Capítulo 4 - Regras

Chegando ao novo lar, Nina surpreendeu-se com o tamanho daquela residência.

Era uma propriedade enorme com um belo jardim a frente.

Assim que o mafioso estacionou o carro na garagem e lhe abriu a porta, Nina percebeu que não era o único veículo que ele possuía!

Havia mais de oito carros e nossa.. ela se perguntava como conseguia mantê -los.

Riu mentalmente do seu pensamento burro, estava mais que óbvio!

O cara era podre de rico! E como não seria se não passa de um agiota?

Ao menos era isso que a jovem pensava! O homem andava rápido e quando se deu conta estavam distantes.

Seria essa sua chance de lhe roubar as chaves e escapar?

Era um plano ousado.. E se desse errado? O pai e a irmã terminariam mortos!

Balancei a cabeça reprovando o pensamento errado que veio.

Não seria capaz de pegar algo que não era seu, nem morta!

Teria de pensar em outra maneira. O mafioso olhou para trás e a jovem engoliu em seco.

— Consegue andar mais rápido ou terei de arrastá-la pelos cabelos?

O mafioso ameaçou e a jovem pôs se andar mais rápido.

Assim que adentramos a enorme residência fiquei boquiaberta com o hall de entrada e a sala principal.

Simplesmente fantástico! As decorações com toda certeza harmonizavam perfeitamente com o ambiente.

Os móveis em madeira e mogno de excelente qualidade.

O homem subiu a escada que mais parecia infinita devido a quantidade de degraus, ou era apenas impressão sua?

Não tinha outra escolha a não ser segui-lo e obedecer, faria o necessário para sobreviver.

Já estava cansada do longo tour pela casa.

O que mais viu foram milhares de portas e muitas.. muitíssimas obras de arte.

O último lugar que o senhor Salvatore a levou foi para o escritório.

Aquela jovem insolente e corajosa deixava o mafioso curioso.

— Já que sabe o motivo de estar aqui vamos direto ao ponto!

Essa conversa precisaria terminar no máximo em alguns minutos, pois se passava da meia noite e teria de acordar cedo na manhã seguinte.

— Sejamos práticos então! As regras são as seguintes...

Enquanto o mafioso dizia cada uma delas, Nina se dava conta do quão metódico o homem a sua frente era.

— Você entendeu, menina?

O mafioso perguntou ao finalizar sua fala.

— Sim, senhor.

Nina prontamente respondeu.

— Então repita!

O mafioso provocou queria saber se a jovem havia escutado tudo o que tinha dito.

A mesma suspirou fundo.

— Não posso falar se não me dirigir a palavra, sair para canto algum em hipótese alguma..

A jovem fez uma pausa antes de continuar.

— Não contar a ninguém as circunstâncias em que nos conhecemos, devo me portar como uma dama e após o casamento deverei cumprir meu papel de esposa!

Aquela era sua nova realidade em breve teria de se deitar com homem misterioso e perder sua virgindade.. tudo isso por uma dívida que não era dela.

— Muito bem, se descumprir qualquer uma dessas regras você enfrentará as consequências!

O mafioso respondeu em tom firme.

— Pode se retirar, menina.

Nina ainda tinha uma questão a resolver.

— Tenho um trabalho e..

Ele balançou a cabeça negativamente.

— Trabalha na Le Cofre?

Ele perguntou e a jovem estranhou.. como ele sabia?

— Sou o dono da cafeteria, está oficialmente demitida!

Nina arregalou os olhos.

— Como irei me manter?

O mafioso a olhou com desdém.

— Isso é alguma piada?

Perguntou enfurecido e a jovem engoliu em seco.

— Não, senhor é que..

A jovem disse timidamente.

— Me ouça com atenção! Aqui você terá tudo que precisar e fim de papo!

O mafioso respondeu e a jovem levantou a mão.

— Pode falar.

— Tem outra questão, vim para cá só com a roupa do corpo!

O mafioso gargalhou.

— Acha que não pensei nisso antes? No seu quarto terá tudo que precisa, pedi a empregada para organizar tudo.

Explicou.

— Tudo certo então, pode me mostrar onde fica o meu quarto?

A jovem não fazia ideia do quanto aquela pergunta poderia mexer com o psicológico dele.

— Terei o maior prazer, venha.

O mafioso respondeu com um sorriso malicioso no rosto.

Saíram do escritório e andaram mais um pouco, até chegar a uma porta.

— Até, Nina!

O mafioso entrou no seu quarto que era bem próximo ao dela.

Por fim, Nina adentrou ao seu quarto que era enorme e todo branco.

Os móveis, a decoração eram perfeitos. O enorme closet estava repleto de roupas de grife e sapatos de marca.

Ao entrar no banheiro mais uma surpresa!

Uma enorme e maravilhosa banheira de hidromassagem.

Esse era um secreto sonho de Nina para completar uma smart Tv de última geração.

A jovem se desfez das roupas, encheu a banheira e entrou.

A água estava na temperatura perfeita, após alguns minutos saiu da banheira e vestiu uma camisola preta de seda que cobria até os joelhos.

Deitou-se na cama e adormeceu. Fora um dia extremamente cansativo.

A manhã seguinte não fora agradável como pensara.

Achou que ao menos poderia ir ao jardim sem que tivesse algum problema mas estava enganada!

O mafioso a arrastou pelos cabelos até o quarto e a proibiu de se alimentar pelo resto do dia.

Ela implorou, chorou, ajoelhou diante dos seus pés e mesmo assim ele não cedeu.

Nina deitou-se na cama e começou a chorar.

Não merecia passar por algo assim.. olhara para o teto e se perguntava como sua irmã estava.

No escritório, Thiago conversava com seus irmãos sobre os negócio até um deles tocar no assunto proibido.

O incidente com Nina, o qual eles apenas ouviram sua voz para a felicidade do mafioso.

Nina só seria vista no dia do casamento e olhe lá!

— Que você é ciumento.. eu já sei! Agora arrastar a pobre garota pelos cabelos..

O irmão mais velho comentou.

— Meta-se com sua vida, sabe que não gosto de exposição.

Thiago respondeu enquanto tragava seu charuto cubano preferido.

— Deu para ouvir os gritos daqui de baixo!

Leon comentou.

— Totalmente desnecessário!

Carlos o repreendeu.

— Sabe que é perigoso por conta do que faço..

O mafioso tentou se justificar e para quê?

— Não preciso me justificar, aqui quem manda sou eu!

Socou a mesa.

— Queria ou menos tê-la visto e...

O mafioso rapidamente pegou Leon pelo colarinho.

— ESTÁ LOUCO, PO**A! ELA É MINHA, SÓ MINHA!

O mafioso esbravejou antes de soltar o irmão.

Os Irmãos mais velhos gargalharam.

— Você gosta dela mesmo hein..

Carlos debochou.

— Está louco? Essa história de amor não existe, é só algo muito bobo que alguém inventou!

O mafioso expôs seu ponto de vista.

— Espere e verá...

Leon provocou.

— Com nossos pais não rolou essa história de amor e olha como estão hoje!

Thiago justificou.

— Sério que você acreditou na história que nosso pai contou?

Carlos revirou os olhos.

— Nosso pai era loucamente apaixonado pela nossa mãe antes mesmo de conhecê-la!

Leon contou. O mafioso rangeu os dentes.

— Tanto faz! Comigo essa história de amor não vai colar!

O mafioso cruzou os braços. Os três voltaram a se concentrar nos papeis a sua frente.

Para a infelicidade do mafioso, seus irmãos voltaram ao assunto de mais cedo justificando que era pesado demais deixar a garota trancada sem comida por uma coisa tão boba.

Thiago estava com a paciência no limite!

Será que os irmãos não percebiam que ele não queria falar sobre aquele assunto.

— Saiam já daqui, e enviem os relatórios pro meu email!

Os expulsou.

Do outro lado da cidade a jovem Lorena acabara de voltar da escola quando ouviu alguns barulhos vindos da cozinha.

Mesmo com medo adentrou ao cômodo e se assustou com o que viu!

O próprio pai tentara cometer suicídio!

Lorena chegou a tempo de impedi-lo de cometer um ato de tamanha loucura e apesar de tudo o abraçou dizendo que o ajudaria.

E o que recebeu em troca? Abraços? Não! A jovem levou uma bela de uma surra por ser meter onde não era chamada.

Carlos Salvatore, 35 anos

Leon Salvatore, 32 anos

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