Enquanto ela olhava para os carros passando, sua tia vendo pelo espelho resolveu puxar assunto, da forma que Bia tinha saído de casa ela devia estar mal e era isso o que ela estava pensando, já que iam morar juntas queria que se dessem muito bem, Por não ter filhos Clara tia de Bia por parte de sua mãe a via como se fosse sua filha, já que ajudou Ana a governanta a cuidar dela desde de pequena algumas vezes, Ela não conseguia entrar na mansão sempre que queria e ficava difícil de vê-la, Já que a mesma tinha largado o nome da família Dallas para viver uma vida normal e simples num bairro onde havia uma passarela onde o trem passava todo dia em baixo, mas a paisagem era realmente bonita de tirar o fôlego, foi uns dos motivos que a fez se mudar para lá e deixar o nome de sua família para trás e não ter nada que pertencesse a sua família e ninguém, era uma opção que tinha que cumprir. Mas ela dava um jeito e sempre ia aos campeonatos de sua sobrinha e não perdia um.
—O seu namorado é bem bonito Bia, Você tem bom gosto—Disse dando uma risada animada e a olhei supressa e rir de minha própria reação e olhei para tia Clara pelo o espelho retrovisor.
—O Marshall não é o meu namorado, ele é meu Melhor amigo…na verdade é o único amigo que eu tenho…—Sua tia sentiu a tensão em sua voz e brincou para descontrair e tirar a tensão do ar.
—Mas ele é um tremendo gato, eu não sei o que você tá fazendo—Ela começa a rir de sua própria brincadeira e não consegui e soltei um sorriso também.
O assunto acaba mas o silêncio não dura muito e entramos num bairro e olhando pela janela as pessoas que seriam os meus novos vizinhos, vi dois jovens que pareciam ser dois anos mais velho que eu, um estava usando um boné cobrindo seus cabelos loiros e o outro tinha o cabelo preto longo até o ombro com um penteado atrás preso, Mas como os dois estavam de cabeça baixa eu não pude vê seus rostos só os cabelos, eles estavam conversando na frente de uma casa olhando para o chão, Quando tia Clara chamou a minha atenção e estávamos paradas na frente de uma casa. Um pouco grande e branca de madeira, com uma varanda na frente e de dois andares, no lado da porta tinha uma Janela onde parecia ser um quarto e no outro lado outra Janela onde parecia ser a da sala.
—Sobre o seu quarto, É aquele que dormia quando vinha passar o tempo comigo quando sua mãe ainda deixava, olha eu não mexi nele, pode decorar da forma que quiser tenho certeza que seus gostos mudaram—Me dando um sorriso gentil ela desligou o carro.
Eu tenho uma memória vaga, eu só vim umas três vezes, duas ela me trouxe depois do treino de jiu-jitsu e logo fui trazida de volta para casa pelos os seguranças da mansão que descobriram o meu paradeiro e uma ela conseguiu falar com a minha mãe e depois disso nunca mais. Lembrava dessa casa sendo bem maior já que eu era uma criança no tempo que tinha vindo a última vez, então era normal achar que era bem grande antes.
Abrirmos a porta do carro e tia Clara vai logo para o porta malas o abrindo, olhei ao redor examinando o local e minha visão foi para a casa na frente da nossa a no outro lado da rua e reparei numa janela que estava fechada e de repente se abriu e um cara olha para os lados e a pula com um violão nas costas, Quando ele pulou a janela os olhos deles se cruzam com os meus e reparei no seu cabelo tingido de azul nas pontas e seus olhos claros que pareciam um buraco negro que sugava toda sua atenção para eles como se várias estrelas tivessem dentro de um diamante, me dei conta do que está fazendo(O encarando sem piscar) e balancei a cabeça e o outro começou a andar desviando o meu olhar com um sorriso de canto sem mostrar os dentes bem calmo para quem tinha acabado de pular a janela de sua própria casa como se tivesse fazendo algo que não devia, Parei de o encarar quando ele some virando a rua descendo para outra e minha tia derruba uma de minhas malas e a atenção vai para ela.
—O que tem aqui dentro, uma pessoa?—Disse largando a mala no chão como se tivesse chumbo dentro, tinha colocado toda sua força que ficou pálida.
Olhei a curiosidade dela transbordando no seu rosto mas não ia perguntar mesmo que quisesse e a olhei e dei um sorriso largo e travesso e resolvi brincar com ela, foi até a mala e nos duas começamos a carrega-la para dentro da casa mas nem chega perto da porta, Eu solto a mala.
—Ah sim lembrei, É a minha professora de ciências particular, eu acho que esqueci ela aí dentro— Tia Clara solta a mala na mesma hora assustada e me segurei para não rir vendo que ela estava acreditando na minha brincadeira e vendo a reação dela assustada estava quase soltando uma gargalhada.
—O Que? Como assim? Tem realmente alguém aí dentro?—Não aguentei e cai na gargalhada e me abaixei e comecei a puxar o zipe da mala a abrindo e ela olhou assustada vendo que quando abrisse teria uma pessoa ali mesmo, mas é pega de surpresa quando realmente vê o que tem dentro.
—Não se preocupe, são só livros não tem ninguém viva e nem morta aqui dentro—Digo sorrindo.
A mala estava cheia de livros e a minha tia olhou aliviada e começou a rir da situação vendo que tinha sido enganada com facilidade por mim e continuamos a tirar as malas e as colocar no quarto que tem uma janela que fica de frente para a casa da frente, olhei para o quarto e ele parecia bem confortável mesmo não sendo tão grande como o meu da mansão e comecei a colocar as minhas roupas no guarda roupa e escutei alguém bater na porta e era tia Clara mas a porta já estava aberta e ela entrou no quarto com um sorriso grande no rosto.
—Bia vem comigo eu quero lhe apresentar a Rosé uma amiga que fiz, é a nossa vizinha da frente—Quando escutei não evitei e olhei para a janela da casa da frente e peguei meu celular em cima de umas das caixas que ainda não foram abertas e sorri.
—Então vamos, eu ainda tenho tempo para arrumar tudo.
Trocamos sorrisos e saímos do quarto e fomos direto para a porta e atravessando a rua ficamos de frente para aquela casa, Clara bateu na porta e esperou com um sorriso no rosto animada e olhei para a janela que ainda estava aberta vendo a mesma cena daquele cara pulando a janela, quando a porta se abriu saiu uma mulher de cabelos pretos ondulados com franjas um pouco encaracoladas assim como as pontas de seus cabelos, no seu rosto tinha algumas sardas que se destacavam e seus olhos claros um pouco baixos, vendo Clara deu um grande sorriso e a cumprimenta com um beijo no rosto e a outra faz o mesmo.
—Clara, Por que não disse que vinha? Eu tinha preparado um café para batermos um papo!—Sua voz era um pouco grossa e a outra lhe deu um tapa de leve no ombro.
—Não vim para isso, Agora não— As duas começam a rir como se fosse duas amigas do ensino fundamental e as olhei com curiosidade e depois de olhar em volta os outros lado da rua a mulher reparou em mim.
—Clara, quem é essa garota linda? Parece com sua irmã—Diz com uma certa curiosidade e tia rir e puxa-me para perto de si abraçando.
—Ah é minha sobrinha Bia ela vai morar comigo agora—A mulher sorri gentilmente para mim e se apresenta.
—Prazer Bia eu sou a Rosé, espero que goste desse bairro, Ah que educação a minha entrem está fazendo muito sol aqui fora—Colocando nos duas para dentro nos sentamos no sofá e a outra se retira indo para outro comodo da casa.
Olhei em volta a sala e reparei que a alguns instrumentos encostados nas paredes e em quadros álbuns de músicas bem famosas como o Michael Jackson, Elvis e outros que estavam em alta e ainda continuam por que viraram lendas e alguns atuais e que eram relíquias, Parei de olhar quando tia triscou em meu braço,
—O que achou dela?—Eu a olhei e sorri de leve olhando para os lados.
—Ela parece ser uma pessoa muito boa e gentil!—Digo cruzando os braços de leve.
Clara concorda com um “Ela é!” e não demora muito Rosé volta com uma bandeja com xícaras de café e as duas começam a conversar sobre a vida ,Com as duas conversando me sentei numa poltrona preta um pouco longe com uma guitarra pendurada em cima atrás na parede e peguei o meu celular e olhei as barras de notificações de mensagens e tinha algumas de Marshall e de meus aplicativos de leitura, respondi logo ele mandando a localização da casa de Clara.
(já chegou? Me manda a localização se já tiver chegado!).
( Comprei lanche para você!).
(localização).
( Não demora, tô com fome!).
Desliguei o celular e olhei para os lados e percebi que havia passado um tempo, tinha perdido um pouco de tempo e quando duas amigas conversam pode esperar, Rosé vendo que eu estava um pouco solitária sorriu e resolveu me pedir um favor se levantando ajeitando um álbum torto na parede e sorriu calorosamente.
—Bia você pode chamar o Luka para mim por favor?—Estranhei seu pedido pois não sabia de quem ela estava falando e tive uma breve ideia de ser o de mas cedo que havia pulado a janela.
—Mas quem é Luka?—Digo com calma e despreocupada e a mulher rir e se senta tomando uma xícara de café.
—É o meu filho, ele deve estar no seu quarto, que fica a direita desse corredor o último quarto, Diga que eu estou o chamando!
Concordei acenando com a cabeça, mas se esse tal de Luka fosse o que havia pulado a janela ele com certeza não estaria no seu quarto, mas eu também não poderia dizer para Rosé que vi seu filho pulando a janela na cara dura, pelo tempo ele já deve ter voltado, entrei no corredor e vejo um quarto aberto sem ninguém dentro mas não era o dele e vi o último, mas estava com a porta fechada, olhei em volta e bati de leve na porta com um pouco de vergonha mas disfarcei, não era sempre que eu fazia isso, Não era nunca.
—Ola…Sua mãe me pediu para chama-lo—Digo. Mas por que minha voz está tão trêmula?
Não houve resposta e olhei em volta e bati novamente e ninguém respondeu e olhei melhor e vi que tinha algo impedindo de abrir a porta e empurrei de leve entrando sem me importar se ele estava dentro ou não do quarto eu não iria ficar batendo ali na porta feito uma condenada.
—Tô entrando— Digo entrando no quarto.
Entrando vi um quarto bem arrumado com alguns instrumentos de enfeite e quadros de shows, em cima de uma cômoda havia um caderno preto, olhava mais e ficava cada vez mais impressionada, o único quarto de um garoto que tinha entrado era o de Marshall e era uma zona, tudo jogado eu não sabia como ele dormia nele e saia ou entrava sem se perder naquela bagunça.
— É bem arrumado comparado a de Marshall—Digo.
Continuei a olhar em volta e reparei numa prateleira de livros altos e meu olho foi certo num livro que estava procurando a um tempo e sorri e fiquei na ponta dos pés e alevantei uma mão para pegá-lo e senti os meus dedos os tocar mas faltava puxa-lo e estava quase pegando o livro quando alguém pula a janela para dentro do quarto, a arregalei os olhos e senti o olhar de alguém me olhando de trás e escutei uma voz suave vindo de trás fazendo sombra na janela que soou nos meus ouvidos.
—Eu recomendo esse é muito bom, mas se queria pega-lo era melhor ter usado o banco Baixinha—Olhei de canto ele e vi o banco no meu lado e surtei de raiva em alguns segundos internamente.
Me assustei vendo que fui pega no flagra e puxei sem querer o livro que caiu na minha cabeça fazendo-me cair de joelhos no chão e com raiva resmunguei baixo reclamando coçando a cabeça amaldiçoando toda a geração daquele livro se ele tivesse, olhando devagar para cima vi-o sorrindo de leve com alguns dedos nos lábios, não tampando a boca tanto, me olhando com seus olhos claros intensos e olhei para sua mão vendo que suas unhas são pintadas de pretos, o mesmo estava usando um casaco preto com azul acinzentado e um All star preto com alguns desenhos, parando de rir ele vai até mim erguendo a mão.
—Desculpe—Ele parecia estar se desculpando por ter sorrindo da minha queda e sorriu ainda com a mão erguida para mim e olhei para sua mão um pouco hesitante e me acalmei pegando em sua mão que era bem macia por sinal e o mesmo me ajudou a levantar e depois se abaixou pegando o livro do chão e lembrei o que eu tinha vindo fazer aqui depois de parar de encara-lo.
—Sua mãe me pediu para que eu lhe chamasse!—Digo.
O mesmo deu um sorriso de lábios para mim e tirou seu vilão das costas colocando sobre a cama e pegando o livro coloca sobre as minhas mãos, depois ficando na frente da porta do quarto sorrindo levemente com seus lábios, era assim que ele mostrava seu sorriso, o olhei confusa sem entender o ele estava pensando e esperei uma reposta e sua voz suave saiu.
—Eu te empresto—Disse ele entrando no corredor me deixando sozinha.
Pisquei algumas vezes e olhei supressa me perguntando o que tinha acabado de acontecer ou ele era doído ou estava quase, Como ele emprestaria um livro para uma total estranha? Se fosse eu nem deixaria encostar imagine emprestar ele só podia ser muito bonzinho ou era realmente maluco, eu não devolveria o livro já que queria mesmo lê-lo então o pegarei emprestado como ele disse. entrei no corredor e nos dois chegamos juntos na sala e as duas olharam e o outro disse calmo,
—A Senhora me chamou?—Se referiu a dona Rosé.
A mulher se levanta indo na cozinha e volta com dois sanduíches e oferece para nós, Clara faz um sinal o cumprimentando e ele sorri para ela gentilmente e olhei para os dois vendo que se conhecem muito bem.
—Luka, Aqui vocês dois comam, Bia eu fiz o seu do jeito que Clara disse que você gosta!
A olhei supressa por ela ainda lembrar disso, só algumas vezes juntas, e dei um sorriso como agradecimento e a tia sorriu contente vendo que gostei e olhei para o sanduíche com um sorriso satisfeita e senti que alguém estava me olhando de canto de olho e olhei para o lado e vi que ele estava me olhando com curiosidade e o ignorei agradecendo Rosé.
—Obrigado Dona Rosé— A mesma rir de ser chamada de Dona e olha para seu filho que tem sua atenção em outra pessoa.
—Luka vá chamar o seu irmão o almoço já está pronto, a Lyra e o Dani vem comer aqui também então chame os três que devem estar juntos.
O mesmo acena concordando e sai andando na direção da porta mas antes olha para mim dando um sorriso, fingi que não vi olhando para os lados evitando o seu olhar e o mesmo abre a porta e sai, Clara se levanta e se despede de Rosé e voltamos para sua casa, quando entramos ela pega a chave do carro em cima da mesa e sua bolsa e olha para mim.
—Irei ao supermercado fazer as compras, fique aqui se precisar de algo diga a Rosé!, bem eu já estou indo.
Acenei concordando e a outra abre a porta e a fecha a trancando e entra no carro e a olhei ir embora pela janela da porta quando recebi uma mensagem e coloquei o livro em cima da mesa.
(Fica na porta!).
Olhei para os lados e vi a chave da casa e a peguei abrindo a porta e sentei na varanda da porta nas escadas que fica na frente onde estava na sombra e minha visão foi para os lados esperando alguém aparecer, Quando um barulho de moto pode ser escutado virando a rua, uma moto preta para na frente da casa de Clara e Marshall desce e tira o capacete bagunçando o cabelo pegando as sacolas indo na minha direção dando as para mim se sentando ao meu lado olhando em volta.
—Aqui parece bem legal, o que você achou?— Não evitei e olhei para a casa da frente e disfarcei colocando uma coxinha na boca e depois falei de boca cheia, enquanto ele come também.
— É…É legal acho que não vou ter ploblemas aqui!—Digo de uma forma sarcástica e ele continua a comer e bati em sua mão por pegar demais e rimos por um momento.
—E a escola? Você saiu alguns dias antes do teste final, na outra semana estaremos de férias—Disse num tom sério e preocupado eu já vinha pesando nisso e o olhei e depois para a rua indiferente com isso pois eu já tinha ideia do que ia acontecer e nem estava preocupada com isso.
—Com certeza meus pais vão da um jeito de eu fazer o último teste e como eu vou passar já vou direto para as férias, eles não vão permitir que eu não passe mesmo que o mundo esteja se acabando—Digo não fazendo questão e ele vê o jeito que eu estava falando e colocou a mão em meu ombro puxando para um abraço e encostou minha cabeça em seu ombro.
—Sabe em qual escola vai estudar para o fim do ano?—Perguntou e terminando de comer olhei para os lados.
—Uma perto daqui talvez? Eu não faço ideia—Digo. Não me importo para onde eu irei, se eu estiver longe deles é o melhor.
Continuamos a conversar brincando e rindo um do outro e ele me atualizou sobre um site de fofoca das famílias como a minha e tinha cada escândalo. Até que quando reparei no outro lado da rua numa garota de cabelos lisos com franjas de calça e blusa curta de alça, seus olhos eram brilhantes ela parecia bem animada agarrando o braço do outro no seu lado implicando com ele que não estava tão animado assim e olhei direito, No seu lado era o Luka….O Luka?, Mas ele estava diferente tinha alguma coisa errada, não estou entendendo nada, e comecei a examinar as diferenças, o seu cabelo não estava mas tingido de azul claro nas pontas e sim todo preto mas eram longos até o ombro com um penteado atrás preso, parecia o jovem que eu vi quando cheguei nessa rua que estava sentado na frente de uma casa, a forma que olhava era diferente um pouco fria e intimidadora, as suas roupas eram totalmente diferentes usava uma camisa preta e uma camisa quadriculada laranja na cintura e calças pretas um pouco rasgadas e com um tênis azul.
Não tinha como ele ter trocado de visual em alguns segundos isso não é um desenho animado era o que eu não entendia o que estava acontecendo e dei de ombros já que não é da minha conta e peguei uma garrafa de refrigerante que Marshall tinha trazido e abri e comecei a beber despreocupada mas quando olhei novamente para frente vi Luka com as roupas e seu cabelo de antes entrando na sua casa com outro cara, o mesmo de boné que escondia seus cabelos loiros que estava com o cara que parecia Luka que entrou com a garota de franjas, fiquei tão perplexa que engasguei com o refrigerante e quase cuspi na cara de meu parceiro ao lado que não sabia o que fazer e não estava entendendo nada já que ele não tinha visto nada do que eu tinha visto e estava só me olhando comer e vendo minhas expressões mudar.
—O que houve? Parece que viu um fantasma!—Disse me olhando com preocupação e limpei a boca ainda olhando para a casa da frente fechando a garrafa respirando fundo.
—Talvez um clone quem sabe—Digo ainda pasma com o que eu tinha visto e ele me olhou confuso mas não disse mais nada e mudou de assunto.
Continuamos a conversar por um tempo e depois o acompanhei até sua moto e esperei ele subir e colocar o capacete e o mesmo se despediu ligando a moto e saiu em alta velocidade, olhei-o virando a rua e sorri e senti aquela sensação de alguém me observando novamente e virei para a janela na frente de minha casa e como eu pensei era Luka e o mesmo estava sentando na janela me olhando tocando seu violão com um sorriso de lábios no rosto.
Me virando de costas para ele peguei as coisas da sacola que restaram e entrei jogando algumas no lixo e vi o livro que ele havia emprestado em cima da mesa e o peguei deixando a chave em cima da mesa e fui para o quarto e comecei a terminar de por as coisas no lugar desencaixotando ainda algumas caixas e as pondo no lugar que eu escolhia, Mas não consegui evitar o olhar e olhei de relance para a janela e o outro ainda estava sentado na janela tocando o violão mas não estava mas olhando para a minha janela e continuei a arrumar as caixas que faltavam, quando finalmente escutei o carro de tia Clara e a porta batendo e sua voz soou pela casa.
—Cheguei Bia! Só estou dizendo para avisar—Disse dando uma risada animada.
Eu tinha acabado de se sentar na frente da escrivaninha e abrindo o meu Notebook entrei no aplicativo de leitura onde eu era uma escritora e escrevia várias histórias, Tinha uma notificação de meu maior fã, era o que eu mas gostava de receber comentários e sempre esperava ansiosa pelos seus comentários
Silencioso.
( Querida autora suas histórias são completamente perfeitas a cada capítulo me sinto pedindo mas um, e no capítulo de hoje mas uma vez Rachel não admite que gosta de Daniel, ela é muito dura consigo mesma, na minha opinião ela deveria deixar o seu passado para trás aquele que a atormenta tanto e dar uma chance ao amor!).
Melodia.
( No caso dela é complicado, como alguém que nunca foi amada pode amar alguém assim do nada é uma ferida para ela que ainda dói!).
Silencioso.
(Nem todas as feridas se curam, umas cicatrizam, mas seguir em frente é o melhor pois não verá as dores que estão atrás no caminho!) .
Melodia.
(Belas palavras, talvez você tenha razão!).
Desligando o Notebook fui direto para a cozinha e vi tia Clara colocando a comida na mesa e olhei para as janelas da cozinha e já estava de noite, nem vi quando o tempo passou tão rápido assim e me sentei na mesa e tia sorriu se sentando também, Aliás ela parecia esta muito feliz de comer comigo, já que isso agora seria normal mas para ela ainda era muito emocionante.
—Espero que goste da minha comida, então o que achou de seu quarto?—A outra coloca algumas colheres na boca e me olha com um sorriso.
—Eu gostei, a senhora cozinha muito bem, ficarei feliz de comer sua comida todo dia—Digo com um sorriso e ela parece ficar muito feliz com o meu elogio, mas não estava mentindo para agrada-la realmente gostei só não sei demostrar muito— Sobre meu quarto com algumas modificações ficará perfeito, tenho que achar espaço para os meus livros.
A outra entende o que eu quis dizer já que ela viu o tanto de livros que tinha a sua sobrinha e sorriu bebendo o suco em seu copo.
—Ah eu mando colocarem mais prateleiras no seu quarto querida, eu não sabia que tinha tanto livros assim se não tinha mandado até aumentar o quarto!—Disse dando um sorriso brincando e dei um sorriso e continuamos a comer.
Depois de terminar ajudei tia Clara com as louças e logo depois ela foi para a sala assistir na televisão, achava interessante o fato de ela ter um alarme que dizia o horário certo dos dramas coreanos dela e voltei para o quarto, entrando peguei algumas roupas confortáveis e entrei no banheiro depois de um banho relaxante e ter colocado as roupas confortáveis, um Moletom e um short, entrando no quarto me sento na cadeira da escrivaninha depois de ter pegado uma toalha e começado a enxugar o cabelo e virei a cadeira na direção da janela e percebi que as luzes estão apagadas parecia não ter ninguém ou ele já tinha ido dormir dei de ombros e joguei a toalha na cadeira levantando e me joguei na cama pegando o livro que ele havia emprestado e o abrindo comecei a ler mas acabei pegando no sono pesado e nem percebi que na janela da frente as luzes do quarto tinha se acendido.
Alguém entra dentro do quarto e olha para a janela dela como se tivesse esperando vê-la mas não vendo resposta volta a fazer o que estava fazendo antes.
Quando acordei com o barulho de notificação de mensagem, era de Marshall e me levantei olhando para Luz do celular esfregando os olhos e o respondi já estando desperta e olhei para a minha janela que estava aberta e que estava entrando a luz da lua olhei para a casa da frente e vi Luka pulando a janela novamente e olhei para o relógio digital na escrivaninha e já era 9h30 e quando olhei novamente pra a janela ele viu que eu estava olhando novamente assim como de manhã e fez um sinal com a mão me chamando e fiquei assustada o ignorando.
Quando me virei para deitar na cama de novo escutei alguns passos na frente da janela e de repente uma pedrinha caiu no meio do quarto, olho supressa e pego a pedra indo direto para a janela e vi Luka na frente de sua casa indo na direção da minha janela e disse alguns centímetros de distância sorrindo.
—Vamos dá uma volta?—Disse com um sorriso me olhando intensamente a cada passo.
O olhei supressa e pensei um pouco já que não dormiria agora e não tinha nada para fazer, poderia sair de noite, já que nunca fiz isso naquela mansão novamente depois que eles aumentaram a segurança e a janela era muito alta se pulasse morreria e concordei, Ele tinha algo que me atraía para ele como um ímã. Peguei o meu celular pulando a janela e o outro deu um sorriso satisfeito com os olhos brilhando.
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Atualizado até capítulo 38
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