17. Eu nem acredito

Cheguei na escola super cedo, e por sorte o zelador já havia aberto o portão, e embora ele tenha estranhado a hora que cheguei, não me impediu de entrar. Fui direto pro vestiário e troquei de roupa, em seguida fui para quadra. E lá eu treinei o máximo que pude, eu queria me distrair de tudo que aconteceu e daquele sonho, mas quando mais eu corria naquela quadra mas eu lembrava daquele sonho, já que havia sido bem ali, no meio dela, em que ele tinha feito tudo aquilo. Aff, parecia tão real, não sei o que vou fazer, só sei que não posso pensar no namorado da minha melhor amiga assim.

Cerca de 1 hora depois o Marcos chegou, e estranhou me ver na quadra, já que eu estava completamente suado, e não era como eu costumava estar nesse horário, mas ele não falou nada, e nem ao menos me olhou nos olhos, quando eu o olhava ele tratava logo de desviar o olhar.

Voltei para o meu treino, porque agora com ele aqui as coisas ficam ainda mais difíceis.

Eu não aguentava mais então decidi que falaria com ele do porque ele me beijou.

Então me aproximei, e ele deu um pulo ao me ver perto dele, mas antes mesmo que eu pudesse falar qualquer palavra o treinador chegou.

Treinador: Olá meninos, bom dia, que bom que estão aqui, vim mais cedo hoje porque precisava falar com vocês.

Luan: Bom dia treinador. ( Falei desviando meus olhos dos do Marcos, que me encarava, com um olhar indecifrável).

Marcos: Bom dia, o que quer falar com a gente? ( Falou, agora também com seus olhos no treinador).

Treinador: Vocês conseguiram, se comportaram bem o suficiente para que o diretor voltasse atrás em parte do castigo, vocês vão conosco e vão jogar todos os jogos do campeonato, isso se não fizerem besteira, claro.

Eu sorria radiante, e Marcos também parecia não acreditar na notícia.

Luan: Obrigado treinador, eu nem acredito.

Treinador: Tá mais agora, ao trabalho, porque sábado vamos viajar para Califórnia pra abertura do campeonato, e assistiremos aos primeiros jogos. O que é ideal para estudarmos nosso futuro adversário.

Marcos: Sim senhor.

Eu não o respondi apenas voltei ao treino que eu já estava executando, e o Marcos fez o mesmo, quando o treinador nos interrompeu novamente.

Treinador: Ei, se vocês pretendem jogar juntos nesse campeonato sugiro que comecem a treinar juntos.

Luan: Mas...

Treinador: Espero que não tenha objeções senhor Stevens, tendo em vista que vão jogar os primeiros jogos por milagre. ( Falou de forma bem rude olhando para nós dois).

Abaixei a cabeça e não me pronunciei novamente.

Treinador: Foi o que pensei, agora quero os dois treinando juntos em todos os nossos treinos. Vocês dois tem um potencial enorme, e ainda mais juntos, mas o que vejo é que não jogam com cumplicidade e isso atrapalha o time, se queremos ganhar, precisamos que os dois trabalhem juntos.

Ele falou isso e saiu, nos deixando sozinhos na quadra. Aff, sério que terei que treinar com ele depois de tudo?

Ok, não podia reclamar, realmente iríamos jogar por milagre, e graças ao treinador, porque tenho certeza que ele infernizou muito o diretor pra que ele voltasse atrás.

Começamos com treinos simples de passe de bola e depois fomos evoluindo nos treinos, mas ainda sem nos falarmos, logo outros jogadores foram chegando, mas não paramos nosso treino, não podíamos dar margem para o treinador brigar ou ser rude novamente conosco.

Treinador: Agora sim estou gostando. ( falou ao entrar na quadra).

Bom agora que todos estão aqui, gostaria de comunicar que sábado iremos viajar, e quem for menor de idade, por gentileza, providêncie autorização dos responsáveis legais. O ônibus irá partir daqui da escola às 9 horas da manhã. Nós não jogaremos nesse fim de semana, pois nosso primeiro jogo será somente na outra semana, então a viagem não é obrigatória, embora seja ótimo se todos conseguirem ir.

Agora vamos ao treino...

O treino de hoje será em duplas, faremos revezamento e corrida com a bola entre os cones, também faremos lances de cabeça, eu sei que são lances básicos, mas agora que estamos em cima do campeonato quero ter certeza que saberão fazer desde o mais difícil até o mais básico, porque o básico pode não ser muito mas muitas vezes pode salvar um jogo.

Em seguida ele separou as duplas e como eu já esperava deixou eu e o insuportável juntos, eu de verdade não queria isso agora, tudo que eu queria era não olhar mais pra ele, mas simplesmente parece que tudo, absolutamente tudo, me joga pra cima dele. Trabalhos em dupla tenho que fazer com ele, jogo tenho que treinar com ele, aulas são as mesmas que ele, como se já não bastasse ele estar namorando a Rafa, eu tenho que aturar ele o tempo todo, e depois daquele beijo, isso era tudo que eu menos queria.

Mas por sorte ele não está me ofendendo, ele está quieto, tão quieto que chega a ser estranho. Mas também depois do que ele fez eu também ficaria bem quietinho. Afinal, eu posso contar isso a qualquer um, e seria minha palavra contra a dele, mas lógico que não vou fazer isso, mas eu bem que queria conversar com ele, entender o que foi aquilo, mas não aqui, e não agora.

Terminamos o treino e fomos pro vestiário, como de costume, e eu fui pegar minhas coisas para tomar banho, e tirei minha camisa e calção, e só de cueca fui em direção os chuveiros, mas acabei me deparando com algo que eu não esperava, ou até esperava, não sei dizer, eu só sei que Marcos estava ali, completamente nu, lógico, todo mundo toma banho nu, mas misericórdia, ele era muito gato, aff, chega dar ódio de pensar nisso, mas minha nossa, que corpo e que membro.

Marcos

O treino de hoje foi puxado e eu não queria ter treinado com o imb*cil do Luan, ainda mais depois da merda que eu fiz, não sei porque fiz aquilo, eu bebi de mais e quando vi já tinha feito.

Estava tomando banho tranquilo quando olho pro lado e me deparo com algo estranho, Luan estava me secando, quando olhei ele estava me olhando de cima a baixo, nu, e focando no meu membro depois de me observar por inteiro, mas no minuto seguinte ele virou pro lado e pegou suas coisas e simplesmente saiu do vestiário sem nem tomar banho.

Eu devo estar doido, não é possível que ele tava me olhando, porque se for isso mesmo eu vou matar aquele garoto.

Droga, ele me deixou tão incomodado, que acabei terminando meu banho ali mesmo, apenas me enxaguei e nem o cabelo não lavei, só sai dali, eu precisava pensar. Depois de tudo que aconteceu na festa e agora isso.

Luan

Só pode ser brincadeira, eu jogo futebol a anos, e nunca tive interesse em garotos do time, a tipo, já até achei alguns bonitinhos, mas porra, nunca fiquei secando nenhum tomar banho, e o pior, pior de tudo, além de já não ser carma suficiente tá olhando aquele babac*, eu fiquei de p*u duro por tá olhando ele.

Não é possível, senhor, o senhor está me testando né? Tenha misericórdia de mim senhor, aí não dá, sinceramente. A sorte minha foi que eu ainda estava de cueca, então ninguém percebeu, porque se percebesse, put* que pariu.

Como o time quase todo sabe que sou gay, daria super na cara que fiquei afim daquele babaca, quer dizer, afim não, que porr* de afim Luan, tá idiot*. Eu fiquei, só, sei lá, admirando, não admirando também não é a palavra, a seila porr*. Ele beija bem e é bonito, só isso, nada além disso.

Tudo que sei agora é que eu preciso me controlar pra que isso não aconteça de novo, e o foda também que sai de lá sem banho, e eu tô podre, passei quase o vidro todo de desodorante e o de perfume e continuo podre, aff, eu odeio ficar sem tomar banho, ainda mais depois de um treino puxado. Banho é meu momento sagrado, e agora por causa da porr* do Marcos eu simplesmente tô sem tomar banho e indo pra sala. Tô vendo que hoje vai ser um dia daqueles.

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