Por volta das 8h, Pierre chega no escritório de bom humor, nada como uma refeição matinal para ele se sentir energizado, não era tão fácil conseguir uma pela, muita burocracia. Para aumentar ainda mais seu bom humor não encontra a Alice sentada em sua cadeira. E um sorriso satisfatório surge em seu rosto.
— Primeiro dia, já atrasada. Hoje mesmo mando a sem graça para o olho da rua. Falou demais e nem pontual era— falou entrando na sala.
Quando olha na sua mesa, há três pilhas de papéis com um pequeno papel em cima de cada uma delas. Ele estava examinando o que era, mas logo alguém bate na porta.
— Pode entrar — Ele falou prestando atenção na pilha
— Bom dia, Sr Martins. Aqui está o seu café. Preto e sem açúcar. Já separei os documentos de hoje, li todos e fiz um pequeno resumo sobre o que se trata cada um. A cor dos papéis mostra a prioridade de cada assunto. O senhor tem uma reunião daqui a 20 minutos. Precisa de algo mais? — Ela disse enquanto ele só olhava para seu o óculos que era horrivel.
— Como pode ser tão desequilibrado. O trabalho de assistente é impecável, mas nem sei o que estou vendo na minha frente. Que diabos de óculos é esse? — Ele não desviava o olhar dos óculos. Estava hipnotizado.
— Vejo que além da minha estética não tem mais nenhuma pergunta. Vou para minha mesa. Se precisar de algo, estarei lá. — Disse se retirando da sala irritada. Ele continuava a esnobar ela.
— Além de sem graça, ainda fica batendo de frente com o chefe. Com zero medo de ser demitida. Eu devo está louco de deixar essa mulher aqui. Pior que ela acabou de reduzir metade do meu dia de trabalho. Ahhhhhh! Que ódio! Pior que não entendo o motivo, mas quero muito provar que ela está errada. Destruir ela completamente. — ele falou despedaçando a xícara sem perceber.
Alguns minutos depois, ele sai já com outra roupa para a reunião, que aconteceria dentro da empresa mesmo.
— Estou indo. Direcionei todas as minhas ligações para seu telefone — Ele falou e saiu.
Alice aproveitou que ele havia saído para pegar alguns papéis e recolher a xícara. Achou os papéis, mas a xícara tinha desaparecido completamente. Ela se perguntou onde ele guardou ela. Só achou um pano que parece ter limpando o café que derramou. Desistindo da caça a xicara desaparecida, voltou para sua mesa.
Quando percebe uma linda moça de cabelo preto, saltos altos e perfume tão doce que um diabético teria problemas se entrasse agora naquele ambiente. Quando a senhora percebe que ela estava saindo da sala do CEO, olhou de cima a baixo. Como se tivesse avaliando algo. Ela se aproxima de sua mesa.
— Bom dia. Sou Alice, assistente do Sr. Martins. Posso ajudar? — Alice tinha zero paciência para gente egocêntrica e o olhar daquela mulher fala muito mais do que qualquer coisa que ela poderia perguntar sobre ela.
— Onde ele está? — Ela perguntou ríspida para Alice, o que comprovava sua teoria.
— Como posso chamar a senhora? — Que respirou fundo para não mandar ela para.. aquele canto mesmo
— Eu sou Valéria Santiago. Onde está o meu Pierre? — A inimiga dos diabéticos falou
— Vejo que você não tem hora marcada. No momento ele está ocupado. Avisarei a ele que a senhora esteve procurando por ele. — Respira, não pira, Alice repetia para ela mesmo. Como um mantra. Ela não podia arrancar o aplica daquela mulher, por mais que fosse sua vontade
— Você está louca? Eu sou a filha do prefeito. A namorada dele. Ele vai me atender agora mesmo. Você não me entende? É tão burra assim? — Ela disse derrubando tudo que estava na mesa e jogando no chão.
A vida do pobre que trabalha com atendimento ao publico é resumida em uma música modinha do instagram: " Não me empurra que eu já estou na beira, tentando não fazer doideira" . Alice só conseguiu rir em resposta a isso tudo que estava acontecendo . Até pensou em gritar com ela, mas lembrou do boleto que chegou hoje. Os boletos chegam e minha coragem se vai, pensou ela rindo e ignorando total a mulher surtada na sua frente.
Então tínhamos o seguinte cenário, uma mulher possessa gritando e quebrando tudo que estava na sua frente e outra tendo uma crise de riso vendo aquela cena, sem ao menos entender como tudo chegou naquele ponto tão rápido. Que nem ao menos podia responder a altura, porque aparecia um boleto dançando macarena na frente da surtada. Ela só conseguia ri de toda a situação. Era o melhor que podia fazer nessa situação.
— O que está acontecendo aqui? — Henry falou surpreendendo as duas e silenciado todo lugar.
– Meu amor! Essa funcionária se recusou a te chamar ou ligar. Quando exigi que ela fizesse, ela não parou de rir. Acho melhor você trocar de secretária, ela não parece bater bem da cabeça ou ter o mínimo de educação — correu explicando tudo. Sem dar chance para Alice falar nada.
— Alice, o que tem na minha agenda? — perguntou sério encarando Alice
— Você tem uma reunião em 40 minutos — respondeu sem entender muito o que ele queria dizer com aquilo.
– Certo. Até a reunião, não quero ser incomodado. Vou resolver um problema aqui— falou sorrindo e passando a mão na cintura da moça surtada, que sorriu vitoriosa olhando para Alice que balançou a cabeça negando algo.
Agora Alice tinha certeza de onde vinha sua fama. E ela era real. Ele não fazia a mínima questão de esconder o que fazia. Pela cara, tinha até orgulho. Soberbo! Egocêntrico! Safado! Alice pensava enquanto cortava papel já que não podia fazer isso com a cara de ninguém hoje. Alguns minutos depois, o motorista do Pierre entra na sala e o casal, com o "tal problema" resolvido. A tal moça que entro toda posuda e abusada, ela nem conseguia ficar de pé, estava pálida, completamente aérea e rindo para o vento. Que merda que aconteceu ali dentro? Alice se perguntava confusa e apavorada com aquela cena. Algo estava errado. E muito errado.
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Atualizado até capítulo 87
Comments
Marcia Nina Silva
Acho que Ele é Vampiro, ,
2023-04-20
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