3. Você tem problema

Rafa e eu começamos a conversar, enquanto eu fui pro meu quarto e entrei no banho, enquanto ela ficou no quarto e agente conversava pela porta aberta do banheiro. Eu e a Rafa sempre fomos tão próximos que nunca houve maldade um com o outro, e lógico da minha parte nem ia rolar mesmo, não gosto da fruta, mas ela gosta e mesmo assim age naturalmente comigo pelado na frente dela, e sempre foi assim, mesmo quando eu não tinha certeza da minha sexualidade, nunca rolou nada entre a gente, apenas uma bela amizade desde sempre.

Porém o que não a impedia de as vezes fazer comentários bem desnecessários.

Porque eu saí do banheiro só de toalha e quando tirei para vestir minha cueca ela me solta uma que sinceramente.

Rafa: Aí Lu, porque eu não acho um cara com um p*u grande igual o seu?

Olhei pros lados tentando não sentir a vergonha alheia que senti por ela, é sério que ela disse aquilo.

Rafa: A não faz essa cara, você sabe que não rola nada, mas porra, é uma rol* top, e eu pego cada cara com umas que meu Deus, parece o meu mindinho, sinceramente viu.

A Rafa era assim, espontânea e dava cada gafe e falava cada coisa que só por Deus, e eu adorava esse jeito dela, me fazia rir bastante, mas meu humor mudou assim que ela falou a próxima frase.

Rafa: Será que o Marcos é top, sabe, nessa área.

Luan: Se tá de sacanagem né? O cara é mó babaca, tava fazendo bullying com o coitado do garoto na sala hoje, E VOCÊ TÁ PENSANDO NO TANANHO DA ROL* DELE, VOCÊ TEM PROBLEMA NÃO É POSSÍVEL.

Rafa: Aí relaxa, foi só curiosidade, só isso, não tô falando que vou dar pra ele pra descobrir. Só pensei e pronto, eu em. Tu anda muito estressado, tá precisando é de rol* mesmo, pra te acalmar.

Luan: Vai se f*de.

Sai do quarto bravo, e fui pra cozinha, Paula já havia terminado o jantar, então comecei a me servir.

Paula: Ué, e a Rafa, foi embora?

Rafa: Não, tô aqui Paula, é porque ele tá estressadinho sabe e aí me deixou no quarto falando sozinha.

Luan: E vou deixar aqui também se você começar.

As duas se entre olharam e depois olharam pra comida, Rafa se serviu, e ela nem precisou ser convidada, afinal ela era de casa, Paula também se serviu e depois que nós comemos bastante, fomos pra sala ver televisão.

Meu pai chegou quase 1 hora depois e foi jantar, Paula havia deixado seu prato prontinho no microondas. Eu e meu pai estávamos meio que brigados nesses últimos dias, a gente teve um papo sobre ele se separar da Paula, e eu não curti em nada, eu adoro ela, ela cuida de mim como mãe, e apesar de eu a chamar pelo nome ou pelo apelido, Lá, e não de mãe ela me criou como filho, minha mãe morreu no meu parto, e meu pai me criou sozinho até meus 2 anos e dali em diante a Paula que me criou. Eu a chamei de mãe até meus 13 anos, depois simplesmente não chamei mais, e ela embora tenha se chateado, nunca reclamou, ela respeitou meu momento, ela sabe que a amo como mãe independente de como a chamo.

Fui pro meu quarto e a Rafa foi atrás.

Rafa: Ei, o que está havendo com você?

Você anda muito estressado ultimamente. E não é de hoje não, e com seu pai vocês male mal falam oi um pro outro.

Luan: Ele veio conversar comigo sobre se separar da Paula.

Rafa: Puts, sério?

Luan: Sim e porr*, ela cuida dele pra caralh*, você viu, deixou janta pronta no microondas, e nada pra ele tá bom. Ela sempre correndo atrás de dar o melhor pra ele e ele tá nem aí pra ela.

Rafa: Eu sinto muito, sei que a Paula é como mãe pra você, mas meu bem, isso é assunto deles, não se sinta tão mal assim por algo que você não pode mudar, seu pai quer o melhor pra ele, e nem sempre nós sabemos o que é melhor pra nós, talvez ele se arrependa das escolhas dele e talvez não, mas isso cabe a ele. Eu sei que de certa forma interfere na sua vida, mas não se abale por isso. Tem dias que tenho notado você estranho, mas esperei o momento em que iria me falar o que estava havendo, e como não falou resolvi que deveríamos conversar.

Luan: Meu pai tá sendo um imbecil, e não é de hoje.

Rafa: Pode até ser, mas pare de tomar as dores deles pra si. Só assim você vai ficar bem.

Luan: Dorme comigo hoje?

Rafa: Lógico né.

Ela mandou mensagem pra mãe dela avisando que ia dormir comigo. Nossas famílias já tavam mais do que acostumados com nós grudados e dormindo juntos. Único porém é que eles achavam que nós teríamos algo, e ficaram ainda mais frustrados quando me assumi, mas hoje isso é passado e eles agem com naturalidade quanto a isso.

Ajeitei a cama para nós dois, então nós deitamos e dormimos de conchinha, ela agarrada em mim e me fazendo cafuné.

XXX

Na manhã seguinte acordamos de conchinha ainda, porém eu quem estava abraçado nela.

Rafa: Aii, como faz falta ter alguém pra dormir assim todas as noites. Te amo sabia.

Luan: Kkkkkk também te amo doidinha, e as vezes é bom mesmo poder ficar assim, porém se fosse com um boy que eu tava pegando seria bem melhor.

Rafa: Nem me fale, depois de uma baita noite de sexo, dormir de conchinha. Ahhh, é pedir muito Deus, é pedir muito?

Luan: Kkkkk agora para de falar alto que meu pai e a Paula devem ta dormindo ainda, e anda logo, que você tem que descer na sua casa se arrumar. E eu não tô afim de ficar de castigo por sua culpa. Não esqueça que já temos uma advertência e elas só caducam por semestre, então não podemos levar mais nenhuma advertência esse semestre, pra não correr o risco de ficarmos presos naquela sala insuportável do castigo.

Rafa: Ok chatisse, ok.

Vou pra minha casa.

Levantei e fui me arrumar, e logo estava pronto, então desci esperar a madame, e sinceramente, não tava nem um pouco afim de ir pra escola hoje, mó saco ter que aturar aquele insuportável do Marcos, e agora com ele no time de futebol então, aff.

A Rafa logo estava pronta e por um milagre não estávamos atrasados, chegamos no horário e eu fui para minha sala e ela para dela. Sentei e fiquei esperando o professor chegar, agora eram dois horários de física que eu não curto muito, mas acabo me dando bem.

Marcos

Droga acordei tarde, e estou quase atrasado, mas acho que vai dar tempo de chegar na sala na hora. Corri, e entrei voando pelos corredores e consegui chegar na sala em cima da hora, e pra ajudar quem estava na sala, o insuportável do Luan, o garoto ridículo, minha vontade era de quebrar a cara dele, e até agora não sei porque não fiz isso ainda, acho que é porque não quero correr o risco de ser expulso do time de futebol, até porque lá eles dão bolsas de estudo e eu posso ir pra uma boa faculdade. Porque se for depender das minhas notas tô é ferrado. Entrei e sentei no único lugar vago, atrás do senhor imbecil.

Logo o professor entrou na sala e falou que teríamos um trabalhinho valendo 1 ponto sobre o conteúdo do ano anterior, para ele saber como estávamos no conteúdo passado, para só aí entrar em um novo conteúdo.

Professor: Pois bem, o trabalho pode ser em dupla, todos devem fazer dupla com quem está sentado a sua frente.

A não, droga.... Droga, droga, droga, não acredito que vou ter que fazer trabalho com esse imbecil.

Levantei e fui tentar argumentar com o professor, e ele falou que ou eu fazia com ele ou sozinho, e sozinho eu ia me ferrar, não posso tirar notas muito baixas ou fico fora do time, vou me obrigar a fazer o trabalho com esse mané.

Me sentei novamente e ele se virou na cadeira para fazermos o trabalho na minha mesa.

Luan

Luan: E aí meu bem, podemos começar ou você vai dá mais um surto e ir falar com professor.

Marcos: Vamos nessa, ca-pi-tão Stevens.

Ele falou meu sobrenome em tom de deboche, aff sinceramente.

Luan: Melhor começarmos então Marcos Leon.

Retribui no mesmo tom de deboche e ele ficou fervendo de ódio.

Começamos o trabalho e minha nossa senhora, ele não sabia nada, não sei como essa porta chegou ao terceiro ano, pelo amor de Deus.

Cada vez mais eu olhava para os lados em busca de alguma salvação porque olha, não seria fácil, se eu quisesse tirar alguma nota que não 0, teria que fazer o trabalho sozinho.

Fui fazendo o trabalho e o abestalhado com a maior cara de bunda olhando em volta, quando percebi o professor passando nas mesas para ver como estava indo os trabalhos.

Luan: O idiot*, pega o livro e finge que está lendo. ( Falei cochichando).

Ele ficou com cara de bravo com a ordem que lhe dei mas assim que viu o professor olhando o trabalho da mesa da frente ele pegou o livro rápido e fingiu estar me ajudando.

Professor: E como está indo aqui Luan?

Luan: Tudo em ordem professor.

Professor: Ok, continuem que estão indo bem.

Ele passou e o Marcos largou o livro de novo.

Marcos: Qualé, vai querer minha ajuda ou não?

Luan: Tá certo, mas você se lembra algo do conteúdo do ano passado?

Marcos: Nadinha kkkkkk.

Revirei os olhos e voltei a fazer o trabalho sozinho enquanto o energúmeno ganhava nota nas minhas costas, aff, já tava estressado.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***