhas no melhor salão da cidade, as duas optaram pelo design clássico: pé e mão com francesinha.

Almoçaram numa churrascaria e retornaram para a casa por volta das duas e meia da tarde.

Assim que Calebe as viu um sorriso apareceu.

As filhas por sua vez desconfiaram, o pai não era do tipo que demonstrava qualquer tipo de afeto no dia em questão as recebeu com um abraço.

Ao reparar um pouco na casa perceberam que tudo estava limpo e arrumado, ao questionar o pai a resposta foi a seguinte:

— Decidi organizar tudo por aqui na ausência de vocês, não se preocupem com o jantar deixem tudo por minha conta.

Calebe tinha tudo ao seu favor, as moças não imaginavam o que aconteceria mais tarde.

Já na mansão Salvatore, Thiago torturava um capanga da máfia rival para obter informações.

— Maldito momento em que cruzou o meu caminho.

O mafioso disse enquanto arrancava um pedaço da pele do seu prisioneiro.

O mesmo berrava, implorava para que ele parasse.

— Diga o que eu quero ouvir e poderá sair daqui vivo.

O mafioso blefou e não demorou muito para que o prisioneiro abrisse o bico.

— Muito bem, essas informações foram valiosas.

O mafioso exclamou. O que o X9 não esperava era ter sua garganta cortada.

Pois o mesmo arregalou os olhos após o feito do mafioso.

— Por que está fazendo essa cara?

O mafioso perguntou com ar de deboche.

— Achou mesmo que sairia vivo dessa? Coitadinho!

Agachou-se em frente ao corpo caído ao chão, o sangue daquele ser inútil escorrendo e formando leves poças.

O mafioso respirou fundo e saiu do porão, precisava tirar o cheiro de morte de si antes de finalmente buscar sua noiva.

O casamento não passava de uma formalidade.

Era apenas para que seu pai largasse do seu pé, Thiago era o filho do meio e era o único que estava solteiro e ainda não havia firmado compromisso com ninguém.

Já era tio e nada de casamento.

Situação a qual mudaria em pouco tempo!

E por falar em mudanças, Safira esteve na mansão Salvatore para oferecer seus serviços enquanto o casamento não fosse oficializado.

As mulheres inconformadas, tsc! O mafioso pensou assim que ouviu tal proposta.

Safira mais do que ninguém deveria saber que uma prostituta como ela jamais será uma senhora!

Muito menos a senhora Salvatore! A mesma pelo visto não entendeu o recado na noite anterior ou pior: se fez de desentendida!

Thiago fez questão de atender seu pedido! Já que ela queria dar.. assim o faria!

O mafioso chamou dois dos seus homens para realizar o desejo de Safira.

A mesma ficou horrorizada não era aquilo que pretendia!

Ela queria Thiago e não os capachos dele! A ex-amante pensava.

Dos males o pior os homens não eram repugnantes..

O mafioso lhes disse para os rapazes aproveitarem o presente porquê Safira faria tudo que desejassem por conta dele é claro.

Safira fechou a cara e olhou para o mafioso com muita raiva.

Essas mulheres não aprendem ou não querem aprender!

Acham que dar um chá de bu*eta vai fazer um homem cair no golpe?

O maior golpe é tentar se valer disso!

Verdade seja dita as pessoas só se apaixonam quando existe um interesse em comum, pensamentos iguais e etc.

O mafioso refletia enquanto tomava seu banho, assim que terminou vestiu-se com roupa social a qual usava sempre.

Camisa branca desabotoada apenas nos três últimos botões, calça social preta e seu calçado preto.

Desceu a longa escada e já do lado de fora da garagem pegou o carro.

Na casa dos Lawrence tudo estava saindo de acordo com o planejado!

O jantar estava pronto, as moças já arrumadas à espera do pai na sala.

Lorena estava entusiasmada com o fato de receber uma visita importante, ninguém os visitavam.

A noite era importante para o pai e ela sabia que deveria se comportar muito bem para que o mesmo não ficasse bravo.

Nina estava achando tudo aquilo um tanto exagerado, tinha algo errado.

A história do pai não batia! E desde quando ele cozinhara tão bem?

Não sabia ferver uma água? E fez um Bife Wellington?

Suspeito, estava na cara que pagou alguém e não haveria nada de errado nisso se a família tivesse condições, as quais não tem pois só ela trabalha.

Por um momento Nina deixou-se levar e aquietou seu coração, talvez o pai tivesse convencido o novo chefe a dar-lhe um adiantamento.

Era isso! A única explicação plausível era aquela!

Pouco tempo depois a campainha tocou como o pai ainda não havia descido Nina decidiu recepcionar o convidado.

Assim que abriu a porta seus olhares se conectaram, o homem a sua frente era alto e muito imponente, uma coisa era certa o chefe do seu pai não era alguém flexível.

O mesmo deu um rápido sorriso antes de voltar a ficar sério novamente.

Lorena ficou encantada com o belo homem de cabelos cor de mel e olhar penetrante, ele era apaixonante disso ela tinha certeza.

O coração de Nina começou a bater mais forte pois ao prestar um pouco mais de atenção no homem importante percebeu que o emprego que o pai arrumara não era legal.

Sentiu as mãos suarem ainda mais quando os dois foram pegar o mesmo aperitivo e seu dedos se tocaram.

De repente uma corrente elétrica passou pelo corpo todo Nina.

Thiago estava impressionado com a beleza das moças, principalmente a que abriu a porta para ele.

Aquela deve ser a Lorena, assim o mafioso pensou apesar da jovem aparentar ser um pouco mais nova.

A outra com certeza não era Lorena, dava para perceber que era uma menina ainda.

Muito bonita também mas ainda era uma menina!

Calebe desceu as escadas extremamente alegre, cumprimentou o mafioso e todos dirigiram-se a mesa.

As jovens serviram o jantar ao convidado enquanto o pai enchia todas as taças com vinho tinto.

Nina estranhou o feito do pai, pois as duas são menores de idade, tanto que Lorena foi a cozinha buscar novas taças e colocar água para as duas.

O mafioso achou a atitude das jovens prudente, sua futura esposa não era uma bêbada inconsequente.

Ele se perguntava qual delas era!

Calebe conversava com o mafioso como se fossem amigos ou até chegados, o que na verdade não era o caso.

Para que o plano desse certo deveria ser dessa forma.

Lorena e Nina estavam tão felizes pelo pai!

— Senhor Salvatore, não é?

Perguntou Lorena com curiosidade.

— Me chame de Thiago está bem?

O mafioso respondeu simpático.

— Ficamos muito felizes pelo que fez por nosso pai, não temos como agradecer!

Nina disse com sinceridade.

— Acredito que todos devam ter uma segunda chance, não é Lorena?

O mafioso disse a Nina.

— Me desculpe mas acho que se confundiu me chamo Nina.

Calebe começou a suar frio e o mafioso sentiu que havia algo errado.

Assim como Nina que a dois dias estranhou o comportamento do pai.

Lorena estava confusa com a situação e Nina observou que o pai estava agitado.

— Acho que o mais adequado é nos retirarmos para poderem conversar melhor!

Nina ficou em pé e Lorena fez o mesmo. Mas quando fizeram menção em se retirar o pai as impediu.

— Fiquem, seria uma desfeita com o nosso convidado.

Calebe sentia que as filhas desconfiavam de alguma coisa.

— Estou cansada, e acredito que Lorena também!

— Cansadas de quê?

O pai perguntou tentando manter a compostura, não poderia perder o controle na frente do mafioso ou colocaria tudo a perder.

— Passamos o dia fora, amanhã é domingo preciso me organizar para a semana. Segunda tenho prova, pai tenho de me sair bem!

Lorena justificou-se preocupada, seu desempenho escolar não era um dos melhores apesar de estudar muito suas notas eram medianas.

— Vou buscar um café!

O pai se retirou.

— Faz faculdade, Lorena?

O mafioso arriscou em perguntar. A mesma negou.

Nesse momento o mafioso percebeu que estava sendo enganado!

— Está encrecado de novo pai? Conte-nos por favor!

A filha mais velha perguntou discretamente.

O pai simplesmente a ignorou. E depois de alguns minutos respondeu.

Calebe voltara com a bandeja de café, xícaras, cubos de açúcar e alguns biscoitos amanteigados.

— Tudo bem, não tem com o que se preocupar minha filha.

Calebe respondeu carinhosamente.

O mafioso degustou o café enquanto observava o rato, pelo visto o trato estava desfeito.

O rato mentiu! Mais uma vez enganou o mafioso.

— Foi um jantar maravilhoso, a companhia nem se fala.

Thiago respondeu simpático.

— E continuará, ainda está cedo!

O rato olhou para o mafioso com determinação.

— E então, Calebe... qual das duas moças virá comigo?

O mafioso decidiu que acabaria com o jogo do rato.

Estava mais que óbvio que o rato enganou a todos.. ou melhor: tentou!

— Papai, do que ele está falando?

Lorena perguntou preocupada.

— O papai não lhes contou?

O mafioso decidiu que não pouparia o rato de sua culpa.

— Pai, do que oseu chefe está falando?

Nina se levantou.

— Chefe? O que contou para suas filhas?

O mafioso gargalhou.

— Quem é ele, papai?

Lorena tentara se afastar em vão. O pai ficou em frente a porta.

— Você não irá a lugar nenhum, a não ser que esteja acompanhada do senhor Salvatore!

O pai respondeu rispidamente.

— Espere aí!

Nina observou com atenção o homem imponente que estava próximo de si.

— Você é o dono do cassino!

Exclamou assustada.

— Bingo!

Respondeu debochadamente.

— Papai o que você fez!

Nina olhou para o pai enojada.

— Fiz o que foi necessário!

Calebe disse calmamente.

— Ele vendeu a Lorena!

O mafioso respondeu para acabar com o mistério.

— SEU MALDITO COMO PÔDE?

Nina o atacou com socos, o pai apenas ria. E por um breve... breve momento o mafioso sentiu pena das jovens por ter um 'pai' tão patético como o rato.

— Era o único jeito de acabar com a dívida ou ele me mataria!

O rato tentava se justificar.

— Eu não vou com ninguém, isso é um absurdo!

Lorena esbravejou.

— Vai sim! Ou todos morreremos?

O pai justificou.

— Pai me diz a verdade... esse homem quem te obrigou a me vender?

Lorena perguntou tentando segurar as lágrimas.

— Deixa que eu respondo, essa.

O mafioso precisava acabar com aquilo imediatamente.

— O rato propôs vender uma de vocês..

As duas olharam-se preocupadas.

_ O rato me disse que Lorena tinha vinte e um anos, o que vejo claramente que não é verdade!

Lorena chorava incontrolavelmente.

— TUDO ISSO FOI UM MALDITO JOGO, SEU SUJO! NOS ENGANOU! NOS ATRAIU PARA UMA ARMADILHA!

Nina berrou incrédula enquanto peitava o pai.

— E QUANTO A VOCÊ..

A jovem virou-se ao mafioso.

— NÃO CARREGARÁ MINHA IRMÃ PARA CANTO NENHUM! EU NÃO PERMITIREI TAL COISA!

Nina ficou frente a frente com o mafioso.

— Sabe com quem está falando?

— COM UM EXPLORADOR!

A jovem respondeu corajosamente.

— Posso te matar aqui e agora!

O mafioso apontou a arma para ela.

— Se quisesse já tinha o feito!

Nina ousadamente segurou a arma e apontou para o seu próprio peito.

— NINA, NÃO!!

Lorena gritou. O rato permaneceu calado. E o mafioso bom.. estava gostando do rumo que as coisas estavam tomando.

A jovem a sua frente era corajosa e tinha princípios, o mafioso tinha certeza.

— Quantos anos tem, Nina?

O mafioso destravou a arma.

— De que isso importa?

Nina revirou os olhos.

— Cuidado pequena.. posso ser bem cruel!

Thiago deu um sorriso cínico. A jovem gargalhou.

— Estou vendo.

Desdenhou.

— Vamos acabar logo com esse joguinho..

O mafioso fez suspense.

— Decidi o que farei!

Guardou a arma sob o olhar sério de Nina.

— Me mata!

O rato ajoelhou-se no chão. O mafioso riu.

— O acordo foi desfeito, rato! Você pagará o triplo, agradeça a suas filhas por não estar morto!

O mafioso respondeu com um sorriso diabólico nos lábios.

— Já não fez estrago o suficiente?

Calebe levantou-se do chão boquiaberto.

- Vamos Lorena!

O mafioso a chamou. Mas Nina o impediu de se aproximar

— Não se aproxime dela!

Nina rosnou.

— Me leve, mas deixei minhas filhas em paz!

Calebe se pôs à frente de Nina ficando cara a cara com mafioso.

— Não tão rápido, rato! Ainda preciso resolver o meu problema.

O mafioso não perderia a chance de fazer um bom negócio como aquele.

O rato não tinha o que fazer a não ser ceder, e assim ele o fez.

— Estou sem saída!

Calebe sentou no sofá com as mãos no rosto e pôs -se a chorar.

A cena era realmente patética.

— Deve ter outra forma!

Lorena se negava a acreditar que todos morreriam pela quebra do acordo do pai.

— Qual o problema que você precisa resolver?

Nina perguntou com curiosidade.

— Cansou de gritar e resolveu ser simpática? Ou finalmente se deu conta de quem é que está no comando?

O mafioso debochou.

— Não vai dizer?

Nina o olhou confusa. O mafioso fechou a cara.

— Então mate a todos! Ah é mesmo.. você por alguma razão precisa dessa família medíocre.

A jovem respondeu a altura e o mafioso não gostou nada da sua atitude.

Era ela! Nina, era perfeita para ocupar o cargo que Thiago precisava.

Uma mulher forte e que não tinha medo de contrariá-lo.

— Vamos embora, Nina!

Thiago a jogou sobre os ombros.

— Não a leve, me mate!

O rato insistiu novamente.

— O que está fazendo? Me coloca no chão!

A jovem socou as costas do mafioso.

— Não pense em fugir senão..

Thiago ameaçou.

— Já sei.. você mata a todos!

O mafioso a colocou no chão.

— Pra mim foi o suficiente por hoje! Até rato, até menina!

— Por favor, não deixe minha irmã aqui com esse louco!

Nina implorou.

— Sinto muito, ela terá de ficar!

O mafioso disse friamente.

— Por favor, não me afaste da minha irmã!

Lorena ajoelhou aos pés do mafioso.

— Vamos, Nina. Não há mais o que fazer!

O mafioso puxou Nina pelo braço enquanto a mesma tentava em vão alcançar a irmã mais nova que estava ao chão chorando.

Assim que saíram da casa o mafioso pressionou a jovem contra o carro, que se assustou com o gesto inesperado.

— Solte-me, seu..

O mafioso colou seu corpo junto ao dela.

- A minha intuição nunca me engana.. é a candidata perfeita!

O mafioso sorriu maliciosamente.

— Me solta!

A jovem pediu.

— Não antes de esclarecer algumas coisas..

O mafioso respondeu seco.

— Nunca me desafie, Nina. Não sabe como posso ser cruel!

Advertiu.

— Agora ao menos vai me dizer o que você precisa!

Nina estava curiosíssima, o que um.homem como aquele iria querer com ela?

Uma garota simples e insignificante!

— Será minha esposa, Nina!

O mafioso a soltou e abriu a porta do carro para ela.

- Agora entre!

Ordenou com sorriso vitorioso. A jovem prontamente obedeceu, não estava nenhum pouco feliz com a situação.

Nina sabia que seu destino estava traçado e pelo bem sua irmã teria de se aproximar do mafioso e conquistar sua confiança.

De qualquer jeito, ela não tinha outra alternativa.

Seria em pouco tempo a senhora Salvatore!

Para mais, baixe o APP de MangaToon!

novel PDF download
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!