Ao chegar em casa, percebo que meu pai não está; ele provavelmente está em algum bar enchendo a cara. Decido ir até a cozinha, com o cheiro suave de manjericão fresco no ar, para preparar algo para o almoço.
Manu que vinha logo atrás de mim, com um suspiro pesado, ela comenta.
Manú: Ai, amiga, que chato! Aquela vaga não é para ambos os sexos. Parecia ser um bom emprego. Você viu o tamanho daquela casa? As janelas enormes revelavam quartos espaçosos, meu Deus, deve ser maior que meu apartamento!
Fernanda, com olhar pensativo, responde.
Fernanda: Sim, amiga, vi pela descrição no anúncio. Era só levar o dono para a empresa de segunda a sexta. Olha que maravilha! Uma pena o Antony ter ido viajar. A vaga podia ser dele!
Manu, apoiando-se no balcão, concorda. - É verdade. Ele ia te ajudar muito!
Fernanda, enquanto mexe um pano de prato nas mãos, desabafa. - Estou cansada, Manu. Se não fosse pelos meus irmãos, já teria desistido há muito tempo. - Seus olhos lacrimejam.
Manu, com um sorriso reconfortante, abraça Fernanda. - Não fica assim. Vamos encontrar uma solução.
Fernanda, com os olhos marejados, agradece. - Ai, Manu, como eu queria ser homem. Parece que tudo é mais fácil para eles!
Manu, tentando descontrair o ambiente, brinca. - Hummm, você seria um homem muito atraente... Rsrsrsr.
Fernanda, rindo, responde: Manu, só você mesmo para me animar.
Manu, com um olhar travesso, imagina. - Olha só, é verdade! Imagina você vestida de homem... - Fala enquanto pensa nas possibilidades.
Fernanda, sorrindo, coloca uma mecha de cabelo no nariz, fazendo parecer um bigode, e todos os problemas parecem momentaneamente esquecidos, e pergunta: Assim?
Manu, com um riso animado, comenta. - Kkk, assim mesmo! Espera só, você acabou de me dar uma ideia.
Fernanda, curiosa, pergunta: O que você está pensando?
Manu, com um olhar travesso, sugere. - Tem roupas do seu irmão aí?
Fernanda, assentindo, responde: Tem sim!
Manu, com entusiasmo, propõe: Vem comigo. - Sobem as escadas correndo.
Elas sobe as escadas até o quarto de Antony, Fernanda começa a revirar as roupas do irmão e, em seguida, vai ao quarto do pai.
Manu, examinando as roupas, exclama: "Isso não, isso também não, oxiii, piorou... hum, essa vai ficar perfeita. Ela joga as roupas escolhidas no chão.
Fernanda, intrigada, pergunta: O que você está planejando?
Manu, com um sorriso misterioso, responde: Vesti isso! Vai logo.
Fernanda, com uma risada, comenta: Tá maluca!
Entro no banheiro e visto as roupas do meu irmão, misturadas com algumas do meu pai. Como não tenho muitos seios, nada fica à mostra.
Manu, ansiosa, diz: Vamos, amiga, estou curiosa.
Fernanda, já com voz mais grave, brinca: Oi, gatinha, como estou? - Ela tenta imitar uma voz masculina.
Manu, impressionada, elogia: Uau, está igualzinho ao seu irmão! Perfeito! Só que mais lindo! Apresento para vocês o Fernando. - Ela gira Fernanda para mostrar a transformação.
Fernanda, com um tom desanimado, comenta. - Manu, boa tentativa, mas isso não vai dar certo.
Manu, determinada, responde. - Fernanda, para! Deixa de ser negativa! Isso vai dar certo.
Fernanda, entre risadas, responde. - Você está maluca kkkk, eu não vou conseguir nada assim.
Manu, encorajando-a, insiste: Você vai voltar agora mesmo naquela casa e vai conseguir aquele emprego.
Fernanda, preocupada, pergunta. - E se eles me descobrirem?
Manu, confiante, responde. - Isso a gente resolve depois! Vamos colocar essa faixa aqui no peito!
Fernanda, hesitante, argumenta. - Mas não posso sair agora, tenho que preparar o almoço para meus irmãos.
Manu, decidida, oferece. - Vai logo. Eu faço o almoço. Toma a chave do meu carro e vai.
Fernanda, rindo, prevê: Isso não vai prestar!
Manu, encorajando-a novamente, diz: Vamos lá. Seu nome é Fernando. Fala com uma voz grossa. Vai dar tudo certo!
Fernanda, resignada, brinca: Não sei por que ainda te dou ouvidos.
Pego as chaves do carro e sigo até o endereço. Não há mais ninguém na fila; a entrevista deve ter acabado. No entanto, insisto em tocar a campainha, e logo uma senhora me atende.
Helena: Oi, bom dia, rapaz!
Fernanda, limpando a garganta e falando com voz grossa, responde: Bom dia, senhora. Vim pela vaga de motorista.
Helena, com um semblante de pesar, diz: Infelizmente, rapaz, a vaga já foi preenchida! Sinto muito.
Jason
Hoje, meu dia começou mais tarde, pois estava ocupado entrevistando candidatos para a vaga de motorista. Após várias horas de busca, finalmente encontrei alguém que se destacou.
(Coincidentemente, é o mesmo homem que foi ríspido com a Manu.)
Sem perder tempo, dei início à jornada com ele. Estávamos saindo em direção à empresa quando avistei Helena parada no portão, em uma conversa com um garoto. Parecia que ela estava pedindo ajuda ou talvez um favor.
Jason: Helena, o que esse moleque está fazendo aqui? - Perguntei com surpresa, observando a cena intrigante.
Helena: Senhor, ele veio pela vaga! - Helena explicou, enquanto mantinha uma conversa com o garoto, cuja expressão parecia ser de necessidade.
Jason: Chegou tarde demais, rapaz! Se quer arrumar um emprego, precisa acordar cedo! - Comentei com um toque de autoridade, observando que o sol já estava alto no céu. - Helena, por favor, dê a ele alguma coisa para que possa ir embora.
Fernanda, ao ouvir o tom arrogante de Jason, não pôde evitar sentir sua raiva crescer. Logo seus pensamentos afloram. - Quem esse imbecil pensa que é? Que arrogante! - Pensou ela, desejando que pudesse dar uma lição nele.
O motorista, em resposta à repreensão de Jason, não se conteve e lançou um comentário rude. - Chegou tarde! O moleque pode tirar a sua lata velha do caminho. - A raiva de Fernanda só aumentou ao ouvir isso, e ela teve vontade de confrontá-lo ali mesmo.
Fernanda, contudo, manteve a calma e respondeu com um simples: Sim, senhor! - Ela não queria piorar a situação, mas suas mãos tremiam de indignação.
Assim que Jason e o motorista se afastaram, Helena olhou para o rapaz a seu frente com simpatia: Desculpe, rapaz, tenho que voltar aos meus afazeres.
Fernanda, ainda se controlando, respondeu: Sim, senhora, até mais!.
Fernanda
Entro no carro e me permito ficar ali por alguns minutos. Algumas lágrimas teimosamente escorrem pelo meu rosto.
"Boa tentativa, Manu," penso com um suspiro. "O disfarce até funcionou, mas a vaga já havia sido preenchida."
Decido ir embora e tirar essa roupa. Não posso continuar andando pela cidade vestida de homem. Conduzo o carro, e o trânsito flui normalmente.
No entanto, logo à frente, percebo que o carro do esnobe está parado. Parece que algo deu errado, e ele está tentando conseguir um táxi. Uma pequena ironia do destino, talvez.
Jason
Que droga, logo hoje que tenho uma reunião importante o carro parou do nada! Penso frustrado, olhando para meu novo motorista. O suor começou a se acumular na minha testa, e eu sabia que cada minuto era valioso.
Motorista: Senhor, me desculpe, mas não consegui encontrar um táxi. - O motorista parecia nervoso, com as mãos trêmulas enquanto segurava o celular.
Jason: Faça alguma coisa, não posso perder minha reunião! - Minha voz estava carregada de urgência, e eu me sentia cada vez mais tenso.
Motorista: E o que posso fazer? Não sou obrigado a conseguir um táxi para você. Fui contratado para ser motorista, não capacho! - O motorista respondeu com uma expressão de desafio, claramente irritado.
Jason: IMBECIL! Você está demitido! - Minha raiva se transformou em explosão, e eu estava prestes a perder o controle.
Motorista: Ótimo! Se vire aí! - O motorista não demonstrou remorso enquanto se afastava, deixando-me ali, em meio ao tráfego, com a reunião importante pairando como uma nuvem negra sobre minha cabeça.
Fernanda observa a discussão entre Jason e seu motorista com curiosidade. Os dois parecem estar em um impasse, e o motorista finalmente parte, deixando o chefe frustrado à beira da estrada. Ela se aproxima com o carro de Manu, oferecendo ajuda.
Fernanda: Com licença, precisa de ajuda?
Jason, reconhece. - Você de novo?
Fernanda, com um toque de impaciência: Você é sempre tão arrogante assim? Entre aí, chefe, te dou uma carona.
Jason: Não precisa! - Diz segurando uma mala, e olhando ao redor na tentativa de achar um táxi.
Fernanda, insistente: Cara, você é teimoso demais, entre aí logo!
Jason, relutante: Está bem, te pago quando chegarmos à empresa.
Fernanda, recusando o pagamento: Não precisa. Pelo que vejo, seu motorista o deixou na mão, com seu carro novo, né?
Jason: Você percebeu, é? - Ironiza. - Como se chama?
Fernanda, com um sorriso: "Fernanda. Não, não, Fernandooo."
Jason, refletindo: Fernando, ainda precisa do emprego?
Fernanda: Ohh, chefe é claro!
Jason: Então a vaga é sua. Esteja amanhã às 7:00 na minha casa.
Fernanda, entusiasmada: "Caraca, chefia, é nois!"
Jason: Pode não usar gírias, por favor! Principalmente perto dos meus filhos.
Fernanda, curiosa: Ah, o senhor tem filhos?
Jason: Dois, para ser exato.
Fernanda: "Assim." - Ela sorri, começando a entender melhor o homem que agora seria seu chefe.
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Atualizado até capítulo 69
Comments
Maria Izabel
Fernanda teve sorte pois o babaca do Jason bem imagina que ela é mulher, 👊💪♥️😂😂😂😂😂
2024-01-13
3
Rosana
Vamos ver no que vai dar estes dois ,Fernanda tendo que se passar por homem, coitada 🥵🥵
2023-12-30
1
rafamendes
isso vai ser engraçado.
2023-12-26
2