Austin
Acordei pedindo por mais algumas horas de sono. Como eu havia previsto, fiquei por muito tempo na empresa ontem. Tio Joel, meu pai e eu, só fomos embora depois das 22H30.
Minha mãe acordou eufórica hoje. Disse que o tio Joel contou a ela o ocorrido de ontem e ainda nos propôs um almoço juntos hoje. Por mim eu estava tranquilo, mas queria mesmo era dormir mais algumas horas.
Saí da cama aos puxões de Dona Marisa. Tomei um banho e vesti algo casual e confortável. Peguei meu telefone e vi centenas de mensagens de Linna.
Linna e eu já ficamos e também já namoramos, mas não dá pra ter um relacionamento sério com alguém que é o seu próprio relacionamento. Linna é narcisista de último grau... ela pensa só em cuidar de si, e isso a-trás vantagens, pois seu corpo é de deixar qualquer um louco. Ela sabe que não vai rolar nada sério mais entre nós, mas isso não impede de darmos uns "remembers" ocasionalmente.
O lance ruim dessa história é que às vezes a Linna gruda e fica de "amorzinho" pra cá e pra lá.
Finjo demência e ignoro as suas mensagens. Nessa altura, meus pais já me gritavam pra descer. Entramos no carro e logo chegamos na casa do tio Joel.
Entrando na casa, cumprimentamos Tio Joel e Lúcia que já nos esperavam, já eram 13H00. O almoço acaba de ser servido, Lúcia diz. Então fomos, passando pela sala de estar e chegando na de jantar, vejo a mesa linda que estava. O cheiro estava absurdo...
Começamos a nos servir e mamãe pergunta de Ally. Caramba! Tinha me esquecido dela hehe. Tio Joel e Lúcia respondem, juntos, pásmem, que foi ela almoçar com Antonella. A reunião em família estava muito agradável, a comida... sensacional e os assuntos variavam entre a minha faculdade, a empresa e a supergênia: Ally. Mamãe sabia do meu desconforto e as vezes contava como era no centro beneficente em que ela era sócia. Lúcia que sempre se sentava para almoçar conosco, conta como estava animada pra reunião íntima das nossas famílias no natal.
Passado todos os jogos de lá e cá desses assuntos, a hora da sobremesa chegou. E tinha mais de 5 opções. Eu fui, óbvio, na torta de bis, a minha favorita da vida! Acho que fiz até falta de educação, mas mano! É torta de bissssss!
Enfim, papai e tio Joel foram ao escritório e mamãe foi conversar e ajudar Lúcia na cozinha. Fique meio bobo de tanta comida e como não tinha nada a fazer, fui andar no jardim.
Vi várias rosas, orquídeas, bromélias. Vi a flor que me lembra minha avó... a margarida. Algumas lembranças me vem a tona de quando ela era viva. As brincadeiras na cozinha enquanto eu "ajudava" a assar os biscoitos de natal, os passeios no shopping pra comprar roupas que me deixavam com cara de criança aposentada, as vezes que eu ia no centro beneficente com ela, e o orgulho que eu sentia quando ela dizia "Meu netinho" com todas as palavras... Eu amava escutar isso... limpo uma lágrima que eu nem vi sair.
Quero sair pra espairecer, e já são quase 17H00. Tem um deque com várias lojas e que dá acesso à praia nesse condomínio, decido que irei num fliperama que tem lá. Pego minha carteira e telefone e vou.
Chegando lá eu avisto vários jogos daora. Vou em um que eu sou incrível, o Pacman, e vejo um recorde: SAAL-199945. E penso UOU! Alguém se esforçou, pena que eu vou destruir esse recorde. Fico praticamente o resto de tarde todo lá. Que droga! Não consigo quebrar essa joça, e ainda gastei um nota com isso. Afirmei pra mim que jogarei mais uma única vez. E cacete! Foi a vez da sorte. Coloquei meu nome AUCA-200001.
- Quero ver alguém me superar.
E sai de lá. E vou passando no último corredor. Quando olhando um jogo que eu me enteresso alguém esbarra em mim.. e acabo todo sujo de smooth. Ainda não vi a pessoa, apenas concentro-me em limpar a maior parte da sujeira.
? — Ei! Desculpa.
A — Não, tudo bem.
? - Me deixa te ajudar
Diz a pessoa passando um guardanapo em mim. Mas quando eu vejo quem é, meu humor muda na hora.
A.C. — Ally?
A.S. — Austin? Me.Me desculpe, eu juro que não foi proposital.
A.C. — Tem certeza? Porque não é o que parece! - falo com todo a raiva possível, mas ainda sem fazer um escândalo - Por que fez isso?
A.S. — Eu juro! Não foi minha intenção.
A.C.— Eu não confio em você. Está descontando tudo o que eu fiz como brincadeira?
Vejo a feição de Ally mudar, de preocupada pra uma cara de raiva que eu só vi quando era pequeno.
A.S. — Quer saber? Que se f@%#! - Me deu um tapa na cara - Mas não se atreva a querer comparar isso - derrama o resto do smooth em mim - às "brincadeiras" de antigamente.
Quando vi Ally respirava fortemente me olhando com seus olhos vermelhos de raiva.
Não ia deixar barato. Como estavamos no último corredor, não havia escapatória a não ser voltar por onde entramos. Agi por impulso, a puxei pra mim, e a prendi na parede mais próxima. Eu dei a ela um beijo selvagem e cheio de repreensões.
Eu paro o beijo o qual Ally não correspondeu e digo:
A.C. — Não ouse me bater novamente.
Antes que eu pudesse sair de lá, Ally me deu mais um tapa.
A.S. — Nunca mais encoste em mim dessa forma. Você não tinha o direito.
Ela saiu de lá primeiro e ainda por cima, chorando.
Puta merda. O que que eu fiz?
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Atualizado até capítulo 22
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