Ana não entende, pois ele não está fumando, ele arruma alguns papeis que está sobre a mesa, Ana com um pouco de receio senta e começa a comer, quando o homem pergunta. E então Ana, o que andou fazendo nestes últimos vinte anos hemm?
Ana muito assustada, engasga e tossindo, bebe um pouco de suco e pergunto, com os olhos arregalados, eu ti conheço, ou melhor, você mim conhece?
Você não lembra mesmo de mim, não é?
Será que mudei tanto assim?
Ana passa a olhar detalhadamente o homem a sua frente.
Cabelos grisalhos, olhos castanhos, dentes brancos, que deixava amostra em um sorriso quase infantil, pele morena estava vestindo camisa social de manga longa, azul escuro com listras brancas, a camisa com as mangas dobradas e calça preta de corte elegante.
Buscou em sua memória alguém que conhecesse que pudesse ser aquele homem, mas não lembrou de ninguém que tivesse aquelas características físicas, será que é algum colega do tempo da faculdade?
Chegando a conclusão que não era nenhum colega da faculdade e perguntou quem é você?
O homem levanta sorrir e diz, fui realmente insignificante, eu sou o Pedro Anchieta, lembra? O cara do cachimbo.
Ana fica muito vermelha e passa a mão nos cabelos e começa a enrolar uma mecha com a ponta dos dedos.
Pedro sorri e diz você não mudou, continua a enrolar uma mecha dos cabelos quando fica constrangida, como pode, depois de tantos anos.
Ana sorrir ajeitando os cabelos e diz não foram tantos anos assim. Ana recorda brevemente os anos da sua adolescência e lembra de Pedro risonho que com quinze anos dizia que ia ser escritor e ia fumar cachimbo, na escola todos os alunos da turma tiraram sarro dele.
Na escola em um dia na aula a professora perguntou no que queriam si formar, foi dando opções.
Médicos, engenheiros, dentistas, enfermeiros, administradores.
Foi neste momento que o Pedro levantou a mão e disse que ia ser escritor e ia fumar cachimbo, todos riram dele e a parti dali todos os colegas não só os da turma, como os das outras turmas da escola, passaram a chamá-lo o cara do cachimbo. Ele sofreu naquela época com as gozações, depois saiu da escola e não si viram mais.
O reencontro, naquele momento da vida da Ana só podia está predestinado.
Pedro toca no braço de Ana para chamá-la de volta de sua viagem no tempo, Ana olha mais demoradamente para o Pedro que agora está ali e percebe que não pode deixar, ele sair mais um vez de sua vida e fica sem sabe o que dizer diante da descoberta que acaba de fazer.
Descobriu de repente que o que sentia aos quinze ainda sente agora, quando Pedro a toca e a traz de volta ao tempo presente tem um certeza, precisa de tempo para saber que sentimento é esse que estava morto e de repente renasceu.
Pedro vem em seu socorro e diz você realmente continuar a mesma.
O celular de Pedro toca naquele momento, ele pede desculpa e diz que tem que atender.
Alô! Ta estarei lá, ti procuro quando chegar está combinado assim e boa viagem! Enquanto falava ao telefone não tirou os olhos do rosto de Ana, deixando-a bastante sem jeito e ansiosa para voltar a conversar, para fazer todas as perguntas que estavam a atormenta sua cabeça, tentando disfarçar seus pensamentos olha o relógio e constata que este mais do que atrasada para visitar seus pacientes do hospital.
Pedro volta a falar com Ana,
Atrasada?
Ela diz que sim, teria de ir, mais que gostaria de vê-lo novamente, Pedro diz que também gostaria de revê-la, mas está de viagem marcada, embarca no sábado e não sabe quando estará de volta, pois viajaria para divulgar um novo trabalho e não tem previsão de quando estará de volta.
Ana pergunta Pedro por que você lembra de tantos detalhes de quando eu era uma menina.
Pedro fica olhando para Ana por alguns minutos e fala amor, paixão, saudade de coisas e arrependimento de não ter dito às palavras que tanto pensei em dizer, você não sabia que eu era.
Pedro é interrompido desta vez pelo telefone da Ana que toca Ana meio encabulada, não quer atender, mas o telefone toca insistentemente e ela pensa, pode ser algo importante.
Atende:
alô! Não, sei se puder ficar, agradeço, aconteceu um imprevisto, sim certo eu cubro teu plantão, obrigada, tchau!
Olha para Pedro e diz agora podemos colocar a conversa em dia ou, quase isso, sorrir.
Pedro beija Ana inesperadamente nos lábios e em seguida diz eu devia ter feito isso há vinte anos atrás. Ana muito vermelha e com as pernas tremulas olha a multidão que está almoçando alheios ao que se passa entre os dois.
Pedro percebe o que causou em Ana e a abraça carinhosamente e ela sente seu coração bater mais rápido, ela pergunta onde ele estava durante esses vinte anos. Pedro responde que estava ali mesmo na cidade que nunca antes tinha sido necessário viajar para fazer a divulgação dos livros, agora teria de fazer essa viagem no sábado e era provável que ficasse fora por um, longo período.
Convida Ana para ir com ele, ela responde que é loucura não pode abandonar tudo de uma hora para outra tem a clínica, o hospital e os pacientes, olha para o relógio e si da conta que já é noite e tem que voltar para casa para dar ração a seu cachorro e levá-lo para passear e mais uma vez lembrou da correspondência, que devia conter muitas contas em atraso, por conta do seu adiamento em abri-las.
***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***
Atualizado até capítulo 49
Comments