Fome

Cada passo dela transmite alegria, o preço da liberdade, não mais "presa" por Thiago, se é que esse era o nome dele, ela anda por todo o mundo, pega avião para todo canto, agora ela se encontra na Cidade do Kuwait, capital do país árabe, Kuwait na Ásia, conhecido pela arquitetura moderna e por ser a cidade mais quente do mundo, em um restaurante ao lado da nova dungeon comendo Machboos, uma comida típica de lá, simplificando é um arroz com molho e frango ou cordeiro.

- Delicioso, acho que vou pedir mais - resmunga Emny com comida na boca e segurando o garfo no prato.

....

Pelo visto Asani não entendeu o que Caio disse.

- Como assim? Ring da ressurreição? - ele indaga surpreso.

- Sim, pelo que se sabe ele perdeu a mulher grávida em uma dungeon - responde Caio com a mão na cabeça

- Dessa eu não sabia, na verdade eu só sabia que ele era o Number one.

- Você precisa tomar cuidado com ele, ele tem literalmente poder para destruir o universo inteiro.

- Mentira!

- Mentira nada, pirralho, verdade! Dizem que ele viaja entre galáxias às vezes pra se descontrair.

- Isso com certeza é mentira, o que ele encontraria viajando por galáxias, minério? - diz Asani com um olhar desconfiado.

- É o que dizem, mano.

- Caramba, ouviu isso, Léo?

- Oi? Me chamaram? - Léo estava perdido na conversa, pois estava preocupado com algo em seu celular.

- Tá avoado, cara?

- Não, não, é que eu percebi que eu tô morto.

- Por quê?

- Ela tá nervosa, brava, não tem descrição, dá medo disso tudo que ela escreveu.

- A Lara? - Asani se surpreende.

- Sim - responde Léo ligando pra ela enquanto coloca seu celular no ouvido.

- Mas por que ela tá brava?

- Ora pois, sumi por um dia sem dar aviso pra ela e além disso ela passou aqui em casa e ninguém atendeu.

- Não se preocupe com isso, mano.

- Ela não tá atendendo - resmunga Léo demonstrando tristeza e medo ao mesmo tempo, pavor.

- Tu tá é morto, cara - fala Caio dando ênfase em morto.

- Não diga isso, por favor - Léo está preocupado.

- Também acho, você tá morto, vai se resolver com ela então, bora Caio, me leva pra próxima dungeon.

- Sim - Caio cria um portal em frente a eles.

- Espera, vocês têm que me ajudar a confirmar a história! - Léo puxa a blusa de Asani.

- Tu que se vira com isso - os dois dizem ao mesmo tempo e passam pelo portal.

- Esperem, por... favor... que sacanas!

O portal levou eles em um banheiro do arranha-céu Al Hamra Tower no centro da cidade.

- Banheiro? - Indaga Asani.

- Foi o beco que eu encontrei, não reclame.

- Conta outra.

- Tanto faz, vou te contar o que você deve saber.

- Ok, fala - responde Asani enquanto utiliza o mictório.

Caio se dirige ao mictório intercedido por outros dois ao lado de Asani, afinal deve ter um de distância perante a regra moral dos homens.

- Essa cidade investe em estrutura e o país é um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, a última vez que eu vi, eles eram o quarto maior exportador, eles não querem uma dungeon no Mar deles tem muito navio ou cruzeiro, sei lá como se chama, que utilizam o mar dessa cidade, o que faz mover a economia dela.

- Então eles estão investindo em caçadores de Rings?

- Sim.

- E ganha dindim? - indaga Asani.

- Acho que sim, mas você tem que dar o Ring que conseguir pra eles.

- Pô, que vacilo, alguma vez já deram o Ring pros caras?

- Já, mas é raro, porque os caras vêem que o Ring é poderoso e fogem das leis assim que conseguem.

- Eu queria dinheiro - comenta Asani.

- Fácil, só ir nas lutas de rua, você ganha fácil, só não deixar saberem do seu Ring, daí você coloca luva.

- Mas eu não apareci no jornal?

- Pois é, azarado.

- Cria um portal pra perto da dungeon pra mim.

Caio cria um portal embaixo de Asani e um em baixo embaixo de si mesmo, no entanto Asani vai pra perto da dungeon e Caio vai para sua casa no Rio de Janeiro.

- Cara, não precisa criar um embaixo de mim - diz Asani do nada ao lado de pessoas que estão desconfiadas dele por aparecer do nada - Ah, claro que ele não veio.

Demorou para ele perceber, um tiro em sua barriga? Ele espontaneamente sentiu dor em sua barriga, é a fome, Asani está há dois dias sem comer, sua barriga roncou tão forte que fez com que sentisse dor.

- Fomeee - Asani começa a procurar uma lanchonete, bar, restaurante, mercado ou o que for para que pudesse comer - Um mercadinho, ainda bem - resmunga Asani entrando no mercado, no entanto ele coloca sua mão em seu bolso e percebe que ele não tem dinheiro - Não, não, não - ele se retira triste do mercado.

Com fome, fraqueza e bolso vazio, a única coisa que faz com que ele se mova é a vontade de não ter fome, ele não pode voltar no tempo o estado de seu corpo, pois ele não sabe o que pode acontecer no futuro, se alguém vai aparecer para matá-lo, ele precisa de tempo pra voltar, quanto mais, melhor, portanto a única coisa que o salva nesse momento é a dungeon, pois dentro dela ninguém passa fome.

- Alguém me salve - ele resmunga apertando sua barriga - E se eu adiantar o tempo? - indaga Asani para si mesmo - Claro que eu vou estar mais perto da dungeon - ele, portanto adianta o local de seu corpo no tempo, entretanto ele não se encontra onde desejou estar, mas sim onde ele amaria estar.

Asani agora está ao lado de Emny em um restaurante perto da dungeon, que se encontra, por consequência perto do litoral.

- Incrível, você sabe que eu te amo, né?! - indaga Asani pegando o frango do segundo prato de Machboos dela.

- Solta... ou você morre - diz Emny apontando uma flecha para o pescoço de Asani.

- Calma, amor, tô morrendo de fome - ele levanta os braços ainda com o frango em sua mão.

- Calma nada, o arroz não faz sentido se não tiver o frango, por mais temperado que esteja o arroz.

- Olha, eu tô sem dinheiro aqui, meu amigo me trouxe, e eu tava há dois dias sem comer.

- Como você ficou dois dias sem comer, um idiota não percebe quando tá com fome?

- Calma lá, não sou idiota e alguém tentou me matar, só que antes ele me atacou com um sonífero, entende? Daí eu fiquei dois dias seguidos dormindo por causa disso.

- Claro, confia!

- Sérião, na moral, por favor me deixa comer isso.

- Eu já coloquei a boca.

- Não me importo, se foi você tudo bem - Asani sorri.

- Aquele véio também colocou a boca - diz Emny apontando para um idoso no restaurante mais cheio e de cara emburrada.

- Acha que eu caio nessa? - indaga Asani pegando o prato dela e começando a comer.

Emny levanta seu braço chamando o garçom.

- Quero mais um Machboos, por favor!

Ela amou o prato de arroz típico do local.

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