Nina e Lorena passaram a maior parte do dia fora de casa, o pai lhes disse que deveriam estar impecáveis.
Assim o fizeram. Cabelo, unhas e é claro compraram roupas para a ocasião especial.
Nina escolheu um vestido rosa claro com um decote que realçava o formato dos seus seios, o vestido deixava a cintura marcada e tinha uma fenda no meio da perna.
Escolheu uma salto alto nude e fino.
Lorena comprou uma sandália plataforma e um vestido preto com detalhes prateados na cintura, o comprimento era até o meio das pernas.
As jovens fizeram as unhas no melhor salão da cidade, as duas optaram pelo design clássico: pé e mão com francesinha.
Almoçaram numa churrascaria e retornaram para a casa por volta das duas e meia da tarde.
Assim que Calebe as viu um sorriso apareceu.
As filhas por sua vez desconfiaram, o pai não era do tipo que demonstrava qualquer tipo de afeto no dia em questão as recebeu com um abraço.
Ao reparar um pouco na casa perceberam que tudo estava limpo e arrumado, ao questionar o pai a resposta foi a seguinte:
— Decidi organizar tudo por aqui na ausência de vocês, não se preocupem com o jantar deixem tudo por minha conta.
Calebe tinha tudo ao seu favor, as moças não imaginavam o que aconteceria mais tarde.
Já na mansão Salvatore, Thiago torturava um capanga da máfia rival para obter informações.
— Maldito momento em que cruzou o meu caminho.
O mafioso disse enquanto arrancava um pedaço da pele do seu prisioneiro.
O mesmo berrava, implorava para que ele parasse.
— Diga o que eu quero ouvir e poderá sair daqui vivo.
O mafioso blefou e não demorou muito para que o prisioneiro abrisse o bico.
— Muito bem, essas informações foram valiosas.
O mafioso exclamou. O que o X9 não esperava era ter sua garganta cortada.
Pois o mesmo arregalou os olhos após o feito do mafioso.
— Por que está fazendo essa cara?
O mafioso perguntou com ar de deboche.
— Achou mesmo que sairia vivo dessa? Coitadinho!
Agachou-se em frente ao corpo caído ao chão, o sangue daquele ser inútil escorrendo e formando leves poças.
O mafioso respirou fundo e saiu do porão, precisava tirar o cheiro de morte de si antes de finalmente buscar sua noiva.
O casamento não passava de uma formalidade.
Era apenas para que seu pai largasse do seu pé, Thiago era o filho do meio e era o único que estava solteiro e ainda não havia firmado compromisso com ninguém.
Já era tio e nada de casamento.
Situação a qual mudaria em pouco tempo!
E por falar em mudanças, Safira esteve na mansão Salvatore para oferecer seus serviços enquanto o casamento não fosse oficializado.
As mulheres inconformadas, tsc! O mafioso pensou assim que ouviu tal proposta.
Safira mais do que ninguém deveria saber que uma prostituta como ela jamais será uma senhora!
Muito menos a senhora Salvatore! A mesma pelo visto não entendeu o recado na noite anterior ou pior: se fez de desentendida!
Thiago fez questão de atender seu pedido! Já que ela queria dar.. assim o faria!
O mafioso chamou dois dos seus homens para realizar o desejo de Safira.
A mesma ficou horrorizada não era aquilo que pretendia!
Ela queria Thiago e não os capachos dele! A ex-amante pensava.
Dos males o pior os homens não eram repugnantes..
O mafioso lhes disse para os rapazes aproveitarem o presente porquê Safira faria tudo que desejassem por conta dele é claro.
Safira fechou a cara e olhou para o mafioso com muita raiva.
Essas mulheres não aprendem ou não querem aprender!
Acham que dar um chá de bu*eta vai fazer um homem cair no golpe?
O maior golpe é tentar se valer disso!
Verdade seja dita as pessoas só se apaixonam quando existe um interesse em comum, pensamentos iguais e etc.
O mafioso refletia enquanto tomava seu banho, assim que terminou vestiu-se com roupa social a qual usava sempre.
Camisa branca desabotoada apenas nos três últimos botões, calça social preta e seu calçado preto.
Desceu a longa escada e já do lado de fora da garagem pegou o carro.
Na casa dos Lawrence tudo estava saindo de acordo com o planejado!
O jantar estava pronto, as moças já arrumadas à espera do pai na sala.
Lorena estava entusiasmada com o fato de receber uma visita importante, ninguém os visitavam.
A noite era importante para o pai e ela sabia que deveria se comportar muito bem para que o mesmo não ficasse bravo.
Nina estava achando tudo aquilo um tanto exagerado, tinha algo errado.
A história do pai não batia! E desde quando ele cozinhara tão bem?
Não sabia ferver uma água? E fez um Bife Wellington?
Suspeito, estava na cara que pagou alguém e não haveria nada de errado nisso se a família tivesse condições, as quais não tem pois só ela trabalha.
Por um momento Nina deixou-se levar e aquietou seu coração, talvez o pai tivesse convencido o novo chefe a dar-lhe um adiantamento.
Era isso! A única explicação plausível era aquela!
Pouco tempo depois a campainha tocou como o pai ainda não havia descido Nina decidiu recepcionar o convidado.
Assim que abriu a porta seus olhares se conectaram, o homem a sua frente era alto e muito imponente, uma coisa era certa o chefe do seu pai não era alguém flexível.
O mesmo deu um rápido sorriso antes de voltar a ficar sério novamente.
Lorena ficou encantada com o belo homem de cabelos cor de mel e olhar penetrante, ele era apaixonante disso ela tinha certeza.
O coração de Nina começou a bater mais forte pois ao prestar um pouco mais de atenção no homem importante percebeu que o emprego que o pai arrumara não era legal.
Sentiu as mãos suarem ainda mais quando os dois foram pegar o mesmo aperitivo e seu dedos se tocaram.
De repente uma corrente elétrica passou pelo corpo todo Nina.
Thiago estava impressionado com a beleza das moças, principalmente a que abriu a porta para ele.
Aquela deve ser a Lorena, assim o mafioso pensou apesar da jovem aparentar ser um pouco mais nova.
A outra com certeza não era Lorena, dava para perceber que era uma menina ainda.
Muito bonita também mas ainda era uma menina!
Calebe desceu as escadas extremamente alegre, cumprimentou o mafioso e todos dirigiram-se a mesa.
As jovens serviram o jantar ao convidado enquanto o pai enchia todas as taças com vinho tinto.
Nina estranhou o feito do pai, pois as duas são menores de idade, tanto que Lorena foi a cozinha buscar novas taças e colocar água para as duas.
O mafioso achou a atitude das jovens prudente, sua futura esposa não era uma bêbada inconsequente.
Ele se perguntava qual delas era!
Calebe conversava com o mafioso como se fossem amigos ou até chegados, o que na verdade não era o caso.
Para que o plano desse certo deveria ser dessa forma.
Lorena e Nina estavam tão felizes pelo pai!
— Senhor Salvatore, não é?
Perguntou Lorena com curiosidade.
— Me chame de Thiago está bem?
O mafioso respondeu simpático.
— Ficamos muito felizes pelo que fez por nosso pai, não temos como agradecer!
Nina disse com sinceridade.
— Acredito que todos devam ter uma segunda chance, não é Lorena?
O mafioso disse a Nina.
— Me desculpe mas acho que se confundiu me chamo Nina.
Calebe começou a suar frio e o mafioso sentiu que havia algo errado.
Assim como Nina que a dois dias estranhou o comportamento do pai.
Lorena estava confusa com a situação e Nina observou que o pai estava agitado.
— Acho que o mais adequado é nos retirarmos para poderem conversar melhor!
Nina ficou em pé e Lorena fez o mesmo. Mas quando fizeram menção em se retirar o pai as impediu.
— Fiquem, seria uma desfeita com o nosso convidado.
Calebe sentia que as filhas desconfiavam de alguma coisa.
— Estou cansada, e acredito que Lorena também!
— Cansadas de quê?
O pai perguntou tentando manter a compostura, não poderia perder o controle na frente do mafioso ou colocaria tudo a perder.
— Passamos o dia fora, amanhã é domingo preciso me organizar para a semana. Segunda tenho prova, pai tenho de me sair bem!
Lorena justificou-se preocupada, seu desempenho escolar não era um dos melhores apesar de estudar muito suas notas eram medianas.
— Vou buscar um café!
O pai se retirou.
— Faz faculdade, Lorena?
O mafioso arriscou em perguntar. A mesma negou.
Nesse momento o mafioso percebeu que estava sendo enganado!
— Está encrecado de novo pai? Conte-nos por favor!
A filha mais velha perguntou discretamente.
O pai simplesmente a ignorou. E depois de alguns minutos respondeu.
Calebe voltara com a bandeja de café, xícaras, cubos de açúcar e alguns biscoitos amanteigados.
— Tudo bem, não tem com o que se preocupar minha filha.
Calebe respondeu carinhosamente.
O mafioso degustou o café enquanto observava o rato, pelo visto o trato estava desfeito.
O rato mentiu! Mais uma vez enganou o mafioso.
— Foi um jantar maravilhoso, a companhia nem se fala.
Thiago respondeu simpático.
— E continuará, ainda está cedo!
O rato olhou para o mafioso com determinação.
— E então, Calebe... qual das duas moças virá comigo?
O mafioso decidiu que acabaria com o jogo do rato.
Estava mais que óbvio que o rato enganou a todos.. ou melhor: tentou!
— Papai, do que ele está falando?
Lorena perguntou preocupada.
— O papai não lhes contou?
O mafioso decidiu que não pouparia o rato de sua culpa.
— Pai, do que oseu chefe está falando?
Nina se levantou.
— Chefe? O que contou para suas filhas?
O mafioso gargalhou.
— Quem é ele, papai?
Lorena tentara se afastar em vão. O pai ficou em frente a porta.
— Você não irá a lugar nenhum, a não ser que esteja acompanhada do senhor Salvatore!
O pai respondeu rispidamente.
— Espere aí!
Nina observou com atenção o homem imponente que estava próximo de si.
— Você é o dono do cassino!
Exclamou assustada.
— Bingo!
Respondeu debochadamente.
— Papai o que você fez!
Nina olhou para o pai enojada.
— Fiz o que foi necessário!
Calebe disse calmamente.
— Ele vendeu a Lorena!
O mafioso respondeu para acabar com o mistério.
— SEU MALDITO COMO PÔDE?
Nina o atacou com socos, o pai apenas ria. E por um breve... breve momento o mafioso sentiu pena das jovens por ter um 'pai' tão patético como o rato.
— Era o único jeito de acabar com a dívida ou ele me mataria!
O rato tentava se justificar.
— Eu não vou com ninguém, isso é um absurdo!
Lorena esbravejou.
— Vai sim! Ou todos morreremos?
O pai justificou.
— Pai me diz a verdade... esse homem quem te obrigou a me vender?
Lorena perguntou tentando segurar as lágrimas.
— Deixa que eu respondo, essa.
O mafioso precisava acabar com aquilo imediatamente.
— O rato propôs vender uma de vocês..
As duas olharam-se preocupadas.
_ O rato me disse que Lorena tinha vinte e um anos, o que vejo claramente que não é verdade!
Lorena chorava incontrolavelmente.
— TUDO ISSO FOI UM MALDITO JOGO, SEU SUJO! NOS ENGANOU! NOS ATRAIU PARA UMA ARMADILHA!
Nina berrou incrédula enquanto peitava o pai.
— E QUANTO A VOCÊ..
A jovem virou-se ao mafioso.
— NÃO CARREGARÁ MINHA IRMÃ PARA CANTO NENHUM! EU NÃO PERMITIREI TAL COISA!
Nina ficou frente a frente com o mafioso.
— Sabe com quem está falando?
— COM UM EXPLORADOR!
A jovem respondeu corajosamente.
— Posso te matar aqui e agora!
O mafioso apontou a arma para ela.
— Se quisesse já tinha o feito!
Nina ousadamente segurou a arma e apontou para o seu próprio peito.
— NINA, NÃO!!
Lorena gritou. O rato permaneceu calado. E o mafioso bom.. estava gostando do rumo que as coisas estavam tomando.
A jovem a sua frente era corajosa e tinha princípios, o mafioso tinha certeza.
— Quantos anos tem, Nina?
O mafioso destravou a arma.
— De que isso importa?
Nina revirou os olhos.
— Cuidado pequena.. posso ser bem cruel!
Thiago deu um sorriso cínico. A jovem gargalhou.
— Estou vendo.
Desdenhou.
— Vamos acabar logo com esse joguinho..
O mafioso fez suspense.
— Decidi o que farei!
Guardou a arma sob o olhar sério de Nina.
— Me mata!
O rato ajoelhou-se no chão. O mafioso riu.
— O acordo foi desfeito, rato! Você pagará o triplo, agradeça a suas filhas por não estar morto!
O mafioso respondeu com um sorriso diabólico nos lábios.
— Já não fez estrago o suficiente?
Calebe levantou-se do chão boquiaberto.
- Vamos Lorena!
O mafioso a chamou. Mas Nina o impediu de se aproximar
— Não se aproxime dela!
Nina rosnou.
— Me leve, mas deixei minhas filhas em paz!
Calebe se pôs à frente de Nina ficando cara a cara com mafioso.
— Não tão rápido, rato! Ainda preciso resolver o meu problema.
O mafioso não perderia a chance de fazer um bom negócio como aquele.
O rato não tinha o que fazer a não ser ceder, e assim ele o fez.
— Estou sem saída!
Calebe sentou no sofá com as mãos no rosto e pôs -se a chorar.
A cena era realmente patética.
— Deve ter outra forma!
Lorena se negava a acreditar que todos morreriam pela quebra do acordo do pai.
— Qual o problema que você precisa resolver?
Nina perguntou com curiosidade.
— Cansou de gritar e resolveu ser simpática? Ou finalmente se deu conta de quem é que está no comando?
O mafioso debochou.
— Não vai dizer?
Nina o olhou confusa. O mafioso fechou a cara.
— Então mate a todos! Ah é mesmo.. você por alguma razão precisa dessa família medíocre.
A jovem respondeu a altura e o mafioso não gostou nada da sua atitude.
Era ela! Nina, era perfeita para ocupar o cargo que Thiago precisava.
Uma mulher forte e que não tinha medo de contrariá-lo.
— Vamos embora, Nina!
Thiago a jogou sobre os ombros.
— Não a leve, me mate!
O rato insistiu novamente.
— O que está fazendo? Me coloca no chão!
A jovem socou as costas do mafioso.
— Não pense em fugir senão..
Thiago ameaçou.
— Já sei.. você mata a todos!
O mafioso a colocou no chão.
— Pra mim foi o suficiente por hoje! Até rato, até menina!
— Por favor, não deixe minha irmã aqui com esse louco!
Nina implorou.
— Sinto muito, ela terá de ficar!
O mafioso disse friamente.
— Por favor, não me afaste da minha irmã!
Lorena ajoelhou aos pés do mafioso.
— Vamos, Nina. Não há mais o que fazer!
O mafioso puxou Nina pelo braço enquanto a mesma tentava em vão alcançar a irmã mais nova que estava ao chão chorando.
Assim que saíram da casa o mafioso pressionou a jovem contra o carro, que se assustou com o gesto inesperado.
— Solte-me, seu..
O mafioso colou seu corpo junto ao dela.
- A minha intuição nunca me engana.. é a candidata perfeita!
O mafioso sorriu maliciosamente.
— Me solta!
A jovem pediu.
— Não antes de esclarecer algumas coisas..
O mafioso respondeu seco.
— Nunca me desafie, Nina. Não sabe como posso ser cruel!
Advertiu.
— Agora ao menos vai me dizer o que você precisa!
Nina estava curiosíssima, o que um.homem como aquele iria querer com ela?
Uma garota simples e insignificante!
— Será minha esposa, Nina!
O mafioso a soltou e abriu a porta do carro para ela.
- Agora entre!
Ordenou com sorriso vitorioso. A jovem prontamente obedeceu, não estava nenhum pouco feliz com a situação.
Nina sabia que seu destino estava traçado e pelo bem sua irmã teria de se aproximar do mafioso e conquistar sua confiança.
De qualquer jeito, ela não tinha outra alternativa.
Seria em pouco tempo a senhora Salvatore!
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Atualizado até capítulo 95
Comments
Dalva Ferreira Rocha
só espero que que a vida delas mudem pra que a Nina consiga tirar sua irmã de perto de Caleb. ele merece uma punição por um cretino isso não é um pai ninguém merece passar por isso 😠😠😠😠😠
2022-11-17
14
Monica Barros
não acredito deixou a irmã autora o projetor dela vai bater nela até cansar depois vender pro puteiro🥺😭😭😭😭😭🥳🥳
2025-03-14
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Cida Pereira
mas homem porque não levou a irmã dela deixou a bichinha sozinha, com aquele monstro.
2025-03-07
0