Se apaixone por mim

Se apaixone por mim

Prólogo

     

           Tudo começou depois de uma confusão, pode parecer estranho ou devem estar pensando que um garoto brigou na escola não sendo a primeira vez e acabou sendo expulso de casa e conheceu alguém e se apaixonou, É exatamente isso mas tirando o fato do garoto.

       Beatriz Dallas filha única de seus pais, empresários muito famosos que quando se mudaram para Dallas no Texas para herdar o museu da família, “o museu de artes Dallas”, que logo estabeleceram o seu próprio império e ficaram muito conhecidos pela cidade inteira com o tamanho do poder que tinham em seu nome, Mas ela não ligava para o que o nome de sua família significava e tinha seus próprios sonhos para seguir, mas tinha algo que dificultava, a sua obcecação pelo significado do amor e o fato que ela não podia tê-lo.

    De onde pode ter vindo isso?

        Desde que se lembrava Bia sempre foi sozinha a sua infância inteira, vive numa mansão enorme e é filha de uma família muito poderosa conhecida como o império Dallas que domina a metade da cidade. Sendo  a única filha é a herdeira de tudo.

    E começou a estudar desde os seus três anos sobre assuntos muito avançados, estuda todos os dias sobre administração de empresas, Marketing, Economia, Ciências contábeis, e coisas muito mais avançadas que uma criança da idade dela não entenderia e isso tudo era para que ela fosse a próxima presidente da corporação Dallas, a empresa da família que ela realmente odiava.

       Depois de umas aulas com seus professores particulares a garota ficou de frente a janela do seu imenso quarto de muitos daquela mansão viu que estava sozinha de novo, mas ela não achava que a presença daqueles professores preenchia a sua solidão.

   Ela sempre estava sozinha, além das empregadas que são como fantasmas que a vigiava, a única que cuidava dela era a sua governanta, Ana Grend, a garota escutou os passos de seus sapatos que ecoavam pela escada e continuou olhando para a janela, quando a porta se abriu e a mesma entrou com uma bandeja.

      Ana tinha uma beleza incomum seus cabelos estavam presos e eram pretos com o breu e seus olhos dourados como o mel, frios e sérios usando o uniforme formal de uma governanta, uma calça preta e uma blusa com gravata cinza e um casaco branco.

      Ela tinha consigo em suas mãos uma bandeja com água, Suco e um sanduíche. Entrando ela colocou em cima da cama e foi até a garota que se virou segurando uma raposa de pelúcia vestida num vestido branco um pouco rodado com os cabelos pretos longos bagunçados na frente do rosto estando com os olhos mortos assim como seu olhar frio sem um pouco de brilho, se sentou na cama e foi servida e logo depois Ana se retirou fechando a porta devagar, Bia sabia que ela voltaria, era a única que voltava por que se importava.

      Tinha algumas regras que as empregadas tinha lhe posto, nunca ir para o jardim, não gritar ou fazer barulhos irritantes, Não ficar na chuva o que não fazia muito sentido pois ela nem saia para fora. A mesma costumava pensar que não existia e só Ana conseguia a vê como se fosse um fantasma, mas tirou essa ideia da cabeça depois de perceber que sentia dor.

    Já que ela não podia sair para nada e ficava só no seu quarto, fugia a noite e andava pela aquela imensa mansão a explorando, mas as vezes, as empregadas a viam mas nunca lhe deram sermão só fugiam com medo e foi quando entendeu o motivo disso.

        Quando rumores na casa começaram aparecer que tinha uma fantasma de uma criança andando pela mansão e ela entendeu,  acharam que ela era esse fantasma e se aproveitou disso e começou a assombrar as suas empregadas toda noite só as olhando com os seus olhos sem dizer nada andando pelos corredores.

     Ela costumava esperar seus pais para comer o almoço e o jantar mas eles nunca apareciam, comer sozinha naquela mesa enorme era tão solitário que começou a comer sozinha no seu quarto.

     Nessa noite ela não os viu e a lua está no céu iluminando como quase todos os dias, abriu devagar a porta do seu quarto e desceu as escadas descalças pisando no piso frio daquela mansão e foi direto para o corredor e mais uma vez as empregadas se assustaram com ela que estava se divertindo com isso.

   As duas jovens se abraçaram quando ela passava pelo corredor sobe o luar da lua que vinha da janela, elas a olhavam pálidas tremendo o que a fez rir por dentro e subiu para o outro lado do corredor e entrou na biblioteca da casa, Todas as noite lia o seu livro favorito.

   Alice nos pais das maravilhas. Para ela era fascinante e nunca se cansava de ler. Aquele lugar maluco onde coisas loucas existiam era muito curioso, a mesma gostava da fala do gato de Chesire.

“Ah, mas com certeza você vai chegar, desde que caminhe bastante.

– Mas eu não quero me meter com gente louca – ressaltou Alice.

– Mas isso é impossível – disse o Gato. – Porque todo mundo é meio louco por aqui. Eu sou. Você também é.

- Como pode saber se sou louca ou não? – disse a menina.

- Mas só pode ser – explicou o Gato. – Ou não teria vindo parar aqui.”

     Ela pensava que também fosse louca e por isso não pertencia a tal mundo que parecia a rejeitar de todas as formas.

      O livro ficava numa prateleira bem alta e a mesma pegava a escada devagar e subia nela e assim pegava o livro e começava ler empolgada. Mas sempre devolvia o livro ao seu lugar por que acreditava que não devia deixar provas que tinha vindo ali de forma alguma.

      Acabou virando uma certa rotina até ela começar a se perguntar sobre o amor, depois que leu um livro de romance entre os demais que só falavam sobre empresas, Administração e outras coisas.

    E quando terminou aquele livro ainda se lembra até hoje, era um romance fofo e clichê como os outros e começou a se perguntar sobre o que era o amor e até hoje não sabe a resposta.

      Ela estava cansada daquele dias tediosos na mansão e resolveu fugir um certo dia, pegou uma mochila com seu livro favorito e um pouco de comida, para ela conseguiria sobreviver com aquilo, e como a casa era cercada por uma segurança intensa ,eles não imaginariam que a mesma tinha aprendido como desliga-la por alguns minutos e assim fez e conseguiu sair daquela mansão sem ninguém a vê.

     A mesma não achou que sentiriam sua falta, e começou a vagar as ruas o dia inteiro suas pernas já estavam cansadas de tanto caminhar e quando viu estava num lado da cidade que não tinha edifícios e chegou numa praça perto e se sentou no balanço para descansar pegando um bolinho o último que tinha sobrado, pois havia caminhado muito e também tinha ficado com fome e sede e foi esvaziando o pouco mantimento.

       Entrou em desespero, achava que tinha feito burrice ela só tinha 7 anos para onde iria? Ela não tinha resposta para isso, depois de ter terminado sua última refeição, tinha certeza que morreria de fome naquele balanço.

  Quando um garoto que aparentava ter dois ou um ano mais velho do que ela, veio em sua direção e sentou ao seu lado.

    A mesma o ignorou completamente, não é como se ele fosse reparar em mim eu sou como um fantasma. Foi o que ela pensou mas ele de repente se virou para ela e sua voz soou como uma música para seus ouvidos e ela o olhou perplexa.

—Ola você mora por aqui? Não tinha te visto antes.

   O garoto sorria para ela com um sorriso de lábios e seus olhos azuis cristalinos brilhando, seus cabelos pretos lisos na frente do rosto com aqueles garotos coreanos dos doramas que ela tinha começado a assistir, ter aprendido coreano aos cinco anos tinha suas vantagens e ela dizia que não tinha romance só em livros. Mas o que realmente se perguntava era se ele conseguia a vê.

—Não, eu não moro—Diz baixo e ele inclinou a cabeça para escuta-la.

—O que faz sozinha nesse parque?—Disse a olhando com uma curiosidade mas não tirava o sorriso dos lábios.

—Não é da sua conta—Disse de forma grosseira e se levantou indo embora e o outro a olhou um pouco triste e foi atrás.

—Não espere, fique um pouco mais! Você gosta de música? Eu toco para você o que acha?—A mesma parou de andar e se virou para o garoto com uma certa curiosidade.

—O que você tocaria para mim?—Disse curiosa. E um pouco supressa ele realmente estava a vendo e falando com ela normalmente, ela estava apavorada por que nunca tinha falado com outra criança antes.

—Violão, Irei em casa pegá-lo e voltarei já!—Ela não disse nada e voltou a se sentar no balanço e o mesmo sorriu e foi pegar o seu violão e não demorou muito voltou segurando-o em suas mãos e se sentou ao lado dela no balanço e começou a tocar algumas melodias.

—Gosto disso—Sussurrou e o outro olhou satisfeito.

         Mas quando olhou para trás viu um carro em alta velocidade subindo a calçada e vindo na direção dos dois e a empurrou para longe assustado, e com o empurrão bateu a cabeça numa árvore e outro foi pego um pouco pelo carro, antes de fechar os olhos viu um carro no meio da praça e o garoto estava na frente jogado no chão com a cabeça sangrando e a mesma olhou com a visão embaçando o seu rosto pela última vez. Por que ele daria sua vida por causa de uma pessoa que acabou de conhecer…isso é tolice, pensou e nunca mais o viu.

      A mesma lembrava de estar em casa novamente, como se aquilo que tivesse acontecido foi um sonho, mas pela faixa na sua cabeça, duvidou muito que algo não tinha acontecido.

Mas por que eu não conseguia lembrar do que tinha acontecido alguns dias atrás depois de eu ter fugido?, Se perguntava várias vezes.

     Lhe disseram que tinha batido a cabeça caindo da escada e ficou em coma por quatro dias, por isso não lembrava de muita coisa. Mas ela sentia que tinha algo faltando, uma memória que era aceita por alguém, mas pensou que fosse só um sonho como eles disseram, que sonho mais tolo e fútil, pensou.

      Agora ela se encontra preste a terminar o terceiro ano do ensino médio e não sabe o que pode acontecer com a sua vida a pior opção que pensava era em ser a nova presidente dos Dallas.

   Mas ela não pretendia de forma alguma ser e vai fazer o impossível para seguir o que realmente quer e não o que os seus pais querem, mesmo que tenha que destrui-los, Ela achava que não tinha coração e que não existia nela como se tivesse morrido a muito tempo e que a culpa seja deles mesmo. Não era mentira.

     Mas até hoje ainda procura o significado do amor e como é amar e ser amada, e se perguntava se era tão louco assim ficar obcecada por algo, mas ela necessitava da resposta, ou pensava que precisava.

  Aprendeu com o tempo que o amor é algo que te deixa idiota e tolo, e não te trás nada de bom, e se ele é realmente verdade por que aqueles que se amam não conseguem ficar juntos ou melhor por que eles não conseguem ser felizes, esse negócio de final feliz não existe, a realidade é bem distante disso.

       Foi por isso que começou a escrever suas histórias fictícias, por que escritor adora mentir e iludir os seus leitores com coisas que nunca vão acontecer e que não poderiam ser verdades, mas se acreditar nessa mentira é fugir da realidade ela preferia ser enganada junto com os seus leitores.

Capítulos
Capítulos

Atualizado até capítulo 38

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!