Dungeon Rings
Foi no ano 2000, o ano em que se deu início ao desastre, aventureiros começaram a desbravar dentro daquelas pirâmides, muitos entram e poucos saem, uma pirâmide do Egito preta, foi assim que classificaram nos primeiros meses, mesmo com a existência de pequenas pirâmides ao redor que possuem entrada para a grande pirâmide, não sendo apenas uma, entretanto os relatos dos sobreviventes, mesmo mostrando que é uma tumba para os que entram, também lhe dá recompensas, que até então existiria apenas na ficção, o que o mundo pode fazer ao provar que poderes são reais e que se pode obtê-los ao sobreviver e ser escolhido pelo Tutor da pirâmide? Completando ela, você ganha um Ring que te dá poderes, podendo ser qualquer coisa dependendo da dungeon, no entanto você só descobre ao final qual habilidade especial lhe aguarda, com uma pedra que nela está escrito tudo sobre o Ring. Apenas ao finalizar uma, que surge outra, sendo no final, chamadas pelo consenso de todos os países, de Dungeon Rings. A história acompanha Asani, um jovem brasileiro tendo apenas 16 anos, nascido no ano de 2006 e estando no final do ano de 2022, o que quer dizer que fazem 22 anos desde que apareceu a primeira dungeon.
Na cozinha de uma casa de dois andares, uma mulher coloca um prato com pão na mesa, acompanhado de um suco de laranja, são aproximadamente sete horas da manhã quando ela visualiza o horário em seu relógio de pulso e olha pra cima abrindo a boca.
- Vem tomar café, Asani - a mãe de Asani o chama, seu cabelo destaca as cores do fogo, um ruivo fraco, sua pele sendo um pouco mais clara que a de Asani e sua altura determinando que uma mãe pode ser menor que seu filho mesmo ele estando com 17 anos de diferença.
Rapidamente o adolescente abre a porta de seu quarto segurando em suas mãos a mochila da escola.
- Já tô indo! - responde Asani descendo às escadas.
Asani, um garoto de pele parda, olhos castanhos, cabelo preto longo e boa estatura, sai do quarto rapidamente após ter feito suas flexões matinais, 3x15, vestido com o uniforme da escola e a mochila já em suas costas.
- Tô atrasado, vou pegar só o pão, mãe - comenta Asani passando pela cozinha e retirando o pão com maionese, queijo e peito de frango do prato.
- Você deve comer bem, Asani, qualquer coisa eu te levo pra escola de carro! - é evidente que a mãe dele se preocupa com o seu bem-estar.
Ele já comeu o pão, duas grandes mordidas.
- Preciso me exercitar um pouco mais, eu compro algo depois - responde Asani sorrindo, de boca cheia, fechando a porta de casa e saindo pelo portão, seu cachorro, pastor alemão, tentou dar bom dia, todavia não recebeu um bom dia de volta, nenhum belo sinal.
O cão, desapontado, senta na frente do portão e espera alí até não conseguir vê-lo pela rua.
- Bom dia, Asani - seu colega de sala e vizinho o cumprimenta com um aperto de mão másculo ao sair de casa, sua aparência física detém uma pele branca, olhos azuis, cabelo ruivo e boa estatura.
- Opa, Léo - cumprimenta Asani no mesmo momento do aperto de mão.
- Ei, Asani, eu estive pensando e o que você acha da gente ir nessa dungeon que tá há mais de um ano aqui? - Léo com ânimo coloca seu braço esquerdo em cima do ombro de Asani enquanto caminham para a escola.
Primeiro, desacreditado, Asani o encara, porém, ao ver que o rosto de Léo permanecia igual, houve uma preocupação ao responder.
- Sei não, parece muito difícil, já que ninguém completou em mais de um ano, normalmente demora uma semana e você sabe disso, se entrarmos podemos correr perigo - uma resposta preocupada.
- Sim, claro que eu sei! Bora ir depois da aula? - pergunta Léo sem dar bola para os riscos que Asani disse.
- Sim e não, depende se eu estiver com vontade de morrer.
- Issoooo, mano, que?? Morrer? - fala Léo pulando de alegria e logo demonstrando preocupação.
A caminhada dos dois está lenta, a preocupação com a escola diminuiu.
- Sim, se formos pra lá é pra morrer, já que ninguém saiu de lá vivo.
- Que nada, a gente é forte, confia!
- Bora logo pra aula, que não quero ficar falando sobre isso agora, eu mal acordei!
- Certo, mano, confirmado então - Léo se anima.
- Confirmado o que? - Asani se irrita.
- A gente ir, já viu os caras fodas? Eles são monstros, todo poderoso, não quer ser igual a eles? - indaga Léo animado.
- Ringers? Quero, mas...
Léo interrompe Asani.
- Então bora, sem mas, no entanto, entretanto, todavia, só bora.
Asani não fala mais nada, apenas continua seu trajeto até a escola.
...
Durante o recreio de apenas 15 minutos, Asani não fala uma única palavra com Léo, o que entre eles só significa uma coisa... "Não conte isso para ninguém".
Lara chega até Asani e lhe pergunta preocupada.
- Fez?
- Fez o que?
- O que mais? O trabalho!
- Que trabalho, garota?
- Idiota! Não me diga que você não fez, eu te avisei ontem! - ela começa a ficar preocupada, havia deixado tudo na mãos de sua dupla pois queria ir numa festa em plena terça-feira à noite, obviamente seu parceiro queria se vingar.
- Por que eu faria tudo sozinho?
- Ah não, é pra próxima aula, você sabe disso, por que não fez? - a mão dela já toca em sua cabeça pensando no que fazer.
- Óbvio que eu fiz, festeira, e essa foi a última vez que fiz e vou fazer o trabalho inteiro sozinho!
- Ufa! você me salvou - ela abre seu braço para abraçá-lo, no entanto foi rapidamente impedida, a mão de Asani a parou segurando sua testa, logo em seguida o sinal para voltarem à aula toca.
...
27 alunos em uma sala de aula, prestes a acabar a aula dos alunos matutinos.
- Essa aula tá demorando pra acabar, será que é porque a gente vai pra dungeon? - resmunga Léo para Asani.
- Já não disse que não era pra dizer nada durante a aula? - retruca Asani.
O sinal do final da aula toca. Depois de todos saírem...
- Bora, Asaaani, tô muito animado pra isso - Léo empurra sua cadeira para trás e, animado, soca o bíceps de Asani.
- Ei, aí dói, sabia não? Tô indo, mas deixa eu guardar o material e não me diz que sou demorado como sempre, vou colocar no armário da sala.
- Bora pra onde? emm? - pergunta Lara ao entrar na sala, uma garota bonita de cabelos pretos longos e pele de cor morena, a melhor amiga de Léo, da qual Asani diz que parece mais a namorada que melhor amiga.
- Nós vamos treinar na academia, fortalecer o bíceps de Asani, sabe?! - responde Léo mudando todo o clima do ambiente.
- Até parece! - Lara está desacreditada
- Como assim? Acha que eu, seu melhor amigo, mentiria pra você? Tá fazendo pouco caso de mim, sabia?! - Léo cruza seus braços.
- Sim, você tá mentindo, seu mentiroso, te conheço há mais de sete anos e eu nem precisaria de todo esse tempo pra perceber que você mentiu, então me falem a verdade - Lara começa a bater seu dedo indicador em Léo para demonstrar sua raiva.
- Nós vamos para a Dungeon - Asani fala de forma seca e direta.
- Nãooooooo, como ousa Asani? - resmunga Léo triste caindo ao chão com sua mão de arrependimento sobre sua cabeça.
- Por que vocês vão pra lá, não faz sentido, o Asani nem gosta das Dungeons e você é fraco - Lara tenta entender os dois.
- Quero ter poder, cansei de estudar - responde Asani sem nenhum brilho nos olhos.
Lara caminha até Asani e dá um tapa no rosto dele.
- Mentiroso, como diz isso se você ama estudar? Vocês querem me fazer de boba né?!
- Vamos, Léo, tô com pressa, e aliás, doeu, Lara - Asani joga sua mochila no canto da sala e caminha para fora dela.
- Tchau, Lara, se eu morrer, fique sabendo que eu sempre te amei, mas eu nunca me declarei porque não queria perder a amizade, te amo - Léo sai correndo com vergonha.
- Que declaração horrenda, mano - fala Asani zoando, mudando seu humor de alguém nervoso e frio para alguém divertido e feliz.
- Ah, cara, eu não tinha opção, era isso ou nada.
- Eu ficaria com o nada, quanto você tem? Tô morrendo de fome - Asani coloca sua mão na barriga.
- Folgado, acabei de me declarar, podendo ser a última vez que a gente se vê e você quer saber de comida pra você?
- Se você morrer lá não vai mudar nada pagando comida pra mim, entendeu?
- Você tá me manipulando, né?!
- E se eu estiver? - pergunta Asani com cara de malandro.
- Seu sacana!
- Vamos sem armas, né?!
- Sim, sem armas, até porque deve ter algumas pelo chão, já que ninguém zerou aquela dungeon e além do mais, são muito caras.
....
Um mercado pequeno perto da dungeon.
- Nessa conveniência a comida é barata- diz Asani mudando de lado da calçada sem atravessar pela faixa de pedestre.
- Ok, bora rápido, espera, você não passou na faixa - comenta Léo seguindo Asani.
- Nem você - responde o outro.
Os dois saem de lá com uma sacola cheia de comida cada um.
- Se pensar bem, a gente nem almoçou, né?! - indaga Léo.
- Pois é, sem perda de tempo, bora - Asani sai correndo em direção à dungeon.
- Era pra eu estar animado, espera, Asani - Léo sai correndo atrás de Asani no meio da rua.
Uma dungeon é parecida com as pirâmides do Egito, só que preta ou cinza de 400 metros de altura e com uma entrada escura de mais ou menos 2,5 metros de altura e largura em algum lugar dela.
- Wow, nunca pensei que fosse tão bonita e grande - fala Léo encantado - Bora entrar? Tem que ser antes que os guardas voltem e cobrem a taxa.
- Deixa eu terminar o meu Cri-Crí (amendoim torrado com açúcar) - responde Asani colocando um punhado de amendoim na boca.
- Ei, garotos, tão fazendo o que aqui? - um idoso corre atrás deles com os braços a frente, preocupado ou nervoso?
- Bora, Asani - Léo empurra seu amigo e os dois entram na dungeon.
- Nãooo, meu Cri-Crí.....
- Tinha que ser adolescentes, esses idiotas vão perder suas comidas - resmunga o idoso.
..............................
Dentro da Dungeon, escuro, mas com iluminação, os dois não estão mais com seus uniformes, é mais para um trapo velho o que eles estão usando, os relógios deles sumiram e suas comidas também, tudo sumiu, só o corpo ficou com novas vestimentas.
A porta não está mais no lugar de onde vieram, eles não conseguem mais sair, acima deles parece que não tem teto, porém a falta de luz suficiente não permite comprovar.
- Minhas roupas, cadê? - pergunta Léo.
- Cadê minhas comidas? - pergunta Asani.
- Não acredito - os dois falam inusitavelmente ao mesmo tempo.
- Nossas roupas foram trocadas por esse trapo - fala Léo.
- De uma coisa eu percebi, sumiu minha vontade de comer, não sei se é porque eu perdi minhas comidas ou essas dungeons são outra história.
- A...sa...ni!!! Olha aquilo - aponta Léo com medo.
- Ossos? Há quanto tempo eles morreram?
O olhar assustado dos dois perpetua no local, afinal essa é a primeira vez que viram ossos humanos.
- Não faz nem dois meses - um Tutor surge atrás deles.
- Aaaaaaaaaa - os dois gritam e caem no chão ao mesmo tempo.
- Quem morre aqui vira osso na hora, é pra não ter cheiro ruim, aliás, vocês querem um Tutor para cada ou só um já tá bom? - pergunta um ser estranho parecido com um boneco branco musculoso, de olhos e boca grandes.
- Claro que não, já pensou eu me assustar de novo?
- Tutor?? - pergunta Léo sem entender o significado.
- Sim, Tutor, eu faço a introdução da dungeon, eu respondo as perguntas, mas faço uma atualização prévia sobre a dungeon também e mais importante, sou eu quem dá as provas pra vocês.
- Como assim? - pergunta Léo
- Eu sou o... Tutor, só isso, não tem como assim.
- Cadê as minhas comidas? - pergunta Asani com raiva.
- Tá comigo - fala o tutor.
- Então devolve - fala Asani dando a mão.
- Claro que não, só os seus corpos entram nas dungeons, caso não saiba nem mesmo os que já têm um Ring pode entrar com o poder do Ring, por exemplo, eles entram com o Ring, já que não tem como retirá-lo depois de colocar, mas o poder dele não funciona aqui dentro, legal né?!
- Meu Cri-Crí, tô com fome - resmunga Asani com o braço estendido pedindo indiretamente seu amendoim.
- Não minta pra mim, aqui dentro ninguém passa fome - responde o Tutor.
- Entendi, valeu, mas o Cri-Crí é sagrado - Asani faz cara de emburrado - Se eu sair, eu recebo o meu Cri-Crí?.
- Só pode sair daqui quando completar os desafios da dungeon.
- Qual o Ring que a gente recebe no final dessa dungeon? - pergunta Léo.
- O nome do ring é "Volta-Time", gostaram do nome? - responde o tutor
- Não entendi - fala Asani voltando a ser sério
- Não posso dizer nada além disso - o tutor começa a falar levantando sua mão esquerda com o indicador apontando pra cima - Então continuem andando que receberão o Ring depois de completarem os desafios, mesmo que ninguém tenha chego nele - o tutor sorri - O caminho, vocês descubram sozinhos, BOA ****SORTE****!
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Atualizado até capítulo 55
Comments
ivania s.n.temporini
Gostei do inicio me lembra um jodo de competição entre meninos imprudentes...kkk
2023-04-11
1
Rute Luiza
um jogo.
2022-11-08
0
Lady Kélria
deveras interessante ksksk
2022-08-09
0