7. É claro que foi ele

Acordei no dia seguinte com o despertador, não estava muito afim de levantar, mas fazer o que, era preciso, fui fazer minha higienes matinais, pensando que agora terei que aturar o Marcos em todas as aulas, aff, ninguém merece, vontade de voltar para cama.

Mas fazer o que, é preciso, então me arrumei e fui até a cozinha pra tomar café da manhã, e a Paula estava lá, ela trabalha em casa, então geralmente, café almoço e janta sempre são servidos no horário e difícilmente precisamos comprar comida pronta, além do que, ela cozinha muito bem. Fui até ela e lhe dei um beijo na bochecha.

Luan: Bom dia Paulinha.

Paula: Nossa não sou chamada de Paulinha a muitos anos. E você acordou animado em.

Luan: Aí que você se engana minha cara, acordei na força do ódio, mas acabei me contentando, não há o que faça.

Paula: Problemas com o garoto gatíssimo?

E bota gatíssimo nisso.

Luan: A nem é tudo isso, já vi uns bem mais gatos naquela escola, mas o problema dele não é nem a aparência e sim a marra.

Paula: Você também é marrento.

Luan: Sou mas eu não prático bullying na escola.

Paula: Ele fez isso?

Luan: Fez, mas eu defendi o garoto, por isso ele me odeia, falou até que ia me quebrar da pancada, porém não fez nada.

Paula: Não bem nada né, porque você chegou todo quebrado em casa, não quis falar nada pra não me envolver, e também porque estava com a cabeça a mil, mas parecia que um caminhão te atropelou.

Luan: Há, então, mas isso foi bem depois, e eu que dei o primeiro soco, embora ele tenha merecido já que me derrubou, enfim, aquele garoto me estressa.

Paula: Cuidado querido, amor e ódio andam lado a lado, e pra um virar o outro é mais fácil do que você imagina.

Luan: Nada aver Lá, eu sou gay, ele é hétero, que se acha ainda por cima, e além de que tem pinta de ser super preconceituoso.

Paula: Espero que vocês se acertem querido.

Agora preciso trabalhar. Bjo, bjo. ( Falou já saindo da cozinha e indo pro quarto onde ela trabalha, se bem que quando ela cansa ela vem pra sala, enfim, trabalhar em casa deve ser de mais).

Eu trabalharia de calça de pijama e colocaria só uma camisa pra dizer que me arrumei, além de que dá pra ficar no sofá e usar pantufas, e também dá pra ficar em baixo das cobertas, já que essa cidade é bem fria, isso é maravilhoso.

Enfim, terminei meu café e sai em direção a escola, e como sempre desci para esperar a donzela Rafaela, porém por um milagre divino ela já estava pronta e assim que o elevador abriu no seu andar ela já entrou nele prontíssima para irmos.

Luan: Uau, milagres acontecem em.

Rafa: Aí idiota, vamos logo.

Coloquei o braço por cima do seu ombro e partimos para escola, e chegando lá o Arthur veio conversar conosco se havíamos visto uma foto.

E quando ele me mostrou fiquei indignado, mas não com raiva, acho bullying ridículo, mas eu não sou do tipo que me intimido, nem mesmo quando é comigo. Era uma montagem minha com corpo feminino de biquíni, e foi mandado para o colégio todo. E lógico eu sabia exatamente quem fez, e o vi ali dando risada no canto perto da porta da sala da nossa primeira aula.

Luan: Uauuu, adorei a foto, mas na próxima pede pra eu posar, vou adorar tirar uma foto assim só pra você. ( Falei passando a mão em seu queixo ).

Marcos: Eeeeee, sai fora sua bicha.

Falou me empurrando e já foi partindo para agressão pra cima de mim, e eu já fui contudo pra cima também. Ele brigava bem admito, mas eu não ia apanhar calado não.

Foi quando o diretor chegou.

Diretor: EI, O QUE ESTÁ HAVENDO AQUI?

A vocês dois de novo, sério? Já não conversamos? O castigo foi pouco?

Luan: A é diretor, mas olha o que ele fez.

Falei tomando o celular da mão do Arthur e mostrando a foto ao diretor.

Diretor: A não... isso é inadmissível senhor Marcos, pra minha sala agora.

Marcos levantou e foi indo para sala do diretor.

Diretor: Você também Luan.

Luan: Aff.

Diretor: O restante para suas salas, imediatamente.

Segui para sua sala com o diretor logo atrás de mim.

Diretor: Entrem e sentem-se.( Assim que o fizemos ele continuou a falar). Senhor Leon, você sabe que bullying não é tolerado nessa escola, não sabe?

Marcos: Sim senhor Darson, porém, não fui eu quem fiz essa montagem.

Luan: É claro que foi ele....

Não acredito que vai ter a cara de pau de mentir.

Diretor: Silêncio Luan... Prosiga Marcos.

Marcos: É só isso, não fui eu que fiz e ponto.

Diretor: Senho Luan, você tem provas contra nosso colega Marcos?

Luan: Não, mas eu sei que foi ele, ele estava rindo quando eu cheguei.

Marcos: Com todo respeito senhor Darson, eu estava rindo assim como mais da metade da escola. Isso não prova que fui eu que fiz isso.

Diretor: Ok, eu vou fazer o seguinte. Vou descobrir quem realmente fez isso, e o culpado pagará pelo seu ato. E quanto a vocês, o castigo de antes permanece e vamos esquecer o que houve hoje... A não ser claro, que eu venha a descobrir que foi realmente você senhor Leon.

Porém gostaria de alertar você, senhor Luan, de que não se acusa ninguém sem provas.

Luan: Ok senhor Darson, peço desculpas pelo meu erro.

Ele assentiu com a cabeça e nós saímos da sala, fui para aula sem nem mesmo olhar para aquele cara de pau mentiroso.

Marcos

Eu cheguei na escola e um amigo meu veio me mostrar uma montagem que ele fez, e eu achei engraçado, porém enquanto eu ria o Luan veio pra cima de mim já me acusando, e aquele filho da put* me fez passar maior vergonha dizendo que posaria de biquíni pra mim.

Eu acabei descobrindo enfim, o imbecil é mesmo gay, credo. Eu pediria para o senhor Darson para que eu não tivesse que fazer trabalho algum com um gay, mas tenho certeza que me daria mal, e não posso correr o risco do meu pai ser chamado aqui.

Segui para sala e já na primeira aula da qual o professor já estava em sala, tínhamos trabalho em dupla, o carma.

O professor explicava o trabalho quando entrei na sala. Então sentei perto do embuste do Luan e fiquei tentando entender. E ao fim da explicação Luan virou para mim.

Luan: Então, na minha casa ou na sua? ( Perguntou usando uma voz de tédio total).

Marcos: Hã?

Luan: O trabalho idiot*, na minha casa ou na sua?

Marcos: Na sua, meu pai odeia visitas.

Luan: Ok, assim que a aula acabar você vai comigo pode ser.

Marcos: Ok.

Aff que saco, ainda pra ajudar vou ter que conhecer a casa desse imbecil e passar algumas horas nesse bentido trabalho com ele, que merd* mesmo.

Assim que o sinal bateu aproveitei para avisar meu pai por mensagem, de que chegaria mais tarde. Não que fosse resolver, mas pelo menos ele não me mataria por completo quando chegasse em casa.

Luan

Passado poucos minutos o sinal bateu, e o senhor Darson entrou antes que todos saíssem da sala.

Diretor: Pessoal, um minuto de atenção por gentileza... Eu descobri quem fez aquela "piada" ( fez aspas com a mão) de mal gosto com nosso colega Luan, hoje pela manhã.

Olhei direto pra ele, pra ver sua cara de tacho quando o diretor anunciasse que foi ele.

Diretor: Patrick me acompanhe até a diretoria por gentileza.

Luan: O que?

No final a cara de tacho era minha, não é possível.

Diretor: Patrick é o responsável, e ele nem se deu ao trabalho de mandar a foto de um número diferente ou privado para os outros alunos. Pode ficar tranquilo senhor Stevens, que a escola tomará as medidas cabíveis e todos serão informados após as aulas. Agora podem ir para suas salas.

Eu tava chocado, não foi realmente ele, put* que pariu e agora? Eu não ia pedir desculpas praquele imbecil, de jeito nenhum.

Rafa: Que bom que não foi você. ( Falou para o Marcos assim que entrou na sala correndo e o abraçou, me tirando dos meus devaneios).

Sai da sala sem dizer nada, apenas queria fugir daquela situação.

Eu podia sentir seu ego inflado de longe, feliz por ter provado que estava certo e eu errado.

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