11. Isso é ridículo

Rafa logo apareceu, linda como sempre, e deu o braço para o Marcos e o outro para mim, e então descemos os três, fomos pra um barzinho legal que tinha aberto ali perto de casa, porém ainda era cedo, e estava bem paia, mas depois de umas duas horas começou a animar, e um garoto lindo não parava de me olhar.

Já que a Rafa e o energúmeno tão se comendo ali porque não dar uns pegas eu também.

Fui até o garoto e começamos a conversar, ele era gente boa, e até que bonito, não era lindo, maravilhoso, mas era bem pegável. Ele me chamou para dançar e eu aceitei. E depois de um tempo ele começou olhar para minha boca, e eu vi que ele viria me beijar, então fui também de encontro a boca dele, até que sou puxado pra trás. Tomei um susto e quando olho é o imb*cil do Marcos.

Luan: Qual é a tua? ( Falei perto dele porque com o barulho da música não dava pra se ouvir nada).

Marcos: Fala sério que você vai ficar com toda essa demonstração gay na frente de todo mundo.

Luan: E qual é o problema, você e a Rafa não tavam se agarrando agora mesmo.

Marcos: Nós somos homem e mulher e não dois homem, isso é ridículo e nojento.

Revirei os olhos e olhei de volta para o garoto, porém, ele sumiu enquanto nós conversamos, ótimo, ele deve ter achado que estávamos juntos e que o Marcos deu ataque de ciúmes, aff, mal sabe ele que foi ataque de preconceito isso sim. Que vontade de moer a cara desse garoto idiot*.

Assim que virei novamente para o Marcos com uma vontade imensa de dar um soco na cara dele, a Rafa apareceu.

Rafa: Que bom, vejo que estão se dando bem.

Luan: É, tão bem que estou indo embora. ( Falei já saindo dali).

A Rafa veio atrás de mim, arrastando o Marcos junto a ela. Já lá fora ela começou a falar.

Rafa: O que aconteceu?

Marcos: Nada essa bicha que tá de piti.

Luan: Você vai ver o piti no meio da tua cara seu imbecil.

Eu já ia pra cima dele quando a Rafa entrou no meio olhando de cara feia pra ele.

Luan: Esse imbecil me puxou na hora que eu ia beijar um garoto lá dentro.

Rafa: Você fez isso?

Marcos: Achei ridículo ele querer ficar se pegando com outro cara dentro de um bar, lugar totalmente público.

Rafa: E qual é o problema?... Quer saber vai pra casa Lu, eu quero ter uma conversa sozinha com o Marcos.

Luan: Por mim ( dei de ombros) já fui.

Dei um beijo em sua bochecha e sai.

Marcos

Aff, era só o que me faltava ele queria se agarrar com outro homem dentro do bar e agora eu que tenho que ficar ouvindo da Rafaela o quanto eu sou preconceituoso e blá blá blá. Que saco, não acho normal isso e não vou achar e pronto, não tava afim de ver ele beijando outro cara.

Rafa: Ou você muda e aceita o Luan como ele é, ou pelo menos tenta, ou a gente acaba aqui.

Marcos: É sério isso?

Rafa: O Luan é a pessoa mais importante do mundo pra mim, e eu posso não ser a melhor amiga do mundo, mas não vou tolerar namorar um garoto que o impede de beijar e ser feliz da forma que ele é. Então ou você aceita ou a gente se despede aqui e cada um vai pro seu canto.

Depois de muito pensar eu respondi.

Marcos: Eu vou tentar tolerar ele ok?

Rafa: Ok, mas se eu não perceber que você está realmente tentando já era, entendeu?

Revirei os olhos e não a respondi.

Fomos para casa dela e quando chegamos lá ela me pediu para que eu dormisse com ela, e depois dela insistir muito eu aceitei.

Luan

Cheguei em casa já estressado, porr* a séculos não fico com ninguém e agora que vou ficar aquele idiot* me impede, eu só não quebrei a cara dele em respeito a Rafa. Não sei o que ela viu nele, ela é loca de ficar com um ser como ele, mas enfim a decisão não tem como ser minha.

A Paula já estava em casa, e ela perguntou se podíamos pedir pizza porque ela estava com vontade, e não era tão tarde assim, então eu pedi, e enquanto a pizza não chegava ela queria saber o que houve pra eu chegar tão estressado, e eu contei tudo a ela, geralmente eu contava tudo pra ela mesmo, então não tinha porque não contar isso, e ela ficou horrorizada com tamanho preconceito daquele ser.

Paula: Querido, sei que não quer chatear a Rafa, mas não deixe de ser quem você é por causa disso. Você não é obrigado a aturar preconceitos por causa disso.

Luan: Sei disso, mas está sendo difícil de aturar esse garoto.

Mas agora vou lá trocar de roupa que a pizza deve estar quase aqui.

Paula: Ok, vai lá querido.

Assim que a pizza chegou voltei pra sala, nós colocamos a pizza em cima da mesinha de centro e ficamos assistindo supernatural enquanto comiamos.

Assim que estávamos satisfeitos, pausei a série e levei o restante da pizza na cozinha e guardei, quando voltei fui conversar com a Paula.

Luan: Tem mais uma coisa que não te contei.

Paula: Oque amor?

Luan: Segui seu conselho sobre meu pai, e nós conversamos.

Paula: Sério, que bom, mas e aí, deu tudo certo?

Luan: Nós prometemos tentar mudar um pelo outro, e eu prometi também dar mais oportunidades a ele de se aproximar de mim.

Paula: Tomara que consigam, seu pai ama você e ele é uma boa pessoa apesar de tudo.

Luan: Ok, mas agora vamos voltar a série.

Paula: Vamos sim.

Fui até o quarto e peguei um cobertor e dois travesseiros, assim nós deitamos e nos ajeitamos e depois de confortáveis, ficamos assistindo série até tarde da noite.

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