Dez dia é suficiente para recuperar o tempo perdido

Ana organizou as consultas na clínica e as visitadas aos pacientes do hospital, pedindo a outra médica, que a substituísse nos dez dias, que estivesse fora.

Tudo organizado, malas prontas e lá está Ana no aeroporto para embarcando em uma viagem, que a abrirá uma porta para uma nova fase de sua vida.

Nos dias, que antecederam a viagem, Ana e Pedro se viram diariamente, praticamente não se desgrudaram.

Agora ela está sentada confortavelmente em uma poltrona na sala vip de espera do aeroporto Internacional, esperando Pedro Anchieta, o homem da sua vida, um escritor reconhecido internacionalmente, que foi seu colega da escola de quando estava no último ano do ensino básico.

Ela não cabe em si de felicidade, nem acredita que é verdade, chegando às vezes sentir vontade de se beliscar para ter certeza que não está sonhado.

Passa das oito horas, e ela está ansiosa olhando para o relógio, sem parar, pois o voo sairá às nove e meia da noite, dali há a uma hora é nada do Pedro chegar.

Quando uma senhora para ao seu lado e dando Boa noite, pergunta a senhora é a senhora Ana?

Ana fica desconcertada, pois não reconhece aquela senhora, será que é uma de suas pacientes.

Afirma ser Ana Bastoss e diz pede desculpas, dizendo não reconhecer a senhora.

A senhora, diz, que não há por que se desculpar, por Ana não a reconhecer, que é a Rosângela, mãe do Pedro Anchieta, que Ana não a conhece.

Ana fica surpresa pela mãe do Pedro está no aeroporto, se levanta e estende a mão para aquela senhora, que será sua sogra E diz que é um prazer conhecê-la.

A senhora Rosângela, diz que sente muito por ela, por o Pedro não ter lhe dito, mas ele pegou o voo das vinte horas com a noiva.

Ver a face de Ana perder a cor, ficando pálida e diz, por sua reação, o Pedro não lhe falou ser noivo..

Você não é a primeira, que ele faz isso, não comenta, que é noivo e termina deixando para que eu dispense as pretendentes a esposa.

Aquela história toda estava deixando Ana enojada, que descarado, se aproveitou dela e do sentimento, que ela revelou sentir por ele, desde quando estudavam juntos, fizeram amor todos àqueles dias, que se encontraram, trocaram juras de amor, fizeram planos e a mãe dele fica responsável para a despachar-lá como se fosse uma bagagem.

Ana ficou revoltada, isso é inaceitável, mudou toda a sua agenda, desfez planos para o fim de semana, pediu a um colega para a substituir no hospital, mudou a sua rotina, sua vida, e ele manda a mãe dele dar recado.

Ana não demonstra o quanto está abalada, com o que a mãe do Pedro falou, ergue a cabeça e olha nos olhos da senhora Rosângela e diz, a sua tarefa já foi cumprida senhora, obrigada por vir até aqui para avisar-me.

Ana levantando se dirige ao portão de embarque, pois já está na segunda chamada para o embarque.

Deixando a mãe de Pedro para trás, entra no avião, sem saber ainda o que fará, quando desembarcar em Madri, capital da Espanha, mas resolveu, já que estava com as passagens de ida e a de volta agendada, e tinha dez dias de folga, não ia demonstrar fraqueza na frente daquela mulher de ar superior.

Mas basta o avião decolar para as lágrimas rolar no rosto de Ana, nunca pensou que seria uma presa tão fácil para cafajestes, Pedro Anchieta você é um cafajeste, Pedro Anchieta você é um cafajeste, repetiu várias vezes para si, tentando se convencer do que dizia em pensamento.

Adormeceu acordando ao ouvir.

O comandante:

SENHORES E SENHORAS PASSAGEIROS, SOLICITO, QUE COLOQUEM OS CINTOS... CHEGAMOS NOSSO DESTINO, A CIDADE DE MADRI, E ESTAREMOS ATERRISSANDO DENTRO DE ALGUNS MINUTOS.

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