Capítulo 2

Ally

Um pouquinho mais sobre mim:

Saio de casa de manhã após tomar meu café. Não tomo sozinha, tenho Lúcia pra me fazer compania. Ela é como minha segunda mãe. Sendo sincera, creio que tudo o que sei sobre a vida devo a ela, então a devo considerar como minha mãe mesmo. Meus pais são separados. Não cresci diretamente com minha mãe, Rose Landin. Assim que eles se separaram, minha mãe se casou com Otto Landin. Nunca tive um contato direto com o ele... mas o respeito bastante. Otto é CEO da Landin'sCO. Não é um concorrente da nossa área, pois a Landin'sCO é uma compania de advocacia. Bom, minha mãe tem 51% das ações da Sanchez, essas ações são minhas. Mas como não tinha idade pra assumir, ainda está em seu nome. Bom, ela sempre se gaba por seu marido ter mais filiais, mas mal sabe ela que o nosso patrimônio líquido ultrapassa nove zeros; apenas pelo lado da Sanchez! Às vezes, quantidade não quer dizer qualidade...

Mas voltando, ela diz que quando eu tiver 22 anos, irá me passar essas ações. Pois não quer nenhum envolvimento com a Sanchez.

(Joel Sanchez, 50)

( Rose Landin, 50 )

(Otto Landin, 65 )

Meu pai e o Otto, não se dão tão bem assim... papai tinha recentimentos pois acredita que Rose o largou pra estar justamente com o Sr. Landin. Tinha no verbo passado, pois papai percebeu que rancor só faz mal a quem o carrega. Mas Otto sempre teve fúria e ciúmes de quando temos de nos juntar em meus almoços de aniversário, pois creio que deveria sentir raiva porque Rose não conseguiu dar um herdeiro a ele.

Bom, tenho sim um déficit de amor materno, mas Lúcia fez com que isso se afagasse um pouco. Por desejo da minha mãe, ela não queria ter filhos, mas eu vim como uma boa pessoa determinada a quebrar tabus. Meu pai sempre quis um herdeiro. Não tinha preferência de gênero, ele apenas queria ser pai. Papai me criou com todo amor que ele tinha e tudo o que podia me dar. Nunca passei por fase ruim, mas acredito não ser mimada e egocêntrica. Me comparei muito às crianças da escola... vi que o meu pai arrasou me dando valores e princípios à bolsas da temporada e carros do ano.

Bom, enfim. Como eu disse, eu estava saindo de casa porque sabe, hoje é um dia muito importante! É hoje que eu faço meu teste semestral pra saber como estou indo na faculdade, e saber se eu passei de período. Estamos em dezembro, pra ser exata: em 11 de dezembro. Não está sendo fácil o meu caminho, mas espero colher os frutos do meu esforço lá na frente. Estive estudando esse tempo todo... acredito que me sairei bem. Mas o medinho é inevitável.

Meu horário na faculdade começa às 8:00. Tenho Joffrey como motorista, mas desde de que tirei a minha carta, prefiro ir dirigindo, é terapêutico. Dou um mega-abraço de bom dia no meu querido Joff e entro no carro. Sigo até a faculdade num caminho tranquilo escutando Shawn Mendes... em menos de 20 minutos já estou estacionando e apresentando o meu crachá.

Me pergunto se Anna já chegou, ela e seu irmão são meus amigos de faculdade. Ainda não os vi. Estou dentro da sala nesse momento, e tenho a plena certeza de que nem Anna, nem Andrew vieram... que estranho. Nosso professor, Tomás Stravinsky, está recolhendo as assinaturas dos presentes para contar como chamada. Assino o meu nome e recebo a prova. Começou agora o teste que pode decidir se eu consigo passar pro 4° período.

Após exatas 3H30, eu termino o teste. Estava muito fácil em algumas questões. Não teve nenhuma hiperdifícil, mas foi ok. Saio de lá desgastada e exausta. Decido ir à empresa almoçar com meu pai, afinal ainda são 11H30. Ligo pra Mallu, sua secretária, e pergunto se meu pai está livre nesse horário; Mallu responde que sim, mas no momento ele está finalizando uma reunião.

Chego à Sanchez&Campbell co. bem rápido. A faculdade é perto. Vejo meu pai saindo da sala de reuniões e me avistando. Cumprimento e o abraço. Pergunto se ele quer almoçar comigo e a resposta é sim.

Pergunto se ele aceita ir em um japonês, pois é o meu favorito, e sim, vamos comer japa!

Comemos e logo papai diz ter uma outra reunião com novos investidores. Então pagamos, saímos e nos despedimos.

Chego em casa e tomo um banho muito relaxante. Durmo por duas horas. Acordo ligando pros gêmeos que faltaram e pergunto do porque disso. Eles respondem que a mãe deles ficou gripada, e logo eles também ficaram. Conto como foi o teste e rendi mais um pouco de conversa. Encerrei eu fui comer um lanche. Lúcia fez bolo de chocolate, e eu aproveitei e fiz leite com toddy pra acompanhar. Meu favorito.

Depois disso, decido que irei montar a casa pro natal. Pergunto à Lúcia onde estão os enfeites, e ela responde que no sótão. Óbvio, que pergunta mais idiota a minha. Enfim, trato de ir pegá-los. Chego nesse canto da casa e as memórias vem me trazendo nostalgia... aqui era um dos vários lugares em que eu, Tonton e Austin brincávamos. Lembro muito bem disso. E fico com mais raiva ainda quando percebo que ele deixou todas as nossas brincadeiras, por pessoas fúteis e mimadas. Eu realmente odeio esse garoto. Bom, deixo esses pensamentos pra lá pra não ficar mais nervosa ainda e pego todos os enfeites que consigo, pois como moramos em uma casa enorme, temos de colocar muitos.

Vou saindo de lá e colocando as coisas na sala. Quis montar as meias na lareira primeiro. E assim fiz, ficou lindo com meu nome, do papai, Tonton, Joff e Lúcia. Eles são minha família.

(Lúcia Halmom, 45)

(Joffrey Stiffen, 60)

Depois disso coloco pisca-pisca em volta da lareira. Mais um trabalho concluído. Decido ir montar a árvore. Começo pelos enfeites de baixo pra cima, e pego um banquinho pra terminar a parte de cima. Quando vou colocar os enfeites finais, sinto meus pés bambearem e o banquinho escorregar. Antes de sentir a dor final, vejo que caí sobre mãos macias e braços fortes.

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