Voltando para minha casa

ISIS

Chego em casa no sábado agradecendo pelo meu irmão estar de folga este final de semana ele ainda está a dormir, vou para o lugar onde mais gosto de estar vou para a cozinha fazer algum doce modéstia à parte sou ótima em fazer doces.

Separo os ingredientes para fazer uma torta de limão pego para fazer a massa a farinha de trigo, manteiga, creme de leite e fermento em pó.

Após fazer a massa, vou para o recheio espremo o limão separando o seu suco, passo um tempo perdida no que estou a fazer isso acalma-me. Desligo a batedeira, retiro a torta da geladeira cubro - a com o merengue e coloco a torta ao forno para dourar o merengue levo a manhã toda fazendo.

Meu irmão chega na cozinha me dando um abraço demorado.

Vitor: — A doceira ataca novamente, torta de limão a coisa foi séria, conta foi tão ruim assim ontem?

Isis: — Cometi um deslize feio.

Vitor: — Senta aí vou fazer um café para gente e você me conta tudo.

Após contar tudo para ele que escuta sem falar nada.

Vitor: — As suas intenções foram realmente boas.

Vitor: — Mas também entendo ele, já lidei com pessoas com deficiência visual na clínica e não é nada fácil e são pessoas que já viveram uma vida, toda e perdem a visão já na velhice se coloca no lugar do Gustavo isso aconteceu com a sua vida toda ainda pela frente.

Isis: — Hoje vim para casa pensando em pedir demissão, mas agora estou mais calma penso que vou voltar na segunda.

Vitor: — Dá mais uma oportunidade faz algo de comer como pedido de desculpas, é perfeita nisso tem receitas para pessoas com diabetes tenho certeza que vai fazer algo maravilhoso.

Vitor: — Sabe nê que esse é o seu dom tá perdendo dinheiro por não investir nisso.

Vitor: – A Mari vai vir hoje?

Vitor: – Sim ela vem para o jantar.

Vitor: — O seu namorado vem?

Isis: — Sim, falei com ele ontem pela manhã.

Vitor: — Realmente gosta dele?

Isis: — Sabe que pensei que ia morrer de saudade dele esses dias sem ver ele, mas não foi assim sei lá parece que falta algo.

Vitor: — Carinho, amor desculpa falar nunca lhe disse nada, mas sempre achei vocês dois mais sexos tanto que nunca falou para ele eu te amo.

Fico a pensar como sempre o meu irmão tem razão, nunca consegui falar isso para ele talvez porque não tenho esse sentimento por ele.

Isis: — As brigas constante incomodam-me por ciúmes sempre pensei que com o tempo ele ia confiar mais em mim, mas tudo é motivo de briga é cansativo.

Vitor: — Meu bem tem que saber o que senti e fazer o que seja melhor para você, independente de qualquer escolha eu vou sempre estar aqui sabe disso!

Isis: — Te amo!

Vitor: — Eu também te amo maninha.

Vitor: — Quer sair para caminhar no parque, depois podíamos almoçar no restaurante do Carlos.

Carlos é amigo do Vitor nós conhecemos a muitos anos pois ele também morava na nossa cidade onde nascemos, mas ele veio morar aqui antes da gente.

Isis: — Pode ser estou a precisar sair tomar um ar.

Tivemos um dia ótimo vou para o meu quarto tomo um banho demorado e coloco um vestido e uma maquiagem leve.

Encontro a Mari na sala ela vem e me abraçando apertado.

Mariana: — Que saudade essa casa fica muito vazia sem você.

Vitor: — Viu-lhe disse que o Mari vem mais aqui por você do que por mim.

Ela dá um beijo demorado na boca dele.

Mariana: — Bobo o Vitor falou-me para quem você tá trabalhando.

Isis: — Conhece ele?

Mariana: — Sim, ele foi atendido no nosso hospital assim que aconteceu, também ia conhecer ele.

Faço-me de desentendida e ela continua o assunto.

Mariana: — Ele era o cara do encontro, mas ele ficou cego na manhã que teriam o encontro.

Isis: — Notei ser ele, mas não foi de cara só depois que sem querer encontrei a foto.

Vitor: — Interessante não me tinham me contado que o seu patrão era o cara que nunca foi no encontro.

Isis: — Então ele não foi por que ficou cego.

Vitor: — A nossa, coitado.

Mariana: — Tem casos que são mais difíceis de esquecer, assim como o dele um grande advogado criminalista rico, e novo perdendo a visão mobilizou todo o hospital.

Ouvimos a batida na porta eu levanto-me para ir à porta e escuto o Vitor falando.

Vitor: — Muda de assunto se não já vai dar briga.

Abro a porta e o Caio abraça-me apertado.

Caio: — Que saudade!

Isis: — Como você tá?

Caio: — Tudo bem.

Dou um beijo demorado na sua boca.

As pizzas chegam depois disso vamos para sala levo a minha torta de limão todos comemos satisfeitos.

Mariana: — a nossa cada vez ficam melhores os seus doces Isis.

Vitor: — Falei isso para ela.

Caio: — Realmente tá incrível.

Mari: — Não falou como é casa do senhor Gustavo fiquei curiosa?

Isis: — É muito bonita bem clara é um sobrado lindo, mas o jardim é o mais bonito que eu já observei a vó do Senhor Gustavo é muito querida, mas o avô nunca está na casa só encontrei ele uma vez até hoje já saindo para o trabalho.

Caio: — Mas se ele ainda tem avó e avô vivos que idade tem esse cara Isis?

Com os olhos arregalados o meu irmão olha-me tenso com os seus olhos igualmente claros iguais aos meus.

Nunca falei a idade do Gustavo para o Caio, mas pela sua pergunta ele deve ter imaginado ser um senhor de idade.

Vitor: — Vamos para quarto Mari.

Os dois saem-me deixando sozinha com ele.

Isis: — Ele deve ter no máximo uns trinta anos não sei ao certo.

Caio: — Não pensou em falar-me?

Isis: — O que tem a idade dele é só um trabalho.

Caio: — Dorme na mesma casa que ele, já tá dando banho nele também?

Isis: — Não seja ridículo!

Caio: — Quero que saia imediatamente desse trabalho não vou aguentar a minha namorada desfilando com um aleijado ainda por cima novo.

Isis: — Não vai controlar a minha vida e não fale assim dele é cruel.